terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
PREFEITO PREOCUPADO
FEIOSOS
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
CANDIDATOS COM "FICHA SUJA" DEVERIAM SER BARRADOS?
Sim. A reputação ilibada é um dos requisitos fundamentais para o exercício de toda e qualquer atividade, mesmo porque conduzir-se de acordo com o estabelecido na legislação e também no bom-senso não caracteriza nenhuma virtude, ao contrário, é uma obrigação mais do que legal. É moral. Contudo, no Brasil, e desde sempre, alguns delinqüentes perceberam que com a proteção legal de um mandato eletivo poderiam fugir, manipular e burlar a lei indefinidamente. A prática do ilícito passou a constar diariamente na agenda dos homens encarregados de gerir o Estado séculos a fora. Penso que somente o fato de um cidadão maculado pleitear um cargo público, eletivo ou não, já deveria ser fortemente questionado pela justiça com rigor. No entanto, o legislador brasileiro - leia-se Congresso Nacional - não está interessado em reformar coisa alguma que venha a estorvar-lhe a vida ou interesses. Portanto, não nos iludamos: por mais barulho que se faça para impedir os bandidos de ocuparem cargos públicos sempre haverá um jeitinho.
Celso Botelho
20.02.2008
CHÁVEZ, MORALES E LULA FALAM SOBRE A RENÚNCIA DE FIDEL
Que reação poderia esperar do arremedo de ditador, megalomaníaco e bobalhão empedernido do Chávez? Ou do silvícola boliviano? Ou do ignorante do Lula? Afinal são fãs de Fidel, verdadeiras macacas de auditório do pífio. Quem diz que a educação e saúde em Cuba é perfeita demonstra pleno desconhecimento sobre a ilha. Somente quando redemocratizar-se Cuba é que teremos acesso as inúmeras mazelas a que seu povo foi submetido por este sanguinário, tal qual na antiga URSS. Renunciou tarde. Renunciou porque está moribundo. Fidel é um dos representante do que há de pior na espécie humana.
Celso Botelho
20.02.2008
FIDEL CASTRO RENUNCIA Á PRESIDÊNCIA DE CUBA
O Brasil também crescia a olhos nus durante os anos de chumbo capitaneados pelo presidente Médici, O Sanguinário do Milagre Brasileiro. E ai? Havia distribuição de renda? Não havia violência? Não tinha brasileiro fugindo? Não tinha imprensa amordaçada? Tinha saúde e educação melhor do que hoje? Ora, a primeira coisa que um defensor de Fidel deveria fazer é transferir-se para Cuba, já que aprecia tanto ser escravizado. Quanto a Lula, O Ignorante, é a coisa de sempre: quando não fala bobagem certamente está a fazer besteira.
Celso Botelho
20.02.2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
PARLAMENTO DE CAVILAÇÃO
Então está combinado: a CPI finge que investiga o uso indevido dos cartões corporativos, o governo finge que não interferirá a favor da preservação de seus interesses políticos e pessoais e a sociedade... Bem, a sociedade precisa e deve manifestar seu repúdio de maneira mais contundente ao embuste que está por consumir-se no parlamento de cavilação. Urge que as entidades representativas da sociedade civil libertem-se de uma apatia nociva à nação. Qualquer deslize com o dinheiro público, seja de qualquer montante, é inaceitável e a sociedade deve responder imediatamente exigindo o cumprimento da lei para a manutenção da ordem. Os governantes brasileiros sempre se acharam acima do bem e do mal. Cultivaram, durante séculos, o ignóbil hábito de mandar e desmandar, fazer e desfazer eximindo-se da prestação de contas. E isso sob os mais diversos pretextos. No momento alegam a segurança pessoal e dos familiares do presidente respaldados por um dos entulhos da ditadura que é o Decreto nº. 200 de 25.02.1967 combinado com o Decreto nº. 3.892 de 20.08.2001 que cria o famigerado cartão corporativo alterado pelo Decreto nº. 5.355 de 25.01.2005 e finalmente remendado pelo Decreto nº. 6.370 de 01.02.2008, mas que só entrará em vigor em março. Portanto , a corrupção, o desvio, o desperdício e malversação do dinheiro público não são invenções ou privilégios do governo Lula. Porém, os sucessivos escândalos durante sua administração envolvendo agentes públicos são de sua inteira responsabilidade.
