sábado, 30 de abril de 2011

O SÓCIO DA BODEGA DO LULA


E por falar em Dilma “o presidenta” Rousseff o ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado, encontrou uma atividade (e olha que nunca foi afeito ao trabalho), além de eminência parda no atual governo, porque quem disser que ele não está envolvido com a administração Rousseff é muito ingênuo ou um perfeito idiota. Abriu uma bodega, tal qual seu rebento com a suspeitíssima Gamecorp, que leva a pomposa razão social LILS Palestras, Eventos e Publicações Ltda. com um capital de R$ 100 mil (é ou não é uma bodega?) e tendo como sócio o ex-presidente do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Paulo Tarcísio Okamoto, um “amigão do peito” (e do bolso) do ex-presidente (são tão íntimos que o ex-presidente ainda o chama de “japonês”, mas não estou certo se Okamoto ainda o trate por “baiano”), ex-tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, ex-presidente do PT paulista e ex-tesoureiro da campanha de Lula (Hummm... cuidado Oka, lembrai-vos de PC Farias) O SEBRAE representa mais de 15 milhões de microempresários, emprega cerca de 5.000 funcionários e tem um orçamento anual de R$ 1 bilhão.

Este “amigão do peito” (e dos conchavos) pagou uma divida do ex-presidente de R$ 29.436,26 (cobrada desde 2002) contraída junto ao PT onde, por acaso, era o presidente de honra e de fato (situação que jamais foi alterada). Tal dívida não está explicada até os dias de hoje. Na declaração à Justiça em 2004 o PT informou que concedera empréstimo neste valor para Lula antes de assumir a presidência da República, porém negou que fosse para pagar dívidas pessoais do ex-presidente dando três origens diferentes para a dívida: gastos com viagens, pagamento de passagens aéreas para a esposa de Lula e adiantamentos, no entanto o partido da “ética”, “bons costumes” e outras “virtudes” nunca informou as datas das viagens e muito menos os valores. Em depoimento na CPI dos Bingos Paulo Okamoto disse que pagou em dinheiro na tesouraria do PT os tais R$ 29.436,26 (quase trinta dinheiros, importância que supostamente Judas teria recebido para trair Jesus) para cobrir despesas de viagens e diárias no exterior realizadas por Lula em 2001 quando candidato. Dívida que Lula não admitia. A CPI que investigava o Mensalão descobriu que fora saldada em 2003 pelo “amigão do peito” (e cúmplice) Okamoto que, em depoimento, admitiu tê-la paga do próprio bolso, porém não exibiu nenhum comprovante e até se esquecera o local do pagamento. Mais tarde a memória voltou e declarou que o acerto fora feito numa agência do Banco do Brasil em Brasília. A CPI, em 2005, através de extratos e documentos, apurou que o dinheiro foi remetido a uma conta do PT no ABC paulista por alguém chamado Luiz Inácio Lula da Silva em 2003. Okamotto não conseguiu decifrar o enigma. Tampouco soube explicar por que os R$ 29.436,26 não apareceram na sua declaração de renda nem na do ex-presidente. Mas o depoente em questão, durante a tal CPI, não soube explicar porque o dinheiro foi pago com a utilização da carteira de identidade do presidente. Perguntado, ainda na CPI, se sua indicação para a presidência do SEBRAE deu-se por influência do amigo presidente afirmou categoricamente e sem qualquer constrangimento que sim. Como Lula controlava tudo, inclusive o STF, cujo presidente na época era nada mais nada menos que o ministro da Defesa Nelson Jobim (que, diga-se, entende tanto de Forças Armadas quanto eu de física nuclear, aramaico ou grego, ou seja, rigorosamente nada) concedeu uma liminar que impedia a quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário de Paulo Okamoto, não vou discutir os aspectos jurídicos da decisão, entretanto, só o fato deste cidadão admitir que pagara o diabo da dívida é razão de sobra para quebrar até a sua cara quanto mais seu sigilo. Durante a CPI dos Correios e dos Bingos técnicos identificaram, através da quebra de sigilo telefônico de acusados do escândalo do Mensalão, como ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o publicitário Duda Mendonça e o ex-ministro todo-poderoso José Dirceu, 161 chamadas entre eles e o presidente do SEBRAE Paulo Okamoto, o “amigão do peito” (e agora oficialmente e único sócio) do ex-presidente.

