segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O PROMESSÕMETRO 'DO PRESIDENTA TIA DILMÃO' PARTE 2



PARTE 2

Esse negócio de descendência é uma coisa que reputo muita séria, seja nacional ou internacional. O último presidente com descendência estrangeira direta foi o general Ernesto Geisel (1907-1996), alemã, e olhem o bicho que deu: celebrou um contrato interessantíssimo para a Alemanha na construção da Usina Nuclear de Angra dos Reis numa verdadeira operação lesa-pátria (reatores obsoletos da Westinghouse) e o que deveria gerar energia, na maior parte do tempo apenas ferveu água como qualquer chaleira que se preze. Agora uma descendente direta de outro povo foi eleita, a senhora pseudodoutoranda em economia; ex-guerrilheira/terrorista, assaltante de bancos, casas de armas, quartéis e residência; ex-pedetista ortodoxa convertida, por conveniência, ao petismo heterodoxo; ex-ministra das Minas e Energia; ex-ministra do Gabinete Civil; poste sem luz e atual “presidenta eleito” Dilma Rousseff traz consigo os genes dos búlgaros. É bom que se diga que não compartilho ou tenha qualquer restrição aquele povo, mesmo porque meus conhecimentos sobre a Bulgária são tão extensos quanto aqueles que possuo sobre matemática quântica, física nuclear e astronomia, quer seja, nenhum. Dito isto e não aquilo ou aquilo outro vamos ao que interessa. Antes, porém, há algumas peculiaridades dos búlgaros que, deveras, me intrigam, preocupam e instigam e, adotadas por tia Dilmão, vão criar alvoroços, embaraços e enjôos. Por exemplo: os búlgaros, ao contrário da totalidade dos habitantes do planeta, quando desejam dizer não balançam a cabeça para cima e para baixo e quando querem dizer sim o fazem de um lado para o outro. Ora, adotar tal hábito criaria as maiores confusões que se possa imaginar. Caso “o presidenta” e “primeiro dama” venha a ordenar que o cerimonial gastronômico da Presidência da República acrescente ao cardápio um prato típico da Bulgária chamado “tarator”? Meu Cristo, a quantidade de sanitários disponíveis no Planalto, Alvorada, Itamarati e sucedâneos não será suficiente para atender a demanda, uma vez que tal iguaria trata-se de uma sopa de iogurte que, aliás, é uma invenção búlgara, onde se misturam pepinos, alho, nozes, endro (erva aromática), óleo vegetal e água e pode ser servida com cubos de gelo. Caso esta suposição se confirme sugiro, desde já, a inclusão nas obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento ou da Corrupção, dá no mesmo) abertura urgente de licitação para a instalação de banheiros químicos na Esplanada dos Ministérios, é bom que se diga que neste lugar a produção de dejetos é abundante. A buchada de bode eternizada por FHC perto desta sopa é faisão. Bom, para não saírem por ai a dizer que sou preconceituoso, implicante, xenófobo e o cacete a quatro devo registrar que a Bulgária produz a metade das rosas do mundo, só não sei de que cor. Também devo acrescentar que mesmo sendo aliado da Alemanha na Segunda Guerra Mundial libertou os judeus búlgaros dos campos de concentração. Pois então, Krocodilus também é cultura!

Dando continuidade aos comentários sobre as promessas “da não empossado presidento tia Dilmão” selecionei mais algumas pérolas do tacanho documento apelidado de “promessômetro” e minha reação ao manuseá-lo altera-se entre o riso e o ódio. Segundo o ridículo documento estará “o nova mandatário” empenhada em atingir a autossificiência na produção de fármacos. Não posso dizer que seja uma má idéia, porém, vamos aos fatos. Os programas nacionais de saúde pública enfrentam problemas no atual governo crônicos como a má qualidade ou a inadequação dos fármacos adquiridos em pregões internacionais, a prática de preços abusivos por parte dos detentores de patentes em alguns casos específicos e da falta de determinados insumos (fármacos ou intermediários que não interessando aos grandes laboratórios internacionais deixam de ser fabricados). Até o início da década de 1990 a maioria dos medicamentos oferecidos no mercado interno era fabricada no país sendo que uma grande parte deles a partir de fármacos de origem local, mas com a política de abertura iniciada em 1989 e continuada entre 1994 e 1999 o panorama foi alterado gerando expressivos déficits na balança comercial. Passamos a importar tudo até mesmo produtos tradicionalmente fabricados aqui e o resultado não poderia ser outro que não a falência de várias empresas, paralisação de linhas inteiras de produção, fechamento de postos de trabalho. Nesta primeira década do século XXI o déficit da balança comercial do setor farmacêutico - computados produtos acabados, princípios ativos e matérias-prima - beira a bagatela de US$ 2 bilhões anuais. Então, podemos dizer que qualquer cristão, judeu, mulçumano ou ateu sabe – de antemão – que primeiro é imprescindível proceder-se mudanças estruturais e comportamentais tais como a definição de um planejamento estratégico de Estado e não restrito a um único governo que possa privilegiar o desenvolvimento da produção local atendendo objetivos específicos e uma sólida vontade política dos governos para dar sustentação aos programas concebidos. Em oito anos o governo do presidente Lula, O Ignorante Desbocado, não fez e, certamente, o governo do tia Dilmão não irá se apoquentar em fazê-lo.

