domingo, 13 de setembro de 2009

MINC: BOBO DA CORTE APOLOGISTA


Que o ministro do Meio-Ambiente (porque será que não é Inteiro-Ambiente ou vice versa?) Carlos Minc Mouse sempre foi o bobo da corte presidente Lula, O Ignorante, o Universo todo está careca de saber. Também que defende a descriminalização das drogas não se constitui em surpresa alguma. A novidade, pelo menos para este que vos escreve, é que o homem dos coletes psicodélicos (e ridículos) e completa incompetência até para tomar conta de poste se amarra num reggae. Nada contra o reggae ou qualquer outro tipo de manifestação, porém, tudo contra o tal ministro-bobo-alegre, sim porque existem os bobo-tristes. Ser bobo da corte pode ser uma vocação sua, apreciar o reggae uma opção, mas fazer apologia às drogas ocupando seu cargo ocorre-me tantas palavras para repreendê-lo que, sinceramente, fica difícil escolhê-las. Caso o dissesse pândego ou pulha seria um baita elogio, se o dissesse pífio ou bilontra estaria muito aquém do que realmente é. Bom, nem mesmo fazendo apologia às drogas conseguiu ser original, pois o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil já afirmara que fumara seu baseado até os cinqüenta anos, não explicitando quais os cinqüenta anos a que se referia. É um tema extremamente polêmico e que envolve inúmeros objetos das mais variadas ordens (políticas, econômicas, sociais, religiosas, etc.) e diz respeito à sociedade manifestar-se a partir de um longo e minucioso debate e muito atento aos movimentos manipuladores que conhecemos de cor e salteado. A descriminalização das drogas não pode ser reduzida, como muitos desejam – inclusive o tal ministro – de ser contra ou a favor. Nenhuma nação que tenha descriminalizado as drogas deve ou pode servir de parâmetro para o nosso país, a menos que queiramos prosseguir com a idéia de sermos apenas macacos de imitação de uma republiqueta de bananas.


O perfil da administração petista, a exemplo de seu comandante, é contumaz na produção de bobagens e besteiras, entre outras coisas mais graves. É lamentável assistir episódios como este proporcionado por ocupante de um cargo de vital importância como o ministério do Meio-Ambiente. Não fico decepcionado, fico furioso. Volto a repetir: a sociedade precisa e deve tomar às ruas se deseja de fato que ocorram as transformações urgentes e necessárias sob pena dessa gente que está no comando (ou a ele tentando chegar) inviabilize o país. Porque a anarquia é patente nos três poderes da República.


PS: Podemos classificar como drogas muitas coisas e, cada uma delas, deve receber atenção e respostas diferenciadas, tais como álcool, tabaco, salário-mínimo, o Executivo, Legislativo e Judiciário, o Bolsa-Família, a comunidade petista com seus agregados e opositores, meu vizinho saudosista do regime militar e a lista não tem fim.


CELSO BOTELHO

13.09.2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O DELE É ROXO. E O NOSSO?


O nosso certamente já arroxeou tudo que poderia e enegreceu. O ex-caçador de marajás, ex-presidente da República e atual senador Fernando Collor (PTB-AL) venceu uma eleição que é o sonho de todo político: como único candidato. A Academia Alagoana de Letras elegeu o ex-Indiana Jones tupiniquim como imortal, mas, afinal, quem é que liga para isso? Eu e milhares de outros. Não podemos dizer que foi uma afronta às letras nacionais. Foi mais do que isso: foi um profundo desprezo, um achincalhe, um chiste. Demonstração cabal de poder político e econômico por parte do eleito e subserviência total dos eleitores. A produção literária do senador apresentada à Instituição resumia-se em artigos e coletâneas de discursos os quais, por sinal, não oferecerem garantia alguma sobre a anunciada autoria. Segundo D. Fernando Iório, presidente da AAL, o ex-presidente tem o “enorme dom da síntese” (ué, o troço mudou de nome!). Deixa ver se entendi direitinho: de acordo com o Dicionário Aurélio a palavra significa “operação mental que procede do simples para o complexo”. Não me parece ser uma característica facilmente encontrada no político Fernando Collor de Mello (pelo menos o “Esquema PC Farias” não obedecia este conceito) e, sendo assim, é a justificativa mais estapafúrdia que poderia dar. Porém, venhamos e convenhamos, não é só no belo Estado de Alagoas que ocorrem estas distorções cavalares. Na Academia Brasileira de Letras a coisa não é diferente: elegem “imortais” utilizando-se de muitos critérios, exceto o do mérito literário. Bem, uma vez que se pode ser jornalista sem formação acadêmica também acreditam que possam imortalizar quem jamais escreveu coisa alguma ou, quando muito, de suspeito valor. Dito isso, podemos praticamente assegurar que o espírito do velho, bom e inimitável Machado de Assis (1839-1908) está a revolver-se em seu túmulo furioso.


