A
PRIMEIRA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NO BRASIL
Examinando as eleições desde
1891 não é difícil concluir que minha afirmação de que todas as eleições no
Brasil, de uma forma ou de outra, são fraudadas está primorosamente embasada.
Embora a Constituição Federal de 1891 determinasse que o presidente da
República fosse eleito diretamente pelo povo em suas disposições transitórias
previam que o primeiro presidente da República fosse eleito pelo Congresso
Nacional Constituinte. Deodoro da Fonseca, chefe do governo provisório, até ali
havia realizado um governo desastroso. Instabilidade política e econômica. Rui
Barbosa, ministro da fazenda, levou a termo uma reforma monetária e bancária
catastrófica. Autoriza os bancos a emitir papel-moeda sem lastro em ouro ou
prata e criava facilidades para a constituição de empresas visando acelerar a
industrialização do país. Tal reforma provocou um surto inflacionário e a
especulação financeira que levou a bolsa de valores à crise com a ruína de
inúmeros investidores. A primeira crise econômica da República ficou conhecida
como "encilhamento". Num contexto desse o Congresso Nacional não
estava inclinado em confirmá-lo na presidência da República. No entanto, os
militares ameaçaram os parlamentares e os obrigou a eleger o velho e doente
marechal. Floriano Peixoto foi eleito vice-presidente. Acontece que Deodoro e
Floriano vinham brigados desde a guerra do Paraguai e naquele momento a
presidência e vice-presidência da República seriam ocupadas por um
representante da situação e outro da oposição, respectivamente. Oito meses
depois Deodoro foi levado a renunciar e Floriano Peixoto assumiu (e permaneceu)
na presidência desconsiderando o Art. 42 de Constituição Federal (“Se no caso
de vaga, por qualquer causa, da Presidência ou Vice-Presidência, não houverem
ainda decorrido dois anos do período presidencial, proceder-se-á a nova
eleição.”). A República brasileira nasceu de um golpe militar, a primeira
eleição para presidente da República foi uma imposição dos militares e a
primeira substituição violou descaradamente a Constituição. Este período
(1889-1894) ficou conhecido como “A República da Espada”.
A
DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958 E A ESTRATÉGIA DE ANTONIO GRAMSCI
A revolução cultural da
esquerda foi posta em prática em fins da década de 1950. A Declaração de Março
de 1958 do PCB deixa explícito o “modus operandi” a partir daquele momento.
Dado as dimensões e características do Brasil tomar o poder pelas armas
exigiria recursos humanos e materiais imensos e ainda assim não haveria
garantias de sucesso. Todas as tentativas anteriores redundaram em fracasso. O
Relatório Kruschev de 1956 por ocasião do XX Congresso do Partido Comunista da
União Soviética que denunciava o que ficou conhecido como o Grande Expurgo de 1934 a 1939 patrocinado por
Stalin abalou o mundo comunista. Era necessária uma guinada na estratégia para
a tomada do poder. O documento afirma que “o caminho pacífico da revolução
brasileira é possível em virtude de fatores como a democratização crescente da
vida política, o ascenso do movimento operário e o desenvolvimento da frente
única nacionalista e democrática em nosso país.” Para o comunista a palavra
democrática tem um sentido inverso, só a utilizam como camuflagem. O que a
República Democrática Popular da Coréia tem de democrática? É uma ditadura
hereditária. Ou a República Democrática Popular do Laos? O Laos é uma república
socialista de partido único. Logo a seguir outro trecho reitera “o caminho
pacífico significa a atuação de todas as correntes anti-imperialistas dentro da
legalidade democrática e constitucional, com a utilização de formas legais de
luta e de organização de massas. É necessário, pois, defender esta legalidade e
estendê-la, em benefício das massas. O aperfeiçoamento da legalidade, através
de reformas democráticas da Constituição, deve e pode ser alcançado pacificamente,
combinando a ação parlamentar e a extraparlamentar.” Este documento sugere três
maneiras para conquistar o poder, a saber: “1) Pela pressão pacífica das massas
populares e de todas as correntes nacionalistas, dentro e fora do Parlamento,
no sentido de fortalecer e ampliar o setor nacionalista do atual governo, com o
afastamento do poder de todos os entreguistas e sua substituição por elementos
nacionalistas. 2) Através da vitória da frente única nacionalista e democrática
nos pleitos eleitorais e 3) Pela resistência das massas populares, unidas aos
setores nacionalistas do Parlamento, das forças armadas (grafado no documento
sem as letras maiúsculas) e do governo, para impor ou restabelecer a legalidade
democrática, no caso de tentativas de golpe por parte dos entreguistas e
reacionários, que se proponham implantar no país uma ditadura
a serviço dos monopólios norte-americanos.” Quer dizer: a ditadura da
esquerda pode, mas a da direita não pode. Ambas são intoleráveis, repugnantes.
