segunda-feira, 30 de setembro de 2013
DE HUCK CAVALO À HUCK PANGARÉ
Tinha um sujeito lá para as bandas de Irajá que atendia pela alcunha de Huck Cavalo. Mais de um metro e noventa, cento e tantos quilos, ombros largos, os bíceps do tamanho de dois melões, o tórax mais duro que armadura dos cavaleiros medievais, cabeça raspada, olhos miúdos e o nariz assemelhava-se a duas batatas. Apesar de aparência tão assustadora não era dado a violências, falava baixo e caminhava a passos lentos. Não havia “chapa” (trabalhadores avulsos para carregar e descarregar caminhões e carretas) mais eficiente. Era um burro de carga. Assim ganhava a vida. Incapaz de fazer mal a uma mosca varejeira sequer. Porém, vez por outra, valia-se de sua aparência para intimidar e conseguir o que desejava. Fosse trabalho ou lugar no trem. Intimamente divertia-se com a covardia (prudente) das pessoas. Diante de um homenzarrão daqueles só mesmo um débil mental pagaria para ver. Mas um belo dia a casa caiu. Encontrou um sujeito de maus bofes conhecido por Ceará. Ceará era o oposto de Huck Cavalo. Um metro e sessenta, uns sessenta e cinco quilos, bíceps do tamanho de uma laranja (e das pequenas), tórax que só se mantinha rígido por causa das costelas. Havia o grupo de “chapas” de Huck Cavalo e do Ceará disputando qual deles iria pegar o serviço de descarregar uma carreta de tijolos. Huck Cavalo adiantou-se proclamando seu grupo detentor do trabalho. Ceará não se intimidou com o tamanho do concorrente e enfrentou-o avisando-o que de era grande, mas não dois e ele pequeno, mas não a metade. Huck Cavalo não esperava a reação. O blefe sempre dera certo. Olhou para os lados. Todos esperavam o desfecho da contenda. Não havia escapatória. Huck Cavalo na realidade não era de briga e tentou uma saída diplomática propondo que partilhassem o serviço. Ceará estava comprometido com o seu grupo que não aceitava partilhar ou perder o serviço. Ceará interpretou a proposta como covardia sentenciando: “se tamanho fosse documento o elefante reinava na Terra”. Foi o bastante para ferir os brios de Huck Cavalo. Incentivado por seu grupo a por o nordestino em seu devido lugar, quer seja, de novato no ramo e notadamente mais fraco, aceitou o desafio. A briga não prometia durar muito tempo tendo em vista a brutal diferença entre os competidores. Nem mesmo o grupo do Ceará acreditava que poderia sair-se bem. A lei das probabilidades indicava vitória certa de Huck Cavalo. Confiante na sua força lançou-se contra o oponente que pendeu para um lado aplicando-lhe uma espetacular rasteira. O tombo ecoara longe. Tão logo caíra ao chão Ceará, armado de um sarrafo de madeira, aplicou-lhe uma memorável surra. Duas costelas quebradas, clavícula deslocada e um talho na cabeça de uns dez centímetros. Foi levado ao hospital antes que Ceará se tornasse num assassino. Ficou desmoralizado. Sumiu da área. Ninguém sabia que fim levara. De Huck Cavalo passou a Huck Pangaré.
E por que se conta esta história? Porque na política as aparências também enganam. Para ser mais preciso, só enganam. Aliás, pode-se dizer que a política existe exatamente para enganar. Fernando Collor de Mello, por exemplo, saiu do pequeno estado de Alagoas em 1989 com uns 2% de chances de tornar-se presidente da República. Leonel Brizola o mesmo percentual em 1982 como candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro. Ambos atingiram seus objetivos. Por certo se devem considerar inúmeros fatores que se combinaram para que seus projetos fossem concretizados, mas isso é outra história. Collor enfrentou nomes consagrados na política tupiniquim como Leonel Brizola, Mário Covas, Ulisses Guimarães, Paulo Maluf e mesmo Lula com aparatos partidários sólidos. Collor foi obrigado a ter sua própria legenda. O inexpressivo PRN (Partido da Reconstrução Nacional) que herdara a nanica estrutura do PJ (Partido da Juventude). Brizola viu-se às voltas com o escândalo da Proconsult que quase impediram sua eleição. Não é incomum que os Ceará da vida vença os Huck Cavalo. O senador Aécio Neves quer se mostrar um Huck Cavalo quando, na verdade, não passa de um Huck Pangaré ou menos ainda. Que o arroto dos políticos brasileiros é excessivamente maior que suas bocas todos já sabem. O que nos irrita é a cara de pau de Suas Excrescências, digo, Excelências. O jovem mancebo apareceu de mãos dadas com o Beto Richa, governador do Paraná, seu desafeto. A tiracolo estava o senador Álvaro Dias (“eu não pinto o cabelo”) e saiu-se com esta “pérola”: "O papo é reto: está chegando a hora de enfrentarmos o PT. Devemos nos preparar para o embate e debate em todos os cenários". “Papo reto” não devia ser termo empregado pelo senador com pretensões à presidência da República, posto que seja marca registrada de traficantes e bandidos de todos os matizes. Decerto que Lula falava coisa pior. E bota pior nisso! Mas Lula não se arvorava de possuir diploma universitário, ter avô do calibre do Dr. Tancredo Neves e muito menos ter tido uma infância e adolescência de regalos. Pelo contrário, orgulha-se de sua origem humilde e de sua colossal ignorância. Aquela impossível de ser revertida e esta por absoluta indolência mental. Depois de doze anos de governo petista somente agora o senador percebeu que o PT deve ser combatido? O Partido dos Trabalhadores deveria ter sido combatido desde sua criação. Hoje a única opção que resta é fechá-lo para todo o sempre. O que os “luminares” do PSDB e do DEM estavam fazendo para ignorarem a ameaça petista? Onde os “iluminados” da oposição e da grande imprensa estavam para ignorarem o Foro de São Paulo e seus objetivos diabólicos? Estavam brincando de representantes da sociedade, desviando e desperdiçando verbas públicas, fechando negócios escusos, lesando a nação, protegendo salafrários e cometendo tantos outros crimes. A oposição no Brasil está restrita a disputa de cargos. Nenhum dos trinta e dois partidos existentes não se presta a outra coisa a não ser obtenção de cargos e privilégios. Como poderia se dar um embate entre comparsas? Somente se uma das partes rompesse com a outra. Na eleição de 2010 o PSDB com José Serra (Papinha de Alface Light) estava mais para cabo eleitoral do PT, sequer teve coragem de denunciar e esclarecer aos eleitores o que realmente é o Foro de São Paulo. Em 2002, disputando com Lula, o mesmo José Serra em sua última pergunta ao candidato Lula quis saber o que faria pelos transportes urbanos. Ora, inquirir a um postulante à presidência da República sobre uma questão estritamente de âmbito municipal é de uma imbecilidade paquidérmica. E de que tipo de debate o ex-governador mineiro estava falando? Debate ideológico não pode ser, posto que há muitas décadas isto já foi suprimido da política nacional. Muito inteligente a estratégia da suposta oposição brasileira de primeiro deixar o adversário estabelecer-se e fortalecer-se para depois combatê-lo. Fica absolutamente evidente que o PSDB jamais foi oposição ao PT e sim um colaborador mal disfarçado. Da maneira que Aécio Neves falou fica explícito que até então o partido que preside não era oposição ao Partido dos Trabalhadores, sua função era mostrar-se a direita da esquerda. Uma direita que toda esquerda ama, cultiva e venera porque jamais lhes farão qualquer mal. O Partido Democratas (antigo PFL) aspirava ser uma direita conservadora, porém acabou se tornando um apêndice do PSDB. O DEM pode ser explicado com o refrão daquela musica lançada no ano de 1974 de João da Praia (Antonio Jorge Zacarias, 1950-1988) “aonde a vaca vai o boi vai atrás”.
