terça-feira, 30 de abril de 2013

O ÍNDIO-COCALEIRO-PRESIDENTE NÃO QUER APITO. QUER UM TERCEIRO MANDATO




O ex-presidente Luiz Inácio Lula Satanás da Silva e os integrantes da ANABOL (Associação Nacional dos Baba-Ovos do Lula) devem estar remoendo-se de inveja. Especialmente o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) autor da proposta de um terceiro mandato para seu amo e senhor que não prosperou. Hugo Chávez (1954-2013), o arremedo de ditador, bobalhão empedernido e megalomaníaco, da Venezuela, conseguiu aprovar lei que permite sucessivos mandatos, porém a moléstia o levou para o além, e bota além nisso. Rafael Correa, do Equador, emplacou o terceiro mandato presidencial consecutivo. Cristina Kirchner, da Argentina, está no segundo mandato, porém seu finado marido, Nestor Kirchner (1950-2010), fora seu antecessor, portanto tudo ficou em família. Juan Manuel Santos, da Colômbia, declarou que não vai buscar a reeleição, porém não recomendo que nisto acreditem, pois trouxe gente da FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para integrar seu governo. José Mujica foi eleito, no Uruguai, por cinco anos e sem direito à reeleição, mas as Constituições latino-americanas sempre podem ser alteradas ou rasgadas, mesmo porque não foi Moisés quem as escreveu. No Brasil todas as Constituições jamais admitiram o instituto da reeleição. Getúlio Vargas (1882-1954) nem se deu ao trabalho de articular reeleição: tomou o governo em 1930 e só o devolveu em 1945 quando foi deposto. Juscelino Kubitscheck (1902-1976) recusou a reeleição, passou a faixa para Jânio Quadros (1917-1992) que, aliás, também tentou dar um golpe para perpetuar-se no poder, porém não tinha o respaldo necessário para isso. JK imediatamente se lançou candidato às eleições presidenciais de 1965, mas em 1964 veio o golpe civil-militar e na sequência uma ditadura que duraria vinte e um anos. O último general presidente de plantão João Figueiredo (1918-1999) recusou a prorrogação de seu mandato por mais dois anos. Tancredo Neves (1910-1985) foi eleito para um mandato de seis anos prometendo reduzi-lo para quatro. Internado às vésperas da posse e falecendo dentro de pouco mais de um mês seu vice-presidente, José Sarney, logrou obter cinco anos de mandato que foram, por sinal, desastrosos. A Constituição de 1988 estabeleceu quatro anos de mandato sem reeleição. Fernando Henrique Cardoso comprou e pagou para que o Congresso Nacional aprovasse este instituto em 1997. Naquela ocasião o Partido dos Trabalhadores fizeram o maior estardalhaço contra. No entanto, Lula a manteve e dela beneficiou-se e “o presidenta” Dilma Rousseff também se valerá desta excrescência, posto que já se encontre em campanha pela reeleição. Definitivamente e infelizmente nossa Carta Magna é o contrário do jogo do bicho onde vale o que está escrito.


E na "chicha" não vai nada?

Desta feita é o índio cocaleiro da Bolívia Evo Morales que persegue um terceiro mandato. O silvícola, seus pajés e feiticeiros alegam que a Constituição da Bolívia, promulgada em 2009, refundou o Estado boliviano e, portanto, o primeiro mandato de Evo Morales não conta. Simples assim. Seguindo este raciocínio José Sarney (PMDB-AP) poderia ter se lançado candidato à presidente da República em 1989, posto que a Constituição fosse promulgada no ano anterior. Graças ao bom Deus ninguém aventou tal possibilidade. Todos esses países acima citados estão representados no Foro de São Paulo fundado pelo Partido dos Trabalhadores e Fidel Castro em 1990. São mais de cem partidos e organizações que o integram e, entre eles, as FARC. Todos de esquerda. O projeto do Foro de São Paulo para a esquerda revolucionária dominar todo o continente realizou-se e vem se cristalizando cada vez mais. Quando o ex-presidente Lula disse ser uma “metamorfose ambulante” mesmo sem querer nos forneceu uma definição irretocável do que é a esquerda revolucionária. Mudam a embalagem, porém o conteúdo permanece ou, caso prefiram, mudam as moscas, mas a merda é a mesma. Cid Benjamin, ex-guerrilheiro do MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) a quem atribui-se a ideia, bem sucedida, de sequestrar o embaixador norte-americano Charles Elbrick (1908-1983) em 1969 e um dos fundadores do PT em entrevista ao jornalista Caio Barbosa de O Dia disse textualmente “Mudei algumas concepções, mas no essencial eu continuo no mesmo lado onde estava. Hoje, dou um peso maior à democracia, até porque acho que ela não enfraquece o socialismo. Muito pelo contrário. Ela valoriza e enriquece a proposta socialista.” Traduzindo: “eu continuo sendo comunista, os meios de produção devem ser socializados (entre eles, é claro), defendo o partido único e onipresente, sou favorável a eliminação física de meus adversários, etc. Mas uso os direitos e valores burgueses para ascender ao poder e depois destruí-los seus trouxas”. O comunista é um mutante na aparência e não na essência. Outro exemplo claro de como se comportam está no episódio do impeachment do presidente do Paraguai Fernando Lugo ocorrido da maneira prevista pela Constituição daquele país, visto mostrar-se um mau presidente. Dilma Rousseff, Cristina Kirchner e José Mujica viram a oportunidade de expulsar o Paraguai do Mercosul e admitir a Venezuela cuja admissão vinha sendo negada pelo parlamento paraguaio. D. Dilma apressou-se em enviar mensagem congratulando o novo presidente do Paraguai Horácio Cartes. Este senhor é empresário, milionário, dono de banco, presidente de time de futebol e de empresa de refrigerantes e mais de duas dúzias que atuam em diversas áreas. No passado foi preso por evasão de divisas. Durante a campanha foi acusado de contrabando de cigarros para o Brasil e de lavagem de dinheiro. Em 1995 seu pai e mais quatro executivos do Banco Amambay S.A. (de propriedade da “famiglia” Cartes) criaram o Amambay Trust Bank Ltd. uma empresa offshore nas Ilhas Cook, um paraíso fiscal. A empresa produtora de cigarros de sua propriedade foi investigada recentemente pelo DEA, agência antidrogas norte-americana de acordo com os telegramas diplomáticos vazados pelo WikiLeaks em 2010. O banco nas Ilhas Cook funcionou até o ano 2000. Uma folha corrida digna do aplauso de qualquer petista.


