O julgamento dos mensaleiros no Supremo Tribunal Federal lembra aquela anedota do marido que flagrara sua esposa transando no sofá com o amante e no dia seguinte resolvera retirar o sofá da sala. É contumaz no Brasil desprezar-se o atacado e maquiar o varejo para que com aquele se assemelhe. Pensar, definitivamente, não é uma habilidade muito cultivada nesta terra. É importante e necessário que se leve às barras dos tribunais toda ordem de malfeitores, porém isto não é o suficiente. Os mensaleiros são o varejo, mas o atacado é o Partido dos Trabalhadores e este foi ignorado, blindado e protegido. José Dirceu, seu advogado pede redução de sua pena baseado em seu passado de “relevante valor social”. Bom, com robustos honorários, certamente pode pleitear qualquer bobagem, mesmo sabendo que este pulha jamais prestou algum bom serviço ao país. José Genoíno (sempre falsificado), Delúbio Soares, Marcos Valério & Camarilha são apenas agentes a serviço de um projeto político de ocupação do poder concebido e em execução pelo Partido dos Trabalhadores e associados. O esquema para a tomada do poder e a subversão de todos os valores éticos e morais vem sendo desenvolvida há, no mínimo, meio século. Antes e durante o regime militar (1964-1985) a movimentação da esquerda dentro dos sindicatos, universidades, imprensa, entidades representativas, clubes, botequins etc. eram visíveis para um observador mais atento. As organizações clandestinas eram, apenas, os bois de piranha para manter os militares ocupados como, de fato, os mantiveram. Enquanto estavam atirando nos subversivos a cúpula esquerdista conquistava espaços vitais para que seu plano de ocupação do poder se viabilizasse como, aliás, também aconteceu. Mesmo que os réus condenados sejam conduzidos às aconchegantes instalações do sistema penitenciário brasileiro a Justiça terá se mostrado por demais omissa, conivente e condescendente, para se dizer o mínimo. Em outras palavras: retirou o sofá (mensaleiros), mas preservou a esposa adultera (Partido dos Trabalhadores). O ministro Celso de Mello disse que éramos vítimas de organizações criminosas e que o objetivo dos acusados era dominar o sistema político brasileiro de forma inconstitucional. Bingo! Alguém começa a pensar com clareza. Os réus do Mensalão são peças de uma engrenagem muito sofisticada, bem azeitada e seus movimentos minuciosamente pensados, coordenados e cronometrados com precisão cirúrgica. A plena ocupação do Estado não está restrita à ação dos réus, ela estende-se muito além deles, de seus interesses pessoais e políticos. Não sei se o ministro estava desabafando ou concluindo tardiamente o que já se sabe há muitas décadas. Desabafo ou conclusão não tem importância porque ninguém deseja examinar o cerne da questão, a peça motriz que move toda estrutura que fabrica mensalões e similares e atende pelo nome de Partido dos Trabalhadores. O PT e seus penduricalhos deveriam ser fechados de uma vez para sempre.
Com todo respeito aos ratos.
Para a esquerda a sobrevivência pessoal ou política dos réus pouco importa. Sua utilidade para o esquema de dominação esvaziou-se quando foram descobertas suas ações. Assiste suas derrocadas e repudiam publicamente suas condutas para preservar a imagem do partido, sua desengonçada e esfarrapada bandeira em defesa da ética e da moral e, principalmente, de seu projeto político de ocupação plena do poder. A perda de alguns soldados jamais comprometeu qualquer batalha, posto que logo sejam substituídos. Basta uma rápida olhada para a História e veremos que é assim que funciona. Lênin e Fidel não titubearam em de mandar assassinar não só seus adversários como também seus colaboradores e ex-colaboradores. Na mentalidade esquerdista revolucionária não há espaço para qualquer condescendência para aqueles que, de alguma forma, comprometa toda a operação. Nas organizações clandestinas que atuaram no Brasil entre as décadas de 1960 e 1970 a literatura esta recheada de casos onde seus membros formavam tribunais internos onde se praticava o “justiciamento” àqueles membros que supostamente houvessem traído a organização, atuasse como agentes duplos, houvessem delatado os companheiros, pontos e aparelhos, etc. Não é necessário muito esforço intelectual para entender a mecânica da esquerda aqui e alhures.
