quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PRIMEIRA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL, A DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958 E A ESTRATÉGIA DE ANTONIO GRAMSCI, O FORO DE SÃO PAULO, A URNA ELETRÔNICA, QUEM É O MINISTRO TOFFOLI, A DITADURA PETISTA E O O DECRETO-LEI 8.243/2014

A PRIMEIRA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NO BRASIL



Examinando as eleições desde 1891 não é difícil concluir que minha afirmação de que todas as eleições no Brasil, de uma forma ou de outra, são fraudadas está primorosamente embasada. Embora a Constituição Federal de 1891 determinasse que o presidente da República fosse eleito diretamente pelo povo em suas disposições transitórias previam que o primeiro presidente da República fosse eleito pelo Congresso Nacional Constituinte. Deodoro da Fonseca, chefe do governo provisório, até ali havia realizado um governo desastroso. Instabilidade política e econômica. Rui Barbosa, ministro da fazenda, levou a termo uma reforma monetária e bancária catastrófica. Autoriza os bancos a emitir papel-moeda sem lastro em ouro ou prata e criava facilidades para a constituição de empresas visando acelerar a industrialização do país. Tal reforma provocou um surto inflacionário e a especulação financeira que levou a bolsa de valores à crise com a ruína de inúmeros investidores. A primeira crise econômica da República ficou conhecida como "encilhamento". Num contexto desse o Congresso Nacional não estava inclinado em confirmá-lo na presidência da República. No entanto, os militares ameaçaram os parlamentares e os obrigou a eleger o velho e doente marechal. Floriano Peixoto foi eleito vice-presidente. Acontece que Deodoro e Floriano vinham brigados desde a guerra do Paraguai e naquele momento a presidência e vice-presidência da República seriam ocupadas por um representante da situação e outro da oposição, respectivamente. Oito meses depois Deodoro foi levado a renunciar e Floriano Peixoto assumiu (e permaneceu) na presidência desconsiderando o Art. 42 de Constituição Federal (“Se no caso de vaga, por qualquer causa, da Presidência ou Vice-Presidência, não houverem ainda decorrido dois anos do período presidencial, proceder-se-á a nova eleição.”). A República brasileira nasceu de um golpe militar, a primeira eleição para presidente da República foi uma imposição dos militares e a primeira substituição violou descaradamente a Constituição. Este período (1889-1894) ficou conhecido como “A República da Espada”.

A DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958 E A ESTRATÉGIA DE ANTONIO GRAMSCI



A revolução cultural da esquerda foi posta em prática em fins da década de 1950. A Declaração de Março de 1958 do PCB deixa explícito o “modus operandi” a partir daquele momento. Dado as dimensões e características do Brasil tomar o poder pelas armas exigiria recursos humanos e materiais imensos e ainda assim não haveria garantias de sucesso. Todas as tentativas anteriores redundaram em fracasso. O Relatório Kruschev de 1956 por ocasião do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética que denunciava o que ficou conhecido como o Grande Expurgo de 1934 a 1939 patrocinado por Stalin abalou o mundo comunista. Era necessária uma guinada na estratégia para a tomada do poder. O documento afirma que “o caminho pacífico da revolução brasileira é possível em virtude de fatores como a democratização crescente da vida política, o ascenso do movimento operário e o desenvolvimento da frente única nacionalista e democrática em nosso país.” Para o comunista a palavra democrática tem um sentido inverso, só a utilizam como camuflagem. O que a República Democrática Popular da Coréia tem de democrática? É uma ditadura hereditária. Ou a República Democrática Popular do Laos? O Laos é uma república socialista de partido único. Logo a seguir outro trecho reitera “o caminho pacífico significa a atuação de todas as correntes anti-imperialistas dentro da legalidade democrática e constitucional, com a utilização de formas legais de luta e de organização de massas. É necessário, pois, defender esta legalidade e estendê-la, em benefício das massas. O aperfeiçoamento da legalidade, através de reformas democráticas da Constituição, deve e pode ser alcançado pacificamente, combinando a ação parlamentar e a extraparlamentar.” Este documento sugere três maneiras para conquistar o poder, a saber: “1) Pela pressão pacífica das massas populares e de todas as correntes nacionalistas, dentro e fora do Parlamento, no sentido de fortalecer e ampliar o setor nacionalista do atual governo, com o afastamento do poder de todos os entreguistas e sua substituição por elementos nacionalistas. 2) Através da vitória da frente única nacionalista e democrática nos pleitos eleitorais e 3) Pela resistência das massas populares, unidas aos setores nacionalistas do Parlamento, das forças armadas (grafado no documento sem as letras maiúsculas) e do governo, para impor ou restabelecer a legalidade democrática, no caso de tentativas de golpe por parte dos entreguistas e reacionários, que se proponham implantar no país uma  ditadura  a  serviço  dos monopólios  norte-americanos.” Quer dizer: a ditadura da esquerda pode, mas a da direita não pode. Ambas são intoleráveis, repugnantes. Qualquer ditadura é uma excrescência, seja de direita ou de esquerda, militar ou civil. Para sermos mais exato uma ditadura civil não pode existir sem a participação e o respaldo das Forças Armadas. Os oficiais que apoiaram Getúlio Vargas no golpe de 1930 são praticamente os mesmos que o depuseram em 1945 (Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juarez Távora, Juracy Magalhães, Góis Monteiro, etc.). Para finalizar atentem para este parágrafo no mesmo documento. “Quanto aos comunistas, tudo farão para alcançar os objetivos vitais do proletariado e do povo um caminho que, sendo de luta árdua, de contradições e de choques, pode evitar o derramamento de sangue na insurreição armada ou na guerra civil. Os comunistas confiam em que, nas circunstâncias favoráveis da situação internacional, as forças anti-imperialistas e democráticas terão condições para garantir o curso pacífico da revolução brasileira.” E foi exatamente o que fizeram. Enquanto os militares conspiravam nos quartéis com o apoio da Igreja, dos banqueiros, dos empresários e dos políticos os comunistas colocavam em prática o que o ativista italiano Antonio Gramsci desenvolveu como estratégia para ocupar o poder. Segundo ele um país que apresentasse uma democracia e uma economia razoavelmente sólidas a instauração do regime comunista não poderia se dar através da força. Teriam que infiltrar gradualmente a ideia revolucionária nunca admitindo que isto estivesse sendo feito. Utilizariam a via pacífica, legal, constitucional entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma mensagem subliminar, imperceptível aos desavisados que constituem a maioria da população. A hegemonia e a ocupação de espaços eram fundamentais para que a empreitada fosse bem sucedida (jornais, revistas, editoras, emissoras de rádio e televisão, universidades, entidades representativas, sindicatos, etcc.). A hegemonia, independentemente de qualquer fator (faixa etária, renda, escolaridade, etc.) deve induzir a população a pensar uniformemente sobre qualquer coisa anulando seu senso crítico.  Atingida a superação do senso comum a sociedade está pronta para repetir e aceitar qualquer coisa que os comunistas quiserem, posto que neste estágio já não existam ideias a eles adversas. Valores reconhecidos na sociedade são substituídos. É a homogeneização do pensamento. Sem perceber a sociedade vai assimilando a cultura esquerdista e por ela sendo imbecializada. Pensar diferente do PT tornou-se um crime, um pecado, uma heresia. Logo após as eleições o PT divulgou uma resolução que reafirma a estratégia gramsciana: “para transformar o Brasil, é preciso combinar ação institucional, mobilização social e revolução cultural. O Partido dos Trabalhadores, como principal partido da esquerda brasileira, está convocado a encabeçar este processo de mobilização cultural, social e política.”