Em 2002, Okamoto acudiu Lurian Cordeiro Lula da Silva (filha de quem?), com R$ 26.000,00 (a dívida chegou a R$ 34.750,00) paga em duas parcelas, porque estava sendo assediada pelo proprietário do imóvel (Rua Jurubatuba, 1025), em São Bernardo que, dois anos antes, servira de sede para a campanha malograda (obteve 1.564 votos não sendo eleita, menos mal) da candidata a vereadora em São Bernardo do Campo em 1996 para efetuar o pagamento. Fixando residência em Florianópolis a “menina” recebia proteção da presidência da República ocupada, por coincidência, por seu pai. O Portal da Transparência mantido pela CGU (Controladoria Geral da União) desavisadamente publicou em 2008 gastos com o cartão corporativo de João Roberto Fernandes Júnior, segurança pessoal de Lurian, cedido pela Secretaria de Administração do Planalto. Na época o ministro Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), declarou que as despesas do funcionário são de natureza sigilosa e não deveriam ter sido publicadas, deve ser mais uma conta de “Despesas Secretas”. Em nove meses foram gastos R$ 55.000,00 em lojas de autopeças (Philippi Automóveis e Autopeças Badu), materiais de construção e de ferragens (Milium e Ferromil, somente nesta última foram gastos num único dia R$ 2.300,00, 22.08.2007), supermercados (A Angeloni), livraria e papelaria (A Exata), combustível e em uma casa de venda de munição (Sports Men Ltda.). Esta cidadã foi agraciada também com passaporte diplomático irregularmente. O decreto 5978/2006, que regulamenta a concessão, prevê o passaporte vermelho a presidentes, vices, ministros de Estado, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, funcionários da carreira diplomática, ministros dos tribunais superiores, procurador-geral da República, subprocuradores-gerais, ex-presidentes e seus dependentes (filhos até 21 anos e até 24, no caso de estudantes ou deficientes físicos). Os familiares de Lula não poderiam receber os passaportes porque tinham mais de 24 anos na data da concessão. Para finalizar em 2009 Lurian licenciou-se do PT para assumir a secretaria de Desenvolvimento Social de São José, município vizinho à Florianópolis e sua primeira promessa foi de instituir o Cartão Cidadão em substituição as cestas básicas distribuídas pela prefeitura, versão do famigerado Bolsa-Família (ou Vagabundagem, dá no mesmo). Bem, filha de peixe...

Em 2003, cinco meses após a posse do presidente Lula Okamoto entrou com o pedido de anistia a título de indenização (segundo a Agência Brasil o governo Lula pagou R$ 2,6 bilhões em pensões e indenizações a anistiados políticos, fonte: SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal). Mas, fazendo cá minhas contas, em 1964 Okamoto tinha oito anos de idade e, segundo me lembro, os torturadores do regime militar (1964-1985) não estavam à caça de crianças subversivas. Okamoto também foi investigado após a denúncia do ex-secretário de Fazenda de São José dos Campos Paulo de Tarso Venceslau durante a administração da petista Angela Guadagnin. Segundo o ex-secretário Okamoto arrecadava recursos de caixa dois de empresas que mantinham contrato com prefeituras petistas, mas caixa dois - segundo o ex-presidente Lula - todo mundo faz.