As investigações levantaram somas astronômicas circulando para lá e para cá (segundo Marcos Valério a soma é o triplo do que a Polícia Federal apurou) para comprar apoio no Congresso Nacional para as matérias do interesse do poder Executivo. Mas a compra de parlamentares não é uma invenção do PT e sim uma prática corriqueira no Legislativo brasileiro. Para estuprar a Constituição Federal e obter a reeleição o governo de FHC comprou parte do Congresso Nacional (os deputados Ronivon Santiago e João Maia, PFL-AC, atual DEM, venderam-se pela bagatela de R$ 200 mil). O ex-ministro da Defesa (sic) Nelson Jobim quando deputado federal constituinte contrabandeou para a Constituição Federal de 1988 dois Artigos que não foram votados em plenário (Artigo 165 e 166) e confessou isso em público. O instituto da reeleição foi derrubado? Não. O ex-presidente Luiz Inácio Lula Satanás da Silva foi um de seus mais ácidos críticos e, uma vez no governo, alimentava o sonho até de um terceiro mandato. Os Artigos que Nelson Jobim contrabandeou foram revogados? Não. Depois da canalhice foi nomeado para o STF e a seguir para a Defesa. Atualmente há uma suspeita de que teria recebido propina pela encomenda de onze navios à empresa italiana Finmecanica. As investigações da Polícia Federal detectaram depósitos em contas de parlamentares poucos antes ou pouco depois das datas em que tais matérias foram votadas e não é difícil concluir que tudo que foi aprovado neste espaço de tempo deve ser revogado, todas as votações devem ser tornadas nulas, posto que para sua aprovação fosse utilizado meio ilícito, vício de decoro parlamentar. A maior movimentação de dinheiro do esquema Mensalão encontra-se no período em que foram aprovadas as reformas previdenciárias, tributárias e a Lei de Falências, neste caso como em milhares de outros, os meios não podem justificar os fins. Mas para alguns membros do STF a compra de votos não é suficiente para invalidar as leis aprovadas. Decerto hão de evocar a teoria do fato consumado em nome da segurança jurídica. Tais leis vão continuar valendo porque estão acumpliciados com o esquema e, eis o mais lamentável, caso não sejam cúmplices encontram-se omissos, preguiçosos ou enganados por sua estreiteza intelectual. Não é novidade alguma que o PT é uma organização criminosa. Porém, a maioria dos brasileiros desconhece a estrutura montada pelo PT, principalmente a partir de 1990 com a criação do Foro de São Paulo, para revitalizar a esquerda no continente latino americano após o desaparecimento da União Soviética e as razões para tal ignorância são várias: a imprensa não noticia nada sobre as atividades criminosas da agremiação política por que foi comprada, cooptada ou esquartejada e, portanto, subserviente aos seus interesses. O Foro de São Paulo é a “holding” de todo o processo esquerdista para a ocupação do poder em toda a América Latina. Diversos países hoje são governados por membros do Foro de São Paulo (Argentina Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela). Organizações como a FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o MIR chileno são membros do Foro de São Paulo. Numa das reuniões do Foro de São Paulo Lula enalteceu o povo cubano e deixou patente que são melhores que os brasileiros. Porque este desgraçado não pega a sua galega, suas cuecas recheadas de dólares frutos da rapinagem, os onze caminhões que realizaram sua mudança para São Paulo levando pertences da União e sua voz de pato rouco embriagado e se muda para Havana?