Naquela época (1958) havia vários jornais com posições ideológicas distintas aliando-se ou não ao governo. Havia emissoras de rádio independentes e até canais de televisão que davam os primeiros passos posicionavam-se. Hoje se abre qualquer grande jornal (O Globo, Estadão ou Folha de São Paulo) ou sintoniza as emissoras de rádio e televisão e nos deparamos como uma padronização descarada. Toda a grande imprensa (escrita, falada e televisada) foi ocupada pelos esquerdistas e a censura é exercida pelos donos das grandes empresas de comunicação e seus funcionários nos postos-chave. O único espaço que sobrou para denunciar e combater a esquerda foi a Internet, mas mesmo ali se encontram milhares de blogs e sites financiados pela esquerda exercendo um patrulhamento ideológico ininterrupto. As bondades governamentais para esta subserviência é reconhecida com gordas verbas publicitárias, desaparecimento de processos, postergação de cobrança de encargos e tributos devidos até o dia do Juízo Final, empréstimos em bancos oficiais, manutenção e ampliação de privilégios imorais e ilegais, etc. Quando circula algum texto na mídia alternativa denunciando os crimes da esquerda surge um exército de militantes histéricos para desqualificar, rotular como conspiração, dizer que se trata de reacionários, retrógrados, etc. Rapidamente, e por todos os meios, atribuem as denúncias à direita organizada que só existe na imaginação esquerdista, pois caso realmente existisse uma direita, conservadora e cristão organizada estes criminosos não chegariam ao poder. A informação está uniformizada, mas não o bastante para esquerda porque se assim fosse não estariam se empenhando em aprovar a Lei da Mídia Democrática ou, como é conhecida, a Lei da Mordaça.

O FORO DE SÃO PAULO



Para não saírem a dizer que estou exumando defunto apresento uma fonte recente de uma entidade que está em pleno funcionamento. Trata-se do Foro de São Paulo, fundado por Lula e Fidel Castro em 1990. Esta entidade reúne toda a esquerda da América Latina, inclusive as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) especializada em narcotráfico, sequestro, assassinatos e o que mais for preciso e o MIR chileno (Movimiento de Izquierda Revolucionaria). Em 2002 as FARC fez uma “doação” à campanha presidencial de Lula de US$ 5 milhões como consta no relatório 0097/3100 da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Em seu I Congresso realizado em São Paulo (1990) diz um trecho da Ata do Foro de São Paulo “reafirmamos nossa solidariedade com a revolução socialista de Cuba, que defende firmemente sua soberania e suas conquistas; com a revolução popular sandinista, que resiste aos intentos de desmontar suas conquistas e reagrupa suas forças; com as forças democráticas, populares e revolucionárias salvadorenhas, que impulsionam a desmilitarização e a solução política à guerra; com o povo panamenho – invadido e ocupado pelo imperialismo norte-americano, cuja imediata retirada exigimos – e com os povos andinos que enfrentam a pressão militarista do imperialismo”. Esta entidade está solidária com todos esses regimes criminosos e quem se associa ou compactua com o crime está assumindo moralmente sua participação e é tão responsável quanto aquele que praticou e nada impede que adote o mesmo comportamento, se é que já não adotou porque as mortes de Celso Daniel e Toninho do PT ainda não foram devidamente esclarecidas. No III Congresso (1992) diz a Ata “O fim imediato do ilegal e imoral bloqueio contra Cuba e a assistência econômica internacional massiva para impedir que se sigam aprofundando as nefastas consequências de mais de trinta anos de bloqueio. Além disso, a restituição do território de Guantánamo a Cuba.” No Brasil integram o Foro de São Paulo o Partido Democrático Trabalhista, Partido Comunista do Brasil, Partido Comunista Brasileiro, Partido Pátria Libre, Partido Popular Socialista, Partido Socialista Brasileiro e Partido dos Trabalhadores. Esta entidade definitivamente não se dedica em ministrar aulas de corte e costura, artesanato ou boas maneiras.  Em 2005, por ocasião dos quinze anos de existência do Foro de São Paulo, Lula confessou publicamente que submeteu o país que governava (Brasil) a decisões tomadas por estrangeiros que se reuniam em assembleias cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer e muito menos entender. Reproduzo trechos do discurso de Lula naquela ocasião. “(...) graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente.” E completou: “Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.” Admite o apedeuta que humilhou a soberania nacional. Em 2012 o ex-presidente Lula (está disponível em vídeo) em mensagem de apoio a Hugo Chávez declarou, textualmente: “Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos aonde chegamos. Naquela época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão mudando a face da América Latina. (…) Em tudo que fizemos até agora, que foi muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade na diversidade. (…) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade. (…) Tua vitória será a nossa vitória.” É inequívoco o descumprimento da Lei dos Partidos Políticos de 1995 em seu Art. 28, alínea II que afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer partido político que se comprove subordinado a uma organização estrangeira. É só ler as Atas do Foro de São Paulo para se comprovar isso. Em 2013 o próprio Lula explicou como a esquerda chegou ao poder na América latina “(…) como não aceitam o Lula e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessa cosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos (...) sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente.” O Foro de São Paulo praticou, entre outros, o crime de dar proteção e abrigo a organizações terroristas e quadrilhas de narcotraficantes; associação de entidades criminosas a partidos legais visando vantagens comuns; violou a Constituição de todos os países que dele fazem parte; ocultou sua existência e natureza durante dezesseis anos e gastou e gasta montanhas de dinheiro sem nunca ter revelado a fonte. Lula é um criminoso e o PT é uma organização criminosa.