O senador, empolgado, disse: "A militância do PT não está nas ruas porque está empregada nesses cargos comissionados do governo federal. Nossa unidade vai nos levar à vitória. A luta começou". É líquido e certo que o governo petista nesta dúzia de anos que está no poder empregou inúmeros militantes, comparsas, cúmplices, simpatizantes, patifes, trapaceiros, bandidos e puxa-sacos, mas acomodar todos eles é simplesmente impossível. É muita ingenuidade ou ignorância afirmar que a militância petista não está nas ruas desde junho passado. Apenas não se identificaram, não se expuseram como, aliás, foi-lhes determinado. O senador fala em unidade dentro do partido como se isto fosse uma realidade. Ignora completamente os inúmeros correligionários que apoiam José Serra? Ele próprio propôs prévias para decidirem sobre quem deverá sair candidato pela legenda. Aécio não é uma unanimidade, porém, salvo chuvas e trovoadas, será o candidato do partido para a sucessão presidencial em 2014.
Em 2014 certamente não irá surgir nenhum Ceará para derrotar o Huck Cavalo transformando-o em Huck Pangaré. Marina Silva é reconhecida pelo eleitorado como ambientalista e isso não basta para convencê-los. Eduardo Campos está apenas ensaiando para 2018, é desconhecido pela maioria dos eleitores, não possui sequer um discurso que possa empolgar. Aécio Neves fará o ingrato papel de saco de pancadas do PT acrescentando eleitores e conduzindo Dilma (ou Lula) à vitória. Talvez Joaquim Barbosa possa desempenhar o papel de Ceará na disputa presidencial, mas o mais provável é que apenas amedronte o Huck Cavalo.
CELSO BOTELHO
30.09.2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
UMA TERRORISTA EM NOVA IORQUE
“O presidenta” Dilma Rousseff está sendo exaltada por haver suspenso sua visita aos EUA como convidada para demonstrar sua insatisfação com a arapongagem norte-americana, principalmente na invasão aos computadores da Petrobrás. Não se poderia esperar outra atitude do governo brasileiro. Porém fazer beicinho e dizer que não vai mais à casa dos abelhudos está muito longe de configurar uma postura firme. A solicitação de esclarecimentos do governo brasileiro é tacanha. O episódio apenas serviu para melhorar a imagem desgastada de D. Dilma pelas manifestações de junho deste ano. Manifestações planejadas, coordenadas e executadas pela própria esquerda que ocupa o poder para definir rumos, ampliar ou aplacar direções de acordo com o desenrolar dos acontecimentos e, principalmente, impor mais controle social. Exemplo: lei que proíbe o uso de máscaras em manifestações. Outro exemplo: ao difundir serem aqueles movimentos espontâneos combinados em redes sociais criou-se a justificativa para a necessidade de votar-se um Marco Civil para a Internet. Em outras palavras, censurar e invadir a privacidade em sites, blog e e-mails. Disse na ONU “o chefa” do Executivo brasileiro: “... o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados que por ela trafegam.” Não resta a menor dúvida que se trata da Lei da Mordaça e uma reedição de um SNI (Serviço Nacional de Informações) cibernético. O único efeito prático daquelas manifestações foi uma redução de centavos no preço dos transportes o que, aliás, não significa coisa alguma. A corrupção, o desvio, o desperdício e a malversação dos recursos públicos vão muito bem, obrigado. Renan Calhorda Calheiros (PMDB-AL) utilizou avião da FAB para comparecer ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Troncoso na Bahia. Garibaldi Alves (PMDB-RN), ministro da Previdência Social e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) também utilizaram aviões da FAB para deslocar-se do bom e velho estado do Rio Grande do Norte para o Rio de Janeiro para assistir a final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha. No ministério do Trabalho o prejuízo pode chegar a R$ 800 milhões. Na Previdência Social a Operação Miqueias apurou um auditor da Receita Federal que ocupava cargo de confiança pagou propinas a prefeitos para direcionar investimentos de fundos de pensão municipais. Doze mensaleiros foram beneficiados com a admissão dos embargos infringentes. Este fato poderá beneficiar outros políticos que estão sendo processados no STF como Fernando Collor de Mello, Jáder Barbalho e o eterno corrupto Paulo Maluf, quando prefeito de São Paulo cunhou a célebre máxima por ocasião do estupro e assassinato de uma jovem “estupra, mas não mata”. Durante as manifestações de junho jornalistas, cientistas políticos, sociólogos, articulistas, palpiteiros e outros lambões, por inocência, ignorância ou conveniência alardearam que o Brasil estava mudando, o gigante adormecido em berço esplendido havia acordado e outras baboseiras do gênero, hoje estão silenciosos diante da realidade. Ah, mas a PEC 37 foi derrotada, esqueceu? Não. A PEC 37 era um natimorto. Tão nefasta quanto ela é o Projeto de Lei 4330/04 (terceirização das atividades fins das empresas), do deputado Sandro Mabel (PR-GO), parado a sete anos na Câmara dos Deputados. Mudou o quê?