Forças Armadas da Bolívia ocupam a refinaria da Petrobras


Não é necessário muito esforço mental para perceber as manobras, os artifícios, as jogadas desta gente. O presidente do Tribunal Constitucional da Bolívia Ruddy Flores declarou que "foi realizada a refundação do Estado como um Estado Plurinacional e essa refundação emerge de um poder constituinte que gerou uma nova Constituição Política do Estado que contempla uma nova ordem que contém a aplicação da Constituição.” Este tal Estado Plurinacional e nada mais nada menos que uma estratégia alternativa para dar conta da crise do capitalismo, dar fôlego à instituição e buscar um melhor relacionamento entre o Estado e o povo. Na prática não apresenta resultados eficazes. Como no Brasil da Era das Privatizações argumentou-se na Bolívia que as empresas públicas eram ineficientes e geravam déficits, sendo assim as empresas que exploravam os recursos naturais foram privatizadas não aumentando a arrecadação e tampouco a eficiência robustecendo a crise fiscal que obriga o Estado a recorrer a empréstimos para sustentar seu financiamento normal. Ou seja, reflexo da adoção da política neoliberal que varreu todo o continente. A ocupação da refinaria da Petrobrás em 2006 foi parte deste projeto plurinacional. O ex-presidente Lula e o lambão de seu ministro das Relações Exteriores Celso Amorim meteram o rabo entre as pernas, afinal era um presidente aliado ideologicamente e o Brasil e os brasileiros que se danem. O próprio índio cocaleiro-presidente sempre defendeu a ideia de que seu primeiro mandato (2006-2010) não devia ser computado, uma vez que a Constituição de 2009 que prevê a reeleição foi promulgada durante seu governo ou desgoverno, tanto faz. Deve-se registrar que este diploma constitucional não contou com o apoio da oposição boliviana. Historicamente a Bolívia é um dos países da América Latina mais instáveis e já enfrentou 193 golpes de Estado. O país esteve recentemente na iminência de uma guerra civil por conta de que os estados (departamentos) mais ricos (Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando) que, juntos, possuem mais de 80% das reservas de gás do país passaram a exigir maior autonomia em relação ao governo federal, defendendo mudanças na distribuição dos impostos e na escolha de seus governadores. O partido de Evo Morales (Movimiento AL Socialismo) também é membro do Foro de São Paulo e, portanto, aliado ideológico do governo petista.




A esquerda revolucionária uma vez no poder tudo fará para nele perpetuar-se lançando mão de todos os instrumentos que estiverem ao seu alcance. No entanto, não é impossível removê-la, porém reconhecemos que há de ser uma tarefa árdua e muito longa. A esquerda hoje não doutrina quem quer que seja, pois desde o ensino básico as crianças, adolescentes e jovens estão expostos aos postulados esquerdistas como sendo a única face da moeda. Vêm fazendo isto desde o governo militar (1964-1985) que, ingênuos e ignorantes, entendiam que dar tiro em guerrilheiro era combater o comunismo enquanto os comunistas ocupavam os espaços realmente importantes para tornar seu projeto político exequível, quer seja, as universidades, os sindicatos, as entidades de classe e, sobretudo, a imprensa. A despolitização da sociedade levada a cabo pela ditadura militar do Brasil e dos demais países da América Latina resultou na hegemonia da esquerda revolucionária presente hoje em todo o continente. A interpretação feita da Constituição da Bolívia pelo Tribunal Constitucional Boliviano é cínica, casuística e ignóbil.



CELSO BOTELHO

01.05.2013

Chicha: bebida fermentada e tem como ingredientes o milho, o funcho  (Planta medicinal da família das umbelíferas), pau de canela e frutas cítricas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O MORTO VIVO



Somente incautos, ingênuos, idiotas ou espertos estrategistas são capazes de alardear e defender a ideia de que o comunismo tenha sido sepultado com a União Soviética, com o desmantelamento dos países do leste europeu ou com a queda do Muro de Berlim. A esquerda revolucionária está ai e operando à vista de todos com a maior desenvoltura. Quando afirmamos isto rapidamente nos rotulam de teóricos da conspiração, extrema direita, agentes desestabilizadores do sistema e uma enxurrada de bobagens. O que caiu em desuso foi a premissa da esquerda revolucionária da tomada do poder pelas armas. E mesmo assim não de todo. A ideologia que prevaleceu foi a da esquerda, maquiada para o grande público sob inúmeras formas, inclusive sob a alcunha de democracia. A apropriação pela esquerda de valores, direitos, institutos e argumentos burgueses e utilizá-los contra a própria burguesia para depois destruí-los ao alcançarem o poder não é uma estratégia recente e sempre enganou a maioria da direita que, encantada, enxergava a esquerda como patriota, abnegada e repleta de boas intenções. Comunista bom só existe na cabeça dos trouxas. Tanto é assim que hoje o pessoal da direita, ou o que sobrou dela, fica choramingando pelos cantos sem qualquer expressão, incapaz de chamar a atenção e obter crédito quando, vez por outra, denuncia os crimes praticados pela esquerda ou quando apresentam qualquer proposta, façam qualquer discurso ou tomem atitudes que não se encaixe nos objetivos revolucionários. Protegeram e, portanto, estimularam a esquerda. É o clássico exemplo de criar cobra para depois por ela ser picado. O suposto fim do comunismo só beneficia os próprios comunistas. A KGB (atualmente FSB, Serviço Federal de Segurança da Federação Russa) hoje é mais poderosa do que fora nos tempos da URSS. No entanto, esta técnica não é nova, posto que o diabo dela lance mão desde o início dos tempos. Fazer acreditarem em sua inexistência sempre foi o seu maior truque para arrebanhar mais e mais almas. A verdadeira e real Guerra Fria se encontra em franco andamento. A disputa hoje está entre três blocos. O Chinês-Russo, o Islâmico e o Ocidental que ora associam-se a um ou a outro e ora enfrentam-se de modo velado, porém inciso para consolidar suas posições. Quem triunfará é uma incógnita. Devemos dizer que o bloco Ocidental está profundamente contaminado e comprometido com os outros dois e visivelmente enfraquecido, praticamente de cócoras.