A URNA ELETRÔNICA




Desde a eleição presidencial de 1989 é a primeira vez que reporto publicamente dúvidas com respeito a lisura do resultado, embora todas as anteriores também apresentassem indícios de manipulação, especialmente depois da adoção das urnas eletrônicas. Estranha-me o fato de que a auditoria em eleições seja um pleito absurdo do partido ou do candidato. Mais estranho é que tal reinvindicação provoque “mal estar” em advogados do próprio PSDB. Interessante é que não tomamos conhecimento de nenhum “mal-estar” dos advogados quando um juiz vende sentenças e é punido com a aposentadoria e com vencimentos integrais; quando um ministro do STF não se declare impedido para votar quando há conflito de interesses como ocorreu com o ministro Dias Toffoli na Ação Penal 470 (Mensalão); quando a senhora Angelina Teodoro foi mantida presa por 128 dias na Comarca de São Paulo por haver furtado um pote de manteiga num supermercado que custava R$ 3,20, para esta cidadã o principio da insignificância, consagrado no Direito Penal moderno não valeu. Não me lembro de ter sido noticiado qualquer “mal-estar” entre os advogados quando o ministro Gilmar Mendes, O Coronel, concedeu dois habeas corpus num prazo de 48 horas para o banqueiro e trapaceiro juramentado Daniel Dantas que, aliás, continua leve, livre e solto. Bem se vê que a sensibilidade dos advogados é muito seletiva. O Judiciário brasileiro é uma instituição “exemplar”. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou, por unanimidade, a decisão do desembargador José Carlos Paes que condenou a agente Luciana Silva Tamburini a pagar indenização por danos morais de R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Correa. O magistrado foi parado por ela numa blitz da Lei Seca em 2011. O magistrado dirigia um veículo sem placas e estava sem a Carteira Nacional de Habilitação. O presidente do STF Ricardo Lewandowski (que não é lá essas coisas) manifestou-se dizendo “juiz é um homem comum, um cidadão como outro qualquer, que tem a importante missão de fazer cumprir as leis e a Constituição em particular”. O velho e execrável hábito de autoridades suporem-se acima da lei, do bem e do mal com o bordão “sabe com quem está falando?” foi, uma vez mais, reconhecido como um direito natural do magistrado arrogante. Este juiz é reincidente em utilizar sua função para intimidar agentes públicos que o abordam e constatam irregularidades. Mas o TJRJ entendeu que ele é, de fato, um deus.


Voltando ao pedido de auditoria. Bem, o raciocínio é: sem ato ou fato não se justifica a auditoria. A desconfiança quanto às urnas e a própria eleição não estava somente nas redes sociais ou nos milhares de blogs que inundam a Internet. Pessoas qualificadas e idôneas manifestaram abertamente a dúvida quanto a lisura das apurações numa eleição onde o PT jamais poderia ter participado devido a violação da lei anteriormente citada. A fraude eleitoral é como a propina: ninguém deve testemunhar.  Que garantias o cidadão pode ter que o resultado não foi manipulado? Afinal, o PT nestes doze anos aparelharam o Estado brasileiro com seus membros, militantes, aliados, apadrinhados e outras tralhas. Não existe um único metro quadrado do Estado brasileiro que não tenha a presença onipotente e onipresente do Partido dos Trabalhadores. Há mais de vinte anos acompanhei a apuração de uma eleição. Naquela ocasião o voto era manual. Ninguém me contou. Assisti ao vivo e a cores. Votos em branco foram transformados em votos válidos, mapas eleitorais preenchidos a lápis (que era proibido), fiscais de um partido associando-se a fraude em favor de um candidato de outro partido e até apurador enfiando mapa eleitoral no bolso para preencher em casa. Tudo isso no Rio de Janeiro. Dá para imaginar o que acontecia em Pimenteiras do Oeste no estado de Rondônia.      


O professor PhD em Ciência da Computação Diego Aranha da Universidade de Brasília conseguiu derrotar, em 2012, o sistema de embaralhamento dos votos de urna eletrônica brasileira. Para o professor não só o sigilo do voto como também a impossibilidade do eleitor ter a comprovação em quem votou é preocupante. Segundo o professor, a urna eletrônica brasileira é "a mais defasada do mundo" por resistir ao movimento de outros países em direção à impressão do voto. Ainda de acordo com o professor “não é possível realizar votação puramente eletrônica com verificação independente dos resultados. Por esse motivo, a maioria das alternativas para se permitir essa verificação envolvem materializar o voto em algum veículo que permita apuração posterior sem permitir simultaneamente que o eleitor possa comprovar sua escolha para uma terceira parte interessada. Um exemplo recente é a urna argentina, que produz como cédula um acoplamento das versões digital e impressa do voto. A versão digital é utilizada para apuração rápida, e a versão impressa, para se verificar a integridade dos votos computados eletronicamente". Sem a materialização do voto, a apuração das eleições ficaria refém do programa que computa as escolhas dos eleitores em ambiente digital. "Como a integridade dos resultados depende unicamente da integridade desse software, fica montado um cenário perfeito para fraudes que não deixam vestígios".  E somente o partido que está no governo tem os meios efetivos para manipular o solfware.  E quem está no governo? Ganhou um doce quem respondeu Partido dos Trabalhadores. Numa audiência na CCJ da Câmara, o engenheiro Amílcar Brunazo Filho chamou o sistema em vigor de "curral eleitoral" em que "nenhum brasileiro pode ver o que foi gravado como registro do seu voto". Portanto, não vejo razão alguma para festejar tal tecnologia. De maneira que o pleito do candidato ou do partido em solicitar uma auditoria não é descabido. Porque a recusar a solicitação mesmo com as limitações impostas pelo sistema eletrônico? Quem não deve não teme. O que, deveras, não se aplica ao Partido dos Trabalhadores.


