Falando francamente: tanto faz se o ministério da Cultura seja ocupado por Marta Suplicy ou a macaca Chita do Tarzã porque dará no mesmo. Aliás, no governo petista vale tudo e mais um pouco. Esta senhora, quando ministra do Turismo (uma das sinecuras da República tupiniqueira), questionada sobre a crise que ocorria no setor aéreo em 2007 não titubeou em afrontar a sociedade afirmando: "Relaxa e goza que depois você esquece de todos os transtornos!" Somente este episódio seria o suficiente para removê-la do cargo e bani-la da vida pública, mas no Brasil isto não acontece. Ao contrário, em 2010 a sexóloga (sic) foi eleita para o imprestável Senado Federal e agora contemplada com outro ministério inútil. A predileção pelo medíocre é algo assustador na História da República brasileira, bem como a inarredável vocação de defendê-lo, enaltecê-lo e perpetuá-lo, tai o Luiz Inácio Lula Satanás da Silva que não me deixa mentir. A nova ministra da cultura reúne todos os quesitos para ocupar o cargo, inclusive e principalmente nenhum. Sua antecessora reclamou do baixo orçamento do ministério da Cultura e foi para o olho da rua. Mas desde quando a cultura no Brasil mereceu atenção dos governantes? Perdeu o emprego por nada. Bem feito.
Em entrevista a herege ministra classificou o ex-presidente Lula como deus, é realmente uma pena que não tenhamos mais o Santo Ofício para condená-la à fogueira. Mas Marta foi mais além na blasfêmia ao referir-se a ela e “ao presidento” aludindo à Santíssima Trindade. “Lula é deus, eu sou quem faz, e Dilma é bem avaliada”. Vamos examinar a frase. Lula está quatrilhões de anos-luz de assemelhar-se a qualquer coisa divina. Está mais alinhado com as coisas do inferno. Caso Lula fosse deus eu preferiria morrer ateu convicto. Marta, segundo sua concepção, seria o filho, portanto, compara-se a Jesus Cristo como se Ele tivesse sido desleal, infiel, mentiroso, politiqueiro, arrivista e mais um montão de coisas e vícios que se pode imputar a ministra. “O presidenta” Dilma foi alçada à condição de Espírito Santo. Só se for o Espírito de Porco. A “boa avaliação” de Dilma Rousseff soa mais como uma piada de muito mau gosto. Vejamos. Dilma Rousseff afirma e reafirma que lutou no movimento clandestino contra o regime militar. Correto. Só esqueceu-se de acrescentar que defendia a substituição da ditadura militar pela ditadura soviética, jamais a democracia. Dilma afirma que foi torturada, porém não apresenta sequelas físicas ou emocionais. Caso Dilma possuísse a importância que lhe atribuem enquanto membro de organizações clandestinas porque o governo militar reduziu sua pena? Teria sido um acesso de bondade dos militares? Não. Certamente receberam alguma coisa em troca. Mas o quê? A promessa de que doravante não seria mais terrorista? Ou será que cantou a melodia que os milicos queriam ouvir? Dilma, quando ministra da Casa Civil, acrescentou um doutorado em economia que não possuía. Dilma declarou ao Jornal Diário do Nordeste que “uma grande nação não se mede pelo PIB”. Ora, cacete por onde que se mede? Responde “o presidenta” “é a capacidade do país, do governo, e da sociedade de proteger o seu presente o seu futuro, que são suas crianças e seus adolescentes". Mas o que seu (des) governo tem feito pelas crianças e adolescentes, pela educação, pela erradicação do trabalho infantil, pela extinção da prostituição infantil, redução da mortalidade infantil? Atualmente a taxa de mortalidade infantil no Brasil é de 23,6/1000 (no Chile são 13/1000; na Costa Rica, na Tailândia 10/1000). Caso isto seja “boa avaliação” é bom nem pensarmos na ruim.
O fato é que d. Marta ganhou o ministério como prêmio de consolação por haver sido preterida para disputar a prefeitura de São Paulo. Quando foi prefeita desta cidade saiu deixando um rombo de R$ 2 bilhões. Que competência e lisura no trato dos dinheiros públicos, heim!? A ministra teve participação importante na tentativa de implementar o “kit gay” contra a homofobia nas escolas públicas do país tendo sido suspenso sua distribuição “pelo presidenta” Dilma Rousseff e do projeto de lei PLC 122/2006 que criminaliza a homofobia (a PEC tem como um de seus principais ponto a criminalização da homofobia e estabelece a pena de dois a cindo anos de reclusão para aqueles que praticarem atos de discriminação e preconceito em virtude da orientação sexual de alguém. A mesma punição se estende aos que incitarem o ódio ou pregarem [contra a] orientação sexual ou identidade de gênero.) que encontra-se pendente no Clube dos Mercenários ou Congresso Nacional, dá no mesmo. Como está engajada no movimento gay o ministério poderá trocar de nome, da Cultura LGBT. O Estatuto da Diversidade Sexual conta com 109 artigos, que alteram 132 dispositivos legais. Este Estatuto defende que o Estado é obrigado a investir dinheiro público para homossexuais que querem caros procedimentos de reprodução assistida por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e também o Estado é obrigado a criar delegacias especializadas para o atendimento de denúncias por preconceito sexual contra homossexuais, atendimento privado para exames durante o alistamento militar e assegura a visita íntima em presídios para homossexuais e lésbicas. E tem muito mais. Não se trata de se colocar contra ou a favor dos homossexuais e sim de proceder uma análise profunda indo ao cerne das questões apresentadas e discuti-las com embasamento. Não se pode reduzir o tema à simples concessão de reivindicações. Mas para a nova ministra da Cultura tudo se resume em relaxar e gozar, gozar, gozar...
CELSO BOTELHO
16.09.2012