Mas qual o motivo desta peroração? Os Projetos de Emenda à Constituição números 33 e 37 comprovam cabalmente que foi dito no parágrafo acima. Uma vez no poder a esquerda revolucionária promove ações que confundem a sociedade reduzindo seus padrões de julgamento ético e moral, propicia o surgimento do caos político, econômico, jurídico e institucional para facilitar a tomada de decisões que atendam seus objetivos inscritos desde sempre em suas cabeças: o poder absoluto e onipresente do partido único, senhor da vida e da morte sobre aqueles que estão sob seu domínio. São através de propostas como estas que vão minando e destruindo o que resta dos direitos da sociedade, dos valores éticos e morais, dos direitos humanos, etc. Alguém pensa que o deputado federal Nazareno Fontelles (PT-PI) estava imbuído das melhores intenções possíveis ao apresentar a Proposta de Emenda Constitucional está redondamente enganado. Fontelles é um parlamentar inexpressivo como centenas de outros e não conseguiu ser prefeito de Teresina e muito menos governador de seu Estado. Ocupa irregularmente a vaga como suplente de Átila Lira (PSB) que atualmente é secretário de Educação do Piauí, tendo em vista que uma decisão do STF determina que a vaga pertença a médica Liége Cavalcante filiada ao mesmo partido de Átila Lira. Este fuinha não seria capaz de redigir um memorando sem erros quanto mais apresentar uma proposta desta natureza. Chama para si a responsabilidade de ser a estrovenga sua iniciativa pessoal, ora vejam! É óbvio que o “nobre” deputado prestou-se ao ingrato papel de mula para transportar esta carga contra a sociedade que supostamente representa e concretamente é pago para tal. Afirma que seus pares o identificam como “jurista”, mas podemos identificar um jacaré como sendo um jumento caso convenha. A PEC 33, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados no último dia 24, altera três artigos da maltrapilha Constituição Federal, com o voto de dois deputados condenados na Ação Penal 470, vulgo Mensalão, naturalmente.


- Passam a serem necessários os votos de quatro quintos dos membros dos tribunais para que uma lei seja considerada inconstitucional. No caso do Supremo Tribunal Federal, seriam necessários os votos de nove dos 11 ministros (em vez de seis, como atualmente);

- Em ações que questionam a legalidade de emendas à Constituição Federal, a decisão do Supremo Tribunal Federal não será mais definitiva. Depois do julgamento pelo STF, o Congresso Nacional terá de dizer se concorda ou não com a decisão. Se discordar, o assunto será submetido a plebiscito e

- Fica transferida do Supremo Tribunal Federal para o Congresso Nacional a aprovação de súmulas vinculantes. Esse mecanismo obriga juízes de todos os tribunais a seguirem um único entendimento acerca de normas cuja interpretação seja objeto de controvérsia no Judiciário. A aprovação de uma súmula pelo Congresso Nacional dependeria do voto favorável de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.




O ilustre desconhecido e inexpressivo deputado Nazareno Fontelles


Para justificar “sua” proposta o Nazareno, o deputado e não o Cristo, afirmou do alto de sua elevada “sapiência”: "por mais cultos que sejam [os ministros do STF], não pode sobrepor a soberania popular, pois conhecimento jurídico não é fator de legitimação popular". E o desgraçado ocupa ilegitimamente o parlamento, posto haver perdido as eleições de 2010 e usurpado a vaga. Acusou o STF de “ativismo judicial” por ir "além do que o caso concreto exige, criando normas que não passaram pelo escrutínio do legislador". E desde quando um sujeito como este pode arvorar-se como legislador? O mensageiro das más novas da esquerda ainda salienta que o STF tem agido “em prejuízo da democracia”. Prejuízo à nação (uma esculhambação dessas não pode ser chamada de democracia nem de sacanagem) é esta corja de políticos imprestáveis que vivem as expensas do contribuinte e corriqueiramente estão envolvidos em escândalos de corrupção, desvio, desperdício e malversação dos dinheiros públicos, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, etc. Concordo que o STF tem se esmerado nas lambanças, mas daí a dizer que o comportamento dos ministros resulta em “hipertrofia” vai alguma distância e que desloca para o Judiciário "boa parte do debate de questões relevantes do Legislativo". Há muito que o poder Legislativo vem abrindo mão de sua função de legislar delegando esta prerrogativa ao poder Executivo que vai editando Medidas Provisórias à torto e a direito sem perguntar porque está chovendo ou fazendo sol. Nos últimos dez anos o Congresso Nacional foi reduzido a mais um departamento do Partido dos Trabalhadores, tal condição também se constata no STF diante do mais superficial exame de sua atuação nos últimos dez anos. Em alguns momentos tanto o Congresso Nacional como o STF tem seus arroubos de independência, porém logo são contidos. Em muitas situações o STF se vê obrigado a legislar, tanto para o bem como para o mal seja por descaso, omissão, inoperância, inércia, rabo preso e irresponsabilidade dos parlamentares das duas Casas. O presidente do STF Joaquim Barbosa ao declarar que esta PEC “fragiliza a democracia” das duas uma: ou está se fazendo de ingênuo ou não sabe rigorosamente nada sobre as estratégias da esquerda. A intenção é exatamente a de fragilizar, quebrar, destruir a democracia ou o que dela tenha sobrado neste mar de desordens de todas as naturezas. Outra “cobra criada” é o ministro Marco Aurélio Mello que se pronuncia dizendo que “é uma retaliação” do Congresso Nacional. Acorda distribuidor de habeas-corpus. Não é retaliação coisa alguma e sim parte da estratégia da esquerda empoleirada no poder. A operação é para esvaziar o STF, desmoralizá-lo, apequená-lo passando a mensagem para a sociedade de sua total inutilidade como instituição e quando esta mensagem estiver bem arraigada poderão simplesmente decretar-lhe a extinção sem quaisquer dissabores. Será que isto não está claro? Será preciso desenhar?