Qualquer ditadura é uma excrescência, seja de direita ou de esquerda, militar
ou civil. Para sermos mais exato uma ditadura civil não pode existir sem a
participação e o respaldo das Forças Armadas. Os oficiais que apoiaram Getúlio
Vargas no golpe de 1930 são praticamente os mesmos que o depuseram em 1945 (Cordeiro
de Farias, Eduardo Gomes, Juarez Távora, Juracy Magalhães, Góis Monteiro,
etc.). Para finalizar atentem para este parágrafo no mesmo documento. “Quanto
aos comunistas, tudo farão para alcançar os objetivos vitais do proletariado e
do povo um caminho que, sendo de luta árdua, de contradições e de choques, pode
evitar o derramamento de sangue na insurreição armada ou na guerra civil. Os
comunistas confiam em que, nas circunstâncias favoráveis da situação internacional,
as forças anti-imperialistas e democráticas terão condições para garantir o
curso pacífico da revolução brasileira.” E foi exatamente o que fizeram.
Enquanto os militares conspiravam nos quartéis com o apoio da Igreja, dos
banqueiros, dos empresários e dos políticos os comunistas colocavam em prática
o que o ativista italiano Antonio Gramsci desenvolveu como estratégia para
ocupar o poder. Segundo ele um país que apresentasse uma democracia e uma
economia razoavelmente sólidas a instauração do regime comunista não poderia se
dar através da força. Teriam que infiltrar gradualmente a ideia revolucionária
nunca admitindo que isto estivesse sendo feito. Utilizariam a via pacífica,
legal, constitucional entorpecendo consciências e massificando a sociedade com
uma mensagem subliminar, imperceptível aos desavisados que constituem a maioria
da população. A hegemonia e a ocupação de espaços eram fundamentais para que a
empreitada fosse bem sucedida (jornais, revistas, editoras, emissoras de rádio
e televisão, universidades, entidades representativas, sindicatos, etcc.). A
hegemonia, independentemente de qualquer fator (faixa etária, renda,
escolaridade, etc.) deve induzir a população a pensar uniformemente sobre
qualquer coisa anulando seu senso crítico.
Atingida a superação do senso comum a sociedade está pronta para repetir
e aceitar qualquer coisa que os comunistas quiserem, posto que neste estágio já
não existam ideias a eles adversas. Valores reconhecidos na sociedade são
substituídos. É a homogeneização do pensamento. Sem perceber a sociedade vai
assimilando a cultura esquerdista e por ela sendo imbecializada. Pensar
diferente do PT tornou-se um crime, um pecado, uma heresia. Logo após as
eleições o PT divulgou uma resolução que reafirma a estratégia gramsciana:
“para transformar o Brasil, é preciso combinar ação institucional, mobilização
social e revolução cultural. O Partido dos Trabalhadores, como principal
partido da esquerda brasileira, está convocado a encabeçar este processo de
mobilização cultural, social e política.”
Naquela época (1958) havia
vários jornais com posições ideológicas distintas aliando-se ou não ao governo.
Havia emissoras de rádio independentes e até canais de televisão que davam os
primeiros passos posicionavam-se. Hoje se abre qualquer grande jornal (O Globo,
Estadão ou Folha de São Paulo) ou sintoniza as emissoras de rádio e televisão e
nos deparamos como uma padronização descarada. Toda a grande imprensa (escrita,
falada e televisada) foi ocupada pelos esquerdistas e a censura é exercida
pelos donos das grandes empresas de comunicação e seus funcionários nos
postos-chave. O único espaço que sobrou para denunciar e combater a esquerda
foi a Internet, mas mesmo ali se encontram milhares de blogs e sites
financiados pela esquerda exercendo um patrulhamento ideológico ininterrupto.