QUEM É O MINISTRO DIAS TOFFOLI




Para que não seja acusado de leviandade relembremos alguns momentos na vida do ministro do STF e presidente do TSE José Antonio Dias Toffoli. Este ministro obteve R$ 1,4 milhão em operações de crédito no Banco Mercantil do Brasil, a serem quitadas em até 17 anos. O banco deu um desconto nos juros dos dois empréstimos proporcionando ao ministro uma economia de R$ 636.000,00. Por mera coincidência Toffoli tornou-se o relator no STF das ações do Banco Mercantil tão logo assumiu a cadeira em 2009 e - bingo! – dois anos depois obteve na instituição os empréstimos. O primeiro no modesto valor de R$ 931 mil concedido em setembro de 2011 em 180 parcelas fixas de R$ 13,8 mil a serem pagas até 2026. Três meses depois obteve o segundo crédito de R$ 463,1 mil com o pagamento acordado em 204 prestações fixas de R$ 6,7 mil, com vencimento até 2028. Os juros nesta transação foram fixados em 1,35%. Em abril de 2013 após decisões do ministro em processos do Mercantil, as duas partes repactuaram os empréstimos, por meio de aditivos às cédulas de crédito originais e transcritas em cartório. O banco baixou a taxa para 1% ao mês. Com a alteração, a soma das prestações caiu para R$ 16,7 mil mensais que representava um comprometimento de 92% dos ganhos do ministro no Supremo à época. Mas o ministro alega que possui “outras fontes de renda”.


Por ocasião do julgamento do Mensalão Dias Toffoli teve a cara de pau de não se declarar impedido de votar. Sua carreira profissional foi construída dentro do PT. Advogado do partido e de três campanhas à presidência da República de Lula.  Em 2003 ocupou a subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, então comandada pelo condenado José Dirceu, elevado à posição de chefe da quadrilha do Mensalão pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. Em 2007, já no segundo mandato do pelego e preguiçoso foi alçado a Advocacia Geral da União e, por mero acaso, Lula o nomeou em 2009 para o STF, mesmo já tendo sido reprovado em dois concursos para juiz.  Eta, menino de sorte! E bem relacionado!




A advogada Christiane Araújo de Oliveira em oito horas de gravações revelou que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República. Ela participava de festas de embalo, viajava em aviões oficiais, aproveitava-se dos amigos e amantes influentes para obter favores em benefício da quadrilha chefiada por Durval Barbosa em Brasília (delegado aposentado e corrupto contumaz delatou o esquema de corrupção que derrubou o então governador José Roberto Arruda, em 2009 no chamado Mensalão do Distrito Federal. Arruda entrou para a história como sendo o primeiro governador preso no exercício do mandato. Foi direto do Palácio para uma cela na Papuda). O bando desviou mais de R$ 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Esta menina “sapeca” contou também que o governo federal usou de sua proximidade com essa máfia para conseguir material que incriminaria adversários políticos. A advogada relatou que manteve um relacionamento com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo Lula. Os encontros, segundo ela, ocorriam em um apartamento onde Durval armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos e onde ele eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações. Christiane afirma que em um dos encontros entregou a Toffoli gravações do acervo de Durval Barbosa (para que este demonstrasse seu poder de fogo).  A causídica informou também ter voado a bordo de um jato oficial do governo, por cortesia do atual ministro do STF e as expensas do contribuinte. A advogada também afirmou que mantinha uma “amizade íntima” com o então chefe de gabinete de Lula e atual secretário-geral da presidência da República Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada. Christiane pediu ao espião do Lula que intercedesse para que Leonardo Bandarra fosse nomeado chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi atendido. Mais tarde comprovou-se que este cidadão fazia parte da máfia do DF. Foi exonerado e colecionou cinco processos. A “amiga dos amigos” trabalhou no comitê central da campanha de Dilma Rousseff em 2010 como encarregada da relação com as igrejas evangélicas. Nada mais coerente, posto tratar-se da filha de Elói Freire de Oliveira, fundador da igreja Tabernáculo do Deus Vivo, muito popular em Brasília. Elói é conhecido como “profeta” e goza de prestígio junto a políticos e outros parasitas. Antes da realização do segundo turno nas eleições deste ano Toffoli se superou quando, como presidente do TSE, disse “... isto é um jogo. Não é pedagógico, civilizado e educativo para o povo brasileiro. Tem que acabar com esse negócio de aparecer gente estranha, de aparecer jornal e acabar de aparecer revista nos programas eleitorais.” Pela primeira vez em todo o Universo um membro de tribunal ou qualquer outro órgão do Judiciário arrogou-se do poder de determinar o que os candidatos podem e não podem dizer, seja mentira ou verdade, crítica política ou acusações pessoais. É neste sujeito que posso confiar as apurações das eleições? Ora, poupe-me!