Estas modificações são parte da estratégia esquerdista para o pleno controle do Estado brasileiro. Não é novidade alguma que o Partido dos Trabalhadores controlam o Congresso Nacional, seja através de alianças espúrias ou compra de parlamentares efetuadas em dinheiro, cargos ou favorecimentos. Apesar de o partido governista ter indicado a maioria dos membros do STF alguns deles se mostram rebeldes e teimam por desobedecer a seus interesses, mesmo aqueles conduzidos pelo governo petista. Mas até este papel de “rebeldes” está de acordo com as estratégias da esquerda para que tudo tenha aparência de prática democrática, independência e legitimidade. Mas o objetivo é amordaçá-lo e quebrar-lhes as pernas, os braços e a coluna para garantir que se tornem inaptos. Estes artifícios são voltados para ir solidificando um novo ordenamento institucional que atenda aos interesses da esquerda revolucionária. O ministro Luiz Fux bate pé, faz beicinho e deseja esclarecimentos, tudo parte do jogo. Ou ninguém percebe isto nesta manobra diabólica? A primeira alteração confere a supremacia ao Congresso Nacional para emendarem a Constituição de acordo com as diretrizes impostas pelo partido. A segunda outorga ao Congresso Nacional a palavra final sobre a legalidade ou não das emendas à Constituição e a terceira determina a competência de aprovar ou não as súmulas vinculantes. Mais prático seria caso decidissem fechar o STF, porém uma atitude deste porte seria impopular, desgastante e a sociedade não aceitaria passivamente, portanto a eliminação desta e de outras instituições são realizadas a conta gotas. É lenta, porém muito mais segura. No regime militar (1964-1985) o Supremo foi intimidado, engessado, espinafrado, manipulado e submetido, porém não me lembro de haverem tentado destruí-lo como agora o fazem. E poderiam, considerando que a ditadura era deles e as baionetas estavam desembainhadas.




Outra excrescência é a PEC 37, conhecida também como a PEC da Impunidade, caso seja aprovada pretende tirar o poder de investigação criminal dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. Isto inviabilizará investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações de direitos humanos. Tal proposta atenta flagrantemente contra o regime democrático (supostamente adotado no Brasil), a cidadania e o Estado de Direito podendo impedir também as investigações de outros órgãos como a Receita Federal, a COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), o TCU (Tribunal de Contas da União), as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), entre outros. As investigações ficariam a cargo da Polícia Federal devidamente aparelhada pelo Partido dos Trabalhadores e, portanto, apenas fingiriam que investigavam e da Polícia Civil que historicamente carece de recursos materiais e humanos para investigar até o furto de uma manada de elefantes no município de Borá que possui uma população de 805 habitantes, segundo o Censo de 2010. Para se ter uma ideia de quanto esta proposta é nociva ao país e aos cidadãos apenas três nações em todo o mundo não permitem que o Ministério Público investigue: Quênia, Indonésia e Uganda. Mas estes países não são parâmetros para coisa alguma. Este “mimo” de PEC é de autoria do deputado federal pelo PT do B do Maranhão Lourival Mendes, delegado de policia de classe especial, esta condição profissional nos permite dizer que o “nobre” deputado, no mínimo, está legislando em causa própria. Entre as propostas de sua lavra está uma que sugere a Chefe do Poder Executivo, também conhecida como “o presidenta” Dilma Rousseff, a criação do ministério da Segurança Pública que, acolhida a sugestão, talvez venha a ser nomeado ministro ou que o PT do B tenha pleno domínio sobre ele, transformando-o num feudo todinho seu como, aliás, é a praxe. Novamente os luminares da esquerda lançaram mão de uma mula para transportar outra potencial carga contra a sociedade. Ambos os autores destas PECs são verdadeiros homens-bomba, posto que ao detonarem com as instituições estejam explodindo também o país. Mas, como dizem burro de carga é sempre um burro de carga pouco se lixando para seu conteúdo.




Alguém tem alguma dúvida de que o comunismo está vivo? Alguém poderá dizer que o conceito de esquerda e direita estão sepultados e que hoje se respira democracia em todo o planeta? Alguém pode duvidar que estas manobras sejam parte de uma estratégia maior para o controle absoluto do Estado e dos cidadãos? O comunismo é idêntico ao Conde Drácula, personagem do livro de Bram Stoker (1847-1912) escrito em 1897, um morto-vivo. Mais vivo do que morto. E bota vivo nisso!



CELSO BOTELHO

26.04.2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

INFLAÇÃO NOS ALIMENTOS: DO CHUCHU AO PIMENTÃO E TOMATE




O estoque de possíveis soluções para segurar a inflação e, ao mesmo tempo, fomentar e manter o crescimento econômico da Turma da Dilma se mostra extremamente ineficaz como, aliás, era de se esperar. O desespero é tão grande que o ex-ministro da Fazenda do governo militar Delfim Neto foi chamado ao Planalto e também Luiz Gonzaga Belluzzo que no final dos anos 1980 e inicio dos 1990 sugeriu o controle da poupança que foi levado adiante no malfadado Plano Collor que quase fez a economia entrar em colapso total. A política econômica praticada no Brasil é profundamente perversa, pelo menos para a maioria da população. Mesmo considerando serem corretas e indispensáveis as medidas tomadas pelo governo (o que não é o caso), são frontalmente desrespeitadas pelos banqueiros, empresários e arrabaldes numa demonstração cabal de que não reconhecem a legitimidade e a autoridade deste governo e, portanto, indigno de qualquer credibilidade. Mas “o presidenta” prossegue com o arroto maior do que a boca. O Estado brasileiro está diante de uma bifurcação: ou se opta por prosseguir utilizando instrumentos, quando muito, meramente paliativos em todas as áreas de sua competência ou o repensamos integralmente. As reformas propostas que circulam por ai ou aquelas já executadas jamais darão conta de um ordenamento enxuto, exequível e, sobretudo, comprometido com o bem-estar de seus cidadãos, minorando ao extremo as desigualdades (sem expedientes populistas e demagógicos como o Bolsa-Família), promovendo e expandindo o crescimento econômico, defendendo e preservando a soberania nacional, oferecendo uma Justiça rigorosamente imparcial e ao alcance de todos os cidadãos. No entanto, as possibilidades dos políticos concretizarem reformas profundas, necessárias e imprescindíveis ou repensarem o Estado são as mesmas de encontrar-se vida inteligente no sol.




