quarta-feira, 18 de junho de 2014

"ESSA COISA"




Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada, saiu em campo para defender sua “chefa” e o Decreto 8.243/14 (Programa Nacional de Participação Social) que a desgraçada assinou. Como é do conhecimento geral tal decreto é um artifício do Partido dos Trabalhadores (sic) para construir um Estado paralelo. É parte de sua estratégia de dominação. Solapa do cidadão o direito de livre escolha de seus representantes como está previsto na Constituição Federal e, por consequência ao carcomido, falido e putrefato Congresso Nacional o dever de representá-los. Mas comunista defender comunista e todas as atrocidades que já cometeram e continuam a cometer não é surpresa alguma. Tão grave quanto sua defesa ao monstrengo parido no Palácio do Planalto foi sua postura diante das merecidas vaias e xingamentos que a senhora Rousseff fez (e faz) por merecer. Vaiar autoridades é um direito do cidadão inalienável que expressa sua indignação, repúdio. Xingá-las vai um pouco mais além. Não se trata de falta de educação e sim do único recurso linguístico disponível que alcança o entendimento dessas autoridades, notadamente quando se trata de gente como Dilma Rousseff, Luiz Inácio & Vigaristas Associados. O alcoviteiro-mor do Palácio do Planalto declarou que as vaias e as acaloradas palavras de baixo calão com as quais “a presidento” fora agraciada na abertura da Copa do Mundo não vieram só da “elite branca”. Mas então de onde viera? De marte? Entre o público presente na Arena Corinthians-BNDES-Haddad não se via nenhum desdentado, negro, descamisado, pés descalços ou pessoas com qualquer traço de pobreza. Rostos brancos, rosados, bem nutridos espalhavam-se por todos os setores do estádio. Parecia um estádio sueco. Xingar “nomes feios” não é uma exclusividade das classes menos favorecidas ou de pessoas sem instrução. E o tralha do Gilberto Carvalho sabe disso. Disse o indigitado trapalhão que “essa coisa desceu”. O que demonstrou foi preconceito e discriminação ao refrescar o rabo da “elite branca”.





Gilberto Carvalho asseverou que foi ao estádio, assistiu a peleja e depois utilizou o metrô. Esta última parte é difícil acreditar, mas vá que seja. Informou que “tinha muito moleque gritando palavrão no metrô". Neste caso os xingamentos já não eram dirigidos à senhora Rousseff, exceto se ela também tivesse resolvido voltar à Brasília de metrô. Por certo que mesmo que houvesse uma linha do metrô até a Capital a senhora Rousseff não se atreveria a utilizar. Reclamou o ministro que “essa coisa” de enxergarem os petistas “como somos um bando de aventureiros que veio aqui para se locupletar pegou, na classe média, na elite, e vai descendo...”. Não. Aventureiros não são. São vigaristas, canalhas, corruptos até a sola do pé, omissos, incompetentes, permissivos, coniventes com o ilícito, mentirosos e o que mais se queira dizer de ruim. Aventureiro arrisca. Comunistas como vocês planejam, conspiram e articulam-se. É ridículo, mas o ministro está a se fazer de vítima como se a roubalheira desenfreada não existisse. A classe média certamente tem motivos suficientes para denegrir, vaiar e xingar o governo, porém a elite tão bem aquinhoada durante as “desadminstrações” petistas haveriam de patrocinar uma campanha contra aqueles que se mostram tão generosos na criação, manutenção e ampliação de seus privilégios? Isto é uma velha estratégia da esquerda: jogar uns contra os outros criando e fomentado ódios por todos os lados.   Nunca é demais relembrar que os irmãos do prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002, acusaram Gilberto Carvalho de participar de esquema de arrecadação de propina no ABC Paulista. Segundo os irmãos de Celso Daniel "Carvalho chegou a confessar que certa vez levou no seu Chevrolet Corsa preto uma mala com 1,2 milhão de reais para o então presidente do PT, José Dirceu".


Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada



Gilberto Carvalho fala “guerra ideológica”, mas não informou onde estaria acontecendo, posto que no Brasil não seja. A guerra ideológica há muitas décadas foi substituída pela disputa de cargos. Interessante que os meios de comunicação, sob total controle da esquerda, são acusados pelo dito cujo como sendo os fomentadores desta “guerra ideológica”. Para o espião do Lula os meios de comunicação promovem tal “guerra” porque são contrários a “qualquer tentativa de democratização mais profunda”. E desde quando comunista é democrata? Carvalho definiu muito bem o que vem a ser o Decreto 8.243/14: “arrumação da casa”, ou seja, disponibilizar para o PT meios efetivos para controlar o Estado brasileiro de cabo a rabo. Assegurou que o governo ficou surpreendido e até assustado com a reação negativa do Congresso Nacional. Ora, santa ingenuidade! O Congresso Nacional é um covil de malandros e jamais aceitaria ser sobrepujado em suas prerrogativas.





“O presidenta” ao assinar o decreto não contava com a resistência de um Congresso Nacional subserviente, fisiológico e repleto de pilantras. Calculou mal. Quando se trata de proteger seus interesses os congressistas brigam até com o diabo, um contumaz parceiro e amigo de Suas Excrescências, digo, Excelências. “Essa coisa” (a revolta a sociedade com este governo corrupto, perdulário, incompetente, entreguista, omisso, bandido, etc.) ainda é muito pouco em face do que a corja empoleirada no poder merece. Vaia e xingamento, por mais sonoros que sejam não removerá estas tralhas da vida pública brasileira e muito menos eleições. É preciso um passo além.



CELSO BOTELHO

18.06.2014

domingo, 15 de junho de 2014

EI, DILMA...




Como era de se esperar o público presente na Arena Corinthians-BNDES-Haddad vaiou a senhora Rousseff à sua chegada, durante a partida entre a seleção brasileira e a croata e ao final dela. Vaia justíssima, porém insuficiente para demonstrar o quanto ela, seu partido & associados são nefastos ao país. Caso considerasse o processo eleitoral brasileiro minimamente honesto a solução seria simplesmente não reelegê-la. Mas não é tão simples assim. A legislação eleitoral é obsoleta, casuística e perversa. As urnas eletrônicas são uma retumbante fraude. Os “eleitos” só representam seus próprios interesses ou aqueles que lhes dão retorno financeiro e/ou político. Não recomendaria nenhum dos candidatos à presidência da República nem para catarem coquinhos. Boicotar as eleições seria uma bela alternativa. Porém improvável que possa acontecer. Somente a ocupação de espaços pela sociedade poderá reverter esta lamentável situação na qual o Brasil se encontra. Não basta xingarmos as autoridades, mesmo que esta seja a única linguagem que entendam, posto que seja impossível estabelecer um dialogo no campo das ideias com a esquerda. O processo eleitoral brasileiro e os políticos não merecem qualquer confiança e respeito. As manifestações populares são legítimas, necessárias e retratam fielmente a falência do Estado brasileiro e a incompetência, descaso, omissão, conivência e prática sistemática da corrupção de sucessivos governos. No entanto, não preocupam nem assustam aqueles que detêm o poder. O governo petista montou todo um aparato militar repressivo para vigorar no período da Copa do Mundo que poderá se estender após seu término. A grande mídia, subvencionada e subserviente aos poderosos, ocultam a barbárie que as polícias estão praticando contra os cidadãos. O governo emprega meios idênticos aos utilizados durante o regime militar como viaturas sem identificação. O cidadão é preso e ninguém sabe quem o prendeu e para onde será levado. Dizer que a polícia tem se exacerbado em suas funções é minimizar a truculência, o arbítrio e a violação de direitos humanos universalmente consagrados.