As bondades governamentais para esta subserviência é reconhecida com gordas
verbas publicitárias, desaparecimento de processos, postergação de cobrança de
encargos e tributos devidos até o dia do Juízo Final, empréstimos em bancos
oficiais, manutenção e ampliação de privilégios imorais e ilegais, etc. Quando
circula algum texto na mídia alternativa denunciando os crimes da esquerda surge
um exército de militantes histéricos para desqualificar, rotular como conspiração,
dizer que se trata de reacionários, retrógrados, etc. Rapidamente, e por todos
os meios, atribuem as denúncias à direita organizada que só existe na imaginação
esquerdista, pois caso realmente existisse uma direita, conservadora e cristão
organizada estes criminosos não chegariam ao poder. A informação está
uniformizada, mas não o bastante para esquerda porque se assim fosse não
estariam se empenhando em aprovar a Lei da Mídia Democrática ou, como é
conhecida, a Lei da Mordaça.
O
FORO DE SÃO PAULO
Para
não saírem a dizer que estou exumando defunto apresento uma fonte recente de
uma entidade que está em pleno funcionamento. Trata-se do Foro de São Paulo,
fundado por Lula e Fidel Castro em 1990. Esta entidade reúne toda a esquerda da
América Latina, inclusive as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) especializada
em narcotráfico, sequestro, assassinatos e o que mais for preciso e o MIR
chileno (Movimiento de Izquierda Revolucionaria). Em 2002 as FARC fez uma
“doação” à campanha presidencial de Lula de US$ 5 milhões como consta no
relatório 0097/3100 da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Em seu I
Congresso realizado em São Paulo (1990) diz um trecho da Ata do Foro de São
Paulo “reafirmamos nossa solidariedade com a revolução socialista de Cuba, que
defende firmemente sua soberania e suas conquistas; com a revolução popular
sandinista, que resiste aos intentos de desmontar suas conquistas e reagrupa
suas forças; com as forças democráticas, populares e revolucionárias
salvadorenhas, que impulsionam a desmilitarização e a solução política à
guerra; com o povo panamenho – invadido e ocupado pelo imperialismo
norte-americano, cuja imediata retirada exigimos – e com os povos andinos que
enfrentam a pressão militarista do imperialismo”. Esta entidade está solidária
com todos esses regimes criminosos e quem se associa ou compactua com o crime
está assumindo moralmente sua participação e é tão responsável quanto aquele
que praticou e nada impede que adote o mesmo comportamento, se é que já não
adotou porque as mortes de Celso Daniel e Toninho do PT ainda não foram
devidamente esclarecidas. No III Congresso (1992) diz a Ata “O fim imediato do
ilegal e imoral bloqueio contra Cuba e a assistência econômica internacional
massiva para impedir que se sigam aprofundando as nefastas consequências de
mais de trinta anos de bloqueio. Além disso, a restituição do território de
Guantánamo a Cuba.” No Brasil integram o Foro de São Paulo o Partido
Democrático Trabalhista, Partido Comunista do Brasil, Partido Comunista
Brasileiro, Partido Pátria Libre, Partido Popular Socialista, Partido
Socialista Brasileiro e Partido dos Trabalhadores. Esta entidade
definitivamente não se dedica em ministrar aulas de corte e costura, artesanato
ou boas maneiras. Em 2005, por ocasião
dos quinze anos de existência do Foro de São Paulo, Lula confessou publicamente
que submeteu o país que governava (Brasil) a decisões tomadas por estrangeiros
que se reuniam em assembleias cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer
e muito menos entender. Reproduzo trechos do discurso de Lula naquela ocasião. “(...)
graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um
estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente.” E
completou: “Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos
companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento
sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que
parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.”
Admite o apedeuta que humilhou a soberania nacional. Em 2012 o ex-presidente
Lula (está disponível em vídeo) em mensagem de apoio a Hugo Chávez declarou,
textualmente: “Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de nós
imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos aonde chegamos. Naquela época,
a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número de
países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma
influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão
mudando a face da América Latina. (…) Em tudo que fizemos até agora, que foi
muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser
ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a
unidade na diversidade. (…) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve
conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto
respeito, carinho e dignidade. (…) Tua vitória será a nossa vitória.” É
inequívoco o descumprimento da Lei dos Partidos Políticos de 1995 em seu Art.