Agora os mesmo inocentes, ignorantes ou coniventes estão a idolatrar “a presidento” por seu discurso na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) pela maneira “dura” ao abordar a espionagem norte-americana no Brasil. Certamente que Washington não apreciou o pronunciamento de D. Dilma e partirá para a retaliação econômica. Porém, neste caso, o governo brasileiro não poderia tomar outra atitude mesmo sabendo, de antemão, que resultaria em futuros prejuízos econômicos. Logo de início “o presidenta” asseverou na Assembleia que o Brasil sabe se proteger. Quanta cara de pau! As Forças Armadas estão sucateadas, desprezadas e humilhadas. O nióbio, metal nobre utilizado em aeronaves, espaçonaves, computadores, etc. cujas reservas brasileiras (na Amazônia) somam 98% de todo este mineral existente no planeta está sendo contrabandeado para a Europa e Estados Unidos através da Guiana a preços ínfimos. O governo entrega alegremente as jazidas de petróleo as multinacionais. Recordar é viver: antes de ocupar o ministério das Minas e Energias no governo Lula D. Dilma era contra estes leilões. Privatizam (doam, na verdade) empresas, portos, aeroportos, “inventou-se” as PPP (Parceria Pública Privada), transfere para a iniciativa privada serviços em regime de concessões que não são fiscalizadas. No Rio de Janeiro ainda circulam trens na Supervia de 1954. O governo brasileiro não consegue proteger sequer a si próprio quanto mais o país e seus cidadãos. O Brasil está tão protegido quanto uma zebra dentro de um rio povoado por crocodilos. Não será surpresa que D. Dilma seja elevada à categoria de estadista. O presidente João Figueiredo (1918-1999), também na ONU, foi alçado a este patamar. Ora, vejam!
Como já disse em texto anterior, das duas uma: ou D. Dilma Rousseff é hipócrita ou é hipócrita. No entanto, se isto lhe possa servir de consolo, este atributo não é uma exclusividade dos comunistas, pode ser detectado num grande número de seres humanos e pelos mais diversos motivos em todos os credos, convicções, vocações e em qualquer espaço e tempo da História. Disse “a presidento”: “O terrorismo, onde quer que ocorra e venha de onde vier, merecerá sempre nossa condenação inequívoca e nossa firme determinação em combatê-lo. Jamais transigiremos com a barbárie.” “O Brasil, senhor presidente, sabe proteger-se. Repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas.” Opa, mudou o terrorismo ou terá mudado D. Dilma? Nem um nem outro. Permanecem como sempre foram. Os métodos sofisticaram-se, porém as finalidades são as mesmas. A biografia “do presidenta” contradiz esta afirmação. Foi membro da COLINA (Comando de Libertação Nacional) que se fundiu à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) organização de extrema esquerda que lutava para implantar no Brasil um regime comunista. Todas as organizações daquela época tinham por objetivo substituir a ditadura militar por uma ditadura nos moldes da URSS, Cuba ou China. Hoje seus sobreviventes (Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, Fernando Gabeira, Tarso Genro, José Genoíno, José Dirceu, Franklin Martins, etc.) juram que lutavam pela democracia. Será que D. Dilma está sofrendo de amnésia? Caso seja isso vou reavivar sua memória. Em julho de 1969 a VAR-Palmares “expropriou” (como os terroristas referiam-se a assaltos) o cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros (1900-1969) contendo mais de US$ 2,5 milhões (mais de US$ 20 milhões atualmente) que se encontrava na mansão do irmão da amante do ex-governador. Os moradores foram amarrados com fio de telefone. O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc Mouse participou da ação. D. Dilma pode não ter participado pessoalmente do assalto, porém só o fato de conhecer o plano e integrar a organização criminosa está caracterizada sua cumplicidade. No caso do plano para sequestrar o ministro Delfim Neto D. Dilma nega a participação, mas o ex-comandante da VAR-Palmares Antonio Roberto Espinosa admitiu, na Folha de São Paulo, ter coordenado o plano e que “a presidento” fazia parte da cúpula que planejou o atentado que só não se realizou por que vários membros foram presos e logo despois desmentiu a informação. De qualquer maneira D. Dilma sabia do plano e, portanto, foi cúmplice. O comunismo matou em todo o planeta mais pessoas do que as duas guerras mundiais juntas. Além de cúmplice todos os membros de todas as organizações guerrilheiras daquela época são culpados moralmente de todas as mortes em todos os lugares do mundo provocadas pelos comunistas. No entanto, nenhum deles, especialmente D. Dilma, jamais veio a público admitir sua cumplicidade com assassinatos, torturas, desaparecimentos, etc. desculparem-se e, através de ações concretas, tentar reparar os danos causados. Pelo contrário, “o presidenta” e os guerrilheiros estufam o peito orgulhosos de haver praticado terrorismo. Em 1972 A VAR-Palmares associada a ALN (Aliança Libertadora Nacional) e PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) assassinaram a tiros o marinheiro inglês David Cuthberg. Em 2011 o Arquivo Nacional liberou documentos onde a VAR-Palmares determinava o “justiçamento” (assassinato) de oficiais do Exército e outras forças. Dizia um trecho do documento "o justiçamento punitivo visa especialmente paralisar o inimigo, eliminando sistematicamente os cdf da repressão, os fascistas ideologicamente motivados que pressionam os outros." Dizer que o Brasil não dá abrigo a terrorista é uma piada. A Lei da Anistia (Lei 6.683/1979) abrigou todos os terroristas, os do Estado e os que militavam em organizações guerrilheiras. O MST (Movimento dos Sem Terra) e o Foro de São Paulo são entidades eminentemente terroristas e os três poderes da República abrigam sim centenas de terroristas. Outra pataquada de D. Dilma foi dizer, textualmente: “Como tantos outros latino-americanos, lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender de modo intransigente o direito à privacidade dos indivíduos e a soberania de meu país. Sem ele - direito à privacidade - não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações.” Quanta desfaçatez. Para começar os latinos americanos a que se refere são grupos terroristas do mesmo calibre do VAR-Palmares, MR-8, ALN, AP etc., a saber. Movimento Revolucionário Tupamaro (MRT), Venezuela, de tendência marxista-leninista; Movimento de Libertação Nacional – Tupamaro (MTN-L), Uruguai, extrema esquerda; Sendero Luminoso, Peru, ideologia marxismo-leninismo-maoísmo; Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Colômbia, inspiração comunista marxista-leninista, hoje especialista narcotráfico; Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Nicarágua, socialista: Movimento 26 de Julho, Cuba, comunista, liderado por Fidel Castro que depôs um ditador e assumiu seu lugar, estes dois últimos foram os únicos que atingiram seus objetivos com maior rapidez, os demais foi preciso que se passassem décadas para assumirem o poder. E D. Dilma vem dizer que “lutou” contra o arbítrio, censura, invasão de privacidade e defendia a soberania, liberdade de expressão e opinião como tantos latinos americanos nas organizações acima citadas? Ora, tenha vergonha nesta cara.