O Estado brasileiro encontra-se tão debilitado que nenhuma reforma poderá dar conta de recuperá-lo. Deve ser repensado e refundado sobre bases sólidas. O diabo é que com esta corja de politiqueiros isso é impossível. Será necessário que se encontre outro meio de promover essa refundação. As eleições se prestam somente para manter o establishment. As manifestações da maneira como estão sendo conduzidas se revelam ineficazes e até estimulam o governo criar mais legislações restritivas que possam enquadrar qualquer cidadão por qualquer ato.  O Estado brasileiro, desde os seus primórdios, está inundado de vícios, distorções, corrupções. Ao longo do tempo criaram, recriaram e reciclaram instrumentos e mecanismos para manter a população sob controle. A onda de manifestações que varreram o país em junho do ano passado conseguiu somente que a PEC 37 fosse arquivada.  Manifestações que foram planejadas, articuladas, coordenadas e executadas pela própria esquerda para avaliarem o tamanho, a coesão e a possibilidade de sua militância respaldar uma ruptura institucional e estabelecer uma nova hierarquia. O processo escapou do controle e concluíram que, por esta via, não poderiam promover uma ruptura, pelo menos por enquanto. Então optaram utilizar a estratégia que já está em curso a mais de cinquenta anos: usar meios legais (ou aparentemente legais) para desmantelarem a ordem vigente. Por isso apressaram-se em propor uma assembleia constituinte exclusiva para realizar uma reforma política que os transformaria em Deuses do Olimpo com poderes de decidir quem viveria e quem morreria. Este sempre foi o objetivo da esquerda. A esquerda há muito abandonou a conquista do poder pelas armas integrando-se ao sistema vigente disputando eleições e ocupando cargos que permitissem corroer o Estado fragilizando-o, incapacitando-o e inutilizando-o para justificar o discurso de substituí-lo por um Estado forte, ou seja, autoritário, policialesco, violento. O sucesso desta estratégia é inegável e vem sendo praticada desde os anos 1960. Os militares, por ignorância, preguiça ou inocência colaboraram significativamente para a ascensão da esquerda ao poder tão logo deixaram o poder em 1985. Os generais concentraram-se em perseguir, prender, torturar e matar terroristas pés de chinelo enquanto a esquerda sorrateiramente foi ocupando espaços nas universidades, sindicatos, jornais, rádios, televisões, movimento editorial, etc. O regime militar não fez campanha alguma para esclarecer a população sobre o que era o comunismo, as vítimas que já havia produzido ao redor do mundo. Referiam-se aos comunistas como terroristas ou subversivos. Nem todos os terroristas são comunistas, mas todos os comunistas são terroristas, de uma forma ou de outra. Como militares deveriam ter seguido o conselho de Sun Tzu: “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”. Esta negligência redundou nos resultados catastróficos verificados ao longo das últimas décadas.


Na cerimônia de lançamento do poste Alexandre Padilha ao governo de São Paulo o ex-presidente Lula, O Ignorante, utilizando seus recursos de psicopata, declarou que existe uma campanha de ódio contra o PT orquestrada por seus adversários políticos.  Que adversários? Nem ele nem Dilma tiveram qualquer oposição durante seus desgovernos, suas “desadministrações”. Acerca das palavras “carinhosas” dirigidas a senhora Rousseff na abertura da Copa do Mundo (uma abertura muito mixuruca, chinfrim e digna de uma republiqueta de bananas) Lula atacou a elite da qual faz parte e pela qual seu governo e o de dona Dilma concederam, ampliaram e mantiveram seus privilégios dizendo que “aquelas pessoas não sabem o que é um calo na mão. E este desgraçado também não sabe. Desde meados da década de 1970 Lula não sabe o que é trabalhar. Primeiro como dirigente sindical e depois como presidente de partido político. Ademais “aquelas pessoas” presentes no Itaquerão com certeza não eram das classes D e E (abomino tais classificações). Por um momento até pensei estar assistindo um jogo na Suécia. O ex-presidente declarou que “O PT mudou o padrão de governança deste País”. De fato. Mudou de desastroso para catastrófico. Sem desmerecer os governos anteriores, os governos petistas são líderes absolutos em corrupção;  incompetência; omissão; descaso; permissividade; conivência com o ilícito; desvio, desperdício e malversação dos recursos públicos. Mas esse tal de Lula é um descarado de marca maior ao afirmar que “o ódio dos adversários se deve ao fato de que, pela primeira vez neste país, termos provado à elite que tem gente mais competente para governar.”  Gostaria de saber o que este vigarista entende por gente competente. Dilma Rousseff? Fernando Pimentel? Gilberto Carvalho? Celso Amorim? Marta Suplicy? Guido Mantega? Aloisio Mercadante? Nelson Jobim? Mario Negromonte? Edson Lobão? E etc. e etc. e etc. e bota etecetera nisso. O ex-presidente só pode estar de sacanagem ou, como se diz em São Paulo, “tá me tirando?”. Como poderá haver ódio em adversários inexistentes?


Xingar a senhora Rousseff serve para extravasar a indignação, o repúdio e revolta da população massacrada, espoliada e desrespeitada, mas não trará as soluções que tais sentimentos reclamam. É preciso dar um passo além. E este não está nas urnas, posto que todos os postulantes estejam perfeitamente integrados na estratégia esquerdista de dominação e implantação do sistema de partido único e onipresente.  O passo além está em desautorizar este governo que ai está.


E, para não perder a viagem, a senhora Rousseff voltou a defender seu monstrengo, o Decreto 8.243/14, evocando também uma inexistente oposição. Dona Dilma ou está com crise de amnésia ou é muito cara de pau ao dizer que os críticos desta estrovenga desejam “uma democracia sem povo”. Quem dona Dilma pensa que é para falar em democracia e em povo? Que moral tem para dizer tal coisa? Era uma terroristazinha de meia pataca furada no Colina (Comando de Libertação Nacional) e no VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), organizações de extrema esquerda que tinha por objetivo implantar o regime comunista no Brasil. Desde quando os comunistas governam para o povo e pelo povo?


CELSO BOTELHO

15.06.2014

segunda-feira, 9 de junho de 2014

DECRETO 8.243/14. PARTIDO DOS TRABALHADORES (?) CRIA O ESTADO PARALELO



O Decreto 8.243/14 que institui o “Programa Nacional de Participação Social” (como diria Nelson Rodrigues, “bonitinho, mas ordinário”) não passa de uma estratégia do PT para exercer maior controle sobre a sociedade. Algumas vozes se levantaram contra e outras tantas a favor. O decreto visa legitimar o que é ilegítimo, imoral e inconstitucional. Acontece que ambos os lados são amplamente favoráveis à manutenção da aberração e sua implantação. Tudo não passa de uma jogada ensaiada. A aparente divergência é uma estratégia para consolidá-lo. Pode ser que entre os que se opõe à estrovenga exista alguém de fato sincero, porém suas vozes não tardarão a silenciar.  Muitos do que se opõe estão comprometidos até a raiz dos cabelos com o projeto esquerdista de poder e, por inúmeras vezes, demonstraram seu vínculo e subserviência como, por exemplo, o ministro do STF Gilmar Mendes, O Coronel; o ex-ministro do STF Eros Grau, O Pornográfico; o ex-ministro do STF Carlos Velloso (defendeu a concessão dos embargos infringentes aos réus do Mensalão, apesar de tal dispositivo já ter sido eliminado da Constituição Federal de 1988); o vice-presidente da República Michel Temer, O Cocheiro de Vampiro, que crítica a maneira monocrática com que fora instituído e alguns partidos que ameaçam recorrer ao STF para derrubar o decreto. Só mesmo um jumento retardado poderia crer na honestidade moral e intelectual dos indivíduos acima mencionados. Estão querendo implantar no Brasil o que passou a ser denominado como “constitucionalismo bolivariano”, quer seja, um Executivo forte (ditatorial) governando por decreto.


O monstrengo parido pela senhora Rousseff concede a movimentos não institucionalizados poder para estabelecer metas e interferir na administração pública (Artigo 2º, Inciso I). A participação popular definida na Constituição Federal é através do voto direto e secreto, isto é, elegendo seus representantes. Os movimentos sociais representam apenas uma determinada parcela da sociedade e não possuem legitimidade para orientar políticas públicas. Somente ao eleitor é conferido este poder através da eleição de seus representantes ou em plebiscitos e referendos. Quem representa a sociedade brasileira são os cerca de 140 milhões de eleitores.  Ao excluir o Congresso Nacional da feitura do decreto o PT demonstra cabalmente a intenção de constituir um estado paralelo, com pleno controle sobre a sociedade pelo partido governista. Mesmo sendo o Congresso Nacional uma instituição corroída, corrompida e imprestável deveria ser consultado, pelo menos isso. Os tais “conselhos populares” propostos no referido decreto não se sabe de que forma serão compostos? Quais os critérios para escolher este ou aquele integrante? Certamente um dos quesitos será possuir a carteira do Partido dos Trabalhadores & Associados. A rede de instâncias estabelecidas nesta porcaria de decreto é complexa e pouco específica (conselhos, comissões, conferências, ouvidorias, mesas de debate, fóruns, audiências e consultas públicas) e todas subordinadas a Secretaria Geral da Presidência da República, atualmente ocupada pelo Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada e ex-presidente do Foro de São Paulo. O Artigo 3º prevê a ampliação dos mecanismos de controle social, porém não detalha que mecanismos serão esses e sobre o que. O jurista Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito Administrativo na FGV-SP, declarou: “É um decreto autoritário. Tem vagas declarações democráticas, mas sujeita ao puro arbítrio da cúpula (petista) a participação social em assuntos administrativos” acrescentando que “adota o método do sindicalismo da era Vargas, para gerar uma sociedade civil chapa branca, que fale por meio de instâncias sob controle.” O professor definiu exemplarmente o objetivo do decreto.