Os desacertos a partir de 2003 nos remetem a duas indagações. Primeira: qual foi de fato o acordo costurado para blindar o presidente, especialmente após o episódio do mensalão? Segunda: que espécie de torpor envolveu o eleitorado brasileiro para optar por reconduzi-lo à presidência da República? Para ambas as indagações poderemos enumerar dezenas de possíveis motivos. Para a primeira surgiram até pseudos patriotas a defender a imagem do país no exterior caso a CPI do Mensalão atingisse o presidente e, conseqüentemente, redundasse num processo de impeachment com intervalo pequeno do anterior e, sendo assim, decidiram poupá-lo sem abrir mão de sangrá-lo e esta justificativa pode ser considerada infame. Na segunda, por diversas circunstâncias, aconteceu o descolamento da figura presidencial de todos os imbróglios nos quais seu partido estivera (e está) envolvido; a ausência de uma liderança oposicionista que empolgasse; a incompetência de articulação da sociedade organizada; as ações sociais de grande apelo populista e de suspeita eficácia, porém, extremamente oportuna eleitoralmente e, não nos esqueçamos, a adoção de um elenco de posturas governamentais profundamente benéficas (rentáveis) aquela minúscula parcela da população que detém o controle efetivo das riquezas da nação. No entanto, estas constatações pinçarão, no máximo, num pequeno retângulo de todo o quadro. A verdadeira dimensão do fenômeno Luis Inácio Lula da Silva será convincentemente explicada pela História. Contudo, as repercussões de sua passagem pelo governo surtirão efeitos num futuro próximo.
Nosso parlamento é um caso atípico no mundo. Seja pelas regras que os constituem, pela legislação eleitoral que os formatam nas urnas. De qualquer forma o latente corporotavismo e fisiologismo assomaram-lhe o controle excluindo todas as prioridades da sociedade. O índice de comprometimento leviano e asqueroso entre Executivo e Legislativo e sua contaminação no Judiciário nos revela uma relação promíscua, tempestuosa quando interesses se interpõem. Tudo indica que, facilmente, esta CPI será mais um engodo, uma manobra onde se preservará o praticante em potencial do delito enquanto os delituosos de menor envergadura, e não menos delinqüentes, serão expostos à execração pública numa ardilosa tentativa de satisfazer a sede de justiça de uma sociedade vilipendiada de todas as formas, com culpados. E esta não será a primeira vez que tal ocorre e, desgraçadamente, não será a ultima.
Separar o joio do trigo nesta monumental plantação de facínoras profissionais é missão praticamente impossível. O fato que deverá ser determinante será a capacidade de articulação da sociedade promovendo um estrondoso e pacífico questionamento das atividades parlamentares não só com relação a este fato em si, mas a todo o procedimento do Congresso Nacional que nos últimos anos vem sofrendo uma deteriorização incessante suscitando até a dúvida sobre a necessidade de sua existência. Não concebo a República sem um Congresso Nacional, porém, convenhamos, este que está ai deve esforçar-se mais se desejar ser medíocre, omisso, permissivo e inútil, por ora está abaixo dessas qualificações. Não ocorrerão mudanças substanciais ou necessárias neste país caso a sociedade não se articule e estabeleça uma agenda que possa atendê-la senão na plenitude ao menos no essencial.
Celso Botelho
13.02.2008
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
IMPEACHMENT JÁ!
De ínicio, e com muita boa vontade, atribuía a ausência de experiência executiva do presidente em lidar com a complexa máquina administrativa federal e torcia para que encontrar as pessoas capacitadas para bem orientá-lo e aperfeiçoá-la. Afinal, além de brasileiro moro aqui. A seguir aventei a possibilidade de o presidente ser permissivo e, finalmente, as mais terríveis dúvidas me assomaram diante da possibilidade de todo o governo estar irremediavelmente comprometido com a prática sistemática do ilícito. A mobilidade da sociedade foi atingida profundamente com ascensão do Partido dos Trabalhadores que detém o monopólio de articular, manipular e insuflar. A oposição no Brasil hoje não passa de choramingas inaudíveis. A apatia das entidades representativas da sociedade civil (OAB, ABI, etc.) diante de mandos e desmandos que nem o regime militar ousou praticar, e eles tudo podiam. Onde estão? Onde estão as mesmas pessoas que amputaram um mandato presidencial atropelando prazos, ritos e direito a ampla defesa garantidos na Constituição Federal? Não sou advogado ou procurador do atual senador Fernando Collor, porém, a pena imposta foi bem maior que o suposto delito, visto haver sido absolvido em todos os processos posteriormente. Na minha avaliação, como cidadão, existem indícios contundentes para impetrarmos um pedido de impeachment para o atual presidente da República proporcionando-lhe o direito de ampla defesa. Por ocasião do escândalo do mensalão houve um consenso da débil oposição (PSDB e PFL, atual DEM) de apenas sangrar o presidente, o que não deu certo, porque não seria bom para o país outro impeachment em tão breve intervalo. Penso que, se for necessário, que se utilize tal mecanismo até de ano
Esta blindagem em torno do presidente Lula é inaceitável, covarde e demonstra pleno atendimento a interesses pessoais e setoriais. Ele é um funcionário público eleito para um período pré-determinado para gerenciar o país e deve corresponder, minimamente, as expectativas porque, caso contrário, tem que pegar o boné.