Mas o abre alas do governo petista é, sem qualquer sombra de dúvida, o Fome Zero, Bolsa-Família, Brasil Carinhoso, Brasil Sem Miséria. A esmola foi institucionalizada. Diante de representantes de inúmeras nações D. Dilma afirmou haver retirado “da extrema pobreza, com o Plano Brasil sem Miséria, 22 milhões de brasileiros, em apenas dois anos.” Melhor do que isso só mesmo o milagre da multiplicação. Nesta progressão não demorará sobrar dinheiro e faltar pobres para ser beneficiado e então, provavelmente, o governo lançara o Programa Mais Pobres importando-os da África e da Ásia onde há um imenso contingente, uma vez que em Cuba estes são raros ou inexistentes. “O presidenta”, fagueira, fez os presentes tomar conhecimento de que a mortalidade infantil no Brasil foi reduzida drasticamente. Caso considerarmos válidos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fato improvável posto que o PT aparelhou todo o Estado brasileiro, a mortalidade infantil declinou. De 1998 à 2010 passou de 33,5 (não estou certo se pode existir meia criança, mas vá que seja) crianças mortas por mil nascidas vivas para 22. Um número bastante alto, por sinal. Apenas como ilustração pode-se citar a Finlândia, Islândia, Japão, Noruega e Suécia com três mortes a cada mil nascidos. Como também se pode ilustrar citando o Afeganistão com a incrível média de 154 óbitos por mil nascidos vivos. São realidades excepcionalmente distantes das encontradas no Brasil e é improvável (mas não impossível) que alcancemos os primeiros ou aproxime-se do segundo. Dona Dilma sabe exatamente as causas (e as consequências) da mortalidade infantil “esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres são as mais atingidas pela mortalidade infantil. Entre os principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água, resultando em outras doenças) e desnutrição.” Mas seu governo e do seu antecessor e os demais que os antecederam não se empenharam em prover assistência às gestantes e aos recém-nascidos, proporcionar saneamento básico e combater a desnutrição. Mas, dirão, a mortalidade infantil diminuiu sensivelmente e poderia, digo eu, ter diminuído muito mais caso os governos fossem menos corruptos, perdulários, omissos e incompetentes.
No setor educacional D.Dilma extrapolou. Faltou comparar a educação brasileira com da Finlândia, sempre nas primeiras colocações nas competições internacionais com estudantes. Mas que deu vontade deu. No Brasil, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, editado pelo governo petista cuja veracidade é suspeita, aponta o percentual de crianças com 5 e 6 anos frequentando a escola subiu de 37,3% (em 1991) para 91,1% (em 2010). Frequentar escola não significa que a educação seja de qualidade e isso é notório no Brasil. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que promove o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) que avalia o desempenho de jovens de 15 em 65 países em leitura, matemática e ciências o Brasil obteve o nada honroso 53º lugar (edição de 2009, disponível) abaixo do Chile, Uruguai e México. Na ocasião o ministro da Educação Fernando Haddad, O Lambão, disse que o resultado poderia ter sido pior. D. Dilma disse na Assembleia da ONU que “somos o país que mais aumentou o investimento público no setor educacional, segundo o ultimo relatório da OCDE.” Alocar recursos fabulosos não é garantia de oferta de educação de qualidade. No Brasil quanto mais recurso é destinado à educação, saúde, transporte, habitação, segurança pública, etc. mais eles são desviados e desperdiçados. Falta competência e sobram corruptos cientes de que não serão punidos. O currículo escolar em todos os níveis e as técnicas educacionais praticadas no Brasil há décadas vem destruindo inteligências e criando enormes contingentes de analfabetos funcionais, cidadãos alienados, estúpidos e doutrinados desde a mais tenra idade de forma que são incapazes de refletir, questionar e buscar solução para os problemas que se apresentem fora da doutrinação esquerdista. E isto é parte da estratégia esquerdista de homogeneização do pensamento nacional a seu favor. Foi divulgado um levantamento realizado sobre educação realizado pela revista “Economist” da editora Pearson e o Brasil disputou o último lugar com o México e a Indonésia. O primeiro lugar ficou com a Finlândia. O sucesso finlandês na educação deveria motivar “a presidento” e adotar seu método, mas é óbvio que isto jamais vai acontecer porque é totalmente contrário aos objetivos da esquerda. O sucesso finlandês ancora-se em seis pontos. 1) Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro; 2) Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida (e não salsicha, arroz e feijão); 3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados; 4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço; 5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste e 6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. Mas o que se pode esperar da educação num governo que teve por ministro Fernando Haddad que permitiu a publicação e distribuição de livros didáticos contendo erros ou Aloizio Mercadante que permitiu que no formulário de informações socioeconômicas preenchidos pelos candidatos do ENEM constasse como opções de resposta à pergunta “você tem em sua residência?” rádio, automóvel, telefone celular, acesso a Internet e “empregada mensalista”?