Para defender o monstrengo dona Dilma saiu-se com esta: “Muitas cabeças pensam mais que só a cabeça do Executivo”. Depende da cabeça. Caso sejam iguais a sua com apenas dois neurônios (o tico e o teco) seus resultados serão desastrosos, catastróficos. Dona Dilma foi apenas a barriga de aluguel para gerar este monstrengo, o embrião foi criado no diabólico laboratório do Foro de São Paulo. Essas “muitas cabeças” sem qualquer dúvida serão recrutadas entre os militantes histéricos da esquerda. Por certo o PT criará dúzias mais de movimentos sociais capitaneados por seus vassalos para inseri-los no decreto. Qualquer coisa que os esquerdistas façam sempre têm duas camadas. A visível e a invisível. Neste caso a parte visível apresenta um discurso que aparenta a criação de um mecanismo para aprimorar a democracia com a participação do cidadão comum, dos movimentos sociais, coletivos, etc. A parte invisível é exatamente o oposto. Cria um estado paralelo ocupado pela esquerda para obter o pleno controle dos movimentos sociais, coletivos, sindicatos, etc. e antecipar-se a qualquer movimentação que possa causar-lhes transtornos.


Não se vê e não se lê na grande mídia qualquer referência a esta aberração, este atentado contra as já precárias instituições brasileiras. Omitem-se descaradamente. Imaginam que são intocáveis. Lamento informar que tão logo o projeto de poder esquerdista esteja consumado ninguém estará a salvo. Sejam banqueiros, empresários, empreiteiros e principalmente empresas de comunicações (televisões, rádios, jornais, editoras). Serão transformados em meros empregados, serviçais de um regime que estão contribuindo significativamente para que seja instalado no país. Os comunistas além de se apropriarem de tudo que hoje possuem ainda os farão trabalhar para proporcionar-lhes mais dinheiro e poder. Examinem um pouco a História e constatarão que a primeira providência dos regimes ditatoriais é eliminar os possíveis concorrentes, antigos colaboradores, opositores e dissidentes. No artigo anterior disse, textualmente: “O PT, desde 2003, enfrenta um desafio. De um lado está a legislação vigente que possibilitou sua ascensão ao poder e com a qual deve governar e de outro a necessidade de atender suas premissas revolucionárias.” Uma vez que a ruptura institucional não possa ser realizada pela militância, pelo menos por enquanto, recorrer-se aos instrumentos legais para alcançá-la (estatutos, regimentos, normas, portarias, decretos, medidas provisórias, projetos de emenda constitucional, etc.). O governo da senhora Rousseff deveria patrocinar esta ruptura, porém mostrou-se incompetente e as esquerdas despreparadas para levar adiante tamanha empreitada. Mas esta situação pode ser revertida com ou sem dona Dilma no Palácio do Planalto. Diferentemente dos socialistas Fabianos que não têm pressa e não sabem exatamente o tipo de socialismo que desejam (seu símbolo é uma tartaruga), os comunistas têm um pouco mais de pressa e seus líderes desejam vê-lo implantado em seus países no seu prazo de vida. O ex-presidente Lula declarou certa vez que poderia levar trinta anos para “educar” as pessoas dentro da ideologia esquerdista, mas que ele não viveria tanto tempo. Então o melhor seria primeiro conquistar o poder (através das urnas) e depois impor a ideologia comunista (através da violência física e psíquica). O decreto 8.243/14 é a mais recente investida contra a sociedade brasileira pelos petistas & vigaristas associados rumo ao regime de partido único e onipresente.




CELSO BOTELHO
09.06.2014




segunda-feira, 2 de junho de 2014

DECRETO 8.243/14. MAIS UMA GERINGONÇA COMUNISTA



Para aqueles que ainda creem que o comunismo acabou com a desintegração da URSS ou com a queda do Muro de Berlim vou desapontá-los mais uma vez. O movimento comunista internacional existe há mais de cento e cinquenta anos e nunca esteve moribundo, que dirá morto. Alguns me rotularam de saudosista da Guerra Fria que, na verdade, foi um embuste; de teórico da conspiração; caçador de fantasmas, etc. Não há melhor serviço que se possa prestar aos comunistas do que negar sua existência. O maior truque de satanás está em negar sua própria existência. A KGB (hoje FSB) é muito mais poderosa e rica do que fora durante o regime comunista da URSS. Suas ramificações são muito mais abrangentes e muito mais camufladas. Existem organizações que são financiadas pela antiga KGB que sequer desconfiam disso. Os comunistas são camaleônicos. Adaptam-se em qualquer ambiente utilizando-se dos recursos disponíveis para infectá-lo, turvá-lo e destruí-lo. Sempre agiram assim. O Partido dos Trabalhadores, desde sua fundação, havia criado o mito de que seria um partido avesso às práticas políticas nefastas utilizadas por gerações no país, defenderia a ética, a moralidade no trato da coisa pública, etc. Nos anos 1990 o PT, com José Dirceu, Aloisio Mercadante, José Genoíno & Cia. denunciavam tudo e todos, na ótica do partido todos eram culpados até que se provasse a inocência. Inúmeras vezes eram inocentes, porém o estrago já havia sido feito e as reputações assassinadas (royalties para Romeu Tuma Jr.). Para o PT, naqueles anos, instalar uma CPI contra seus adversários, atribuir-lhes crimes, denegrir suas imagens, tornar-lhes a vida um inferno, chegava a provocar-lhes incontáveis orgasmos. Estavam simplesmente usando a velha estratégia da esquerda de servir-se dos instrumentos da democracia para corroê-la, contaminá-la e destruí-la de dentro para fora. Este método está descrito na Declaração de Março de 1958 do PCB. Estamos imersos no processo que implantará no Brasil oficialmente o regime de partido único, posto que na prática o PT já se assenhorou de todas as outras legendas, sem exceção. O Estado Democrático de Direito é que incomoda os comunistas e não o capitalismo. O comunismo jamais quis destruir o capitalismo pela simples razão de não sobreviver sem ele. O capitalismo consegue gerar riquezas de todas as maneiras, seja denegrindo a si próprio, seja promovendo os símbolos e as ideias comunistas, nazistas, fascistas, castristas ou outra porcaria qualquer. O PT, desde 2003, enfrenta um desafio. De um lado está a legislação vigente que possibilitou sua ascensão ao poder e com a qual deve governar e de outro a necessidade de atender suas premissas revolucionárias. Isso exige muita habilidade, no entanto é uma situação que não poderá perdurar indefinidamente. Chegará o momento que deverá patrocinar uma ruptura institucional definitiva. Neste momento deverá contar com certos fatores indispensáveis como, por exemplo, uma militância capaz de respaldar uma ruptura e elevar-se como uma nova hierarquia. O PT não dispõe deste aparato na escala que se faz necessário e isto tem retardado uma ação mais agressiva contra o precário e mutilado Estado de Direito Democrático brasileiro. Mas esta deficiência não impede que o governo petista utilize outros meios, legais e ilegais, para criar e fomentar o caos na sociedade. Para os comunistas quanto mais confusão, inversão de valores e contradições tanto melhor. E uma de suas ações para robustecer o processo de implantação do regime de partido único e um governo comunista está explícito no Decreto nº 8.243/14 que institui a “Política Nacional de Participação Social – PNPS” que tem como objetivo “consolidar a participação social como método de governo”.


O Artigo 2º do Decreto considera como sociedade civil “o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Em outras palavras: o PT no controle. Este artifício não é inédito. Lenin e Stalin o utilizavam para enviar opositores e insatisfeitos para os campos de trabalhos forçados na Sibéria. Criou-se o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS) que institui um governo paralelo no Brasil através de mecanismos de controle que vão entregar toda máquina administrativa nas mãos do PT. A ideia é admitir “conselhos populares” nos órgãos públicos. É um sistema paralelo de poder semelhante ao modelo implantado na Venezuela pelo arremedo de ditador e bobalhão empedernido Hugo Chávez que amordaçou a imprensa livre. No início do mês passado o PT realizou seu encontro nacional e ali elencaram como o partido deveria se comportar, a saber: menos liberalismo econômico (isso é balela); maior aproximação com a esquerda latino-americana (o Foro de São Paulo agrega toda a esquerda sul americana e caribenha, inclusive organizações criminosas com as FARC e o próprio PT); aprofundamento de políticas sociais (mais bolsas-esmolas); reaproximação com os movimentos sociais (para colocar-lhes rédeas e cabresto); maior influência dos sindicatos no governo (mais poder aos pelegos); constituinte exclusiva para a reforma política e implantar o socialismo (não é preciso comentar). Porém, não propuseram nada para estancar a corrupção, melhorar a saúde, a educação, a segurança, os transportes, etc. Alguém ainda tem dúvidas das intenções do PT?


