sábado, 19 de junho de 2010

DANONINHO VALE POR UM BIFINHO




E Dilma Roussef, caso eleita, nem isso valerá. Mas isso não quer dizer que algum dos demais candidatos à sucessão presidencial valha mais. A ex-guerrilheira/terrorista, assaltante de banco, ladra de armas e dinheiro, pseudodoutoranda, ex-ministra da Casa Civil, “queridinha” e capacho do presidente reafirmou o que seu Chefe já havia dito ao dizer que “agora os brasileiros têm acesso a bife e danone”. Para este tipo de gente o povo é tal e qual porco de engorda, se é que uma dieta composta apenas por estes dois itens reúna os nutrientes essenciais à manutenção da vida humana e atenda a tantas outras de nossas necessidades. Havia a máxima, no Império Romano, de que o povo queria pão e circo então os imperadores distribuíam pão e espetáculos sangrentos no Coliseu. Pouca coisa mudou desde então. No Brasil o pão (que o diabo amassou com o rabo e depois não quis comer) ficou por conta da Bolsa-Família também conhecido como Bolsa-Esmola. O circo tem muitas versões (futebol, programação das emissoras de televisão, carnaval, etc.), porém a função de palhaço sempre caberá ao povo. O presidente Lula, O Ignorante Desbocado, na campanha de 2002, alardeava aos quatro ventos que ao cabo de seu mandato os brasileiros fariam três refeições por dia. Muito bem. Oito anos depois ele não precisa se afastar muito do Palácio do Planalto para constatar que não logrou êxito é só dar uma passada nas cidades satélites e nós - seja nas grandes, médias ou pequenas cidades em seus perímetros urbanos ou rurais, quer nos estados mais ricos da federação ou nos mais pobres, no litoral ou no interior – constatamos que a promessa não passou de demagogia, bravata, coisa bem de seu estilo. Seu fantoche trilha os meus caminhos. O presidente poderia ter obtido até sucesso caso houvesse levado a efeito uma reforma agrária, não baseada nos modelos já tentados e praticados ou aquela que os latifundiários e associados querem, quer seja, a União distribuir hectares e mais hectares de terras no Oceano Atlântico. Poderia ter determinado que o MST (Movimento dos Sem-Terra) utilizasse as terras já recebidas para produzir alimentos ou – e seria o mais sensato – pôr esta quadrilha de malfeitores na cadeia, mas está comprometido com baderneiros de tudo quanto é espécie e, portanto, não possui autoridade moral nenhuma sequer para repreendê-los.



A candidatura desta senhora é uma afronta. Prova cabal de que o crime compensa. Não venham com esta conversa de que são crimes políticos e blá-blá-blá. Não há daquela época nenhum documento de nenhum grupo que se dizia oposição ao regime militar (1964-1985) que sequer sugira a defesa dos valores democráticos. Aquele pessoal queria mesmo um regime comunista nos moldes stalinistas. Arquitetavam trocar a ditadura dos militares pela ditadura deles. O resto é balela. A coisa era tão ao estilo soviético que nestes grupos existiam “tribunais” que “justiçavam” integrantes do regime capturados, simpatizantes, pessoas seqüestradas acusadas de colaborarem com a ditadura, membros da própria facção acusados de “fraqueza” ou traição. Ora, pousar agora de mártir é pretender nos passar um vistoso diploma de asno. Dilma Roussef declarou que fora presa e torturada durante três anos e isso é uma mentira muito da descarada por dois simples motivos. Primeiro: ninguém (seja o Miketson ou o Maguila) suporta ser torturado durante tanto tempo; segundo: na maioria dos casos não havia necessidade de torturas excessivas porque este pessoal (inclusive D. Dilma Roussef) quando era preso pelo regime já chegavam a suas instalações cagando pelas pernas abaixo de tanto medo e “cantavam” tudo que os milicos queriam ouvir sem desafinar. Teve um sujeito membro de um desses grupos que se mostrava durão, inflexível, disposto a morrer pela “causa”, porém uma vez na Barão de Mesquita (RJ), incorporou o espírito de Judas Iscariotes e delatou conhecidos, desconhecidos, mortos, vivos, terráqueos e marcianos em poucas horas. Só para lembrar devo dizer que fui contra esses movimentos armados que por si só não representavam uma ameaça ao regime militar, mas que foram brutalmente reprimidos numa demonstração de selvageria. Fui contra porque aquelas organizações não tinham compromisso algum com a democracia, estaríamos trocando de ditadura (o verde-oliva pelo vermelho). Volto a dizer: os verdadeiros mentores, líderes e interessados na guerrilha não visavam outra coisa senão o ganho político e econômico que poderiam obter. Como também fui, sou e sempre serei contra todo e qualquer regime ditatorial, seja civil ou militar ou qualquer coisa que com isso se pareça. Os excessos foram cometidos de ambos os lados e a Lei da Anistia (1979) foi um acordo entre as lideranças civis e os militares que não passou de um esbulho. Não se tratava de evitar revanchismo e apaziguar os ânimos e sim de punir crimes cometidos de parte à parte. Esta lei garantiu a impunidade até hoje para os mais diversos crimes e violações de direitos humanos.



Uma vez que tenho acesso a bife e danone gostaria de ter acesso a esta candidata para lhe dizer, entre outras coisas, que nós brasileiros (a grande parte decente) não tem culpa alguma dela existir e ser nossa compatriota e, sendo assim, num esforço imenso para demonstrar grandeza e amor ao país, deveria renunciar à sua pretensão presidencial e tratar de sua vidinha, o que já é muita coisa. Isto não antes de explicar ao povo brasileiro o que foi feito dos mais de US$ 2,5 milhões surrupiados da casa da amante do ex-governador de São Paulo Ademar de Barros no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro em julho de 1969 equivalentes a mais de US$ 20 milhões hoje e naquela época diziam que seria revertido em favor do povo. Que povo? O povo deles, dos larápios! O roubo jamais poderá ser tipificado como crime político.



CELSO BOTELHO

19.06.2010