Segundo Okamoto o Instituto Lula que, segundo consta, divulgará projetos de combate à pobreza na América do Sul e na África, ora vejam! Ir tão longe para combater o que temos de sobra por aqui e, afinal, este camarada – o Lula – esteve com a caneta na mão durante oito anos, então, com todo respeito, vai lamber sabão. Segundo o “amigão do peito” (e de estripulias) deverá sair do papel em, aproximadamente, 60 dias e terá as características de uma ONG, isto é, sem dinheiro público, coisa, aliás, que permanecerá só no papel, mesmo porque qualquer imbecil sabe que ONG no Brasil só funciona com dinheiro público. E por falar em instituto o ex-presidente Lula começou a “trabalhar” (contra quem?) no seu escritório no Instituto da Cidadania no mês passado que, aliás, nunca serviu para coisa alguma que prestasse. O fato é que a empresa coreana LG pagou R$ 200 mil por uma palestra do ex-presidente e achou que foi muito barato depois que constatou que, em 40 minutos, todos os funcionários da empresa presentes aprenderam o ofício de animador de palanque.

Isso é a prova cabal de que a República brasileira incorporou publicamente o seu estilo, ou seja, uma grande ação entre amigos para dilapidar o Erário sem o menor pudor. O contrato que instituiu, formalizou, operacionalizou e mantém o Estado brasileiro precisa e deve ser revisto, repensado e reformulado porque, de outra maneira, volto a dizer, sua ruína será apocalíptica, uma vez que suas instituições encontram-se em acelerado processo de putrefação. Lula e Okamoto continuaram a fazer na vida privada nada de diferente do que fizeram na pública: fraudar, traficar influência, ludibriar, enriquecer, etc.


CELSO BOTELHO

30.04.2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

DILMA MÃOS DE TESOURA... CEGA


Que o Orçamento Geral da União é uma peça de ficção todos sabem, tanto aqueles que o confeccionam como aqueles que o emendam e aprovam não esquecendo daqueles que nele estejam contemplados. Tudo é um faz-de-conta muito do safado. Todos o que já foram elaborados têm por hábito destinarem vultosos recursos para as mais diversas finalidades, coisa que pode impressionar os mais incautos ou tolos, posto que seja autorizativo (dá-se autorização para o poder Executivo realizar os gastos, mas não o obriga) e não impositivo (o poder Executivo é obrigado a liberar as verbas votadas pelo poder Legislativo), isto é, uma previsão dos limites de gastos que pode ser contingenciada, sofrer cortes ou ser executada discricionariamente a programação orçamentária o que, aliás, sempre acontece. “O presidenta” Dilma alardeou para os quatro ventos o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011 que monta R$ 2,073 trilhões. A relatora do Orçamento foi a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) após a expulsão do corruptissimo senador Gim Argello (PTB-DF) que responde inquérito no STF por apropriação indébita, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Manteve a senadora o salário-mínimo em R$ 540,00 (há uma reserva no Orçamento de R$ 6 bilhões que o governo pode usar como quiser, inclusive para dar mais dignidade a milhões de brasileiros aposentados e pensionistas) e aportou R$ R$ 1 bilhão no Bolsa-Família (a vagabundagem custará este ano aos contribuintes mais de R$ 14 bilhões) e a Educação sofreu um corte no mesmo valor ou será que foi uma “transferência” de verba? No relatório final apresentou um corte de R$ 3 bilhões só que não contou a ninguém onde o fez. O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento ou Corrupção, tanto faz) e o Fundo Partidário além de permanecerem intocáveis ainda vão abocanhar uma fatia maior do bolo. A meta será, segundo o governo: “cortar gastos para fazer o mais com menos”. Isto é hilário porque sabidamente o governo não consegue sequer fazer o menos com o mais, e ponha mais nisso. Há muito mais barbaridades nesta peça ficcional.


Mas voltemos ao propalado corte de R$ 50 bilhões. “A presidento” Dilma cria agora duas secretarias com status de ministério. A Secretaria de Aviação Civil a fim de transferir a administração dos aeroportos para a iniciativa privada (eis ai o real motivo) quando existe a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que não presta para nada, a não ser empregar dúzias de parasitas e a Infraero que supostamente administra os principais aeroportos do país. E a Secretaria das Pequenas e Médias Empresas para incentivar as pequenas produções locais coisa que, aliás, o BNDES já faz desde 2003. E se encontra no formo a criação da Secretaria de Irrigação para cuidar especialmente da Região Nordeste recuperando áreas já irrigadas e ampliando outros perímetros. Ora, já existe há mais de um século, o DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca) é só equipá-lo e fazê-lo funcionar. Juntem-se a isso trinta e sete ministérios que nem mesmo seus titulares sabem para que servem. O general-presidente Ernesto Geisel (1907-1996) inventou 20 ministros e foi um escândalo nacional. O ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado, faltou pouco para completar a história de Ali Babá e Dona Dilma está se esforçando para isto aconteça.