Toda essa corrosão, distorção, manipulação, contaminação e desmantelamento das instituições brasileiras, dos valores éticos, morais e cristãos são estratégias para compor um quadro de instabilidade e caos que somente a seus propósitos interessa, quer seja, o mais absoluto controle sobre tudo e todos sem quaisquer possibilidades de contestação. São em momentos assim que surgem os piores e mais assassinos ditadores da História. Uma sociedade confusa, com uma escala de valores distorcida, invertida e contraditória (a contradição é uma estratégia fundamental para os esquerdistas) está vulnerável e pronta para ser dominada integralmente. Essas intervenções do PT estão acima do ex-presidente Lula e da senhora Rousseff, estes são apenas peças removíveis e substituíveis no intrincado projeto de poder da esquerda. Tudo vem pronto do Foro de São Paulo que obedece rigorosamente às determinações do movimento comunista internacional. O PT é um partido internacional e, sendo assim, ilegal, posto que imoral já se saiba desde sempre. Concebendo, substituindo e modificando engrenagens o PT está desfigurando o que resta da máquina democrática fazendo-a parecer imprestável para substituí-la pela geringonça comunista que só produz miséria, sofrimento e dor.


CELSO BOTELHO

02.06.2014

domingo, 1 de junho de 2014

UNS DIZEM QUE FOI, MAS NÃO VIRAM. OUTROS VIRAM E DIZEM QUE NÃO FOI. PORÉM TODOS SÃO CULPADOS



Como todos já sabiam a CPI da Petrobrás, como tantas outras, foram criadas para não apurar coisa alguma. Não pode ser classificada somente de “chapa branca” é, antes disso, uma retumbante fraude como, aliás, são todas as CPIs e o próprio Congresso Nacional que só não foi desonrado mais uma vez devido ao singelo fato de que não possui honra alguma para ser atingida. As duas Casas estão infestadas de jirigotes e, para fazer justiça, o Executivo e o Judiciário também. Uma CPI comandada e relatada pelo PMDB e PT, respectivamente, com uma maioria governista não poderia mesmo apurar coisa alguma. A “oposição” fez beicinho e “decidiu” boicotar os trabalhos. Boicotar o que? Dos treze integrantes dez estão alinhados com o desgoverno petista e há muito venderam suas almas ao diabo a preço módico e em várias parcelas mensais, iguais e sucessivas. O governo ficou penhoradamente grato diante de tanta generosidade. Existe tanta oposição ao governo petista quanto existe oceanos no sol. O PSDB exibiu, mais uma vez, sua condição de apêndice do PT, a “direita” da esquerda, a “direita” que a esquerda ama, venera e alimenta. Em dois depoimentos dona Graça Foster, presidente da Petrobras, foi contraditória “no que se refere” (royalties para Dilma Rousseff) à operação lesa-pátria da refinaria de Pasadena. No primeiro, declarou que foi um mau negócio. Chamada às falas pela presidente do Clube da Luluzinha e, eventualmente, da República Dilma Rousseff, no segundo depoimento assegurou que o “negócio” pode ser recuperado. No próximo depoimento, no próximo dia 27, o que disser não fará diferença alguma.


José Sergio Gabrielli, ex-presidente da estatal, que havia declarado em abril, textualmente “dona Dilma tem que assumir suas responsabilidades”. Em seu depoimento se contradisse “não considero a presidenta responsável pela compra de Pasadena. A responsabilidade é da diretoria do Conselho de Administração”. Então, tal como Nestor Cerveró, admite que todos são responsáveis pela operação lesa-pátria e, portanto, criminosos confessos. Gabrielli afirmou que a refinaria de Pasadena era bem localizada e com preço atraente. O barraco do Zé Espinha no alto do morro do Vidigal também é bem localizado (vista panorâmica) e pode ser comprado por uma ninharia e nem por isso é um negócio atraente, posto ficar próximo ao crematório dos traficantes e está permanentemente exalando um cheiro de pneu e carne humana queimada. E isso lá é critério para realizar um “negócio” desta envergadura? Segundo ele “era uma refinaria barata”. Cacete, mais um motivo para que fosse realizado um estudo mais cuidadoso antes de efetivar-se a compra. Ou este vigarista nunca ouviu a canção que diz “laranja madura na beira da estrada está bichada Zé ou tem marimbondo no pé”? Gabrielli disse que era um “bom negócio” quando a refinaria foi adquirida (pelo menos para a Astra Oil foi, sem dúvida) a partir de 2008 passou a ser um “mau negócio” (certamente para a Astra Oil que correu para ver aplicada a clausula de put option) e, em 2014, depois das denúncias da roubalheira voltou a ser um “bom negócio”. O “distinto” ex-presidente da Petrobrás não informou para quem. Encerrando seu depoimento afirma categoricamente que a estatal tem sido vítima de campanha política da oposição. Com seiscentos diabos aonde este velhaco foi arranjar oposição ao desgoverno do PT? Em Marte? Tal conclusão é ridícula e nem um débil mental cogitaria dizer tal absurdo. O PT institucionaliza a corrupção, o desvio, o desperdício e a malversação dos recursos públicos e inventa uma oposição para persegui-lo. Vão tomar vergonha na cara, seus moleques.


Nestor Cerveró, que poderia explodir com o governo petista, acabou por esvaziar a já esvaziada e inútil CPI da Petrobrás. Presentes ao depoimento somente três integrantes da mesa. Declarou o pulha: "A presidenta Dilma não foi responsável porque as decisões são colegiadas e aprovadas por unanimidade. O responsável pela compra somos todos nós. Foi uma compra acertada. Foi um acerto coletivo, colegiado. E eu sou coparticipante dessa decisão". Então seria o caso de instalar-se um inquérito para apurar o grau de participação de cada membro da quadrilha, uma vez que o crime já está tipificado e confessado. Esqueceu-se de dizer que quando disse “foi uma compra acertada” não se referia as ótimas condições da compra da refinaria, sua qualidade, produtividade, rentabilidade, etc. e sim dos “acertos” efetivados entre o comprador e o vendedor, se é que me entendem. Cerveró também negou que houvesse preparado um resumo do contrato para enganar dona Dilma, então presidente do Conselho de Administração, defendendo-se candidamente "para fazer isso, eu teria de enganar todo o conselho". Ora, isso não era necessário, posto que todos os “acertos” já haviam sido propostos e aceitos. Para que o senhor Cerveró iria aborrecer dona Dilma e os conselheiros com detalhes tão insignificantes mencionando as cláusulas Marlim (assegurando à Astra Oil, sócia da Petrobras no negócio, uma rentabilidade mínima de 6,9% ao ano, mesmo em condições adversas do mercado) e Put Option (obrigava a Petrobras a comprar a participação da Astra Oil em caso de conflito entre os sócios)? O ex-diretor confessou: “eu conhecia o contrato e os detalhes do parecer jurídico”. E o desgraçado omitiu esses “pequenos” detalhes? Um dos conselheiros, Jorge Gerdau, apressou-se em dizer logo que a trapaça veio a público, que o Conselho foi contra o negócio. Caso isso seja verdade a responsabilidade recai sobre Dilma Rousseff. O cargo lhe conferia poder tão vasto para decidir sozinha sobre um negócio envolvendo tão elevadas cifras? Caso sim, a existência de um Conselho era inútil. Depois da nota da presidência da República, em março deste ano, com a confissão de dona Dilma Rousseff de que aprovara e avalizara o negócio mediante um parecer “técnica e juridicamente falho” não restou nenhuma dúvida de que cometera crime de lesa-pátria junto com os demais. Segundo a nota da Presidência da República, o resumo executivo preparado pela diretoria da Área Internacional na época "omitia" informações como a cláusula "put option", que levou a Petrobras a pagar valores muito maiores pela refinaria do que os 360 milhões de dólares desembolsados inicialmente por 50% da unidade. Os “valores muito maiores” montam US$ 1, 2 bilhões. Dona Dilma Rousseff  deve ser imediatamente removida do cargo que jamais deveria ter ocupado, processada e presa. Foi negligente, omissa e permissiva com a má utilização dos recursos públicos.  Motivos é que não faltam para aplicar-se a Lei 1.079/1950 (Lei do Impeachment) na senhora Rousseff.


Por mais água que ponham na lagoa para refrescar a senhora Rousseff não poderá convencer ao mais tolo dos cidadãos que a “chefa” do desgoverno está isenta de responsabilidade. Qualquer dirigente de empresa responsável, honesto e zeloso recusaria o negócio ao detectar falha técnica e jurídica. Porém, dona Dilma estava e está pouco se lixando para a Petrobrás, para o Brasil e para os brasileiros. Só pensa em reeleger-se para dar continuidade ao seu desgoverno, sua desadministração, ao favorecimento de correligionários, aliados, cúmplices e comparsas. Mas quem já viu um esquerdista, comunista, petista e sucedâneos responsável, honesto e zeloso? Zelosos sempre são, porém para com seus interesses. Interesses escusos e torpes, diga-se.


CELSO BOTELHO

23.05.2014

CALÍGULA NOMEOU SEU CAVALO. NO BRASIL NOMEIA-SE ASNOS







Não se pode afirmar categoricamente que Calígula (12-41 d.C.) nomeou seu cavalo cônsul e sacerdote do Império Romano. Considerando ser o imperador um demente e pervertido não é difícil aceitar tal comportamento. No entanto, pode-se afirmar categoricamente que alguns de nossos presidentes da República indicaram para ministros do STF cidadãos que nada ficam a dever aos utilíssimos asnos. Aliás, indicar é um eufemismo. O correto é nomear ou impor, posto que apenas cinco nomes, até hoje, sofreram rejeição no Senado Federal num universo de cerca de 300 indicações-nomeações-imposições. E os cinco vetos aconteceram no governo do marechal Floriano Peixoto (1891-1894). Floriano conspirou e derrubou seu antecessor com um golpe usurpando o poder desconsiderando o Artigo 42 da Constituição Federal de 1891 (“Se no caso de vaga, por qualquer causa, da Presidência ou Vice-Presidência, não houverem ainda decorrido dois anos do período presidencial, proceder-se-á a nova eleição.”). Os casos mais emblemáticos são a “indicação” de dois generais e um médico para a mais alta Corte da Justiça do país. O médico baiano Cândido Barata Ribeiro, prefeito da Capital Federal de 1892 a 1893 (o cortiço mais famoso do Rio de Janeiro conhecido como Cabeça de Porco, na Rua Barão de São Félix, na Zona Portuária desapareceu durante seu governo) foi empossado e ocupou a vaga por dez meses e quatro dias. Naquela época a “sabatina” poderia ocorrer depois da posse. Os outros quatro “indicados” e vetados foram os generais Francisco Raymundo Ewerton Quadros e Innocêncio Galvão de Queiroz; o subprocurador da República Antônio Caetano Sève Navarro e o Diretor-Geral dos Correios Demosthenes da Silveira Lobo. O desprezo pelo STF era visível no presidente-ditador Floriano Peixoto. Em abril de 1892 decretou estado de sítio prendendo e desterrando na Amazônia opositores. Quando Rui Barbosa ingressou com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal em favor dos detidos, Floriano Peixoto ameaçou seus ministros: "Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, eu não sei quem amanhã lhes dará o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão". O STF, subserviente, negou o habeas corpus por dez votos a um. Por certo que a Suprema Corte abrigou inúmeros ministros de notável saber jurídico e ilibada reputação ao longo da República como também acolheu inúmeros canalhas. Como se pode constatar, desde o início da República, o Senado Federal não passa de um órgão encarregado de homologar as decisões do poder Executivo e submeter-se as suas exigências, pois, afinal, dele é apenas um mero departamento. Nos últimos anos a esquerda conseguiu compor o STF de seus sonhos ou quase. Dos onze membros que compõem a Corte quatro foram indicados-nomeados-impostos pelo ex-presidente Lula e outros quatro “pelo presidenta” Dilma Rousseff. Portanto, o Partido dos Trabalhadores, Aliados, Cúmplices & Comparsas contam com a maioria absoluta. Entre aqueles que foram alçados àquela Corte com as benções de Lula e Dilma há quem queira demonstrar independência quando, na verdade, está seguindo capítulo por capítulo da cartilha esquerdista ora explicitamente, ora subterraneamente. Prova contundente disso está na farsa do julgamento do Mensalão.


Mas, afinal, porque toda essa peroração? Reforçar o que foi acima escrito com a novela da abertura da CPI da Petrobrás.  Não existe dúvida alguma no texto constitucional (Art. 58, § 3º). Apenas duas exigências. A assinatura de um terço dos membros da Câmara Federal ou do Senado Federal, juntos ou separadamente, e um fato determinado. No entanto, a ministra Rosa Weber demorou quinze dias para entender e mesmo assim encaminhou para votação em plenário porque sua decisão era de caráter liminar (provisório). O gabinete da ministra não divulgou os argumentos usados para embasar a decisão. Com seiscentos diabos. O texto constitucional não oferece quaisquer possibilidades de questionamentos. Não necessita de embasamento.  Esta ministra no julgamento do Mensalão absolveu oito réus do crime de formação de quadrilha por entender que, textualmente, “não basta que mais de três pessoas unidas, ainda que por tempo expressivo, pratiquem delitos. É necessário mais. A lei exige que a reunião dessas pessoas seja qualificada pela intenção específica de cometer crimes”. Ora, isso é magistralmente “asnático”. Por certo que a ministra Rosa Weber só considere a prática deste crime no caso de haver uma convocatória em jornal de grande circulação informando os dias, locais e os horários que acontecerão as reuniões e em todas estas seja lavrada ata descrevendo minuciosamente os delitos, quem serão seus executores, quando e onde serão consumados, o modus operadi e que jamais se esqueçam dos registros contábeis. Para que tudo fique amarrado todos os quadrilheiros aporão suas assinaturas devidamente identificadas com RG e CPF.


Sejamos justos. Não é só de Rosa Weber que vive o STF. Marco Aurélio Melo votou a favor de um habeas corpus para Suzane von Richthofen que planejou e consumou com os irmãos Cravinhos o assassinato de seus pais. Mas a bondade deste ministro foi estendida ao dono do falido Banco Marka Salvatore Cacciola com um habeas corpus com o “esquecimento” do ministro de apreender o passaporte do velhaco que possui cidadania italiana. Cacciola fugiu para a Itália cujo governo negou-se a extraditá-lo. Só foi extraditado quando decidiu assistir um jogo de tênis no principado de Mônaco seis anos mais tarde. Outro ministro muito atencioso com os banqueiros é Gilmar Mendes, O Coronel. Em 48 horas expediu dois habeas corpus para o notório quadrilheiro-banqueiro Daniel Dantas, Banco Opportunity, preso na Operação Satiagraha, mais tarde o STF confirmou o habeas corpus pelo placar de 9 a 1. Outro membro emblemático que passou pelo STF foi Nelson Jobim mesmo havendo inserido dispositivos que beneficiaram credores da dívida externa sem que fossem examinados em dois turnos de votação pelo Plenário da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou esta última Carta Magna (alíneas “a”, “b” e “c” do artigo 166). O próprio Jobim admitiu o contrabando publicamente em entrevista ao jornal O Globo em 2003 para apenas o Artigo 2º que trata da independência dos três poderes e sobre o Artigo 166 calou-se prometendo revelar em livro que jamais será escrito e publicado. Os professores da UnB Adriana Benayon e Pedro Antônio Dourado de Rezende realizaram estudos e concluíram que foram enxertados dispositivos no Artigo 166. Em 2011, em decisão unânime, o STF liberou a realização dos eventos chamados “marcha da maconha”, que reúnem manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para “Suas Excelências” os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização dessas marchas. Num futuro não muito distante liberará as marchas pró-pedofilia, pró-infanticídio, pró-genocídio, pró-estrupo, etc. Na ocasião o decano Celso de Melo justificou, textualmente “a marcha da maconha é um movimento social espontâneo que reivindica, por meio da livre manifestação do pensamento, a possibilidade da discussão democrática do modelo proibicionista (do consumo de drogas) e dos efeitos que (esse modelo) produziu em termos de incremento da violência”. É esse tipo de gente que está na mais alta Corte desta nação. A Lei Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), de iniciativa popular (1,6 milhões de assinaturas), fora aprovada para barrar políticos criminosos a partir das eleições de 2010, porém o STF entendeu que só valariam para 2012. O ministro Luiz Fux desempatou a votação de 5 a 5 para 6 a 5 e todos os bandidos puderam concorrer em 2010 como Paulo Maluf, Jader Barbalho e uma considerável quantidade de criminosos. Também sobre a união estável de pessoas do mesmo sexo todos os dez ministros aptos a votar foram favoráveis. Dias Toffoli declarou-se impedido porque atuou em uma das ações julgadas quando foi advogado-geral da União. No entanto, não agiu da mesma forma quando no julgamento do Mensalão, visto ter sido assessor da liderança do PT na Câmara dos Deputados de 1995 a 2000. A Corte reconheceu que o não reconhecimento da união homoafetiva (esta não é a palavra correta, posto que os heterossexuais têm relação homoafetiva com seus filhos e nem por isso desejam transar com eles) contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade e o princípio da dignidade da pessoa humana e, ao mesmo tempo, detonou com o direito de família. Nada impedirá que, em futuro bem próximo, também considere legítima a união estável entre dez, quinze ou trinta homens ou mulheres e mais tarde legitimar a união estável entre um jumento e uma mulher, um rinoceronte com um homem e por ai a fora, afinal o que prevalecerá será o direito à opção sexual do pervertido.  Também a Corte se manifestou a favor da manutenção da Lei da Anistia (Lei 6.683/79) mais para salvar a esquerda empoleirada no poder. Sabem perfeitamente que os agentes do Estado que cometeram crimes forem expostos os comunistas que atuaram no período também o serão, a começar por dona Rousseff. Em agosto de 2008, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, editar uma súmula para explicar a todos os juízes as regras para o uso de algemas em presos e apontar as situações em que o uso do dispositivo pode ser considerado abuso de autoridade. Isto para não expor os bandidos de colarinho branco e congêneres ao constrangimento. Porque o Zé Povinho vai continuar a ser algemado, surrado, torturado e morto pelas polícias. Isto é uma pequena amostra do que é o STF porque ele é bem pior.