28, alínea II que afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer
partido político que se comprove subordinado a uma organização estrangeira. É
só ler as Atas do Foro de São Paulo para se comprovar isso. Em 2013 o próprio
Lula explicou como a esquerda chegou ao poder na América latina “(…) como não
aceitam o Lula e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da
direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da
América Latina pela existência dessa cosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui
e devemos muito aos companheiros cubanos (...) sempre, sempre nos ensinaram que
o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade
entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única
possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente.” O
Foro de São Paulo praticou, entre outros, o crime de dar proteção e abrigo a
organizações terroristas e quadrilhas de narcotraficantes; associação de
entidades criminosas a partidos legais visando vantagens comuns; violou a
Constituição de todos os países que dele fazem parte; ocultou sua existência e
natureza durante dezesseis anos e gastou e gasta montanhas de dinheiro sem
nunca ter revelado a fonte. Lula é um criminoso e o PT é uma organização
criminosa.
A URNA ELETRÔNICA
Desde
a eleição presidencial de 1989 é a primeira vez que reporto publicamente dúvidas
com respeito a lisura do resultado, embora todas as anteriores também
apresentassem indícios de manipulação, especialmente depois da adoção das urnas
eletrônicas. Estranha-me o fato de que a auditoria em eleições seja um pleito
absurdo do partido ou do candidato. Mais estranho é que tal reinvindicação
provoque “mal estar” em advogados do próprio PSDB. Interessante é que não
tomamos conhecimento de nenhum “mal-estar” dos advogados quando um juiz vende
sentenças e é punido com a aposentadoria e com vencimentos integrais; quando um
ministro do STF não se declare impedido para votar quando há conflito de
interesses como ocorreu com o ministro Dias Toffoli na Ação Penal 470 (Mensalão);
quando a senhora Angelina Teodoro foi mantida presa por 128 dias na Comarca de
São Paulo por haver furtado um pote de manteiga num supermercado que custava R$
3,20, para esta cidadã o principio da insignificância, consagrado no Direito
Penal moderno não valeu. Não me lembro de ter sido noticiado qualquer
“mal-estar” entre os advogados quando o ministro Gilmar Mendes, O Coronel,
concedeu dois habeas corpus num prazo de 48 horas para o banqueiro e trapaceiro
juramentado Daniel Dantas que, aliás, continua leve, livre e solto. Bem se vê
que a sensibilidade dos advogados é muito seletiva. O Judiciário brasileiro é
uma instituição “exemplar”. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou,
por unanimidade, a decisão do desembargador José Carlos Paes que condenou a
agente Luciana Silva Tamburini a pagar indenização por danos morais de R$ 5 mil
ao juiz João Carlos de Souza Correa. O magistrado foi parado por ela numa blitz
da Lei Seca em 2011. O magistrado dirigia um veículo sem placas e estava sem a
Carteira Nacional de Habilitação. O presidente do STF Ricardo Lewandowski (que
não é lá essas coisas) manifestou-se dizendo “juiz é um homem comum, um cidadão
como outro qualquer, que tem a importante missão de fazer cumprir as leis e a
Constituição em particular”. O velho e execrável hábito de autoridades
suporem-se acima da lei, do bem e do mal com o bordão “sabe com quem está
falando?” foi, uma vez mais, reconhecido como um direito natural do magistrado
arrogante. Este juiz é reincidente em utilizar sua função para intimidar
agentes públicos que o abordam e constatam irregularidades. Mas o TJRJ entendeu
que ele é, de fato, um deus.
Voltando
ao pedido de auditoria. Bem, o raciocínio é: sem ato ou fato não se justifica a
auditoria. A desconfiança quanto às urnas e a própria eleição não estava
somente nas redes sociais ou nos milhares de blogs que inundam a Internet.
Pessoas qualificadas e idôneas manifestaram abertamente a dúvida quanto a
lisura das apurações numa eleição onde o PT jamais poderia ter participado
devido a violação da lei anteriormente citada. A fraude eleitoral é como a
propina: ninguém deve testemunhar. Que
garantias o cidadão pode ter que o resultado não foi manipulado? Afinal, o PT
nestes doze anos aparelharam o Estado brasileiro com seus membros, militantes,
aliados, apadrinhados e outras tralhas. Não existe um único metro quadrado do
Estado brasileiro que não tenha a presença onipotente e onipresente do Partido
dos Trabalhadores. Há mais de vinte anos acompanhei a apuração de uma eleição.
Naquela ocasião o voto era manual. Ninguém me contou. Assisti ao vivo e a cores.
Votos em branco foram transformados em votos válidos, mapas eleitorais
preenchidos a lápis (que era proibido), fiscais de um partido associando-se a
fraude em favor de um candidato de outro partido e até apurador enfiando mapa
eleitoral no bolso para preencher em casa. Tudo isso no Rio de Janeiro. Dá para
imaginar o que acontecia em Pimenteiras do Oeste no estado de Rondônia.