A inflação dos alimentos reduz ainda mais o salário dos trabalhadores que são obrigados a buscar produtos que substituam aqueles mais caros, mesmo considerando que estes possam conter menos valor nutricional ou simplesmente eliminando seu consumo. A inflação exige que muitos produtos, bens e serviços deixem de ser adquiridos ou contratados gerando queda na produção e na prestação de serviços e, consequentemente, mais desemprego. Mais desemprego significa desordem política, caos econômico e instabilidade social. Portanto, as consequências da inflação são por demais conhecidas, notadamente para aqueles que conheceram a hiperinflação como eu. Os alimentos devem estar, sempre, disponíveis e, sobretudo, acessíveis. Porém esta acessibilidade não se concretiza com demagogia, populismo, entreguismo e protecionismos. Somente neste ano a batata subiu 46%, a cebola 69% e a cenoura 72%, o tomate na casa dos 100%. Nos últimos doze meses as hortaliças e legumes acumulam um aumento da ordem de 80%. O quilo do bom e velho pimentão superou à carne. D. Dilma, Alexandre Tombini, Guido Mantega (este aventou a possibilidade de usar uma metralhadora contra a inflação ao invés de um canhão, eu sugeriria apenas a utilização de competência, mas como isto não está disponível no governo...) e Gleisi Hoffmann & Cia. estão convictos de que zerar impostos para os produtos da cesta básica é o santo grau para conter a inflação. Reduzir ou zerar IPI para os automóveis, geladeiras e fogões é a cereja em cima do bolo e zerar o PIS e o Confins para Samrtphone que custam acima de R$ 1.500,00 é a reinvenção da roda estão profundamente enganados. Tais medidas podem não ser de todo ruins, porém sua aplicação na prática enfrenta todo tipo de resistência que sabe, de antemão, estar lidando com um governo fraco, inoperante, sem autoridade, acanhado e pusilânime.




Neste mês “a presidento” anunciou que irá criar uma agência governamental para tratar da agricultura familiar. É de se prever que funcionará nos mesmos moldes das agências já existentes, quer seja, contra os pequenos agricultores. Um instrumento de controle e dominação para os grandes latifundiários, banqueiros, empresários e outras classes de abutres. Disse também que vai acelerar a mitológica reforma agrária com “terras de qualidade” isso é, pois, o mínimo tendo em vista que não se pode praticar a agricultura em solos estéreis. “Terras de qualidade” pode significar muita coisa, inclusive nada de acordo com a concepção petista. Aproveitando a oportunidade conclamou os agricultores a apontarem pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza para cadastrarem-se no programa Bolsa Família assim poderia dar a terra, o crédito, as sementes, os insumos, a esmola-eleitoreira e quiçá a chuva, o sol e o vento.




Os mecanismos existentes na agricultura teoricamente até é possível que venham a ter algum valor, porém na prática demonstram ser inadequados, ineficientes e profundamente vulneráveis a toda ordem de bandalheiras. Na imprensa há uma fartura de reportagens sobre “pequenos agricultores” (comerciantes, funcionários públicos, carpinteiros, mototaxistas, donas de casa, filhos de políticos, digitadores encarregados do cadastro, etc.) que são beneficiados com os recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar). Tem “agricultor” recebendo o Garantia-Safra pela perda do “plantio” que jamais foi plantado. “O presidenta” sai alardeando que para a safra 2013-2014 o MDA (ministério do Desenvolvimento Agrário) disponibilizará um financiamento maior para cooperativas para fortalecer a agricultura familiar e ampliar o microcrédito destinado aos agricultures de baixa renda. Porém, caso não aja uma fiscalização rigorosa e uma punição exemplar para os espertalhões restará, se muito, alguma boa intenção para expandir e fortalecer a agricultura familiar. Lembrando sempre que delas o inferno está cheio sem, contudo, encontrar-se lotado. Mas os governantes brasileiros de uma maneira geral e o petista em particular além de não darem a mínima para a prática da fraude, da corrupção, do desvio, do desperdício e da malversação dos recursos públicos esmeram-se em prática-las por vocação com insuspeita devoção. Verdade seja dita, os governantes brasileiros jamais estiveram interessados em pequenos agricultores, talvez a exceção fique por conta da Coroa Portuguesa que chegou a determinar que fosse implementada uma cultura de subsistência ainda no período colonial. Porque Dilma não mostra para a sociedade o quanto já foi dado de terras produtivas ao MST (Movimento dos Sem-Terra) desde anos 1980 e que destino foi dado? O MST é uma organização criminosa a serviço do nada menos criminoso Partido dos Trabalhadores. Caso fossem cultivadas as terras destinadas ao MST haveria uma abundancia de alimentos jamais vista em qualquer parte do planeta em qualquer tempo. Delfim Neto, como ministro da ditadura, chegou a brilhante conclusão que a inflação fora alimentada pelo aumento do preço do chuchu. D. Dilma poderia dar um passo além na imbecilidade e proclamar o pimentão e o tomate como vilões que nutrem o dragão da inflação. Afinal, uma idiotice a mais ou a menos não fará diferença alguma em se tratando do governo petista.