Desde que foi recepcionada na Constituição Federal de 1946 e nas subsequentes jamais houve uma CPI “ampla” ou “múltipla”. Então não é difícil perceber que o PT quer apenas tumultuar, postergar sua instalação e ganhar tempo. Tudo indica que será mais uma CPI “chapa branca”, ou seja, vai apurar tudo para que não apure coisa alguma. Enquanto isso dona Dilma segue em campanha por mais quatro anos de mais incompetência, descaso, omissão e mediocridade. Pergunta inocente: o escândalo de São Paulo tem suas raízes no final do século passado e o PT o ignorou majestosamente porque se tratava de membros do PSDB, a direita da esquerda ou a direita que toda esquerda ama, venera e alimenta por ser submissa, conivente e cúmplice. Como disse o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli dona “Dilma tem assumir sua responsabilidade”. Porém, é muito mais fácil assistirmos manadas de elefantes voando graciosamente pelos céus do que isto acontecer. Nem ela assumirá sua responsabilidade no crime e muito menos sofrerá um pedido de impeachment. D. Dilma já deveria ter sido denunciada pela Procuradoria Geral da República ao STF. Numa democracia de verdade isto já poderia ter acontecido, porém na democracia tupiniqueira o procurador geral foi nomeado  por dona Dilma e o STF conta com uma maioria petista. Danou-se! Além dos indícios a própria Dilma declarou que aprovou a roubalheira mediante um parecer falho e incompleto. Confessou seu crime. Não existe defesa. Deve ser apeada do cargo que, aliás, jamais deveria ter ocupado e presa. Dona Dilma assumiu sua incompetência e sua conivência com o ilícito lesando o patrimônio público. Dilma, Lula & Quadrilheiros Associados deveriam estar acomodados em penitenciárias de segurança máxima (de preferência construídas no fundo do Oceano Atlântico). As consequências de seus crimes são funestas para o cidadão e para o país. Mas estes dois e todos os integrantes da esquerda brasileira são apenas agentes do movimento revolucionário esquerdista internacional e podem ser substituídos a qualquer momento. O PT, o Foro de São Paulo, MST, CUT e muitas instituições a eles ligadas devem ser fechados para todo o sempre. São organizações criminosas. A CPI da Petrobrás será mais uma grande pizza. Como no Mensalão que blindou o seu chefe maior e ateve-se somente ao aspecto criminal em detrimento do aspecto institucional que fora gravemente atingido e com a petrolífera brasileira acontecerá a mesma coisa. Examinando as indicações-nomeações-imposições para o STF concluo que Calígula não era o único demente e pervertido.


CELSO BOTELHO

27.04.2014

UMA FORTUNA CONSTRUÍDA COM A MENTIRA, A SUBSERVIÊNCIA, A FRAUDE E A TORPEZA





A revista Forbes divulgou na última terça-feira a relação das 15 famílias mais ricas do Brasil. Os números apresentados envolvem a fortuna de cada integrante dessas famílias. No topo da lista estão os irmãos Marinho das Organizações Globo com US$ 28,9 bilhões. De um jornal herdado do pai (Irineu Marinho) que falecera pouco após tê-lo fundado ao império que se tornou deve-se a Roberto Marinho, já falecido. Fez-se útil e subserviente aos interesses dos poderosos do momento em troca de facilidades, privilégios, proteção, cumplicidade. Em 1939 aconteceu na cidade do Rio de Janeiro a primeira transmissão de televisão realizada pelos alemães durante a Feira Internacional de Amostras, o evento fora promovido pelo tenebroso DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) do Estado Novo (Getúlio Vargas era simpático ao nazismo e ao fascismo). Roberto Marinho esteve presente e seu jornal (O Globo) se destacava na tarefa de enaltecer a Exposição de Televisão e a própria TV sem, contudo, descuidar de fazer a apologia à iniciativa do Estado Novo e à colaboração do jornal em relação ao evento. Naquela ocasião Roberto Marinho já estava inserido no esquema do poder, fosse qual fosse.


A Tv Globo quando entrou no ar em 1965 era mais uma emissora de televisão. Seu crescimento e supremacia no setor das comunicações só foram possíveis com auxílio “luxuoso” do regime militar mediante a colaboração, ocultação, distorção e omissão sistemática da emissora aos mandos e desmandos dos generais de plantão. Até hoje tramita na justiça processo movido contra a Tv Globo referente à aquisição da Tv Paulista mediante meios fraudulentos e lesivos aos acionistas minoritários daquela empresa (entre eles Waldemar Seyssel, 1905-2005, o Palhaço Arrelia). A perícia apontou para documentos grosseiramente forjados. A transação está eivada de irregularidades com a anuência do ministério das Comunicações desde o regime militar. Hoje a Tv Globo de São Paulo (ex-Tv Paulista) responde por, aproximadamente, 50% do faturamento da rede. O processo deverá ser encerrado no Dia do Juízo Final, contra ou favor da “Vênus prateada”, nunca se sabe. Este é apenas um caso entre centenas de outros que envolvem a emissora desde a prática de coação ao descumprimento da legislação trabalhista, previdenciária e tributária (entre 2010 e 2012 a Rede Globo foi notificada 776 vezes por sonegação fiscal). Com tanta proteção Roberto Marinho construiu seu oligopólio sem quaisquer sobressaltos. É nisso que reside o problema. Televisão é uma concessão pública, porém seus concessionários se comportam como se fossem seus proprietários e o governo por omissão, descaso, cumplicidade, incompetência e principalmente comprometimento político jamais se interessaram pelos abusos cometidos. Em 2010 o procurador regional da República no Rio Grande do Sul Domingos Sávio Dresch da Silveira resumiu em uma única frase o que sempre aconteceu (e não só com concessões de emissoras de rádio e televisão): “concessão sem fiscalização é doação”. As telecomunicações são um serviço público federal que pode ser concedido à iniciativa privada. No Brasil o Estado não controla a utilização da concessão que é pública. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão devem atender aos quatro princípios apontados no Artigo 221 da Constituição Federal, a saber. Preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas; promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação; regionalização da produção cultural, artística e jornalística e o respeito aos valores éticos e morais da pessoa e da família. É importante não confundir censura com controle. A censura é a proibição fundada em juízos de valor que não tenham base na Constituição e o controle deve ser exercido para fazer valer valores que estão na Constituição Federal. A tendência é que este formato (concessão sem fiscalização) jamais tenha fim permanecendo e cada vez mais intensificando a relação promíscua que se estabeleceu entre o Estado brasileiro, seus governos e o concessionário. Há algumas décadas o político (eleito ou nomeado) que colide com a grande mídia está condenado. Ou dela será excluído ou, eis o pior, ou ela tornar-se-á sua inimiga. A Tv Globo ao longo de sua existência tanto alavancou carreiras políticas como também destruiu muitas delas.