Celso Botelho
06.02.2008
* Ignorante: que ou quem ignora.
CPI PARA OS CARTÕES CORPORATIVOS
A CPI é um instrumento completamente ineficaz no Brasil. É desmoralizada, corrupta, tendenciosa é só presta mesmo para que os parlamentares apareçam na mídia gratuitamente como arautos de uma ética que jamais acreditaram ou praticaram. Com a qualidade humana existente nos parlamentos brasileiros até o próprio diabo passaria incólume. Novas regras para o uso dos cartões corporativos anunciadas é igual à Lei Eusébio de Queiroz: "para inglês ver”. As leis que regem nosso país podem não ser de todo más, no entanto, suas efetivas aplicações estão completamente subordinadas aos donos do poder como, aliás, sempre o foi. Portanto, e trocando em miúdos, uma CPI desta jogaria no lixo mais dinheiro do contribuinte, promoveria alguns candidatos às eleições deste ano e, como é praxe, sem quaisquer resultados. É lamentável que a sociedade permaneça hirta diante de tantos descalabrados com um Estado Democrático de Direito funcionando onde existem mecanismos legais para estancar-se esta sangria dos cofres públicos.
Celso Botelho
****** DÊ A SUA OPINIÃO ******
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
Vir Virgílio quer demissão de Marta por críticas à Europa
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) é semelhante a um tenor: só tem garganta. Concordo que a ministra Marta Suplicy (PT-SP) foi inapta e extremamente inábil quando indagada, na Espanha, sobre a violência no Brasil. Esta senhora sequer deveria ser um atendente em qualquer repartição pública. Essa tucanada está ansiosa para voltar ao poder e fazer mais lambanças a fim de não perder esta disputa para os petistas. Ao envéz de jogar para a galera o nobre senador deveria tentar fazer oposição legítima ao governo, afinal detém um mandato. Nós temos que demitir não só a ministra como e, principalmente, o presidente ignorante, o governo corrupto, todos os parlamentares , governadores, prefeitos, etc. e tal.
Celso Botelho
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
O assunto é mais que requentado. No entanto, não podemos desprezá-lo.A primeira experiência que tivemos com o sistema parlamentarista de governo foi durante o Império e, em meio século, caíram cinco ministérios. A adoção desse sistema no Brasil já foi decidida nas urnas por duas vezes, uma em 1961 por ocasião da renúncia do presidente Jânio Quadros e a ascensão do vice-presidente João Goulart que desde os tempos de Vargas como ministro do trabalho não era visto com bons olhos pelas Forças Armadas especialmente por sua tendência esquerdista e assim tornou-se um impasse que fora transposto pelos militares ao “convencerem” as lideranças partidárias como única solução a adoção de um regime parlamentarista que, certamente, o alijaria do poder e assim foi parida a EC N.º 4 de 02.09.1961 instituindo o sistema parlamentarista para dar cabo de uma crise política.A experiência durou apenas quinze meses com a participação de três primeiros-ministros. Goulart com o mandato amputado trabalhou para que acontecesse um referendo popular e o sistema presidencialista saiu vitorioso devolvendo ao presidente todas as suas prerrogativas.No entanto, nas casernas, a conspiração esvaziada em 1954 com o suicídio de Vargas voltava a ter consistência e, em 1964, o presidente foi deposto e os militares tomaram o governo.Em 1993 um dispositivo constitucional determinava a realização de plebiscito para consultar o povo sobre a forma (república ou monarquia) e o sistema (presidencialista ou parlamentarista) de governo obtendo a desaprovação da maioria dos eleitores os parlamentaristas ficaram nas sombras até então.Na época poderiam ter explorado mais a seu favor o impeachment do presidente Collor.Podemos concordar que as campanhas foram mal elaboradas de uma maneira geral, a inclusão da forma monárquica na consulta foi um acordo e não uma conquista dos pouquíssimos adeptos. Muitos parlamentaristas de hoje foram arraigados presidencialistas de ontem, alguns tornaram-se até presidentes.Culturalmente o político brasileiro não é um apaixonado pelo sistema parlamentarista porque,bem ou mal, ele castra a personificação que massageia seus superegos além, é claro, de reduzir extremamente o seu poder.De forma que para defender o parlamentarismo haviam importantes lideranças, mas que não chegaram a cativar a população. Os presidencialistas eram (e são) o poder e, no Brasil, quem ali está pode praticamente tudo e, assim sendo, aconteceu um forte direcionamento da vontade popular para confirmar o sim ao sistema presidencialista capenga no qual estamos há mais de cem anos. Há também a mais completa desinformação da população a cerca de como funciona o sistema proposto.Comparar países que o adotaram com o Brasil é, no mínimo, estrambótico.Os parlamentaristas de carteirinha não levam nenhum dos fatores regionais que os levaram a dar certo, tais como a formação cultural, geográfica, histórica, econômica, etc. O que nos leva a crer na existência de interesses inconfessáveis, notadamente se tratando de algumas conhecidas figuras públicas ou privadas.