Erradicar o analfabetismo é uma ótima bandeira eleitoral, uma boa justificativa para se criar programas para desviar recursos públicos fazendo a felicidade de algumas dúzias de patifes, porque no mais a coisa não funciona. Apenas para ilustrar vou citar como fonte o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que, verdadeira ou falsa, é informação chancelada pelo governo. O Instituto afirma existirem em todo o país 14,1 milhões de analfabetos (18,7% no Nordeste; 10,6% no Norte; 8% no Centro-Oeste; 5,7% Sudeste e 5,5% Sul) e 20,3% de analfabetos funcionais (números de 2009 que, aliás, acho muito modestos e de um otimismo diabólico). Para uma visão mais ampla da gravidade do problema reproduzimos a seguir a evolução da taxa de analfabetismo por década sendo o Censo Demográfico de 2000 do IBGE a fonte: 1940 – 56,0; 1950 – 50,5; 1960 – 39,6; 1970 – 33,6; 1980 – 25,5; 1990 – 20,1 e 2000 – 13,6. De acordo com o ritmo histórico (5,5 pontos percentuais por década) a estimativa é que a taxa de analfabetismo brasileira será inferior a do Paraguai provavelmente a partir deste ano, inferior a do Chile após 2015 e somente a partir de 2020 estará igualada a da Argentina e Uruguai e isto é uma prova cabal de que nenhum governo está, esteve e, o mais lamentável a julgar pelo que se constata, estará empenhado em verdadeiramente erradicar o analfabetismo nestas terras.

Outra ambigüidade nas promessas “do presidenta eleito” é constatada quando afirma que irá dar “ especial atenção a formação continuada de professores para o Ensino Fundamental e Médio, possibilitar que os professores tenham ao menos o curso universitário e remuneração condizente com a sua importância e manter um piso salarial nacional.” Gostaria que tivesse esclarecido o que vem a ser “dar especial atenção”, como se dá na prática o “possibilitar”, o que significa “remuneração condizente” (condizente com o quê?) e de que forma e com que fonte de recursos “manterá” um piso salarial nacional (cabe lembrar duas coisas: só se pode manter o que já existe e supondo que exista mantê-lo do jeito que está é uma afronta). Para começo de conversa recomendo “a presidento eleito” a leitura dos Artigos 205 e 208 da Constituição Federal porque seu Chefe-Patrono-Fabricante há décadas vem falando bobagens e nos últimos oito anos também fazendo besteiras enquanto que sua Subordinada e Poste Sem Luz fala sobre o que desconhece com a autoridade de quem, realmente, não sabe de coissíssima alguma. O Plano Nacional de Educação (PNE) lançado em 2000 com prazo de validade de 10 anos ainda não foi atualizado. O governo federal não enviou ao caquético Congresso Nacional o texto do novo plano que deveria ser votado até o fim deste ano o que, deveras, somente irá acontecer caso haja um milagre e, portanto, “o nova presidento” assume sem qualquer plano.

Segundo o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) com os dados do Censo Escolar na faixa etária dos 6 aos 14 anos que compreende os alunos do Ensino Fundamental há 762 mil crianças e adolescentes fora da escola e na faixa de educação infantil o total de crianças fora das salas de aula é de 1,568 milhão. No Ensino Médio a coisa é mais grave. O número de jovens excluídos da educação na faixa dos 15 os 17 anos chega a 1,634 milhão. Mas a desgraça não pára ai. Apenas 10% dos alunos que chegam ao 3º ano do Ensino Médio aprenderam matemática nos níveis mínimos. Este desempenho pífio pode ser atribuído , entre outras coisas, a não atualização do currículo e a qualificação dos professores. Ainda de acordo com o Conselho 47% dos professores de Educação Básica não tem formação adequada. O professor de Educação Infantil sem Ensino Médio de formação de professores é considerável. Há registros de professores formados numa área que atuam em outra (professores de física ministrando aulas de química, por exemplo). O próximo Plano deve atingir 7% do PIB (Produto Interno Bruto) devendo atingir 10% até 2020. Das quase 300 metas do atual Plano apenas um terço foi cumprida. Este plano, portanto, está mais para uma Declaração de Intenções do que para Metas Qualificáveis e sua versão 2011/2020 deve vir com apenas 25 metas. Enquanto isso o futuro ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado, inaugura a primeira unidade da Universidade Aberta do Brasil... em Moçambique. Mas, afinal, pergunto: o que se pode esperar de um presidente que se vangloria por não ter estudado e admite publicamente sem qualquer pudor ser mais prazeroso assistir um capítulo da novela das oito a ler uma única página de qualquer livro? Respondo: Dilma Vana Rousseff.

Encerrando estes comentários a intrépida Poste Sem Luz assevera no seu “promessômetro” que ira construir mais de seis mil quadras poliesportivas em todo país e cobrirá outras quatro mil já existentes isso é uma demonstração inequívoca do seu despreparo, desapreço e desarranjo mental com relação a questões eminentemente urgentes de providências que saltam aos olhos de qualquer brasileiro (ao menos aqueles decentes). Isso revela uma pequenez intelectual fantástica. Não que se deva desprestigiar os esportes, porém, venhamos e convenhamos, esta “pseudocomunista-presidento-eleita” tupiniquim, deveria era cobrir o rosto de vergonha, pedir licença e catar coquinhos no subsolo do pólo norte.

CELSO BOTELHO

15.11.2010