Quando João Goulart assumiu a presidência da República seu cunhado Leonel Brizola chamou Jango e pediu para ser nomeado ministro da Fazenda e, caso fizesse alguma besteira, poderia demiti-lo sem qualquer constrangimento. João Goulart foi consultar Roberto Marinho que foi categórico: caso nomeasse Brizola não chegaria ao fim do mandato. No dia seguinte O Globo publicava uma página enaltecendo João Goulart como estadista. Conclusão: Jango não nomeou Brizola e também não completou o mandato. Na edição de primeiro de abril de 1964 o jornal O Globo publicava: “Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos (...) Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes, demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições.” Em pouco tempo, para Roberto Marinho João Goulart passara de estadista à irresponsável. Hoje, descaradamente, tenta fazer um “mea culpa” alegando que errara, equivocara-se. Imediatamente após o golpe quando tentava organizar a resistência armada dos camponeses Gregório Bezerra foi torturado e arrastado pela praça do bairro de Casa Forte pelo tenente-coronel do Exército Brasileiro Darcy Viana Vilock, com uma corda no pescoço, seus pés foram imersos em solução de bateria de carro ficando em carne viva e este hediondo espetáculo foi exibido pelas televisões. Como alguém diante disto poderia equivocar-se quanto ao que seria no futuro? A truculência, a tortura e os assassinatos vieram de mãos dadas com o golpe civil-militar de 1964. As Organizações Globo não só apoiaram a violência como também foram coniventes com ela. Moralmente a Rede Globo é tão responsável pelos crimes cometidos antes, durante e depois da ditadura quanto seus próprios autores e executores e, neste caso, nenhuma retratação é aceitável. Pegar carona no bordão do Lula do “eu não sabia” não convence o mais imbecil dos mortais. Ora, vão catar coquinho no fundo do oceano. Em 1989 o último debate entre Lula e Collor, candidatos no segundo turno da primeira eleição para presidente da República direta após quase trinta anos, a Rede Globo o editou favoravelmente a Collor exibindo seus melhores momentos e os piores de Lula. Collor era, digamos, “cria da casa” e Lula ainda não havia se comprometido publicamente em manter o status quo e até ampliá-lo.  As Organizações Globo não só sempre exerceram influência sobre os governos como também neles interferiram de uma maneira ou de outra, em seu benefício próprio ou de seus “parceiros”. Roberto Marinho foi considerado o maior partido político do Brasil. Na década de 1990 a Rede Globo valeu-se mais uma vez de seu prestígio e cumplicidade com os poderosos e um artigo na Constituição Federal foi alterado elevando para 30% a participação de capital estrangeiro nas empresas de mídia. Em 2002 o BNDES concedeu “uma ajuda” à emissora no montante de R$ 280 milhões. De acordo com a Receita Federal a Rede Globo praticou fraude contábil ao negociar um perdão de R$ 158 milhões em dívidas com o banco JP Morgan em 2005. A emissora, multada em R$ 730 milhões, contestou a cobrança, mas foi derrotada em uma das instâncias do ministério da Fazenda, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, em setembro de 2013. Um fato bem emblemático sobre o poder desta empresa se deu por ocasião da compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 sonegando imposto de renda ao utilizar-se de um paraíso fiscal para realizar o negócio. Em 2006 a Receita cobrava uma multa de R$ 615 milhões, mas como um passe de mágica, o processo desapareceu da sede da Receita Federal no Rio de Janeiro. Em janeiro de 2013, a funcionária da Receita Cristina Maris Meinick Ribeiro foi condenada pela Justiça a quatro anos de prisão como responsável pelo sumiço do processo. Cristina jurou de pés juntos e com dedos cruzados às costas que agira por livre e espontânea vontade. Mas que menina traquina! O site WikiLeaks em 2013 cita que a Rede Globo repassou à UNESCO apenas 10% do valor arrecadado desde 1986 com a campanha “Criança Esperança” (à época equivalente a R$ 94,8 milhões). As mazelas, as negociatas, as trapaças, o servilismo e os crimes das Organizações Globo são inúmeros e este texto não é o território apropriado para apontá-las e esmiuçá-las porque exigiria centenas e mais centenas de páginas. Seu propósito é embasar a necessidade de alterarmos substancialmente a legislação para a concessão de emissoras de rádio e televisão e impedir que se transformem no monstro que a emissora do Jardim Botânico tornou-se. Praticamente um estado dentro do Estado, um sistema mafioso. Não estamos, pois, tratando de censura e sim de controle, fiscalização.


Ciente do ranking da revista Forbes o ex-presidente Lula evocou a necessidade de alterar-se a legislação (Código Nacional das Telecomunicações de 1962) para impedir que conglomerados se estabeleçam e tornem-se cada vez mais poderosos em influência e dinheiro. Dito por qualquer outra pessoa se poderia concordar sem mais delongas. Mas quando dita por um inveterado trapaceiro, velhaco e patife é imprescindível se remover a face nominal do discurso e então se pode constatar as reais intenções na fala de Lula, o principal porta voz do maldito Foro de São Paulo que, por seu turno, é um departamento do movimento esquerdista revolucionário internacional. O PT está no poder desde 2003 e, cada vez mais, vem se fortalecendo e dominando toda estrutura do Estado brasileiro pelos mais diversos expedientes (aparelhá-lo, corroê-lo, corrompê-lo, desprezá-lo, intimidá-lo, contaminá-lo, desmontá-lo, desmoralizá-lo, etc.). Na prática pode-se afirmar que estamos vivenciando um regime de partido único, posto que os demais não passem de meros acessórios dentro do esquema de poder da esquerda. O PT está muito próximo de assumir definitivamente e sem oposição o total controle político do país. Há muito que destruiu, cooptou, comprou e pagou à vista qualquer esboço de oposição. Aécio Neves e Eduardo Campos estão integrados no esquema de poder esquerdista. O passo seguinte será o controle econômico. Muito já se avançou neste sentido, porém é uma empreitada que demanda tempo para ser concluída. E isto não pode e nem deve ser entendido como a liquidação do sistema capitalista, ao contrário, a esquerda sabe perfeitamente da inviabilidade de uma economia planificada, simplesmente porque é impossível realizar o cálculo econômico. Portanto, o objetivo é exatamente o oposto, isto é, preservar e fortalecer o sistema capitalista. Recentemente o pré-candidato à presidência da República Eduardo Campos desenterrou um chavão que só os militantes esquerdista histéricos, alienados, bocós e que jamais leram Karl Marx ainda repetem: a socialização dos meios de produção e, para não irritar à elite, apregoou uma limitação na propriedade privada. O conterrâneo de Lula não explicou como poderia concretizar isso. Não porque não quisesse, simplesmente não sabe ou sabe que é impossível.


Controlar a economia significa transformar banqueiros, empresários, (indústria, comercio, agronegócios, prestação de serviços, etc.) em seus empregados, inclusive os Marinhos, os Safras, os Ermírio de Moraes, os Moreira Salles, os Odebrecht, os Civitas, os Setúbal, etc. Iludem-se se pensam que a esquerda, ao assumir o controle econômico do país, permitirá que desfrutem dos privilégios, benesses e favores aos quais estão acostumados e que concentrem em seu poder fabulosas fortunas. Quando tudo for bem colherão os louros afirmando que o sucesso deve-se a intervenção estatal na economia e, por outro lado, se alguma coisa der errada a responsabilidade recairá sobre os empresários que respondem pela atividade, meros empregados. Em qualquer dos casos tirará proveito. Lula tentou durante seus oito anos na presidência aprovar uma Lei da Imprensa com o claro objetivo de censurá-la, constrangê-la e dominá-la. Atualmente a esquerda está instalada em todos os grandes meios de comunicação, movimento editorial e universidades, porém ainda estão limitados diante da formatação constitucional que o país tem. Como já escrevi em textos anteriores só existem três maneiras para eliminar o frágil Estado Democrático de Direito. A primeira, que está em curso bem antes do PT assumir o governo, criar e alterar a legislação vigente para conformá-la aos seus propósitos. Segunda, atropelar a Constituição Federal e convocar uma assembleia constituinte exclusiva que, na verdade, não seria exclusiva de coisa nenhuma. Ao seu término o país receberia uma nova Carta Magna à imagem e semelhança dos objetivos da esquerda. Esta aberração é repudiada por milhares de brasileiros, mas é uma resistência diluída, pouco instrumentalizada e sem grande alcance. Contudo, é resistência e não se deve desprezá-la. Terceira, formar uma grande militância capaz de respaldar uma ruptura institucional. Esta última opção por ora está descartada como já ficou provado com o balão de ensaio lançado em junho de 2013. A esquerda não dispõe de uma militância capaz de romper com a legalidade e constituir-se numa nova hierarquia de poder. Isto é um dado fundamental. Significa que a maioria da sociedade brasileira não compactua com os crimes perpetrados pelo Partido dos Trabalhadores, Foro de São Paulo, Cúmplices & Comparsas.


É preciso rever a legislação pertinente à concessão de serviços públicos à iniciativa privada em todas as atividades e reverem-se todas as privatizações e concessões já levadas a cabo no Brasil. Porém, jamais com o patrocínio do ex-presidente Lula, da senhora Rousseff, do PT, do Foro de São Paulo & Bandidos Associados. Lula está manipulando a opinião pública utilizando o fato dos Marinhos serem a família mais rica do Brasil para robustecer a estratégia da esquerda de controlar a economia de cabo a rabo. E controlar as comunicações é fundamental, objetivo inegociável dentro da estratégia esquerdista. Isto, no entanto, não significa em hipótese alguma, permitir que as Organizações Globo continuem sendo um oligopólio, utilize uma concessão pública como bem lhe aprouver. Mentindo; ocultando; distorcendo; fraudando; impondo comportamentos, atitudes, valores e costumes contrários as tradições cristãs e conservadoras da sociedade brasileira e cometendo uma série de crimes. A sociedade deve discutir uma proposta que impeça que os concessionários arvorem-se acima do bem ou do mal ou, o que pior, venham nos dizer o que é o bem e o que é o mal.