Durante a elaboração da Constituição Federal de 1988 conseguimos reunir uma assembléia díspare.Além dos corriqueiros fisiologismos, corporativismo e outros “ismos” contamos também, à época, com duas fortes tendências: a esquerda e a direita. O comunismo ainda não havia sido pulverizado de todo e o neoliberalismo dava o ar de sua graça (e desgraça) continentes a fora.Outra circunstância muito importante durante aquele período deve-se ao fato de que acabávamos de nos livrar de uma ditadura militar que perdurou por duas décadas e havia quase um consenso e colocar tudo na nova Carta por mais desnecessário que fosse, vivíamos o fracasso absoluto do Governo Sarney, instalado num momento inquietante onde só pairavam incertezas.O PMDB, apesar a esmagadora vitória eleitoral de 1986, quando conseguiu deter 303 das 580 cadeiras no Congresso Nacional, além de vinte e cinco governadores nos então vinte e seis Estados e de 70% a 80% dos prefeitos e vereadores, foi subjugado curvando-se aos caprichos do presidente da República e, desta forma, fragmentado o que, aliás, é condição que perdura até hoje. A partir da anistia concedida ainda no Governo Figueiredo, último presidente militar, e o retorno ao pluripartidarismo a dispersão foi intensa, tanto é que as eleições presidenciais de 1989 contavam com mais de duas dezenas de candidatos, indo das figuras jerissáticas como Ulysses Guimarães e Leonel Brizola, passando pelas exóticas como Enéas Carneiro e um tal de Pedreira terminando na polarização entre o sindicalista Lula e o ex-governador do Estado de Alagoas Collor de Melo. Outras questões, internas e externas, contribuíram imensamente para a composição da Carta Magna de forma decisiva. A Constituição Federal de 1988 foi pautada por um excesso incomum de artigos na elaboração de qualquer lei maior seja aqui ou alhures.Vinte anos mais tarde ainda existe uma substancial quantidade deles que não foram regulamentados.Esse detalhamento cria situações jurídicas institucionais controversas e plenamente favoráveis as interpretações mais convenientes nesta ou naquela circunstância política. A forma híbrida de sistema de governo verificado nesta Constituição proporciona o surgimento de crises de intensidade moderada, isto mais pelo imenso apego ao poder e sua benesses de nossos políticos e menos por outros quaisquer sentimentos pragmáticos.Posso dizer que aprovou-se um texto semelhante ao parlamentarista para um sistema tradicionalmente presidencialista. E ai surgem os permanentes conflitos entre o parlamento e o Executivo que são constantemente solucionados ou contornados com a famigerada barganha que, normalmente, exclui a capacidade contemplando outros interesses políticos nem sempre confessáveis.Somente para ilustrar podemos citar o caso do presidente Collor. Excluindo-se o mérito das acusações e a sua culpabilidade ou não naqueles episódios, constatamos que houve uma orquestração sincronizada no parlamento para apeá-lo do poder movidos por mágoas pessoais, articulações frustadas de setores fisiológicos e corporativistas tanto da Câmara Federal quanto do Senado Federal irrigados por segmentos econômicos completamente desconfortáveis com o novo governo e temerosos diante da possibilidade de terem privilégios esgotados. O PT, surgido dos movimentos sindicais ainda durante o regime militar, estava afinado com sindicatos, movimentos reinvindicatórios, entidades representativas civis e,portanto, possuía grande influência e capacidade de articulação para insuflar a população com a colaboração efetiva da mídia que havia se tornado o arauto da moralidade amplamente financiada pelos grandes empresários.Atropelando prazos e cerceando o direito de ampla defesa assegurado pelo Estado Democrático de Direito o parlamento brasileiro desconstituiu um governo legítimo num sistema presidencialista onde nem a renúncia do presidente impediu a imposição de uma perda de direitos políticos por oito anos completamente ilegal.É, portanto, imprescindível que decidamos qual o sistema de governo que adotaremos,pois, não há como ficar em cima do muro o tempo todo.