A respeito das manifestações de junho mentiu cinicamente ao dizer que o governo não as reprimiu. Reprimiu sim e as imagens estão disponíveis na Internet e nas emissoras de televisão. Ouvir e compreender são atitudes que qualquer um pode ter, mas adotar as medidas adequadas, necessárias e imprescindíveis são bem poucos que o fazem. “A presidento” afirmou que veio das ruas. Não é verdade. Ela não estava nas ruas e sim nos “aparelhos” protegida e conspirando. Disse ter lançado cinco grandes pactos dos quais não há notícia de resultados práticos quase quatro meses depois. O primeiro pacto é para o Combate à Corrupção e Pela Reforma Política, a Operação Miqueias apurou funcionário do gabinete das Relações Institucionais realizando “negócios” dentro do Palácio do Planalto e será impossível aprovar-se qualquer reforma para valer nas próximas eleições. O segundo pacto pela Mobilidade Urbana que, para o governo, deve ser o tal trem-bala cuja passagem estará fora do alcance da população, porém engordara a conta bancária de muito pilantra. O terceiro pacto é pela Educação onde também não se tem noticia de nenhuma mudança até agora. O quarto pacto é pela Saúde e a única coisa que está sendo realizada é a importação de médicos cubanos de maneira irregular, imoral e ilegal. O Programa Mais Médicos avilta a Constituição Federal, desrespeita a Consolidação das Leis Trabalhistas, rompe com acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, mas os petistas acham todos os problemas de saúde estarão resolvidos. Pergunta-se: caso um médico cubano venha a errar num diagnóstico e na prescrição dos medicamentos e o paciente venha a falecer ou apresentar sequelas irreversíveis quem os familiares irão processar? A União ou o governo cubano? Esta semana ouvi de um petista ferrenho o argumento que quando se viaja para o exterior e caso se sofra algum acidente ou seja acometido de algum mal será um médico estrangeiro que o atenderá e, portanto, a não aceitação de médicos cubanos é puro preconceito e que os ricos podem ser tratados por médicos estrangeiros e os pobres não. Refuto afirmando que não é necessário que o sujeito seja rico para viajar para o exterior e no caso de se encontrar em outro país não teria cabimento algum exigir um médico conterrâneo seu. Não se trata de ricos terem médicos estrangeiros e pobres não. Trata-se da forma como foram contratados, como são formados em Cuba e também observar-se que médico neste país é produzido em escala para exportação. O último pacto é pela Responsabilidade Fiscal para limitar “qualquer tentação de populismo fiscal” (palavras “do presidenta”). É o próprio governo federal que faz populismo fiscal desonerando alguns setores privilegiados sob a alegação de que está estimulando o consumo. “Fazendo a roda girar” como dizia o pulha do Lula. Tanto este quanto os demais “pactos” é pura demagogia. No Orçamento da União deste ano o corte foi menor do que em 2011 e 2012 possibilitando assim maiores gastos públicos que pode estimular o aumento nos preços num ano com inflação ascendente juros altos como solução para contê-la. Um pacto deste é desnecessário, bastaria o governo agir conforme determina a lei de Responsabilidade Fiscal. Os gastos do governo continuam crescendo sem os resultados esperados. Lançam mão de artifícios contábeis como contabilizar certas despesas, excluir outras, apropriando-se de receitas não convencionais, etc. e no fim das contas os resultados apresentados aparentam ser razoáveis. Exemplo desta prática foi no final do ano passado quando o governo sacou R$ 12 bilhões do Fundo Soberano, criado para ser usado em situações de emergência, se apropriou de R$ 7 bilhões que deveria receber da Caixa Econômica Federal e do BNDES ao longo de vários anos. Da meta de superávit primário definido para 2012, deduziu, como permitia a Lei de Diretrizes Orçamentárias, R$ 39 bilhões de investimentos no PAC. A meta do superávit primário para 2013 é de 3,1% do PIB e só poderá ser alcançada utilizando artifícios como abatimento dos investimentos do PAC e das desonerações fiscais. O ministro da Fazendo Guido Mantega gaba-se do superávit primário (receita menos despesas, sem incluir os juros). É a economia que o governo faz para pagar juros da dívida pública, cerca de R$ 200 bilhões anuais. Não é preciso pacto, basta competência, probidade e clareza no trato da coisa pública invés de ficar inventando moda.
“Temos compromisso com a estabilidade, com o controle da inflação, com a melhoria da qualidade do gasto público e a manutenção de um bom desempenho fiscal.” Outra mentira deslavada. O Banco Central, O Carimbador Maluco, informou que em agosto deste ano o déficit nas contas externas do país alcançou US$ 5,5 bilhões, mais do que o dobro do mesmo mês no ano passado. O “rombo” acumulado no ano é de US$ 58 bilhões. Isto é um recorde histórico considerando a série desde 1947. Nos últimos doze meses encerrados em agosto deste ano o déficit chegou a US$ 80,6 bilhões (3,6% do PIB) tal proporção, segundo o Banco Central, não era alcançada desde março de 2002. A previsão do BC para o ano é que o déficit chegue a US$ 75 bilhões, um salto de quase 40% frente ao registrado em 2012. No mês passado, a dívida externa brasileira chegou a US$ 311,5 bilhões. O estoque líquido de reservas internacionais do país teve decréscimo de US$ 854 milhões em agosto em relação ao mês anterior, chegando a US$ 372,8 bilhões. Os números demonstram cabalmente a incompetência do governo. Artifícios contábeis, artimanhas e subterfúgios não podem mascarar indefinidamente o desastre da administração petista por mais de uma década.