O
professor PhD em Ciência da Computação Diego Aranha da Universidade de Brasília
conseguiu derrotar, em 2012, o sistema de embaralhamento dos votos de urna
eletrônica brasileira. Para o professor não só o sigilo do voto como também a
impossibilidade do eleitor ter a comprovação em quem votou é preocupante. Segundo
o professor, a urna eletrônica brasileira é "a mais defasada do
mundo" por resistir ao movimento de outros países em direção à impressão
do voto. Ainda de acordo com o professor “não é possível realizar votação
puramente eletrônica com verificação independente dos resultados. Por esse
motivo, a maioria das alternativas para se permitir essa verificação envolvem
materializar o voto em algum veículo que permita apuração posterior sem
permitir simultaneamente que o eleitor possa comprovar sua escolha para uma
terceira parte interessada. Um exemplo recente é a urna argentina, que produz
como cédula um acoplamento das versões digital e impressa do voto. A versão
digital é utilizada para apuração rápida, e a versão impressa, para se
verificar a integridade dos votos computados eletronicamente". Sem a
materialização do voto, a apuração das eleições ficaria refém do programa que
computa as escolhas dos eleitores em ambiente digital. "Como a integridade
dos resultados depende unicamente da integridade desse software, fica montado
um cenário perfeito para fraudes que não deixam vestígios". E somente o partido que está no governo tem
os meios efetivos para manipular o solfware. E quem está no governo? Ganhou um doce quem
respondeu Partido dos Trabalhadores. Numa audiência na CCJ da Câmara, o
engenheiro Amílcar Brunazo Filho chamou o sistema em vigor de "curral
eleitoral" em que "nenhum brasileiro pode ver o que foi gravado como
registro do seu voto". Portanto, não vejo razão alguma para festejar tal
tecnologia. De maneira que o pleito do candidato ou do partido em solicitar uma
auditoria não é descabido. Porque a recusar a solicitação mesmo com as limitações
impostas pelo sistema eletrônico? Quem não deve não teme. O que, deveras, não
se aplica ao Partido dos Trabalhadores.
QUEM É O MINISTRO DIAS
TOFFOLI
Para
que não seja acusado de leviandade relembremos alguns momentos na vida do
ministro do STF e presidente do TSE José Antonio Dias Toffoli. Este ministro obteve
R$ 1,4 milhão em operações de crédito no Banco Mercantil do Brasil, a serem
quitadas em até 17 anos. O banco deu um desconto nos juros dos dois empréstimos
proporcionando ao ministro uma economia de R$ 636.000,00. Por mera coincidência
Toffoli tornou-se o relator no STF das ações do Banco Mercantil tão logo
assumiu a cadeira em 2009 e - bingo! – dois anos depois obteve na instituição
os empréstimos. O primeiro no modesto valor de R$ 931 mil concedido em setembro
de 2011 em 180 parcelas fixas de R$ 13,8 mil a serem pagas até 2026. Três meses
depois obteve o segundo crédito de R$ 463,1 mil com o pagamento acordado em 204
prestações fixas de R$ 6,7 mil, com vencimento até 2028. Os juros nesta
transação foram fixados em 1,35%. Em abril de 2013 após decisões do ministro em
processos do Mercantil, as duas partes repactuaram os empréstimos, por meio de
aditivos às cédulas de crédito originais e transcritas em cartório. O banco
baixou a taxa para 1% ao mês. Com a alteração, a soma das prestações caiu para
R$ 16,7 mil mensais que representava um comprometimento de 92% dos ganhos do
ministro no Supremo à época. Mas o ministro alega que possui “outras fontes de
renda”.
Por
ocasião do julgamento do Mensalão Dias Toffoli teve a cara de pau de não se
declarar impedido de votar. Sua carreira profissional foi construída dentro do
PT. Advogado do partido e de três campanhas à presidência da República de
Lula. Em 2003 ocupou a subchefia de
Assuntos Jurídicos da Casa Civil, então comandada pelo condenado José Dirceu,
elevado à posição de chefe da quadrilha do Mensalão pelo ex-procurador-geral da
República Roberto Gurgel. Em 2007, já no segundo mandato do pelego e preguiçoso
foi alçado a Advocacia Geral da União e, por mero acaso, Lula o nomeou em 2009
para o STF, mesmo já tendo sido reprovado em dois concursos para juiz. Eta, menino de sorte! E bem relacionado!