Quando digo, e não sou só eu, que nosso sistema é híbrido invoco a premissa de que o sistema parlamentarista caracteriza-se, entre outras tantas coisas, da dependência do poder Executivo de receber o apoio, direto ou indireto, do parlamento a fim de que seja constituído e possa governar. Esse respaldo normalmente expressa-se no que chamamos de “voto de confiança”.Os poderes Legislativo e Executivo encontram-se num estado de separação permanente.Em nosso país onde as crises e os escândalos proliferam como coelhos tarados o sistema parlamentarista pode acenar com a solução imediata exercendo um “voto de censura” que implicará, imediatamente, na queda do governo e, em alguns casos, na dissolução do parlamento com a convocação de novas eleições legislativas e isso sem o trauma de qualquer rompimento político.Visto desta forma podemos aceitar a idéia de que é um antídoto eficiente contra os mandos e desmandos da administração pública federal.Porém, devido as características do Brasil, devemos nos acautelar quanto a possibilidade de nos depararmos com sucessivos governos de estabilidade precária.Então são condições incontestáveis a realização de profundas alterações na legislação e, ai está a tão propalada e sempre adiada reforma política que deverá trazer uma substancial reforma eleitoral abordando temas como financiamento de campanhas público ou privado, fidelidade partidária,ineligibilidades, eleições proporcionais e majoritárias com listas, sem listas, abertas ou fechadas, voto distrital simples ou misto, suplências, e por ai a fora.Precisamos estabelecer parâmetros muito bem definidos com uma legislação partidária responsável com o estabelecimento de regras que elimem a nefasta figura dos caciques partidários. Sem que se pretenda impor censura ou amordaçar os meios de comunicação de massa é importante que tenhamos uma regulamentação que iniba a prática de atos anti-éticos ou mesmo ilícitos. Não é novidade alguma os meios de comunicação de massa veicularem notícias falsas, imprecisas e mesmo caluniosas que, certamente, exercem influência na hora do voto .Exemplo nítido disso foi o depoimento da filha do candidato Lula exibido em cadeia nacional no horário do candidato Collor na campanha de 1989, certamente este fato isolado não decidiu aquela eleição, penso que isto ficou por conta do último debate na televisão, porém muitos votos evadiram-se.Finalmente determinar, sem utopias, as formas concretas de participação popular na condução dos negócios da Nação sem os eufemismos até então registrados. A iniciativa popular de leis é fundamental como contraponto no amplo poder de decisão que os partidos políticos e o Legislativo detem.Na prática vivenciamos governos de coalizão, nenhum presidente da República até hoje conseguiu eleger maioria. O assunto é bem complexo e exige uma explanação bem simples na forma e consistente no conteúdo para que a maioria da sociedade possa compreender, assimilar e decidir qual o sistema de governo que melhor adapta-se as circunstâncias brasileiras e que modificações serão necessárias para que seu funcionamento não seja prejudicado ou interrompido pelos motivos mais diversos e alguns já previsíveis.
Antes de mais nada precisamos determinar, com precisão, o que vem a ser plebiscito e referendo.Pois,de outra forma, estaremos completamente aptos ao erro.O plebiscito está definido como uma consulta ao povo de uma lei ainda há ser constituída, de forma que possa aprovar ou rejeitar as opções que lhes são apresentadas.Então a sociedade estará deliberando sobre um determinado assunto. O referendo é uma consulta ao povo após uma lei ser constituída cabendo-lhe ratificá-la ou não.Neste caso a sociedade delibera sobre outra deliberação já tomada pelo Estado.Existe uma armadilha no plebiscito e foi consumada exitosamente no ano de 1933, em Portugal, quando se delegou poderes ilimitados a Salazar e, neste caso, até as abstenções foram contabilizadas como “sim”.Os plebiscitos em sua essência são participativos e nunca delegatórios.Por isso mesmo devem constar nas constituições dos países democratas como “cláusula pétrea” impedindo a ação maquiavélica dos golpistas de plantão que,desta forma, não terão mandatos ampliados ou reduções democráticas que os favoreçam.Em 1993 foram feitas duas perguntas: sobre a forma e o sistema de governo.A forma republicana ganhou de 49,2% a 7,5% da monárquica. O sistema presidencialista obteve 41,16% e o parlamentarismo 18,3%. No entanto, se somarmos os votos brancos, nulos e abstenções ficamos com 40,47%, portanto, há que se admitir que considerável parcela da população não estava motivada pelo assunto.Isso devido ao seu desconhecimento e o descrédito da atuação parlamentar, historicamente fisiológica no Brasil seja em que sistema for.
Para que possamos tomar uma posição contrária ou não ao parlamentarismo ou ao presidencialismo em primeiro lugar devemos conhecer minimamente o sistema. Não me parece que seus defensores estejam engajados numa campanha de esclarecimento correto, isento.Ao contrário, somente apontam para os caminhos que lhes interessam.Penso que uma mudança tão radical deve ser precedida de todas as informações possíveis de forma impecável, transparente e sem paixões e, certamente, este é um papel destinado não exclusivamente à imprensa, mas sobretudo a ela.De outra forma continuaremos sob o domínio dos mercenários que tomaram de assalto a ordem estabelecida ou a estabelecer-se no país.O canto da sereia pode ser tentador, no entanto,certamente nos levará para as profundezas do oceano onde o desconhecido impera.Então precisamos estar vigilantes e preparados para este embate que, mais dias menos dias, inevitavelmente irá acontecer trazendo consigo arapucas sofisticadas que encerram a mesma finalidade daquelas mais rudimentares: aprisionar-nos e nos manter encarcerados numa jaula de ignomias.
Celso Botelho
25.01.2008
Aos Leitores
Aos leitores,
Este Blog tem por objetivo encher o saco da turma de Brasília e de todos os Estados e cidades que mantiverem em suas hostes malfeitores de toda sorte (corruptos, fraudadores, ladrões, quadrilheiros, etc. e etc.). Somos apartidários, mesmo porque partido político em nosso arremedo de República de pouca ou nenhuma serventia se presta. Parece mais com um imundo esgoto onde transitam ratos gordos e serelepes sempre a roer alguma coisa. Meus amigos, não me interessa quem salgou os oceanos, vacilou caio de pau no lombo do desgraçado seja ele quem for e com o mesmo prazer de um carrasco da Santa Inquisição.Se fizermos por menos a curra, além de inevitável, será extremamente maior e mais dolorida.Porém, num acaso qualquer, um santinho desses, fizer alguma coisa proveitosa também a ele nos reportaremos aqui de acordo com o milagre.
Não me tomem por opositor a tudo e a todos, não é assim. Ao longo dos anos tenho visto (e sentido na pele) as manobras, conchavos, acordos espúrios, cambalachos de todas as cores sempre em detrimento da população. De sorte que me sinto muito à vontade em apontar o dedo e denunciar, protestar e esculhambar os pífios e pulhas que sempre ocuparam-se em dilapidar a nação em benefício próprio. Não me arrogo, em hipótese alguma, santo, porém, refuto a idéia de ser o diabo ou qualquer de seus asseclas.
Sendo assim, fica aberto este canal para todo e qualquer cidadão. Nosso critério para a veiculação está, sem dúvida, embasado na legalidade, portanto, posso adiantar, em nossa filosofia não entendemos ou aceitamos o anonimato. Afinal, os ordinários têm nome e endereço e porque nós, homens de bem, não devemos ter?
Estamos atentos aos predadores.
CELSO BOTELHO
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Aqui você poderá manifestar-se sobre o tema que desejar e participar com atualidades, artigos, crônicas e comentários.Nossa finalidade é proporcionar um espaço amplamente democrático acolhendo, respeitosamente, todas as tendências.
Agradecendo, desde já, a participação de todos,
Forte abraço,
Celso Botelho