CELSO BOTELHO
26.09.2013
domingo, 22 de setembro de 2013
A PULGA E O ELEFANTE
A roubalheira no ministério do Trabalho nem esfriou e a imprensa já dá conta de outro esquema de corrupção cometido dentro do Palácio do Planalto e bem embaixo das barbas, digo, saias “do presidenta” Dilma Rousseff. Mas isso não surpreende. Todos os esquemas de corrupção, desvio, desperdício e malversação dos recursos públicos e tantos outros crimes tem origem na sede do governo. Tenha sido este do PMDB, PRN, PSDB e notadamente do PT. Desta feita “o malfeitor” (como d. Dilma aprecia chamar os companheiros pegos com a boca na botija praticando crimes) era assessor da Secretaria de Relações Institucionais “comandada” por Ideli Salvati (PT-SC) e membro-fundadora da ANABOL (Associação Nacional dos Baba Ovos do Lula). Idaílson José Vilas Boas Macedo, filiado ao PT de Goiás foi nomeado para o cargo no início do ano com o aval da ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) com o salário de R$ 9,6 mil. A Operação Miqueias da Polícia Federal investiga fraudes nos fundos de pensão do Distrito Federal e mais nove estados. E o jovem mancebo era lobista do esquema que pagava propinas a prefeitos para direcionar investimentos de fundos de pensão municipais e executava esta tarefa dentro do Palácio do Planalto. Consta ter “lavado” cerca de R$ 300 milhões. A Polícia Federal pediu sua prisão, bloqueio de suas contas bancárias e a realização de buscas em sua residência, mas a Justiça, ciosa de seu dever de proteger “malfeitores” negou o pedido. Afinal, tráfico de influência, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal e até mesmo assassinato de políticos indesejáveis (como o do prefeito Celso Daniel) são apenas deslizes, travessuras, coisas de pouca monta. Pelo menos este é o entendimento do STF.
O ministro do Trabalho Manoel Dias segue ministro. A intimidação por enquanto está dando certo: “‘Se me mandar embora, tomo providências”. Indagado sobre que providências seriam essas o ministro alegou que eram impublicáveis. Manoel Dias ameaçou fazer uma devassa nos convênios do ministério desde 1990 e entregar todo mundo que esteja envolvido. “O presidenta” em processo de recuperação de popularidade e obcecada pela reeleição não se pode dar ao luxo de perder outro partido em sua base de sustentação. O PSB já caiu fora. Mesmo considerando que a permanência do ministro subtraia votos ao invés de somar ainda resta o tempo que o partido dispõe na propaganda eleitoral “gratuita” (uma excrescência). Bandido ameaçar e denunciar bandido é corriqueiro (lembrem que foi Roberto Jefferson que jogou bosta no ventilador por se sentir prejudicado e até cunhou o termo “Mensalão”), salvo algumas exceções como, por exemplo, no mesmo escândalo do Mensalão onde todos os envolvidos se recusaram a atribuir a chefia do esquema ao ex-presidente Lula blindando-o. Caso o ministro fosse um relicário de virtudes porque se pôs na defensiva atacando? Diz a sabedoria popular que quem não deve não teme. Porque temer perder um cargo cuja ascensão e permanência depende, exclusivamente, do presidente da República? Não é incomum o “malfeitor” apontar os crimes alheios para encobrir os seus. Manoel Dias, a exemplo de Carlos Lupi, está na presidência do PDT de Santa Catarina há dez anos sem disputar uma convenção sequer. É secretário-geral da Executiva Nacional e, portanto, cupincha de Lupi. É simples, Maneca (que alcunha!) redige as Atas e Carlos Lupi as assina alegremente. O PDT atualmente tem comissões provisórias em 10 estados e no Distrito Federal. Isto significa que Lupi tem o controle absoluto sobre a legenda. Maneca é tão popular, respeitado e querido pelo eleitorado catarinense que desde da década de 1960 não se elege a nenhum cargo. Os “malfeitos” no ministério do Trabalho, segundo estimativas, pode chegar a R$ 800 milhões.
Mas a Operação Miqueias também apurou que Gustavo Alberto Starling Soares Filho, auditor da Receita Federal exercendo cargo de confiança no ministério da Previdência (Diretoria do Departamento dos Serviços de Previdência no Serviço Público), pagou propinas a prefeitos para direcionar investimentos de fundos de pensão municipais. O funcionário público mantinha contatos com a Invista Investimentos Inteligentes que, ao que tudo indica, pertence ao doleiro Fayed Antoine Traboulsi. A Polícia Federal apreendeu um caderno do doleiro onde estava anotado o pagamento de R$ 10 mil a Gustavo, em dinheiro. Gustavo também repassava aos companheiros da quadrilha documentos e informações. Sábado passado o ministro Garibaldi Alves (PMDB-RN) informou que iria exonerar o meliante e saiu-se com esta pérola: “Eu mesmo fui surpreendido. Não sabia que poderia ocorrer um fato dessa natureza no ministério". É muita desfaçatez. Lula fez escola. A Previdência Social, historicamente, tem a maior concentração de ladrões por metro quadrado. O ministro vivia aonde? Em Marte? Ora, ministro vá ver se eu estou na esquina!
O ministro Manoel Dias quis inovar nas comparações ao dizer que “até provar que pulga não é elefante...” Não poderia ser mais idiota, posto que qualquer retardado saiba a diferença sem mesmo os ver. Porém, os petistas primam por minimizarem suas más ações, roubalheiras, falcatruas, etc. Lula, em 2005, afirmou que o mensalão não existiu, era “apenas” caixa dois acentuando que todo mundo fazia. Segundo o bebum de Rosemary um crime cometido por todos deixa de ser crime. Mas a comparação do indigitado ministro ainda pode ser entendida de outra forma: foi uma roubalheira do tamanho de uma pulga e não de um elefante e, por isso, não deve ser levada em conta. Para a corja política nacional de um modo geral e os petistas e adjacências em particular qualquer roubalheira é vista como uma pulga seja ela expressa em milhões, bilhões, trilhões, etc. Pulga não é elefante, barata não é crocodilo, maribondo não é rinoceronte e petistas e penduricalhos não são gente.