A DITADURA PETISTA




O maior serviço que se pode prestar aos comunistas é o mesmo que se pode prestar ao diabo: negar sua existência. A ditadura petista está sendo construída há décadas e foi intensificada a partir da Fundação do Foro de São Paulo e da ascenção do partido ao governo federal, há doze anos eles possuem os meios efetivos para implantar qualquer porcaria no Brasil. Seja uma ditadura castrista, um socialismo espírita, um comunismo evangélico ou um nazismo cristão. Para o brasileiro, de um modo geral, o regime comunista só existe no dia que acordar e a propriedade privada desaparecer, os meios de produção controlados pelo Estado, o lucro abolido, o Congresso Nacional extinto, a Constituição Federal revogada, a pena de morte reintroduzida e a liberdade de expressão suprimida (a Emenda n° 1 de 17.10.1969 da Constituição Federal estabelecia no Art. 153, Paragrafo 11: “Não haverá pena de morte, de prisão perpétua, de banimento, ou confisco, salvo nos casos de guerra externa, psicológica adversa, ou revolucionária ou subversiva...” oficialmente nenhum revolucionário ou subversivo foi executado, mas a Carta Magna autorizava os trogloditas a utilizá-la). Como estas coisas não acontecem do dia para a noite, é um processo lento, gradual e ininterrupto e, portanto, a maioria dos brasileiros conclui que não existe comunismo e ditadura. Ledo engano. Como já expliquei anteriormente. Deixa-me dizer uma coisa: o regime político não depende da economia. É óbvio que quando se tem o pleno controle do poder político o controle sobre a economia vem junto. No entanto, o controle sobre a economia jamais significou destruir o capitalismo simplesmente porque seria um suicídio. Em nenhum momento um quis suprimir o outro. A China, por exemplo, tem uma economia de mercado, mas seu regime político é comunista de partido único. Em todos os países que já experimentaram ou experimentam o regime socialista existe uma economia de mercado subterrânea para prover-lhes. Ou alguém imagina que os bilionários que surgiram logo após a desintegração da União Soviética vieram de Marte? Ludwing Von Mises, economista alemão, provou que uma economia planificada jamais poderá ser implantada devido a impossibilidade do cálculo econômico no socialismo. Só quem pode fazer isso é o mercado. A velha e boa lei da procura e da oferta. Os comunistas sabem disso. O capitalismo produz riqueza e inúmeras mazelas, porém não iremos adentrar neste aspecto. O capitalismo ganha dinheiro até mesmo quando denigre o próprio capitalismo. Quantas editoras não faturam alto com livros que acusam o capitalismo de selvagem, excludente, perverso? Da mesma forma quando publicam livros de autores comunistas. O capitalismo fatura bastante até com os símbolos e ícones do comunismo como, por exemplo, quando fabricam camisetas, broches, flâmulas, etc. com a figura de Che Guevara. A estratégia da esquerda não é a de promover uma ruptura institucional através de um golpe de Estado fulminante. No entanto, caso se faça necessária, a luta armada será considerada.  Há décadas estão seguindo seus planos sempre camaleônicos, pois mudam de cor conforme a contexto. Disputam eleições, ocupam espaços e vão corroendo o Estado Democrático desde dentro, eliminando isso, alterando aquilo, aprovando aquilo acolá e por ai visando uma hegemonização do pensamento. Quando este mesmo povo que faz troça, ridiculariza aqueles que alertam e aponta o que essa gente está fazendo quando se derem conta todos os mecanismos de defesa do regime democrático estarão corrompidos, contaminados e apodrecidos. Atualmente no Brasil não existe um único cidadão que não esteja enquadrado em alguma lei, portaria ou estatuto. A esquerda no Brasil sabe que não pode contar ainda com uma militância que respalde uma ruptura. As manifestações de junho de 2013 foi um balão de ensaio que soltaram e que saiu do controle de seus mentores, organizadores, financiadores e executores. A confusão mental provocada pela revolução cultural esquerdista destruiu inteligências, subverteu a ordem, inverteu valores, baixou a escala de padrões éticos e morais conquistando uma hegemonia sem precedentes na História do Brasil. Possuímos uma elite empresarial gananciosa e burra, pois se recusam a perceber que a esquerda não será tão generosa no momento que detiver uma massa hegemônica sólida que lhes possibilitará o controle total do Estado, e este processo está bastante acelerado. Banqueiros e empresários de um modo geral serão transformados em seus empregados. A elite intelectual do país em sua maior parte já foi adestrada, cooptada e subvencionada pela esquerda e se mantém servil. O que se observa nas universidades brasileiras a algumas décadas é a repetição do discurso esquerdista algumas vezes até com certa dose de sutileza, porém, na maioria das vezes, de maneira clara, escancarada.  Nas universidades brasileiras ensina-se a não pensar. A mente humana funciona por contradição e contraste, mas até mesmo esta função que nos é nata o discurso esquerdista consegue anular. Recusar-se a estudar o adversário e conhecê-lo para descobrir como poderá combatê-lo são os princípios básicos para derrotá-lo. Mas o brasileiro não gosta de estudar, dá muito trabalho. É mais fácil aceitar o que se lhe impõem e fechar-se no seu círculo de convivência olhando apenas para o seu próprio umbigo. Na Grécia antiga uma pessoa se comportasse assim era chamado de "idiótes". Hoje este termo é utilizado para designar uma pessoa tola, imbecil, desprovida de inteligência e bom-senso, o que dá no mesmo. A partir do momento que a pessoa começa a agir desta maneira está abrindo mão de uma série de prerrogativas e direitos. 