CELSO BOTELHO
16.05.2014


ELEIÇÕES 2014.ENTRE A CATÁSTROFE E A CATÁSTROFE





Desde 1989 os candidatos a presidente da República têm se mostrado insossos, medíocres, velhacos, ignorantes até a última instância e profundamente comprometidos com os interesses políticos, econômicos, partidários. Revisitando àqueles pleitos se pode encontrar alguma substância e consistência no discurso de alguns candidatos se comparados com as três opções que hoje estão postas para o eleitorado. Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos nem mesmo discurso possuem que dirá um projeto, programa ou uma proposta para o país. Falam como todos os demagogos: genericamente. Não apresentaram até o momento nada de concreto. Prometem de um tudo. Todos são unânimes que urge acelerar a reforma agrária, recuperar o salário mínimo, promover a reforma política, melhorar os serviços públicos (transportes, saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura, etc.), combater a inflação, a violência no campo e nas cidades, a corrupção, etc. No entanto, nenhum deles sabe como fazer ou, se sabem, guardam o segredo a sete chaves. Na campanha eleitoral de 2010 a então candidata-poste prometeu desde a construção de cinco refinarias até conter o aquecimento global. Sequer conseguiu terminar a refinaria de Abreu e Lima (PE) orçada inicialmente em US$ 3 bilhões e já consumiu cerca de US$ 20 bilhões sem que esteja concluída. Nem com mágica ou despacho na encruzilhada dona Dilma não realizaria sequer dez por cento de suas promessas. E os eleitores sabiam disso. Uns conscientemente outros nem tanto. Sua eleição deveu-se única e exclusivamente ao “charme e veneno” de seu criador. Mesmo um candidato bem intencionado (coisa tão possível no Brasil quanto à existência de oceanos no Sol), determinado e com ampla sustentação política levaria mais de uma década ou algumas para chegar próximo aos dez por cento sem recorrer à magica ou magia negra tal é o caos instalado no país. Mas além de não existir candidato com este perfil nosso regime presidencialista-pluripartidário jamais poderá criar uma situação de ampla sustentação política, pelo menos sem mensalões e sucedâneos e, mesmo recorrendo a estes expedientes ainda assim seria incapaz de transformar o que quer que seja. A eleição presidencial deste ano até o momento sugere que será a mais medíocre desde que fora restabelecida nos idos de 1989. Mas não se enganem. Nada no Brasil é tão ruim que não possa piorar.

Nas eleições brasileiras, em todas as esferas, só se trata de miudezas. O debate político-ideológico há muito foi substituído pela disputa de cargos. Historicamente os recursos públicos são desviados para atender interesses políticos, econômicos, partidários. A elite brasileira tem por hábito cultivar a ociosidade intelectual e a ganância e por isso mesmo foi cooptada pela esquerda e aderiu entusiasticamente aos seus pressupostos integralmente uma vez que as suas contas bancárias jamais registraram aportes tão substanciais antes que ascendesse ao poder. Isto não significa que os governos anteriores não tenham criado, ampliado e mantido seus privilégios e lucros estratosféricos. Ao contrário, inúmeros bancos e empresas somente puderam crescer com a cumplicidade de sucessivos governos, incluindo aqueles do regime militar (1964-1985). O que essa elite ainda não percebeu é que está sendo usada. É parte da estratégia da esquerda para dela apoderar-se e torná-los seus meros empregados. Da mesma forma que a esquerda lança mão dos movimentos sociais para robustecer-se e alcançar seus objetivos. A esquerda já possui o controle político hegemônico no Brasil. Todos, disse todos, os partidos políticos estão afinados com o discurso esquerdista. Desde o PMDB até o PEN, último partido a ser criado, passando pelo PSDB e DEM. Suas aparentes divergências neste ou naquele ponto não ameaçam a sua unidade. A adoção de vias opostas e conflitantes é extremamente benéfica para a esquerda. O movimento esquerdista revolucionário sempre encampa diversas correntes por mais contraditórias que possam ser. Quanto mais genérico for seu discurso maior sua suas chances de estabelecer-se porque não está engessado a pressupostos rígidos ou tradicionais. O ex-presidente Lula, autor de inúmeras bobagens e besteiras, a esse respeito acertou na mosca ao dizer que a esquerda não sabe que tipo de socialismo deseja. É exatamente isso. Uma experimentação constante. Trilham por diversos caminhos antagônicos simultaneamente sempre os avaliando, reelaborando, robustecendo-os ou enfraquecendo-os porque qualquer resultado será convertido em seu benefício. Sempre agiram desta forma aqui e alhures.


O controle da economia é uma etapa fundamental, porém não essencial. E não é essencial por dois motivos. Primeiro, o socialismo não sobrevive sem uma economia de mercado. Segundo, este controle demanda um longo tempo e ao longo do percurso terão que ir atendendo algumas exigências, reelaborando seu modo operar, ajustando-se às situações e circunstâncias e, consequentemente, renovando-se para não perder espaço. Nunca existiu nenhuma disputa entre o socialismo e capitalismo na área econômica. O primeiro não sobrevive sem o segundo e este tem a capacidade de gerar riqueza até mesmo denegrindo-se e usando os símbolos do socialismo. O movimento editorial, por exemplo, fatura milhões publicando autores esquerdistas, a imagem de Chê Guevara estampada em camisetas é vendida quase cinquenta anos após a sua morte. Suprimir o capitalismo só faz sentido na imaginação dos histéricos. Não há a mais mínima possibilidade disso acontecer, mas o movimento esquerdista não tem qualquer interesse em derrubar esta fantasia, posto que ainda atenda seus interesses. Para muitos brasileiros a implantação do socialismo implica automaticamente em total estatização dos meios de produção, supressão da propriedade privada, etc. Isso jamais irá ocorrer. Os esquerdistas atuam no sentido de controlar toda a economia e não sufocá-la. O controle político favorece a criação de mecanismos e a utilização dos meios legais para desencadear e manter o processo de controle econômico. A agenda de dez pontos do Consenso de Washington não deixa a menor dúvida que o processo está adiantado. Uma elite ignorante como a nossa aplaude e se associa a um esquema que se no primeiro momento os afaga e enriquece no momento seguinte a destituirá assumindo seu papel. Esta estratégia não é inédita. A China é governada por um partido comunista e sua economia é de mercado, porém quem controla tudo é o Estado. Em contraste temos a ilha de Cuba. Os revolucionários de 1959 decidiram apoderar-se do controle político e econômico do país ao mesmo tempo. Foi catastrófico. Cuba é um país pobre, atrasado, sem perspectivas. O discurso oficial sobre as privatizações ou concessões não se sustenta. Desmantelar o Estado é “clausula pétrea” na cartilha socialista, notadamente nas áreas mais sensíveis como energia, mineração, comunicações, serviços de infraestrutura, deixando-o vulnerável, incapaz e subserviente a interesses estranhos a sociedade. Basta investigar-se a fonte do dinheiro que é movimentado nestas operações para se constatar a presença da elite globalista, dos socialistas Fabiano. Realizar esta conexão não é nenhum bicho de sete cabeças. Porém, no Brasil a preguiça intelectual impede que se estude o assunto. É bem mais fácil dar um sorrisinho sarcástico, olhar com desdém e proclamar que tudo isto é teoria da conspiração. Enquanto isso o país vai sendo destruído, espoliado e engolido.


Os marqueteiros remunerados a peso de ouro deverão esmerar-se ao extremo para transformar Dilma, Aécio e Eduardo Campos em algo que possa contagiar o eleitor, posto que para entusiasmá-los precisariam de um milagre, e dos grandes. Dilma já se mostrou inapta, incompetente e medíocre na chefia do Estado e do governo. Aécio está fadado a desempenhar o mesmo papel de Geraldo Alckmin e José Serra: saco de pancadas do PT. Mas a função do PSDB é exatamente a de se apresentar como oposição sem criar embaraços ou constrangimentos para o candidato petista.  Eduardo Campos até bem pouco tempo atrás seu partido (PSB) era aliado do (des) governo Rousseff e, portanto, cúmplice e comparsa de todos os crimes e bandalheiras cometidas nos governos petistas. Mesmo não o sendo de fato o foi de direito, posto que a ele estivesse associado e compactuava de seus mandos e desmandos. De qualquer forma é responsável. Na última eleição presidencial encontramo-nos entre o desastre e a catástrofe. Nesta estamos diante somente da catástrofe, seja qual for o eleito. O pior de tudo é constatar que o Brasil caminha aceleradamente para uma derrocada política, social e econômica irreversível. Persistindo a omissão, o desinteresse e o individualismo serão eleitos governos cada vez mais catastróficos até que não reste mais nada para ser devastado.  


CELSO BOTELHO
30.04.2014