CELSO BOTELHO
22.09.2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
E TUDO NÃO ACABOU NA QUARTA-FEIRA
Quer saber? Depois do voto do ministro Celso de Mello pela admissão dos embargos infringentes há que recomendar-se que o STF seja extinto e em seu lugar seja inaugurado um prostíbulo, posto neste último encontrarmos muita mais decência e correção. O maior e mais grave escândalo da República, também conhecido como Mensalão ou Ação Penal 470, estender-se-á por mais alguns anos abrindo um leque de oportunidades para os safados dos condenados se livrem da punição ou tenham suas penas reduzidas. Por mais argumentos que os seis ministros possam apresentar em favor do recurso interposto pelos doze réus (o mérito) nenhum convencerá o cidadão comum de que não houve parcialidade, cumplicidade e conivência. Essa conversa de julgar “se lixando para a opinião pública” (expressão do ministro Gilmar Mendes no caso da Lei Ficha Limpa) é conversa fiada. A Lei de Introdução (Decreto-Lei 4.657, de 1942), que, em seu Art. 5º, determina: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. Enviar estes criminosos à cadeia mais próxima atende a fins sociais (e higiênicos) e ao bem comum. Desde 2005 quando o esquema de compra de deputados foi revelado e 2007 quando a denuncia do procurador-geral da República foi aceita pelo STF a sociedade aguarda o desfecho de um esquema concebido e executado para beneficiar o governo do ex-presidente Lula que, aliás, deveria ter sido incluso entre os denunciados como verdadeiro chefe da quadrilha e José Dirceu como autor intelectual, haja vista que o ex-presidente não possui um intelecto capaz de compreender sequer a revistinha do Pato Donald (obedece ao Foro de São Paulo). Com um pouco de sorte os condenados poderão ser recolhidos ao xadrez alguns anos após o Dia do Juízo Final.
A Suprema Corte do meu país me causa indignação, repulsa, asco. Lança mão descaradamente de dois pesos e duas medidas quando se trata de ricos e poderosos. Salvatore Cacciola, Escândalo Banco Marka/Fonte Cidam, obteve habeas corpus neste tribunal (crédito para Marco Aurélio de Mello) e prontamente evadiu-se do país vivendo no bem-bom na Europa até que se deixou prender e foi repatriado exigindo que não o algemasse. Daniel Dantas, Banco Oportunitty, obteve duas liminares em quarenta e oito horas para que sua prisão decretada pelo então juiz Fausto Di Sanctis fosse revogada. Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou ao Senado em 2001 após ter seu nome (e suas mãos) envolvido em corrupção na Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e do Banpará (Banco do Estado do Pará). Em outubro de 2010 o STF decidiu que o registro dele deveria ser negado e, meses depois, entendeu que a Lei Ficha Limpa não se aplicava nas eleições de 2010. Em 2007 Cássio Cunha Lima, então governador do estado da Paraíba, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, mas dois dias depois o Tribunal Superior Eleitoral concede liminar mantendo-o no cargo. No fim de 2007 o TRE volta a cassar seu mandato. Em fins de 2008 o TSE confirma a cassação, mas Cássio consegue medida cautelar para mantê-lo à frente do Executivo paraibano até o fim do processo. Em 2009 tem seu mandato cassado em definitivo. Em 2011 o STF determinou a posse do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) decidindo que a Lei Ficha Limpa não poderia retroagir e, assim, somente poderia ser aplicada a partir das eleições de 2012. Beleza. Para Cássio. Para não pairar nenhuma dúvida quanto a complacência do STF a ministra Rosa Weber determinou o arquivamento de uma investigação do Ministério Público Eleitoral contra o senador onde era acusado de utilizar a estrutura do governo da Paraíba para beneficiar o atual vice-governador Rômulo Gouveia para a prefeitura de Campina Grande quando era deputado federal. Roberto Gurgel, então procurador-geral da República, sustentou a inexistência de provas e considerou o prazo de punição prescrito. E por falar em Roberto Gurgel, esta possibilidade aberta aos réus dos embargos infringentes só foi possível devido sua omissão em não pedir ao relator ministro Joaquim Barbosa a suspeição do ministro Dias Toffoli que fora assessor e advogado pessoal de José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses, e Advogado-Geral da União pelas mãos do mesmo. Caso houvesse feito isso os 12 condenados não teriam direito a interporem o recurso, posto que contassem com somente três votos favoráveis em suas condenações e não quatro. O ministro Luiz Fux foi eleito relator nesta fase do “julgamento”. Fux, Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio votaram contra a aceitação dos embargos infringentes. Mas o estrago já está feito. Em 2011, por seis votos favoráveis e três contrários, o STF decidiu pela soltura de Cesare Battisti, condenado à revelia à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 1970 e respondendo uma ação penal no Brasil por uso de documento falso (em 2004 falsificou carimbos do serviço de imigração brasileiro). O ex-presidente Lula negou à justiça italiana a extradição do condenado. Em junho deste ano o STF manteve a condenação pelo uso de documento falso o que possibilita sua expulsão do país. Mas nada deve acontecer ao terrorista que vive com visto permanente no Brasil e tem por advogado nada mais nada menos que Luiz Eduardo Greenhalg, encarregado pelo Partido dos Trabalhadores para impedir que as investigações sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel avançasse. Greenhalg também recebeu R$ 650 mil a título de “honorários”, deve ter sido pelo lobby que praticava no governo Lula para Daniel Dantas e administrações petistas. Esta pequena resenha demonstra cabalmente a utilidade do STF em particular e o Judiciário de um modo geral: endossar os crimes dos ricos e poderosos. Caso restava algum respeito pela justiça brasileira ele desapareceu por completo com o voto do ministro Celso de Mello.
Provavelmente o STF deve ser a única Suprema Corte no planeta onde a Constituição situa-se abaixo de um Regimento Interno. Gostaria que alguém me apontasse algum cidadão comum (desprovido de recursos financeiros, poder ou proximidade deste) que tenha sido beneficiado com tal recurso. Ficou patente que a lei só deve ser aplicada aos ladrões de galinha. Bem, o que se pode esperar de um país que tem como chefe do governo e de Estado uma ex-terrorista, partícipe de sequestros, acusada de ladra e assassina (beneficiada pela Lei da Anistia de 1979 juntamente com uma cambada de outros comunistas); ministros corruptos, como Antônio Palocci que multiplicou seu patrimônio vinte vezes em quatro anos, condenados como José Dirceu, “enricados” como Fernando Pimentel por palestras que jamais foram proferidas e tantos outros pulhas? Ao contrário do carnaval, o Mensalão não acabou nesta quarta-feira.