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CELSO BOTELHO

10.04.2013

sábado, 6 de abril de 2013

FALAS PRESIDENCIAIS: NOSSO OUVIDO NÃO É PENICO



Collor disparando contra a inflação

Falar bobagens e fazer besteiras não é um privilégio dos presidentes da República, seja aqui ou alhures. Está no DNA dos seres humanos, independente de continentes, países, culturas, religiões, etnias, posição social, situação econômica, grau de instrução ou qualquer outro parâmetro que se examine. A História encontra-se recheada de exemplos em todos os tempos e espaços. Alguns, senão todos, os presidentes brasileiros se esmeraram em produzir falas que se alternam entre tolas, idiotas, estúpidas, polêmicas, incoerentes, imprecisas e babacas. Mas nem tudo que sai da boca de Suas Excelências é bobagem. O presidente Getúlio Vargas (1882-1954) produziu uma frase que retrata e se aplica perfeitamente aos políticos encarregados de administrar o país, tanto os de sua época quanto aos atuais: "A metade de meus homens de governo não é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo." Atribui-se a Jânio Quadros (1917-1992) uma definição muito pertinente ao PMDB que diz "o PMDB é uma arca de Noé, sem Noé e sem a arca." Ou seja, sobraram apenas os bichos e “bichos soltos” (bandidos, marginais, aqueles que não respeitam as leis), mas isso não significa que não possamos estender tal definição aos demais partidos políticos. Com um temperamento intempestivo o último general-presidente de plantão João Figueiredo (1918-1999) brindou-nos com verdadeiras pérolas tais como “prefiro cheiro de cavalo a cheiro de povo”, “todo povo é uma besta que se deixa levar pelo cabresto”, “um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar”, porém nada foi mais exemplar do que sua confirmação quanto a dar seguimento à abertura política “é para abrir mesmo. Quem quiser que não abra, eu prendo e arrebento”. Estava inventada a democracia do prendo e arrebento. O ex-presidente José Sarneyssauro (PMDB-AP), como qualquer politiqueiro que se preza, diz coisas nas quais nem mesmo por intervenção divina acreditam como esta demagógica e safada assertiva “a subversão mais grave é que se instala no centro do poder. Ao desrespeitar a lei, os altos funcionários do Estado autorizam a anarquia, estimulam os deslizes e corrompem as sociedades.” Porém uma frase bastante emblemática do ex-presidente Sarney e que se encaixa adequadamente a ascensão do Partido dos Trabalhadores & Penduricalhos ao governo é “governo é como violino: você toma com a esquerda e toca com a direita.” Fernando Collor de Mello produziu inúmeras frases que robustecem o extenso repertório de bobagens, tolices, idiotices e babaquices dos nossos mandatários nacionais como, por exemplo, “para governar o Brasil o presidente precisa ter aquilo roxo”. Bem, considerando que jamais vi ou tive o desejo de verificar pessoalmente a cor dos sacos escrotais de qualquer presidente da República fica impossível saber se a assertiva do ex-presidente Collor é ou não verdadeira. Contudo, no caso de estar correta a afirmação, sua bolsa escrotal descoloriu-se com muita rapidez passando de roxa para pálida. Outra bravata do dito cujo ex-presidente que prometeu exterminar “com um tiro só o tigre da inflação”. Errou o tiro e o animal. O tiro jamais alcançaria o alvo, posto que dentro do projétil concentrava-se a prosaica pólvora composta de dois ingredientes que em tempo algum surtiria qualquer efeito, quer seja, “sem dinheiro, sem inflação” e o animal que representa a inflação é um mitológico voraz dragão e não um tigre os quais, por sinal, não fazem parte de nossa mitologia nem da nossa fauna. Fernando Henrique Cardoso não poderia deixar no vazio sua passagem pelo Palácio do Planalto. Chamou os cidadãos que se aposentam precocemente (com idade inferior a 50 anos) de “vagabundos”, porém esqueceu-se de dizer que foi aposentado em 1968 com apenas 37 anos de idade pelo regime militar (1964-1985), mas aos 48 anos poderia ter reassumido as aulas na USP (a fábrica de nulidades e outros artefatos impublicáveis, com a ressalva que não é a única no ramo), mas não o fez. Também é da lavra de FHC, O Entreguista, “os brasileiros são caipiras, desconhecem o outro lado, e, quando conhecem, encantam-se.” O sociólogo “uspeniano” (foi por pouco...) inclui-se na caipiragem, posto que para candidatar-se e tomar posse na presidência da República ser brasileiro é uma condição incontornável. Mas egocêntrico como sempre foi FHC tem-se em conta de um caipira ungido pelos deuses e aclamado pelos povos. Caso o outro lado a que se referiu seja o lado da corrupção, desvio, desperdício e malversação do dinheiro público conheço inúmeros compatriotas que jamais se encantariam com tal lado. Melhor ser um caipira iletrado à um intelectual desprovido de ética e moralidade.


Lula, O Ignorante Desbocado e Fujão, doutor honoris causa




Arrebatando medalha de ouro na categoria de tolices, idiotices, imbecilidades e babaquices o ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado e Fujão, também conhecido como o Exu de Garanhuns é imbatível. Certamente um artigo não há de dar conta de tão farta produção da lavra do ex-presidente. No entanto, seleciono algumas sem adotar qualquer critério, aleatoriamente. Logo no início de seu primeiro mandato, em maio de 2003 na cerimônia de abertura da 44ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitos, saiu-se com esta: “todo mundo tem o direito de ser contra, a favor ou muito pelo contrário.” Certamente que compreender um tratado de física quântica deva ser mais fácil de entender. Neste mesmo ano, em 15 de dezembro, segundo o Informativo do Exército (17.12.2003), falando no Clube do Exército o então presidente Lula rebaixou a instituição militar a bando ao afirmar que “não adianta ter um bando de generais e de soldados”. Em outros tempos sairia dali deposto e preso a pescoção, pontapé e rabo de arraia. Porém, nossos militares de hoje estão preocupados com três coisas: suas carreiras, aumento salarial e aposentadoria, viraram funcionários públicos. Em junho de 2004 revelou na 1ª Conferência Nacional do Esporte algo que todos os brasileiros sabem sobejamente desde tempos do Império “o governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil.” Mesmo tentando fazer apenas o simples os governos brasileiros se atrapalham todo e acabam por fazer só lambança e o seu governo bem demonstra isso. Falando à Cúpula das Américas em Monterrey asseverou: "estou otimista porque estamos reduzindo as taxas de interesses dentro do Brasil." Que diabo de taxas são essas? Será a tabela para pagamento de propina? Não. O ignorante quis dar uma de sabichão. Em espanhol “tasa de interés” significa taxa de juros e, portanto, “taxas de interesse” não significam coisa alguma em nenhuma língua (fonte: Jornal Estado de São Paulo). Em setembro de 2005 ao receber judocas brasileiros na cidade do Cairo, Egito, desejou exibir sua performance dizendo “Estou pronto para a briga. Também vou entrar no tapume”. Naturalmente o “zeroglota” do Lula quis dizer tatame. No programa Café com o Presidente (uma cópia tupiniquim do programa Conservas à Lareira criado por Franklin Delano Roosevelt, 1882-1945, presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945) foi magistral sua definição para o salário mínimo que, por sinal, em se tratando do ex-presidente Lula, certamente demandou muito tempo e esforço mental para ser elaborada: “O salário mínimo nunca será ideal porque ele é mínimo.” Só mesmo o filho... de Garanhuns poderia concluir tal coisa. Em agosto de 2006, provavelmente após ingerir rapadura com cachaça declarou: “não será por falta de lealdade aos princípios que nos fizeram chegar à presidência que não iremos cumprir. Se a gente não cumprir é porque teve fatores extraterrestres que não permitiram que nós cumpríssemos.” Lula falar sobre lealdade e princípios já é motivo de irritação, repúdio e estrondosas gargalhadas, porém evocar fatores extraterrestres é ser uma besta muito quadrada, um magnânimo imbecil. Em 2007 dizia o abestalhado: “se pudesse, eu viajava com uma picanha no pescoço.” Bem, de qualquer maneira fez-se acompanhar em 32 viagens ao exterior por uma senhora que não era d. Mariza Letícia. Nem tudo precisa ser necessariamente uma picanha, pode ser coisa parecida. B Em visita a Antártida mostrou-se extasiado diante de tanto gelo “é a maior geladeira que já vi na vida.” Já imaginou o quanto de energia elétrica tal geladeira não deve consumir? Em 2009, num rompante de lascívia, na solenidade de abertura do Fórum Internacional de Software Livre, revelou o ex-presidente: “inclusão digital é a palavra mais sexy do meu governo.” Provavelmente estava pensando em algo do tipo “incursão vaginal”. Do Lula se pode esperar qualquer coisa ou coisa alguma. Por ocasião da crise de 2008 avaliou sua extensão tranquilizando a nação ao dizer "essa crise pode não ser tão grande, como a gente imagina, mas pode ser maior do que a gente imagina." E os jumentos, jegues e burros vão muito bem, obrigado. Sobre a crise financeira em 2009 diante do embaixador britânico Gordon Brown classificou-a como branca de olhos azuis numa perfeita demonstração de inabilidade diplomática (se é que sabe o que isto venha a ser, a julgar pelas trapalhadas que junto com Celso Amorim patrocinou), falta de sensibilidade política e, o mais grave, preconceito e discriminação. Encontrei uma pérola do ex-presidente num discurso na Confederação Nacional da Indústria que não posso deixar de reproduzir: "Não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia. Não tem Congresso Nacional, não tem um Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça este país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar." Examinando sem maiores cuidados a História do Brasil desde 1500 não consegui localizar um único momento no qual tenha ocupado lugar de destaque. A menos que esteja falando sobre os 50 mil homicídios cometidos anualmente no Brasil, do fugaz desmatamento da floresta Amazônica, da corrupção, da falta de hospitais, da educação de péssima qualidade, dos direitos humanos, etc. Nosso país é destaque nestes assuntos e tantos outros mais. As feministas devem ter ficado numa bronca com o ex-presidente em janeiro de 2010 quando disse: "uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele". Não interessa, para o ex-presidente, se ganhe um prato de comida ou uma joia de ouro com vários diamantes incrustados o fundamental é que seja submissa. Sobre suas relações com Fernando Collor, José Sarney e Renan Calhorda Calheiros recorreu ao Novo Testamento afirmando que até Jesus Cristo chamaria Judas para compor uma coalização. Que blasfêmia! Para finalizar, quando esteve no Maranhão em 2009 foi incisivo: "quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que se encontra." De qual merda o Lula estava falando? A merda do poder aquisitivo? A merda da educação? A merda da segurança pública? A merda da saúde? A merda da infraestrutura? A merda da habitação? A merda da merda ou todas estas merdas juntas e tantas outras que não citei?