A
advogada Christiane Araújo de Oliveira em oito horas de gravações revelou que
mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República. Ela
participava de festas de embalo, viajava em aviões oficiais, aproveitava-se dos
amigos e amantes influentes para obter favores em benefício da quadrilha
chefiada por Durval Barbosa em Brasília (delegado aposentado e corrupto
contumaz delatou o esquema de corrupção que derrubou o então governador José
Roberto Arruda, em 2009 no chamado Mensalão do Distrito Federal. Arruda entrou
para a história como sendo o primeiro governador preso no exercício do mandato.
Foi direto do Palácio para uma cela na Papuda). O bando desviou mais de R$ 1
bilhão de reais dos cofres públicos. Esta menina “sapeca” contou também que o
governo federal usou de sua proximidade com essa máfia para conseguir material
que incriminaria adversários políticos. A advogada relatou que manteve um
relacionamento com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio
Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo
Lula. Os encontros, segundo ela, ocorriam em um apartamento onde Durval
armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos e onde ele
eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações. Christiane
afirma que em um dos encontros entregou a Toffoli gravações do acervo de Durval
Barbosa (para que este demonstrasse seu poder de fogo). A causídica informou também ter voado a bordo
de um jato oficial do governo, por cortesia do atual ministro do STF e as
expensas do contribuinte. A advogada também afirmou que mantinha uma “amizade
íntima” com o então chefe de gabinete de Lula e atual secretário-geral da
presidência da República Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada.
Christiane pediu ao espião do Lula que intercedesse para que Leonardo Bandarra
fosse nomeado chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi
atendido. Mais tarde comprovou-se que este cidadão fazia parte da máfia do DF.
Foi exonerado e colecionou cinco processos. A “amiga dos amigos” trabalhou no
comitê central da campanha de Dilma Rousseff em 2010 como encarregada da
relação com as igrejas evangélicas. Nada mais coerente, posto tratar-se da
filha de Elói Freire de Oliveira, fundador da igreja Tabernáculo do Deus Vivo, muito
popular em Brasília. Elói é conhecido como “profeta” e goza de prestígio junto
a políticos e outros parasitas. Antes da realização do segundo turno nas
eleições deste ano Toffoli se superou quando, como presidente do TSE, disse
“... isto é um jogo. Não é pedagógico, civilizado e educativo para o povo
brasileiro. Tem que acabar com esse negócio de aparecer gente estranha, de
aparecer jornal e acabar de aparecer revista nos programas eleitorais.” Pela primeira
vez em todo o Universo um membro de tribunal ou qualquer outro órgão do
Judiciário arrogou-se do poder de determinar o que os candidatos podem e não
podem dizer, seja mentira ou verdade, crítica política ou acusações pessoais. É
neste sujeito que posso confiar as apurações das eleições? Ora, poupe-me!
A DITADURA PETISTA
O
maior serviço que se pode prestar aos comunistas é o mesmo que se pode prestar
ao diabo: negar sua existência. A ditadura petista está sendo construída há
décadas e foi intensificada a partir da Fundação do Foro de São Paulo e da ascenção
do partido ao governo federal, há doze anos eles possuem os meios efetivos para
implantar qualquer porcaria no Brasil. Seja uma ditadura castrista, um
socialismo espírita, um comunismo evangélico ou um nazismo cristão. Para o
brasileiro, de um modo geral, o regime comunista só existe no dia que acordar e
a propriedade privada desaparecer, os meios de produção controlados pelo Estado,
o lucro abolido, o Congresso Nacional extinto, a Constituição Federal revogada,
a pena de morte reintroduzida e a liberdade de expressão suprimida (a Emenda n°
1 de 17.10.1969 da Constituição Federal estabelecia no Art. 153, Paragrafo 11:
“Não haverá pena de morte, de prisão perpétua, de banimento, ou confisco, salvo
nos casos de guerra externa, psicológica adversa, ou revolucionária ou
subversiva...” oficialmente nenhum revolucionário ou subversivo foi executado,
mas a Carta Magna autorizava os trogloditas a utilizá-la). Como estas coisas
não acontecem do dia para a noite, é um processo lento, gradual e ininterrupto
e, portanto, a maioria dos brasileiros conclui que não existe comunismo e
ditadura. Ledo engano. Como já expliquei anteriormente. Deixa-me dizer uma
coisa: o regime político não depende da economia. É óbvio que quando se tem o
pleno controle do poder político o controle sobre a economia vem junto. No
entanto, o controle sobre a economia jamais significou destruir o capitalismo
simplesmente porque seria um suicídio. Em nenhum momento um quis suprimir o
outro. A China, por exemplo, tem uma economia de mercado, mas seu regime
político é comunista de partido único. Em todos os países que já experimentaram
ou experimentam o regime socialista existe uma economia de mercado subterrânea
para prover-lhes. Ou alguém imagina que os bilionários que surgiram logo após a
desintegração da União Soviética vieram de Marte? Ludwing Von Mises, economista
alemão, provou que uma economia planificada jamais poderá ser implantada devido
a impossibilidade do cálculo econômico no socialismo. Só quem pode fazer isso é
o mercado. A velha e boa lei da procura e da oferta. Os comunistas sabem disso.
