A “arapongagem”, espionagem, bisbilhotice, invasão de privacidade ou outro nome que se queira dar não é uma atividade recente na sociedade humana, sempre existiu, seja no Império Assírio, Persa, Romano, Russo, Chinês, Inglês, Norte-Americano ou
Essas tralhas presidenciáveis estão encenando uma pantomima que devíamos atirar tomates e ovos, podres é claro. Não é a primeira vez, e nem será a última, que Dilma & Corriola fuçam a vida alheia em proveito próprio. Alguém, por acaso, está iludido que na vida pública brasileira exista a menor chance de encontrar-se um único valor moral integralmente aplicado? Caso encontremos pessoa assim devemos interná-la urgentemente no manicômio mais próximo, circundá-lo com um fosso repleto de crocodilos e jogar as chaves fora. Tanto o PSDB (Podemos Surrupiar Do Brasil) quanto o PT (Para Trapacear) são inescrupulosos, chavequeiros (meu saudoso pai assim se referia aos trapaceiros), moleques e salteadores, entre outras coisas. Para não me rotularem de injusto não excluo nenhum outro partido político desses adjetivos e até de outros mais depreciativos, principalmente o tal do PMDB (Para Me Dar Bem). De todas as eleições para presidente da República depois de 1985 certamente esta é a pior a começar pelos dois candidatos principais (os demais sugiro procurar uma obra para virar concreto ou uma pedreira para quebrar pedra com os dentes e se dêm por satisfeitos porque estou bem-humorado senão indicaria outros lugares). Nem contornos de que se transformasse num plebiscito entre o governo do sociólogo e do metalúrgico delinearam-se. O PSDB teve oito anos para construir uma candidatura e o melhor que consegue é José Serra e Geraldo Alckmin? Então não desejavam retornar ao poder. No dia 3 de outubro os eleitores deverão referendar o governo petista: aprovado. Jose Serra não empolga, não tem programa, não tem discurso e não tem o que fazer nesta campanha (como não teve na anterior). Dilmão também não empolga, mas tem a tiracolo um cabo eleitoral com – segundo consta – 80% de aprovação da população brasileira (“me inclua fora destes”) e com uma bagagem muita sortida que atendeu o varejo (Bolsa-Família e penduricalhos) e o atacado (banqueiros, empresários e outros ordinários). O programa da “queridinha presidencial” registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) teve que ser substituído à última hora por outro que não é para valer e, diga-se de passagem, nenhum deles é para valer mesmo. No PT para valer só mesmo as “alfaces” (dólar). O discurso “dilmistico” não passa de uma repetição de papagaio de pirata e ainda por cima fanho. Por formação e convicção sempre considerei imprescindível a existência do Estado, um “mal necessário” como disse Voltaire. Porém, examinando bem a realidade brasileira esse mal não é tão necessário assim dado o seu desmantelamento, inércia, incompetência e impotência. Talvez – e só talvez – deva analisar melhor a proposta anarquista, pode ser que traga algum alento as minhas esperanças de mudanças. Quem sabe se eliminando o Estado brasileiro a ordem e progresso estampado em nossa bandeira possa realizar-se porque pior não pode ficar.
Como o mundo inteiro já sabe o Dilmão leva esta, e só esta porque não terá direito a reeleição, pois sua principal função será tomar conta da cadeira para seu Criador-Chefe-Padrinho-Protetor em 2014. Contudo, a prudência nos ensina que urna é igual bolsa de mulher e cabeça de juiz, nunca se sabe o que está dentro. Bem se a tendência se confirmar o PT volta ao governo, ou melhor, não sai. José Serra vai chorar na cama que é lugar quente. Os Dilmistas-Lulistas devem segurar o grito de já ganhou, afinal não se chuta cachorro morto. Quanto a mim continuo convicto em anular o meu voto porque a curra será cruel e inevitável, acontecimento nada corriqueiro quando se trata da relação governo-povo ou tarado-vítima, dá no mesmo.
CELSO BOTELHO
02.09.2010