O DECRETO-LEI 8.243/14




Um cidadão, notoriamente petista, cujo nome não será declinado, fez a defesa do Decreto-Lei 8.243/14 amparado no que determina a Constituição Federal de 1988 em Artigo 1º, parágrafo único (“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente''). Lá pelas tantas em seu texto deixou cair a máscara, textualmente: “Podemos chegar a um momento em que a representação política convencional se esvazie de sentido. Não é agora, nem com esse decreto. Mas, quem sabe, com uma sociedade mais consciente.” Quem e quando irá determinar que a representação convencional não faz mais sentido? Quem decidirá quando a sociedade estará consciente o suficiente para abolir a representação convencional?  Naturalmente será o Foro de São Paulo, o Partido dos Trabalhadores & Comparsas. Como não reconhecer nesta frase as intenções do Partido dos Trabalhadores? De acordo com a proposta pode-se inferir que a democracia representativa cederá lugar aos “Conselhos Populares”. Para arrematar o cínico diz “participar do rumo das coisas a cada quatro anos não será mais suficiente. Pois, em verdade, nunca foi. Iremos participar em tempo real.” O que lhes parece isso? Como isso soa? Uma promessa de nos conduzir à terra do leite e do mel ou nos impor uma ditadura? As formas veladas para fazer conhecer o objetivo de instaurar uma ditadura está abandonada. Ora, quem controla os movimentos sociais e um caminhão de ONGs e OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fajutas é o PT & Agregados e será gente sua que participará desses “Conselhos Populares”. Como não sou jurista recorro ao texto  do Dr. Paulo Roberto de Gouveia Medina (jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da UFJF) datado de 21 de julho deste ano e publicado no site da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) onde analisa o “Decreto dos Conselhos Populares” que reproduzo alguns trechos na íntegra. “O Decreto nº. 8.243/2014, que institui a Política e o Sistema Nacionais de Participação Social, atinge, claramente, o sistema representativo.  A pretexto de consolidar a participação social como método de governo, por meio de conselhos e comissões de políticas públicas, o que o referido ato legislativo pretende é criar um instrumento de pressão sobre deputados e senadores, de tal forma que estes se sintam na contingência de acolher deliberações prévias, supostamente reveladoras da vontade popular.” Como ignorar que o Foro de São Paulo e o PT desde sempre estão empenhados em implantar uma ditadura no país? O que a Constituição Federal prevê não é o que tais conselhos serão na prática. Diz mais o advogado e professor. “Tais deliberações emanariam de um complexo sistema de participação social, composto pelos referidos conselhos e comissões, além de outras instâncias e mecanismos.  Todo esse sistema ficará sob a coordenação da Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, à qual competirá coordenar e encaminhar as pautas dos movimentos sociais, bem como monitorar-lhes as respostas, segundo dispõe o Decreto (cf. art. 19).  Terá a referida Mesa papel singular na estrutura do Poder Executivo, porquanto passará a atuar como instância colegiada interministerial, coordenando o trabalho dos órgãos de participação popular vinculados a cada um dos Ministérios.  A supervisão do sistema é atribuída à Secretaria-geral da presidência da República.” Atualmente quem ocupa esta função é Gilberto Carvalho, O Espião Que Veios do Nada. A seguir diz o texto: “A composição dos conselhos e comissões de políticas públicas far-se-á mediante um vago processo de eleição ou indicação pela sociedade civil, nesta incluídos os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, segundo estabelece o Decreto (art. 10, I).  É fácil perceber que, no fundo, os integrantes desses órgãos serão cooptados pela Secretaria-geral da Presidência da República, cujo chefe terá em mãos os cordões destinados a manobrá-los.” Nada disso é desconhecido dos próceres esquerdistas, mas sempre irão afirmar o contrário e rotulará todos os que não professam em sua seita maldita de teóricos da conspiração, cômicos, reacionários e viúvas do regime militar.


O debate sempre me atraiu e empolgou. Refutar e endossar ideias, perspectivas e argumentos ilustram, faz avançar, acrescenta, nos induz à reflexão e enriquece. Mas um bom debate. Com esquerdista não se pode debater coisa alguma porque fora de sua ideologia não existe vida. São incapazes de conviver com aqueles que não se enquadrem no seu esquema. O rei está nu, mas a sociedade se nega a reconhecer este fato.


CELSO BOTELHO

17.11.2014

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A VIÚVA PORCINA DO PLANALTO





Nove fora nada, o segundo mandato de Dilma Rousseff começou logo após ter sido reeleita. E, de acordo com a meteorologia, tudo indica que enfrentará chuvas fortes com direito a sonoras trovoadas no decorrer do próximo período presidencial. Não é novidade alguma que numerosa parcela do seu partido (sic) a rejeita desde o momento que o Lula a fabricou. Decorridos praticamente quatro anos este contingente só fez aumentar. Dizer que Dilma Rousseff é medíocre, incompetente, arrogante, permissiva e mentirosa é como afirmar a esfericidade de nosso planeta. Os políticos, veteranos e novatos, estão assanhados e muito ansiosos para que o balcão de negócios seja reaberto em fevereiro já com os loteamentos dentro do governo devidamente sacramentados. A história aponta inúmeros exemplos de governantes que tentaram desvencilhar-lhe do establishment e deram com os burros n’água. Essa conversa de “governo novo, novas ideias” é exatamente para que tudo continue velho.  Dilma não é o que se pode chamar de pessoa agradável, boa de trato, educada e, portanto, terá grande dificuldade com o Congresso Nacional, sempre pronto para rebelar-se e chantagear qualquer presidente da República, exceto no caso dos generais de plantão de 1964-1985. Segundo consta, durante todo o seu governo (?) recebeu pouco mais de uma dúzia de parlamentares no Palácio do Planalto, porém isto não a impediu de atender inúmeras “solicitações” da matilha apelidada de “base aliada”, com todo respeito aos cães. O ex-presidente Collor (1990-1992) lamenta até hoje não haver estabelecido “relações adequadas” com o Congresso Nacional. FHC e Lula que não são bobos trataram os congressistas a pão de ló e os “amigos” do governo também. Dilma Rousseff recebeu o esquema já pronto de Lula, bastava mantê-lo abastecido com as “bondades” do governo, se é que me entendem. Porém, Dilma Rousseff não conseguiu nem fazer prosperar uma lojinha sem-vergonha em Porto Alegre quanto mais gerenciar um esquema desta magnitude e muito menos a economia do país.



O próprio secretário-geral da presidência da República Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada, em entrevista à BBC disse, textualmente: "O governo da presidenta Dilma deixou de fazer da maneira tão intensa, como era feito no tempo do Lula, esse diálogo de chamar os atores antes de tomar decisões. De ouvir com cuidado e ouvir muitos diferentes, para produzir sínteses que contemplassem os interesses diversos". Traduzindo para o português: o “dededa”, mau caráter e barbudo “cuidava” de sua gente e de seus aliados, dentro e fora do governo, com muito mais empenho e dedicação. O espião de Lula foi mais além: "faltou competência e clareza" ao governo para avançar na questão indígena, e em alguns episódios a gestão deu “tiros no pé". Segundo Gilberto Carvalho “não faltou diálogo com os movimentos sociais, o que faltou foi o atendimento das demandas. A reforma agrária e a questão indígena avançaram pouco. A reforma urbana também decepcionou” e “Estamos com uma crise energética no país que não é pequena e temos de realizar Belo Monte. Mas acho que houve erros no processo de implantação da obra.” Os mais afoitos por certo estão boquiabertos com as críticas deste “senhor” ao governo do qual sempre fez parte. Toda essa conversa não passa de mais um estratégia do próprio PT. Exatamente como se deu no escândalo do Mensalão. Neste episódio os “companheiros” foram denunciados pelos mais variados crimes e o que o PT fez? Ofereceu os mensaleiros em sacrifício fingindo-se traído e desonrado pelos “companheiros” criminosos enquanto davam continuidade a crimes muito maiores como, por exemplo, o da Petrobrás. A esquerda tem por vocação lavar-se em seus próprios dejetos. O PT já está arrumando o terreno para as eleições de 2018. Caso se repita o desastre da “gestão” Dilma Rousseff o PT estará preparado para jogá-la às feras sem qualquer remorso. Mas se acontecer o contrário? Que “o presidenta” consiga algum sucesso na administração publica e, notadamente, na economia? O PT também estará preparado para colher os louros enaltecendo seus méritos e repetindo os chavões de sempre. Portanto, seja qual for o desempenho de Dilma Rousseff no segundo mandato o PT estará pronto. A esquerda sempre trabalha com duas ou mais vertentes sempre reajustando seu discurso para atender as demandas que se apresentem. A senadora e agora ex-ministra da Cultura (é hilário, mas é verdade) Marta Suplicy também deixou o governo tecendo críticas a atual presidente, textualmente: "Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país. Isto é o que hoje o Brasil, ansiosamente, aguarda e espera". Registre-se que tanto Gilberto Carvalho quanto Marta Suplicy pertencem ao grupo do “Volta Lula”.