O capitalismo produz riqueza e inúmeras mazelas, porém não iremos adentrar
neste aspecto. O capitalismo ganha dinheiro até mesmo quando denigre o próprio
capitalismo. Quantas editoras não faturam alto com livros que acusam o
capitalismo de selvagem, excludente, perverso? Da mesma forma quando publicam
livros de autores comunistas. O capitalismo fatura bastante até com os símbolos
e ícones do comunismo como, por exemplo, quando fabricam camisetas, broches,
flâmulas, etc. com a figura de Che Guevara. A estratégia da esquerda não é a de
promover uma ruptura institucional através de um golpe de Estado fulminante. No
entanto, caso se faça necessária, a luta armada será considerada. Há décadas estão seguindo seus planos sempre
camaleônicos, pois mudam de cor conforme a contexto. Disputam eleições, ocupam
espaços e vão corroendo o Estado Democrático desde dentro, eliminando isso,
alterando aquilo, aprovando aquilo acolá e por ai visando uma hegemonização do
pensamento. Quando este mesmo povo que faz troça, ridiculariza aqueles que
alertam e aponta o que essa gente está fazendo quando se derem conta todos os
mecanismos de defesa do regime democrático estarão corrompidos, contaminados e
apodrecidos. Atualmente no Brasil não existe um único cidadão que não esteja
enquadrado em alguma lei, portaria ou estatuto. A esquerda no Brasil sabe que
não pode contar ainda com uma militância que respalde uma ruptura. As
manifestações de junho de 2013 foi um balão de ensaio que soltaram e que saiu do
controle de seus mentores, organizadores, financiadores e executores. A confusão
mental provocada pela revolução cultural esquerdista destruiu inteligências,
subverteu a ordem, inverteu valores, baixou a escala de padrões éticos e morais
conquistando uma hegemonia sem precedentes na História do Brasil. Possuímos uma
elite empresarial gananciosa e burra, pois se recusam a perceber que a esquerda
não será tão generosa no momento que detiver uma massa hegemônica sólida que
lhes possibilitará o controle total do Estado, e este processo está bastante
acelerado. Banqueiros e empresários de um modo geral serão transformados em seus
empregados. A elite intelectual do país em sua maior parte já foi adestrada,
cooptada e subvencionada pela esquerda e se mantém servil. O que se observa nas
universidades brasileiras a algumas décadas é a repetição do discurso
esquerdista algumas vezes até com certa dose de sutileza, porém, na maioria das
vezes, de maneira clara, escancarada. Nas
universidades brasileiras ensina-se a não pensar. A mente humana funciona por
contradição e contraste, mas até mesmo esta função que nos é nata o discurso
esquerdista consegue anular. Recusar-se a estudar o adversário e conhecê-lo
para descobrir como poderá combatê-lo são os princípios básicos para derrotá-lo.
Mas o brasileiro não gosta de estudar, dá muito trabalho. É mais fácil aceitar
o que se lhe impõem e fechar-se no seu círculo de convivência olhando apenas
para o seu próprio umbigo. Na Grécia antiga uma pessoa se comportasse assim era
chamado de "idiótes". Hoje este termo é utilizado para designar uma
pessoa tola, imbecil, desprovida de inteligência e bom-senso, o que dá no
mesmo. A partir do momento que a pessoa começa a agir desta maneira está
abrindo mão de uma série de prerrogativas e direitos.