Com mais da metade do mandato exercido “o presidenta” Dilma Rousseff também está competindo com seus antecessores no quesito falas tolas, idiotas, incoerentes, polêmicas e babacas. Em visita à África do Sul deixou escapar uma bela oportunidade de manter a boca fechada. Mas quis “fazer bonito” falando de improviso e deu com os burros n’água. A oratória é uma arte, uma habilidade. É necessário ter eloquência, exagerar na retórica. “A presidento”, definitivamente, não se enquadra nestas premissas. O ex-presidente Lula, reconhecemos, possui o dom da oratória, apesar de suas limitações intelectuais e seu paupérrimo vocabulário. D. Dilma poderia ter aproveitado sua estada naquele país para ver com seus próprios olhos que a terra há de comer o abandono dos estádios e outras instalações construídos para a Copa do Mundo de 2010, verdadeiros elefantes brancos. Em vez disso declarou: “eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico”. Dito desta maneira cabe a “Sua Excelência” descobrir ou inventar uma fórmula que possa combater a primeira sem prejuízo do segundo, afinal de contas está com a caneta na mão e, segundo consta, é graduada em Economia pela UFRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), mas quando foi ministra da Casa Civil seu currículo no site da instituição a apresentava como mestre em Teoria Econômica e doutoranda em Economia Financeira e Monetária pela Unicamp (Universidade de Campinas), porém jamais foi uma coisa ou outra. A Casa Civil corrigiu a lorota admitindo que frequentara os cursos de mestrado e doutorado concluindo os créditos, porém não apresentara dissertação e, portanto, é tão mestranda e doutoranda em economia como eu sou em aramaico e mandarim. Atualmente o único governo que pode se dar ao luxo de não combater a inflação é o japonês. A deflação no Japão teve início da década de 1990 após o estouro da bolsa imobiliária japonesa que abalou a economia do país. A capital Tóquio é uma das cidades mais caras do mundo em dólar devido à supervalorização da moeda japonesa, porém os preços em ienes vêm caindo há vinte anos. Cientes de que os preços no futuro estarão mais baixos os consumidores adiam suas compras e com isto as empresas vendem menos e reduzem salários e os japoneses ficam com menos dinheiro para comprarem. Isto é chamado de espiral deflacionária. O Banco Central japonês decidiu que, em dois anos, deverá atingir a meta de 2% de inflação adotando um programa que visa duplicar a massa monetária. O percentual de 2% de inflação foi atingido pela última vez em 1997 quando o imposto sobre o consumo aumentou. Mas d. Dilma não governa o Japão e, portanto, o combate à inflação deve ser prioridade num país onde tudo deveria ser prioridade (educação, saúde, transporte, segurança publica, habitação, etc.). E, por falar em África do Sul, em 2010 o ex-presidente Lula, numa de suas comparações idiotas chegou a dizer que “uma fase da vida da Dilma me lembra muito a do Mandela. Eu lembro uma vez que o Mandela me contou que foi para o confronto porque não deram outra saída para ele.” Comparar Nelson Mandela a Dilma Rousseff é como comparar um moderno transatlântico com uma canoa. Integrar alguma das organizações clandestinas dos idos de 1960 e 1970 não era a única maneira de dar combate ao regime militar. Lembrando sempre que todas elas, sem exceção, não tinham outro objetivo senão substituir a ditadura militar pela ditadura soviética, maoista ou cubana.