A contradição não para ai. Dona Dilma no mês passado conseguiu que o Senado Federal aprovasse que contraia um empréstimo de até R$ 333 milhões (cerca de US$ 200 milhões) junto ao BIRD (Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento) para o projeto de consolidação do Bolsa-Família. Desse montante pelo menos R$ 308 milhões serão “transferidos” para as famílias participantes do bolsa-político-eleitoreira cujo aumento médio foi de 19,4%. Bela economia. Os contribuintes serão chamados para arcarem com o pagamento do empréstimo. As despesas de custeio com o Estado brasileiro são imensas e produzem ineficiência devido a incompetência secular do gestor público que prima pelo atendimento aos seus interesses pessoais ou corporativos. São estruturas gigantescas burocratizadas ao extremo para privilegiar correligionários, adeptos, cúmplices, simpatizantes e outras tralhas. Trinta e sete ministérios não mais atendem a necessidade de aquinhoar a base de sustentação como aconteceu no governo passado, portanto só depende da presidenta enxugar a Esplanada dos Ministérios e todo aparelho administrativo do Estado. O ex-presidente Collor de Melo reduziu o número de ministérios para doze, porém arrisco dizer que tal número ainda pode ser menor caso elabore-se um organograma inteligente.


Vejamos como se processa o “corte” dilmista. Para o tal do trem-bala ligando o Rio de Janeiro à São Paulo espera-se um aporte de R$ 20 bilhões do BNDES, O Bondoso, e a criação de mais uma estatal a ETAV (Empresa de Transportes de Alta Velocidade) e o valor estimado para a obra é de R$ 33 bilhões. Isso é economia? O Glorioso Exército Brasileiro efetivou a compra de 20 rádios sem licitação somente para atender as necessidades de segurança do Sr. Barak Obama e no Orçamento foi garfado em R$ 1,2 bilhões para a “readequadação e reaparelhamento”, aliás, o corte para as Forças Armadas ficaram próximos aos R$ 5 bilhões, somente a Aeronáutica teve um orçamento menor do que o do ano passado em quase R$ 500 milhões. As festas de posse da presidenta custaram para nós, indefesos contribuintes, a bagatela de R$ 1,8 milhões. O gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica reservou no orçamento R$ 1,6 mil para a compra de 144 bolsas. Nosso país tem a terceira maior população carcerária do mundo (EUA e China encontram-se à frente) com quase 500 mil detentos. No cadastro da Previdência Social estão 29 mil famílias que são beneficiadas com o auxilio-reclusão e somente este ano o governo federal desembolsou R$ 53,7 milhões com mesura e, permanecendo o ritmo, até dezembro o desembolso alcançará quase R$ 300 milhões. Porque não se dá emprego para os membros aptos para trabalhar da família destes reclusos? Os gastos não previstos com a realização da Copa do Mundo de 2014 já chegam a R$ 73 milhões e tendem a crescer alucinadamente para a alegria dos políticos, banqueiros, empreiteiros e outros malfeitores. Para o PAC a presidenta manteve seis obras denunciadas pelo TCU por constatar indícios de irregularidades graves, a atitude de Dona Dilma pode ser legal, porém não é moral. Somente no ano passado o governo pagou em aluguéis em todo o país mais de R$ 756 milhões. E tem muito mais. É desta forma que se deseja fazer economia? Ora, presidenta, a sua tesoura pelo jeito não corta nem manteiga.


CELSO BOTELHO

18.04.2011