O DECRETO-LEI 8.243/14
Um
cidadão, notoriamente petista, cujo nome não será declinado, fez a defesa do
Decreto-Lei 8.243/14 amparado no que determina a Constituição Federal de 1988
em Artigo 1º, parágrafo único (“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente''). Lá pelas tantas em seu texto
deixou cair a máscara, textualmente: “Podemos chegar a um momento em que a
representação política convencional se esvazie de sentido. Não é agora, nem com
esse decreto. Mas, quem sabe, com uma sociedade mais consciente.” Quem e quando
irá determinar que a representação convencional não faz mais sentido? Quem
decidirá quando a sociedade estará consciente o suficiente para abolir a
representação convencional? Naturalmente
será o Foro de São Paulo, o Partido dos Trabalhadores & Comparsas. Como não
reconhecer nesta frase as intenções do Partido dos Trabalhadores? De acordo com
a proposta pode-se inferir que a democracia representativa cederá lugar aos
“Conselhos Populares”. Para arrematar o cínico diz “participar do rumo das
coisas a cada quatro anos não será mais suficiente. Pois, em verdade, nunca
foi. Iremos participar em tempo real.” O que lhes parece isso? Como isso soa?
Uma promessa de nos conduzir à terra do leite e do mel ou nos impor uma
ditadura? As formas veladas para fazer conhecer o objetivo de instaurar uma
ditadura está abandonada. Ora, quem controla os movimentos sociais e um
caminhão de ONGs e OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)
fajutas é o PT & Agregados e será gente sua que participará desses “Conselhos
Populares”. Como não sou jurista recorro ao texto do Dr. Paulo Roberto de Gouveia Medina (jurista
e professor emérito da Faculdade de Direito da UFJF) datado de 21 de julho
deste ano e publicado no site da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) onde analisa
o “Decreto dos Conselhos Populares” que reproduzo alguns trechos na íntegra. “O
Decreto nº. 8.243/2014, que institui a Política e o Sistema Nacionais de
Participação Social, atinge, claramente, o sistema representativo. A pretexto de consolidar a participação
social como método de governo, por meio de conselhos e comissões de políticas
públicas, o que o referido ato legislativo pretende é criar um instrumento de
pressão sobre deputados e senadores, de tal forma que estes se sintam na
contingência de acolher deliberações prévias, supostamente reveladoras da vontade
popular.” Como ignorar que o Foro de São Paulo e o PT desde sempre estão
empenhados em implantar uma ditadura no país? O que a Constituição Federal
prevê não é o que tais conselhos serão na prática. Diz mais o advogado e
professor. “Tais deliberações emanariam de um complexo sistema de participação
social, composto pelos referidos conselhos e comissões, além de outras
instâncias e mecanismos. Todo esse
sistema ficará sob a coordenação da Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais,
à qual competirá coordenar e encaminhar as pautas dos movimentos sociais, bem
como monitorar-lhes as respostas, segundo dispõe o Decreto (cf. art. 19). Terá a referida Mesa papel singular na
estrutura do Poder Executivo, porquanto passará a atuar como instância
colegiada interministerial, coordenando o trabalho dos órgãos de participação
popular vinculados a cada um dos Ministérios.
A supervisão do sistema é atribuída à Secretaria-geral da presidência da
República.” Atualmente quem ocupa esta função é Gilberto Carvalho, O Espião Que
Veios do Nada. A seguir diz o texto: “A composição dos conselhos e comissões de
políticas públicas far-se-á mediante um vago processo de eleição ou indicação
pela sociedade civil, nesta incluídos os movimentos sociais institucionalizados
ou não institucionalizados, segundo estabelece o Decreto (art. 10, I). É fácil perceber que, no fundo, os
integrantes desses órgãos serão cooptados pela Secretaria-geral da Presidência
da República, cujo chefe terá em mãos os cordões destinados a manobrá-los.” Nada
disso é desconhecido dos próceres esquerdistas, mas sempre irão afirmar o
contrário e rotulará todos os que não professam em sua seita maldita de
teóricos da conspiração, cômicos, reacionários e viúvas do regime militar.
O
debate sempre me atraiu e empolgou. Refutar e endossar ideias, perspectivas e
argumentos ilustram, faz avançar, acrescenta, nos induz à reflexão e enriquece.
Mas um bom debate. Com esquerdista não se pode debater coisa alguma porque fora
de sua ideologia não existe vida. São incapazes de conviver com aqueles que não
se enquadrem no seu esquema. O rei está nu, mas a sociedade se nega a
reconhecer este fato.
CELSO
BOTELHO
17.11.2014