Como afirmei todas as
eleições no Brasil, desde 1891, são fraudulentas e sujas e esta última veio a
reforçar magnificamente minha assertiva. Eivada de toda sorte de fraudes,
ilegalidades e imoralidades. Surgem denuncias de todos os lados apontando
fraudes, inobservância as leis eleitorais, descumprimento da Constituição
Federal e profundo desprezo pelos valores éticos e morais. Há muito que o
debate ideológico cedeu lugar para a mera disputa de cargos. O processo de
subverter a ordem, inverter valores, promover o caos, instalar a insegurança,
provocar a confusão mental e conquistar o poder a partir dos instrumentos
legais disponíveis (para depois desfigurá-los ou os suprimirem) começou nos
fins dos anos 1950. Enquanto os militares distraiam-se caçando, prendendo,
torturando e matando “guerrilheiros” bois de piranha as cabeças pensantes da
esquerda executavam sua revolução cultural ocupando espaços importantes
(emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, movimento editorial,
sindicatos, entidades da sociedade civil, universidades, etc.) e preparando o
terreno. Quando o regime militar terminou (por concessão dos generais) os
esquerdistas já dominavam a paisagem política brasileira. Com a chegada do PT
ao governo central tratou-se imediatamente de aparelhar o Estado deformando-o e
contaminando todas as suas instituições. Aqueles que defendem que os governos
petistas avançaram no combate as desigualdades sociais estão divididos em duas
categóricas. Ou são militantes histéricos e imbecis ou incapazes de compreender
algo que salta aos olhos, ou seja, uma estratégia de dominação que transforma o
cidadão em mais combustível para alimentar a máquina das desigualdades. O PT
monopolizou a caridade em proveito próprio, mas com o dinheiro alheio. As eleições presidenciais deste ano foram
fraudadas de ponta a ponta.
Leonel Brizola (1922-2004)
alertava constantemente sobre a fragilidade da urna eletrônica e as reais
possibilidades de manipulá-las a favor deste ou daquele candidato. Em 1982,
quando o voto ainda era manual, Brizola quase se tornou vítima de uma fraude pela
Proconsult. A mecânica da fraude consistia em transferir votos nulos ou em
branco para que fossem contabilizados para Moreira Franco, candidato do PDS
(antiga Arena). Nesse atentado, apesar das negativas, a Rede Globo teve
participação “luxuosa”. Sob o pretexto de respeitar o fuso horário imposto pelo
horário de verão a apuração realizou-se a partir das vinte horas na sede do TSE
em Brasília a portas fechadas e comandadas pelo ministro Dias Toffoli que, por
sinal, não é digno de confiança. Entregou-se a apuração a um sujeito que já foi
advogado do PT, assessor jurídico da Casa Civil quando era ocupada pelo chefe
do mensalão José Dirceu e que jamais conseguiu ser aprovado num concurso para
juízes. Porque cada um dos estados não processou a apuração em seus territórios
enviando os resultados para Brasília? As urnas viciadas estavam prontas bem
antes da eleição. Quando se trata de denunciar os crimes da “petezada” surge
uma horda de imbecis acusando o denunciante de teórico da conspiração. Por isso apresento os seguintes fatos. Às 19h26min
do dia 26 de outubro o petista Luiz Eduardo Greenhalgh postou em sua conta no
Twitter: “Atenção. Dilma Reeleita. Festejemos após o anúncio oficial do TSE
essa vitória contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB”. Greenhalgh sabia do resultado antes mesmo que
se começasse a apuração e classificar o PSDB como fascista é uma prova
contundente de plena e total ignorância sobre o que isto seja. Às 21h21min na
mesma rede social e no mesmo dia escreveu: “Nossos companheiros Delúbio Soares,
José Dirceu e João Paulo Cunha, pela grandeza e sofrimento, são partícipes
dessa vitória histórica”. O infeliz divide a “vitória” com um bando de
criminosos condenados. Mas, pudera, o PT é uma organização criminosa e,
portanto, só poderia festejar a reeleição com seus pares, digo, comparsas.
Greenhalgh, por ocasião do assassinato do prefeito Celso Daniel, foi designado
pelo PT para acompanhar as investigações que, por mera coincidência, não
apuraram coisa alguma.
O PT dispõe dos meios
efetivos para fraudar qualquer coisa, posto ser ele próprio uma fraude. A Lei
dos Partidos Políticos de 1995, Art. 28, alínea II, afirma taxativamente que
será cassado o registro de qualquer partido que se comprove subordinado a uma
organização estrangeira. E o PT (Lula e Fidel Castro) é membro do Foro de São
Paulo (recebeu este nome porque seu I Congresso ocorreu nesta cidade. Ora, para
acontecer um I Congresso é porque a entidade já existia e foi fundada em Havana,
portanto uma organização estrangeira). Em seu III Congresso reconheceu-se publicamente
como sendo a “coordenação estratégica da esquerda latino-americana”. Portanto,
ao subscrever e colocar em prática as decisões das assembleias gerais do Foro
de São Paulo, esse partido reconhece sua subordinação a um plano internacional
descumprindo a legislação brasileira. Disto depreende-se que esta agremiação
partidária está participando de todas as eleições indevidamente a partir de
1990. Porém, ninguém jamais contestou sua legalidade. A omissão permitiu que
crescesse, chegasse ao poder e se utilizasse de todos os meios para corroer o
Estado e dele apossar-se.
Aécio Neves estava
disputando uma eleição previamente vencida pelo PT, posto ter aceitado seus
termos mediante a omissão em deslegitimar a candidatura Dilma Rousseff e o PT.
Era preciso que denunciasse a sociedade o Foro de São Paulo desnudando-o por
completo. Deveria apresentar à população fatos e atos do governo petista no
sentido de implantar no Brasil um sistema ditatorial “como nunca antes visto
neste país” como, por exemplo, o Decreto-Lei 8.243 que estabelece os “conselhos
populares” (uma versão tupiniquim dos sovietes criados por Stalin na falecida URSS)
e o plebiscito sobre a reforma política e a convocação de uma assembleia constituinte
exclusiva que apenas iria legitimar a confecção de uma Constituição à imagem e
semelhante do Partido dos Trabalhadores. Os desastres administrativos do
governo petista são infinitamente menos graves que seus crimes contra a nação e
sua população, posto aqueles oferecerem a possibilidade de serem consertados
enquanto estes surrupiam o futuro e a esperança. O PSDB, mais uma vez, atuou
como saco de pancadas do PT desperdiçando uma excelente oportunidade de
desmascarar a fraude que é a instituição partidária Partido dos Trabalhadores, que
nunca foi dos trabalhadores e sim de charlatães, ordinários, vagabundos e
criminosos de todos os matizes. No ano passado dona Dilma Rousseff numa única
frase revelou o que ela, sua camarilha e o PT seriam capazes para evitar a
alternância do poder (esta expressão é um palavrão no covil petista): “a gente
faz o diabo quando é hora de eleição”. E, como é do conhecimento público, o
diabo não nos sugere nada que seja licito ou moral.
CELSO BOTELHO
09.11.2014
EM TEMPO: