terça-feira, 3 de agosto de 2010

PRESIDENTE, VÁ LAMBER SABÃO!

Nas quatro campanhas eleitorais à presidência da República (1989, 1994, 1998 e 2002) o senhor Luiz Inácio Lula da Silva repetiu reiteradas vezes que as propostas (todas elas) de seus concorrentes não passavam de bravatas, demagogia e coisas do gênero. Uma vez no governo, e lá se vão quase oito anos, não se mostrou lá muito diferente deles e, em vários momentos, conseguiu ser mais bravateiro e demagogo. Para quem passou décadas afirmando que possuía as soluções desde a cura de unha encravada até a criação de dez milhões de emprego e uma distribuição de renda “nunca antes vista na história deste país” e etc. o presidente ficou muito aquém. Caso não tenha criado os empregos no número prometido ao menos pode proporcionar aos correligionários, simpatizantes, puxa-sacos, associados, cupinchas e outras tralhas uma boquinha via nomeação. Pode não ter havido uma distribuição de renda no sentido amplo, convencional, esperado, porém, houve um fomento na esmola com o Bolsa-Família ou Bolsa-Vagabundagem, tanto faz. Sabemos, perfeitamente, que as estupendas mazelas existentes no Brasil requerem algo bem maior do que um ou dois mandatos e, a priori, eleições por aqui existem para não transformar coisa alguma em porcaria nenhuma. O Estado sempre dispôs, aprimorou e estimulou modelos políticos, sociais e econômicos que favorecessem as classes dominantes, portanto, verificamos ao longo de nossa História a coerção e a coação estatal praticada em larga escala e de resultados catastróficos para a população e, por conseqüência, à nação. Em muitas ocasiões o governo Lula pode o mais e mostrou-se em muitas outras incapaz de poder o menos. As partes compõem o todo então – imagino - é necessário compreendê-las e identificá-las para provê-las de maneira que, reunidas, possam funcionar da melhor maneira possível. As macro ações implementadas neste governo desconsideram seu objetivo principal, isto é, a maioria da população carente da presença e assistência do Estado em todos os rincões deste país. Elas visam tão-somente os ganhos político-eleitorais, econômicos e financeiros.

Estou ansioso para que o presidente Lula, O Ignorante Desbocado, cumpra com o que prometeu tão logo empossado em 2003 que ao término de seu mandato seria elaborado um relatório minucioso a cerca de sua gestão à frente da nação, se é que vai cumprir. Mas vou logo dizendo: se as fontes forem controladas pelos integrantes da ANABOL (Associação Nacional dos Baba-Ovo do Lula) simplesmente não irei considerar e, como dois e dois são quatro até que se prove o contrário, as fontes estarão todas contaminadas com o fungo petista. Portanto, tal relatório mesmo quando só promessa já se revela uma farsa. Aliás, mais uma farsa e fraude do Partido dos Trabalhadores.

Todos os governos possuem a sua dose de demagogia e populismo, no entanto, Lula extrapolou os limites avaliando-se como um semideus (tupiniquim, é verdade) e inventor do Brasil considerou apenas as vantagens político-eleitorais que poderia obter com o assistencialismo, o paternalismo e, ao mesmo tempo, tornando-se o bemfeitor-mor dos banqueiros, empresários, especuladores e outros calhordas. Negociou o tempo todo com um Legislativo corrupto e impôs sua vontade a um Judiciário débil, comprometido e corporativo (tanto é assim que já recebeu sete multas por campanha eleitoral antecipada e pouco se importa). A oportunidade que se apresentou para apear-lhe do poder foi por ocasião do episódio do Mensalão, porém, desta vez não tínhamos um Congresso Nacional devidamente articulado para derrubar um presidente e sim um ávido por negociar as próprias existências e almas por benefícios, outros achando (detesto o achismo) que macularia a imagem do país um impeachment com um intervalo de tempo tão curto, pelo menos essa foi a desculpa oferecida pelo senador Artur Virgilio (PSDB-AM) que concluiu dizendo “vamos sangrar o presidente, não matá-lo”. Vamos admitir que isso seja verdadeiro, então podemos concluir que não conseguiram fazer nem uma coisa nem outra por fenomenal incompetência, conivência e conveniência. Basta ver o índice de popularidade do presidente “nunca antes na história deste país”, como lhe apetece dizer.

Numa avaliação supérflua sobre a administração petista salta aos olhos os mandos e desmandos; a corrupção galopante; o desperdício sem culpas; a mal versação descarada e escancarada; o estimulo, manutenção e ampliação de privilégios aos banqueiros, empresários e outras formas parasitárias. Os problemas se acumulam nas cidades brasileiras e no campo sem que os governos municipais, estaduais ou federal atuem de forma efetiva. Nas cidades, inchadas, a ocupação irregular do solo abriga um contingente de pessoas que não dispõem do mínimo indispensável à sobrevivência humana e os emplumados de Brasília pensam que reinventaram a roda com essa demagogia de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento ou Corrupção, tanto faz) que prima por pintar as casas das comunidades carentes (assim mesmo só na fachada), construírem teleféricos e outras meias-solas. No campo o estrago pode não ter sido inventado pelo PT, porém, é de sua inteira responsabilidade as invasões do MST (Movimento dos Sem-Terra) acobertando-o e o provendo. Além, é claro, da inexistência de qualquer política ou projeto de reforma agrária. Aliás, não existe projeto de coisa nenhuma em lugar algum neste governo. Temos um amontoado de ações desconexas, ludibriantes, inúteis, impróprias e aquelas que assim não se mostram atendem como as demais os interesses eleitorais e financeiros.

Mesmo consultando fontes como a FVG (Fundação Getúlio Vargas), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada), etc. não será nada difícil percebermos o quanto de desastre a administração do presidente Lula, O Ignorante Desbocado, custou a este país. Podemos desmontar as fanfarronices do presidente num estalar de dedos com os dados fornecidos pelo próprio governo, isto é que incompetência! Ora, vá lamber sabão!

CELSO BOTELHO

22.07.2010