No dia 11 deste mês o Diretório Nacional do PT divulgou uma Resolução onde está, uma vez mais, está explícita sua estratégia de denominação plena e incontestável. O documento insiste em realizar uma reforma política que irá legitimar a ditadura que sonham implantar; retoma a “necessidade” de imporem o controle social da mídia (Lei da Mordaça) que agora denominaram como sendo a “Lei da Mídia Democrática”, mais bolivariano impossível e ressuscitam o Decreto-Lei 8.243/14 que estabelecem “conselhos populares” inspirados nos sovietes criados por Stalin. No mesmo documento pode-se constatar uma velha estratégia da esquerda: acusar seus opositores de praticar os crimes que eles próprios cometeram quando afirma: “A oposição, encabeçada por Aécio Neves, além de representar o retrocesso neoliberal, incorreu nas piores práticas políticas: o machismo, o racismo, o preconceito, o ódio, a intolerância, a nostalgia da ditadura militar”. Lula e Dilma não praticaram a mesma política neoliberal? A presidente quando engajada na VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) jamais lutou pela democracia, posto que esta organização e todas as demais visavam substituir a ditadura militar pela ditadura soviética, castrista, maoísta e outros diabos. Para a esquerda tanto faz que as acusações sejam verídicas ou não o que sempre conta são os resultados que poderão ser obtidos. A esquerda é como o diabo: existe para matar, roubar e destruir.



Passado o resultado da urna os indicadores econômicos e sociais são divulgados confirmando, como de praxe, a incompetência e mediocridade do governo da senhora Rousseff. Para começar a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam Belchior também no ultimo dia 11 do corrente mês compareceu a Comissão Mista de Orçamento (CMO) no Congresso Nacional e demonstrou total despreparado para o cargo, apesar de sua formação acadêmica. A “professora” tentou justificar o envio de projeto de lei do Executivo que permite ao governo abandonar a meta fiscal anteriormente fixada para 2014 e prosseguir maquiando as contas públicas ou, para utilizar seu eufemismo, recorrer a “contabilidade criativa”. Belchior, a ministra não o compositor, do alto de seu mestrado em Administração Pública e Governamental quer nos convencer que a mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) não é um cheque em branco nas mãos do Executivo que poderá abater integralmente os gastos das desonerações tributárias e investimentos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Caso este projeto seja aprovado ultrapassará em muito a meta deste ano de R$ 116 bilhões (cerca de R$ 150 bilhões). Com a lei vigente o governo só poderia abater R$ 67 bilhões, mas com a que está propondo o céu é o limite, não tem limite. A ministra asseverou que "o Brasil seguirá buscando fazer e fará superávit primário". Este tal de “superávit primário” tão falado é simplesmente o dinheiro que “sobra” nas contas do governo depois de pagar as despesas, exceto juros da dívida pública. Por isso ele é conhecido como a economia para pagar os juros. Não se pode esquecer que o Orçamento da União é autorizativo e não impositivo e, portanto, os recursos são corriqueiramente contingenciados. A pérola da ministra foi, textualmente:  "A alteração na LDO tem como objetivo compatibilizar a meta fiscal com o ciclo econômico atual", em outras palavras, aplicar a “contabilidade criativa” a torto e a direito.



 Os indicadores matreiramente divulgados após as eleições revela a precariedade da economia brasileira na gestão petista. Em setembro deste ano foi registrado um déficit de R$ 20,399 bilhões nas contas do governo federal, maior rombo mensal desde 1997. As contas do governo só estiveram no azul em janeiro, março e abril deste ano. No ano o que era superávit tornou-se um déficit de 15,705 bilhões (0,42% do PIB). O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que se o governo federal não tivesse utilizado a chamada “contabilidade criativa”, o resultado primário ajustado seria negativo em 0,9% do PIB em 2013, ou seja, haveria um déficit de R$ 43,3 bilhões.



Diante destes fatos é possível concluir que as chances da senhora Rousseff reverter a gravíssima situação na qual os governos petistas esmeraram-se em tornar possível são as mesmas de se encontrar água no sol. Dona Dilma já provou para a esquerda sua inutilidade como agente de ruptura e não será nenhuma surpresa ser descartada e substituída. Os primeiros sinais deste movimento estão nas declarações de Marta Suplicy e Gilberto Carvalho.  Sobre os escombros de seu desastroso governo surgirá aquele que conduzirá a ruptura institucional definitiva e sem retorno. Dilma Rousseff venceu as eleições e mais do que antes foi alijada do poder.  A senhora Rousseff lembra a personagem de Dias Gomes, a viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido.