Dilma Rousseff tem lá suas frases devidamente temperadas com uma pitada de idiotice e imbecilidade, trinta folhinhas de rudeza e aspereza, meia colher de incoerência e inconsistência, uma xícara de chá de demagogia sem esquecer-se do molho de politicagens (acordos, cambalachos, compromissos). Ainda como pré-candidata à presidência estava convicta de que Lula, e não Cabral (o Pedro, não o deplorável Sérgio), havia descoberto, invadido e inventado o Brasil e utilizou uma palavra desconhecida da maioria dos brasileiros: “antes de Lula, o Brasil estava afunhunhado”. Mas que diabos pode vir a ser afunhunhado? Este termo era muito utilizado entre os subversivos nos tempos da guerrilha (anos 1960 e 1970) e significava o local onde suas vítimas de sequestro aguardavam para serem assassinadas, um cantinho escuro. E a VAR-Palmares, organização que d. Dilma era membro, “afunhunhou” muita gente. Ainda como candidata à candidata sua arrogância, prepotência e presunção ficou patente ao declarar, textualmente: “eu posso não ter experiência de governar como eles governaram com estagnação, desigualdade e desemprego, agora governar gerando emprego, distribuição de renda, tirando 24 milhões da pobreza e 31 milhões elevando à classe média, eu sei muito bem fazer.” Decorridos mais de dois anos de sua gestão os indicadores econômicos contradizem sua alegada capacidade de governar. Um PIB expandido em ridículos 0,09%; o setor industrial com o pior desempenho desde 2009 ao apresentar uma queda de 2,7%. A pretensa distribuição de renda com o tal Brasil Carinhoso doando a “expressiva” soma de R$ 70,00 segundo “a presidento” retirou 9,1 milhões da extrema pobreza, que coisa! “O chefa” do governo elevou o número de brasileiros à classe média com o auxílio “luxuoso” de Marcelo Neri que estabeleceu uma renda mínima de R$ 1.200,00 para nela serem inseridos. A corrupção continua comendo solta e impune. Somente em seu primeiro ano de mandato, sete ministros foram defenestrados por envolvimento nesta torpe atividade. As obras de transposição do rio São Francisco estão praticamente paralisadas. A Transnordestina sugando dinheiro público como um bezerro faminto. A saúde cada vez mais desmantelada e morre-se em busca de um leito. A educação é um fiasco, os estudantes chegam a 5ª série sem se encontrarem minimamente alfabetizados, passam no ENEM descrevendo como preparar miojo e recebem graduação nas universidades sem que estejam aptos. Unidades do programa Minha Casa, Minha Vida são construídas em solos instáveis, sem infraestrutura, utilizam materiais de baixa qualidade, sem tratamento urbanístico adequado, etc. As Forças Armadas estão sucateadas e, de acordo com o general Maynard Santa Rosa no caso de uma invasão estrangeira o Brasil só teria munição para resistir durante uma hora. No Brasil continua-se matando tanto quanto em qualquer guerra moderna. São cinquenta mil homicídios por ano. A Síria está consumindo quase dois anos para produzir setenta mil mortes, mas lá temos uma guerra civil. A palavra, desconhecida, examinada dentro do contexto remete a esculhambado, arrebentado, estrangulado, quebrado, envergonhado, etc. Dois anos depois no exercício do cargo prossegue este Brasil varonil afunfunhado e mal pago. Tem muito mais exemplos de como “o presidenta” sabe governar.


Dilma Rousseff, A Garrincha

“O problema do galo é quando ele só canta em período eleitoral...” Desconhecia que “nossa presidento” é especialista em “assuntos galináceos” ou galiformes (galinhas, perus, faisões, jacus, etc.), mas errou de animal. Neste caso seria mais apropriado lançar mão de uma sereia, posto que seu canto seduza os homens levando-os ao fundo do oceano onde se afogam. O mesmo se dá nas campanhas eleitorais. Os políticos apresentam-se com um canto irresistível, seduzem o eleitorado para, uma vez no poder, afogá-los no descaso, omissão e desprezo. Seguindo os passos de seu criador-mentor-inventor Luiz Inácio e em visita oficial à Rússia em dezembro do ano passado declarou: "eu vim aqui para combinar com os russos." Alusão a resposta de Garrincha (Manuel Francisco dos Santos, 1933-1983) ao técnico da seleção brasileira Vicente Feola (1909-1975) em 1958 após ouvir suas recomendações táticas ("O senhor combinou com os russos?"). D. Dilma não conseguiu combinar com os russos uma solução para a suspensão do embargo russo a carne brasileira para um mercado de mais de 105 milhões de consumidores. As carnes bovina, suína e de frangos representam cerca de 40% das exportações brasileiras para a Rússia.


A Guerrilheira de Meia Pataca Furada

E d. Dilma disse: “eu não fujo da situação quando ela fica difícil. Eu posso apanhar, ser maltrada, como eu já fui, mas não fujo da luta. Em cada época da minha vida, eu fiz o que fiz porque acreditava naquilo. Eu mudei quando o Brasil mudou. Eu não fujo da luta. Nunca abandonei o barco.” Essa raça ruim de esquerdista é mesmo de uma desfaçatez colossal. Após o assalto à casa da amante do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros (1901969) em julho de 1969 de onde roubaram um cofre contendo cerca de US$ 2,5 milhões os “guerrilheiro-assaltantes” foram ter à cidade serrana de Teresópolis no Rio de Janeiro, onde partilharam o dinheiro e as armas. Dilma foi para o Rio Grande do Sul e Carlos Lamarca (1937-1971) ficou no Rio de Janeiro sendo depois morto pelo aparelho repressor do regime militar. A guerrilha estava sendo destroçada e se esta não era uma situação difícil porque d. Dilma deu no pé? Diz “a presidento” que apanhou e foi maltratada, mas jamais apresentou qualquer sequela física ou psicológica que comprovassem. A prova mais irrefutável que fugiu da luta está no simples fato de que não morreu. Acreditar no comunismo genocida de Joseph Stalin (1879-1953), Vladimir Lênin (1870-1924), Mao Tsé-Tung (1893-1976) e Fidel Castro (1926-) é atestar-se tão repugnante, criminoso, cruel e sórdido quanto eles. D. Dilma não mudou, apenas enquadrou-se no sistema por instinto de preservação e compreendendo que jamais ela e seus pares (e ímpares) chegariam ao topo de cadeia alimentar caso persistissem na luta armada. É a velha tática: apropriar-se dos direitos, discursos e argumentos burgueses e utilizá-los contra a própria burguesia para destruí-los implacavelmente assim que o poder seja alcançado. A redução de sua pena pelos militares é, no mínimo, muita suspeita. Porque tal benefício? Será que não houve um acordo do tipo delação premiada? E, afinal, se d. Dilma era uma figura tão importante para organização subversiva da qual era membro porque a condescendência dos militares? E não esqueçam que este era o período dos anos de chumbo. Tempo no qual nem pato tinha seu traseiro refrescado.



Entretanto, quem tem boca fala o que quer. Da mesma forma que também ouve o que não quer. Mesmo sendo bobagem, idiotice, tolice, imbecilidade ou pura babaquice, mas nossos presidentes exageram na dosagem ultrapassando qualquer limite de paciência que se possa ter. “Suas Excelências” poderiam ser mais cautelosos, pois, afinal de contas, nosso ouvido não é penico.



CELSO BOTELHO

06.04.2013