quinta-feira, 26 de março de 2009

SENADO FEDERAL: FAZEMOS QUALQUER NEGÓCIO!


As safadezas produzidas neste imprestável Senado Federal prosseguem freneticamente. Depositário de todas as imundices que se possa conceber. Os 81 parlamentares que compõem aquela Casa demonstram não exercer outro ofício senão o de velhacos. Tal constatação é plenamente válida para as demais Casas Legislativas, os Executivos e o Judiciário em todos os níveis e por todo território nacional. As Instituições há muito, caracterizam-se pelos adjetivos mais ignóbeis possíveis (corruptas, omissas, permissivas, complacentes, coniventes, mercenárias, etc. e etc.). O dito popular ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil deve ser substituído por ou a sociedade se conscientiza e acaba com esta safra de politiqueiros ou estes, indubitavelmente, acabarão com ela. Não existe um único lugar onde não exista a corrupção, o desvio e desperdício de dinheiro público. É impressionante a desfaçatez desta gente. Não há como se confiar em quem quer que seja na administração pública. Caso haja exceções certamente estas pessoas não se encontram no centro decisório do poder. Comemos o pão que o diabo amassou com o rabo durante o regime militar e o Estado Democrático de Direito foi restabelecido (mediante um acordo espúrio, mas foi) e continuamos convivendo com a ditadura. A ditadura na democracia é muito mais hedionda ao nos subtrair os mais elementares direitos, ao violarem, sistematicamente, todo e qualquer código de honra, decência e ética por mais capenga que seja. É inaceitável o que assistimos. A República brasileira está sendo conduzida à falência e, pior, a ruptura institucional e, uma vez consumada, as conseqüências são imprevisíveis, porém, com certeza, catastróficas.


Volto a dizer: o Brasil não precisa de uma reforma política e sim de um novo modelo político amplamente discutido que possa viabilizá-lo como nação porque, por enquanto, este conceito está muito aquém de nossa realidade. Neste novo modelo não deve existir ou se abrir qualquer possibilidade de se criar espaços políticos que possam ser ocupados por bandidos, notórios ou não. Um expurgo, ou melhor, uma higienização radical no sistema representativo é a palavra de ordem. Com esta corja que ai está é improvável, impossível e utópica qualquer mudança de rumo. Os senadores assemelham-se aos mercadores que iam de porta em porta vender suas bugigangas e, diante de recusa, regateavam dizendo: fazemos qualquer negócio!


CELSO BOTELHO

26.03.2009