Caso seja para anarquizar às letras podemos sugerir que se inscreva o presidente Lula, O Ignorante, para disputar uma cadeira, com exceção daquela que já ocupa, é óbvio. Poderia até escolher o Estado: em Pernambuco, onde nasceu; em São Paulo, onde prosperou; em Brasília, de onde governa ou Rio de Janeiro onde se encontra a ABL. Provavelmente também deva ter alguns artigos publicados de autoria a ele atribuída. Em relação a discursos podemos supor que seu acervo seja mais numeroso que do senador Collor tendo em vista que está prestes a concluir o segundo mandato. E, juntando a isso, podemos anexar as falas de improviso que se constituem em verdadeiras pérolas da ignorância, infantilidade, arrogância, prepotência, demonstrações inequívocas de preconceitos e por ai a fora. Então podemos afirmar que a “produção literária” do nosso presidente é muito mais profícua. E, de mais a mais, um abelhudo a mais ou um a menos não irá impedir ou arrefecer os ânimos daqueles que, de fato, contribuem significativamente com suas obras para o refinamento da cultura.


Tem tanta gente neste país investida em funções e cargos para os quais jamais se prepararam ou sequer possuem a mínima aptidão para exercê-los e são da maior relevância para a vida dos cidadãos que, sinceramente, acaba por reduzir a importância de uma eleição dessas. Nosso país está submetido, desde seus primórdios, aos mandos e desmandos dos poderosos e, desgraçadamente, a subserviência aos seus interesses e caprichos, mas isto é uma história bem mais longa e complexa. De qualquer maneira fica registrado nosso protesto a essa “eleição” infame.


CELSO BOTELHO

04.09.2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PRÉ-SAL: BILHETE PREMIADO. BENÇÃO OU MALDIÇÃO?


Benção ou maldição o fato é que a camada do pré-sal está ai toda folgazã a embalar os sonhos mais pitorescos, grotescos e nocivos do governo. Pitorescos porque é o mote para a solução de todas as mazelas nacionais, grotescos porque isto são, simplesmente, ridículos e nocivos porque, até que me provem o contrário, tal tesouro já começou a ser dilapidado antes mesmo de emergir das águas profundas, coisa que não acontecerá na próxima semana, pois, como já disse em agosto do ano passado: retirar aquele petróleo não se assemelha em nada em destilar cachaça no alambique. O projeto encaminhado ao Congresso Nacional (sic) não deixa dúvida alguma sobre as (más) intenções do governo sobre o controle do recurso: o Estado assume e a sociedade que se arrume. O projeto prevê a criação da PETRO-SAL - um elefante preto ou branco? – e do Fundo Social o que, trocando em miúdos, quer dizer dinheiro supostamente destinado para beneficiar a sociedade e que, fatalmente, pelo menos boa parte do quinhão, desembocará na conta bancária das inúmeras aves de rapina ou assentadas na administração pública ou a ela associadas. O ministro Edison Lobão (cujo domínio em minas e energia não vai além de ligar e desligar interruptores) apelidou o tal de “fundo financeiro”, que será parido pelo Fundo Social com o objetivo de aumentar a participação do Estado na exploração das jazidas, de “fundo do fundo” e os dividendos obtidos aplicados na área social. Sabemos que, no Brasil, esse tipo de mecanismo funciona como um “fundo perdido”, e para todo o sempre.


É simples como somar dois mais dois: a Petrobras será a única operadora do pré-sal, receberá um aporte da ordem de R$ 100 bilhões para que o governo amplie seu controle acionário que, aliás, detém. A reestatização da companhia (e essa questão de estatização, privatização e reestatização não pode e não deve estar restrita a discusão da participação do Estado na economia) também trouxe a novidade do sistema de partilha no qual o governo abocanha a parte do leão, do tigre, da onça e do gato e abre um leque de oportunidades para a nefasta e corriqueira prática da corrupção. O presidente Lula, O Ignorante, está “convencido” que o país tirou o “bilhete premiado” e nós estamos carecas de saber de inúmeros bilhetes premiados que foram parar nas mãos de pessoas que deles fizeram mal uso. A urgência em se aprovar o projeto está mais por conta do desejo de eliminar-se o debate, confundir os parlamentares (o que não é difícil, mas se o for sempre se pode adquiri-los) e evitar emendas que possam ser inconvenientes ao governo. Toda esta pressa está direcionada à campanha presidencial do próximo ano quando, faça chuva ou sol, o presidente quer porque quer eleger seu sucessor, neste caso a D.Dilma Roussef, ex-guerrilheira, atual ministra e pseudo mestranda e doutoranda. Podemos avaliar, porém, mesmo contando com as promessas do pré-sal, o Dom Lulote de La Caatinga com esse jegue terá uma cavalgada árdua e, provavelmente, inconclusa. O pré-sal desencadeou, mais uma vez, uma gigantesca operação lesa-pátria.

Celso Botelho

03.09.2009