Jamais senti saudades de presidente, governador, senador e outros trastes afins e em tempo algum me faltaram motivos para isso. Porém, não sabendo o que me reserva o futuro, inclino-me a dizer que as politicagens, trapalhadas, o vocabulário pobre e chulo, as metáforas pueris e idiotas, a arrogância caipiresca, a presunção desmedida, o ego maior que o Universo, a contradição conveniente, o jeito maroto entre outros atributos do presidente Lula, O Ignorante Desbocado, hão de deixar um vazio neste país como nunca antes em sua história, pelo menos até 2014. Talvez tenha aloprado de vez assumindo a figura de mensageiro da paz, da ordem e da prosperidade mundial de um modo geral e em particular o árbitro imparcial de todas as contendas entre os seres humanos sejam elas de que natureza for, pois, afinal, em seu delírio psicodélico trata-se de um semideus encarnado. De posse em desta imagem o ex-operário, ex-sindicalista, ex-deputado e dentro de alguns meses ex-presidente seguiu para o Oriente Médio para acabar de vez com aquela pendenga iniciada logo após o Big Bang e sem qualquer vislumbre de solução para os próximos cinco bilhões de anos, no caso do planeta resistir esse tempo todo, coisa tida e havida como improvável. O que, certamente, me deixa embasbacado é saber que estudiosos do mundo inteiro dedicaram suas vidas estudando a questão e jamais foram apresentados resultados conclusivos (aliás, na História nada é conclusivo) e nosso presidente, sem diploma acadêmico como faz questão de ressaltar, não precisou dar muitos tratos à bola para compreender e encontrar a solução para o eterno entrevero: negociação. Mas, poderiam dizer, isso é o que se tenta séculos a fora, qual é a novidade? Ora, a novidade é que, pela primeira vez, o mediador será um ungido, um semideus tupiniquim. Devo alertar o presidente que negociar com árabes e judeus em nada se parece com uma negociação entre PT e PMDB, ou seja, um lambendo o outro, porém nunca se sabe...
Posso considerar a intromissão do nosso presidente em assunto tão delicado, complexo e penoso como um ensaio para o cargo de embaixador do Brasil nas Nações Unidas, no caso de D.Dilma-Terrorista-Roussef-Guerrilheira vir a ser eleita como notório pau mandado do “cumpanheiro-mor” e, assim sendo, dar prosseguimento ao seu projeto de candidatar-se à presidência daquela entidade, isto porque ainda não foi criada a Organização dos Planetas Unidos ou a Organização das Galáxias Unidas. O homem encasquetou a idéia de que é um estadista e não há tratamento para este desarranjo mental. O diabo é que, caso eleito (na ONU) resolva implementar a Bolsa-Nação e, admitamos, neste negócio de bolsa possui larga experiência. Mas é preciso adverti-lo que jogo é jogo e treino é treino (para não sair de suas metáforas futebolísticas), portanto, a estratégia pensada no segundo pode revelar-se inadequada para o primeiro. E, de mais a mais, o adversário normalmente não almeja a derrota, a menos que esta o beneficie ou prejudique um rival. No caso do Oriente Médio a coisa funciona mais ou menos assim: o inimigo do meu inimigo é meu amigo e o amigo do meu inimigo é meu inimigo, dá para entender uma coisa dessa? Pois então. Uma outra exortação deve ser dirigida ao homem de Garanhuns (PE), São Bernardo do Campo (SP) e Brasília (DF): não existe uma fórmula conhecida de estabelecer-se à paz naquela região, ou melhor, caso exista está fora do alcance humano. Definitivamente não será comparando o histórico conflito com as miudezas do que chama de direita ou esquerda (se é que sabe o que vem a ser isso) que irá iluminar, mesmo que fracamente, o fim do túnel. Ai já não é mais presunção é pura alucinação, e das brabas.
Como o presidente acredita ser um insuperável, inigualável e insubstituível negociador para mediar conflitos, sugerir soluções e apaziguar os ânimos sugiro que sua atenção deva se voltar para outras partes do globo que também devem merecer seus préstimos. Há um arranca-rabo entre o País Basco, que ocupa a região desde o ano
CELSO BOTELHO
18.03.2010