CELSO BOTELHO
14.11.2014




domingo, 9 de novembro de 2014

FAZENDO O DIABO



Como afirmei todas as eleições no Brasil, desde 1891, são fraudulentas e sujas e esta última veio a reforçar magnificamente minha assertiva. Eivada de toda sorte de fraudes, ilegalidades e imoralidades. Surgem denuncias de todos os lados apontando fraudes, inobservância as leis eleitorais, descumprimento da Constituição Federal e profundo desprezo pelos valores éticos e morais. Há muito que o debate ideológico cedeu lugar para a mera disputa de cargos. O processo de subverter a ordem, inverter valores, promover o caos, instalar a insegurança, provocar a confusão mental e conquistar o poder a partir dos instrumentos legais disponíveis (para depois desfigurá-los ou os suprimirem) começou nos fins dos anos 1950. Enquanto os militares distraiam-se caçando, prendendo, torturando e matando “guerrilheiros” bois de piranha as cabeças pensantes da esquerda executavam sua revolução cultural ocupando espaços importantes (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, movimento editorial, sindicatos, entidades da sociedade civil, universidades, etc.) e preparando o terreno. Quando o regime militar terminou (por concessão dos generais) os esquerdistas já dominavam a paisagem política brasileira. Com a chegada do PT ao governo central tratou-se imediatamente de aparelhar o Estado deformando-o e contaminando todas as suas instituições. Aqueles que defendem que os governos petistas avançaram no combate as desigualdades sociais estão divididos em duas categóricas. Ou são militantes histéricos e imbecis ou incapazes de compreender algo que salta aos olhos, ou seja, uma estratégia de dominação que transforma o cidadão em mais combustível para alimentar a máquina das desigualdades. O PT monopolizou a caridade em proveito próprio, mas com o dinheiro alheio.  As eleições presidenciais deste ano foram fraudadas de ponta a ponta.



Leonel Brizola (1922-2004) alertava constantemente sobre a fragilidade da urna eletrônica e as reais possibilidades de manipulá-las a favor deste ou daquele candidato. Em 1982, quando o voto ainda era manual, Brizola quase se tornou vítima de uma fraude pela Proconsult. A mecânica da fraude consistia em transferir votos nulos ou em branco para que fossem contabilizados para Moreira Franco, candidato do PDS (antiga Arena). Nesse atentado, apesar das negativas, a Rede Globo teve participação “luxuosa”. Sob o pretexto de respeitar o fuso horário imposto pelo horário de verão a apuração realizou-se a partir das vinte horas na sede do TSE em Brasília a portas fechadas e comandadas pelo ministro Dias Toffoli que, por sinal, não é digno de confiança. Entregou-se a apuração a um sujeito que já foi advogado do PT, assessor jurídico da Casa Civil quando era ocupada pelo chefe do mensalão José Dirceu e que jamais conseguiu ser aprovado num concurso para juízes. Porque cada um dos estados não processou a apuração em seus territórios enviando os resultados para Brasília? As urnas viciadas estavam prontas bem antes da eleição. Quando se trata de denunciar os crimes da “petezada” surge uma horda de imbecis acusando o denunciante de teórico da conspiração.  Por isso apresento os seguintes fatos. Às 19h26min do dia 26 de outubro o petista Luiz Eduardo Greenhalgh postou em sua conta no Twitter: “Atenção. Dilma Reeleita. Festejemos após o anúncio oficial do TSE essa vitória contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB”.  Greenhalgh sabia do resultado antes mesmo que se começasse a apuração e classificar o PSDB como fascista é uma prova contundente de plena e total ignorância sobre o que isto seja. Às 21h21min na mesma rede social e no mesmo dia escreveu: “Nossos companheiros Delúbio Soares, José Dirceu e João Paulo Cunha, pela grandeza e sofrimento, são partícipes dessa vitória histórica”. O infeliz divide a “vitória” com um bando de criminosos condenados. Mas, pudera, o PT é uma organização criminosa e, portanto, só poderia festejar a reeleição com seus pares, digo, comparsas. Greenhalgh, por ocasião do assassinato do prefeito Celso Daniel, foi designado pelo PT para acompanhar as investigações que, por mera coincidência, não apuraram coisa alguma.



O PT dispõe dos meios efetivos para fraudar qualquer coisa, posto ser ele próprio uma fraude. A Lei dos Partidos Políticos de 1995, Art. 28, alínea II, afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer partido que se comprove subordinado a uma organização estrangeira. E o PT (Lula e Fidel Castro) é membro do Foro de São Paulo (recebeu este nome porque seu I Congresso ocorreu nesta cidade. Ora, para acontecer um I Congresso é porque a entidade já existia e foi fundada em Havana, portanto uma organização estrangeira). Em seu III Congresso reconheceu-se publicamente como sendo a “coordenação estratégica da esquerda latino-americana”. Portanto, ao subscrever e colocar em prática as decisões das assembleias gerais do Foro de São Paulo, esse partido reconhece sua subordinação a um plano internacional descumprindo a legislação brasileira. Disto depreende-se que esta agremiação partidária está participando de todas as eleições indevidamente a partir de 1990. Porém, ninguém jamais contestou sua legalidade. A omissão permitiu que crescesse, chegasse ao poder e se utilizasse de todos os meios para corroer o Estado e dele apossar-se.



Aécio Neves estava disputando uma eleição previamente vencida pelo PT, posto ter aceitado seus termos mediante a omissão em deslegitimar a candidatura Dilma Rousseff e o PT. Era preciso que denunciasse a sociedade o Foro de São Paulo desnudando-o por completo. Deveria apresentar à população fatos e atos do governo petista no sentido de implantar no Brasil um sistema ditatorial “como nunca antes visto neste país” como, por exemplo, o Decreto-Lei 8.243 que estabelece os “conselhos populares” (uma versão tupiniquim dos sovietes criados por Stalin na falecida URSS) e o plebiscito sobre a reforma política e a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva que apenas iria legitimar a confecção de uma Constituição à imagem e semelhante do Partido dos Trabalhadores. Os desastres administrativos do governo petista são infinitamente menos graves que seus crimes contra a nação e sua população, posto aqueles oferecerem a possibilidade de serem consertados enquanto estes surrupiam o futuro e a esperança. O PSDB, mais uma vez, atuou como saco de pancadas do PT desperdiçando uma excelente oportunidade de desmascarar a fraude que é a instituição partidária Partido dos Trabalhadores, que nunca foi dos trabalhadores e sim de charlatães, ordinários, vagabundos e criminosos de todos os matizes. No ano passado dona Dilma Rousseff numa única frase revelou o que ela, sua camarilha e o PT seriam capazes para evitar a alternância do poder (esta expressão é um palavrão no covil petista): “a gente faz o diabo quando é hora de eleição”. E, como é do conhecimento público, o diabo não nos sugere nada que seja licito ou moral.



CELSO BOTELHO

09.11.2014

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