Infelizmente esta foto é uma montagem
Terminado o julgamento estará aberta a temporada dos embargos de declaração (quando na sentença ou acórdão houver obscuridade ou contradição ou quando for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal) onde os advogados contratados a peso de ouro procurarão retardar a finalização do processo. Aliado deles é o fato de que o Regimento Interno do STF não estipula prazo para que tais declarações sejam apreciadas pelo plenário e só depois disso as sentenças receberão o carimbo de julgado em transitado e serão expedidos os respectivos mandatos de prisão para os condenados. A julgar pela celeridade do Judiciário brasileiro não é difícil que isto só venha a ocorrer depois da segunda passagem de Jesus Cristo pela Terra. Todo o país está celebrando o fim da impunidade com um julgamento restrito ao aspecto jurídico criminal de alguns sujeitos que são parte de um todo muito mais complexo e abrangente. A UDN (União Democrática Nacional) na pessoa de Carlos Lacerda capitaneou uma campanha contra a corrupção no governo Getúlio Vargas; Jânio Quadros elegeu-se propondo varrer a corrupção; uma das justificativas dos golpistas de 1964 para derrubar o governo João Goulart foi a corrupção. Em 1981, em entrevista a Elio Gaspari, o ex-presidente-general-ditador Ernesto Geisel dizia que não se pode acabar com a corrupção, apenas reprimi-la. O impeachment do presidente Collor também elegeu a corrupção como responsável pelas agruras que vivia a nação e “Os Anões do Orçamento” também seria um marco do fim da impunidade. Em nenhum dos casos a corrupção foi banida ou minimizada, mas nestas ocasiões os brasileiros celebraram o fim da impunidade. O ministro Joaquim Barbosa foi transformado em herói nacional e cogitado como candidato à presidência da República. Ora, o ministro não está realizando nenhuma tarefa excepcional e sim cumprindo com o seu ofício de juiz diante das provas irrefutáveis de que foram praticados os mais diversos crimes. Não há nada de quadrado-redondo no comportamento de Joaquim Barbosa. A histórica inversão dos valores, a exígua capacidade de compreensão e discernimento de um povo que recebe uma educação atrofiada, a manipulação praticada pela grande imprensa, o modelo econômico excludente, etc. criam as condições para o estabelecimento do caos moral onde a visão e compreensão dos fatos é parcial e distorcida. Não há o que celebrar com a condenação de uns poucos mensaleiros, posto que a instituição que serviram continue incólume e dará prosseguimento ao seu projeto político de ocupação do poder praticando delitos de natureza até mais grave no futuro. Os critérios para avaliar-se e julgar-se se mostram nitidamente nivelados por baixo. Dia desses pude ler na imprensa um jornalista que se referiu à biografia “do presidenta” Dilma Rousseff como honrada. Vejamos a “honradez” de sua biografia: sequestradora, assaltante, subversiva, leninista, terrorista, mentirosa (em seu currículo constava um doutorado de economia que jamais possuiu). Das duas uma: ou este escrevinhador está a soldo do PT ou é mesmo um vistoso jumento.
Eis ai a foto da pessoa que tem uma biografia honrada
Não se trata, pois, de condenar e até meter na cadeia meia dúzia de pilantras, velhacos, ladrões e ordinários, mas sim de desmantelar toda a estrutura que os criou e em nome da qual praticaram os delitos que agora são julgados. Impedir que este processo de deturpação e inversão dos valores éticos e morais prossigam com o único objetivo de proporcionar o caos social favorecendo o projeto político de ocupação do poder que corrói o Estado e aniquila o país. As instituições brasileiras mostram-se, com o passar dos anos, cada vez mais corrompidas e putrefatas e caso permanecermos como meros espectadores da devastação promovida pela esquerda o futuro avizinha-se tenebroso e imerso em dor, miséria e sofrimento. Como também não se trata de ser ou não pessimista ou arauto do apocalipse, basta observarmos a movimentação desta gente para chegarmos a esta conclusão. Precisamos desmascarar estes facínoras combatendo-os com todas as armas que estiverem em nosso alcance, sejam elas usuais, formais ou alternativas. A omissão dos bons favorece a ação dos maus expandindo seu raio de atuação e consolidando seus macabros objetivos. Portanto, retirar alguns mensaleiros de circulação não afetarão os planos da esquerda, posto que sua estrutura não tenha sido sequer arranhada. Retirar o sofá da sala oculta a infidelidade da mulher, mas não a impede.
28.10.2012