CELSO BOTELHO
18.09.2013
A Suprema Corte do meu país me causa indignação, repulsa, asco. Lança mão descaradamente de dois pesos e duas medidas quando se trata de ricos e poderosos. Salvatore Cacciola, Escândalo Banco Marka/Fonte Cidam, obteve habeas corpus neste tribunal (crédito para Marco Aurélio de Mello) e prontamente evadiu-se do país vivendo no bem-bom na Europa até que se deixou prender e foi repatriado exigindo que não o algemasse. Daniel Dantas, Banco Oportunitty, obteve duas liminares em quarenta e oito horas para que sua prisão decretada pelo então juiz Fausto Di Sanctis fosse revogada. Jader Barbalho (PMDB-PA) renunciou ao Senado em 2001 após ter seu nome (e suas mãos) envolvido em corrupção na Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e do Banpará (Banco do Estado do Pará). Em outubro de 2010 o STF decidiu que o registro dele deveria ser negado e, meses depois, entendeu que a Lei Ficha Limpa não se aplicava nas eleições de 2010. Em 2007 Cássio Cunha Lima, então governador do estado da Paraíba, foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, mas dois dias depois o Tribunal Superior Eleitoral concede liminar mantendo-o no cargo. No fim de 2007 o TRE volta a cassar seu mandato. Em fins de 2008 o TSE confirma a cassação, mas Cássio consegue medida cautelar para mantê-lo à frente do Executivo paraibano até o fim do processo. Em 2009 tem seu mandato cassado em definitivo. Em 2011 o STF determinou a posse do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) decidindo que a Lei Ficha Limpa não poderia retroagir e, assim, somente poderia ser aplicada a partir das eleições de 2012. Beleza. Para Cássio. Para não pairar nenhuma dúvida quanto a complacência do STF a ministra Rosa Weber determinou o arquivamento de uma investigação do Ministério Público Eleitoral contra o senador onde era acusado de utilizar a estrutura do governo da Paraíba para beneficiar o atual vice-governador Rômulo Gouveia para a prefeitura de Campina Grande quando era deputado federal. Roberto Gurgel, então procurador-geral da República, sustentou a inexistência de provas e considerou o prazo de punição prescrito. E por falar em Roberto Gurgel, esta possibilidade aberta aos réus dos embargos infringentes só foi possível devido sua omissão em não pedir ao relator ministro Joaquim Barbosa a suspeição do ministro Dias Toffoli que fora assessor e advogado pessoal de José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses, e Advogado-Geral da União pelas mãos do mesmo. Caso houvesse feito isso os 12 condenados não teriam direito a interporem o recurso, posto que contassem com somente três votos favoráveis em suas condenações e não quatro. O ministro Luiz Fux foi eleito relator nesta fase do “julgamento”. Fux, Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio votaram contra a aceitação dos embargos infringentes. Mas o estrago já está feito. Em 2011, por seis votos favoráveis e três contrários, o STF decidiu pela soltura de Cesare Battisti, condenado à revelia à prisão perpétua por quatro assassinatos nos anos 1970 e respondendo uma ação penal no Brasil por uso de documento falso (em 2004 falsificou carimbos do serviço de imigração brasileiro). O ex-presidente Lula negou à justiça italiana a extradição do condenado. Em junho deste ano o STF manteve a condenação pelo uso de documento falso o que possibilita sua expulsão do país. Mas nada deve acontecer ao terrorista que vive com visto permanente no Brasil e tem por advogado nada mais nada menos que Luiz Eduardo Greenhalg, encarregado pelo Partido dos Trabalhadores para impedir que as investigações sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel avançasse. Greenhalg também recebeu R$ 650 mil a título de “honorários”, deve ter sido pelo lobby que praticava no governo Lula para Daniel Dantas e administrações petistas. Esta pequena resenha demonstra cabalmente a utilidade do STF em particular e o Judiciário de um modo geral: endossar os crimes dos ricos e poderosos. Caso restava algum respeito pela justiça brasileira ele desapareceu por completo com o voto do ministro Celso de Mello.
Provavelmente o STF deve ser a única Suprema Corte no planeta onde a Constituição situa-se abaixo de um Regimento Interno. Gostaria que alguém me apontasse algum cidadão comum (desprovido de recursos financeiros, poder ou proximidade deste) que tenha sido beneficiado com tal recurso. Ficou patente que a lei só deve ser aplicada aos ladrões de galinha. Bem, o que se pode esperar de um país que tem como chefe do governo e de Estado uma ex-terrorista, partícipe de sequestros, acusada de ladra e assassina (beneficiada pela Lei da Anistia de 1979 juntamente com uma cambada de outros comunistas); ministros corruptos, como Antônio Palocci que multiplicou seu patrimônio vinte vezes em quatro anos, condenados como José Dirceu, “enricados” como Fernando Pimentel por palestras que jamais foram proferidas e tantos outros pulhas? Ao contrário do carnaval, o Mensalão não acabou nesta quarta-feira.
CELSO BOTELHO
18.09.2013
terça-feira, 17 de setembro de 2013
O MANECA CONTINUA MINISTRO
Das duas uma: ou D. Dilma é uma hipócrita ou é uma hipócrita “no que se refere à questão” das roubalheiras no ministério do Trabalho. O ex-presidente Itamar Franco afastou do cargo de ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves acusado de irregularidades determinando que se defendesse fora do governo. Provada a inocência voltou ao cargo muito mais fortalecido. Mas Itamar Franco era de outra cepa. Onde há fumaça há fogo e, portanto, o ministro Manoel Dias, o Maneca (isso é lá alcunha que se preza?), deveria ter sido afastado imediatamente após as denúncias. Declarou a ex-guerrilheira de meia pataca furada, pseudo-doutoranda e mentirosa inveterada que não há motivos para desconfiar do ministro. Para reforçar Gilberto Carvalho, ministro-chefe da secretaria da presidência da República e espião do Lula no Planalto, também defendeu o ministro. Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada, disse, textualmente: "Eu, sinceramente, não posso acreditar que haja qualquer problema com o ministro. Boa parte dos convênios que estão no Ministério do Trabalho não é da época dele." Sendo o ministério um feudo do PDT Carvalho acusou o ex-ministro e presidente do PDT Carlos Lupi (demitido por corrupção) e Brizola Neto (demitido por pressão de Lupi sob a chantagem de não aceitar a filiação de Carlos Augusto, ex-marido de Dilma Rousseff, no PDT do Rio Grande do Sul e abandonar a base governista, emplacou Manoel Dias) de responsáveis pelas roubalheiras. No entanto, recusou-se a dizer qualquer coisa sobre as “diabruras” de Dalva Maria de Luca, cônjuge do ministro Manoel Dias, em convênios irregulares quando fora secretária estadual em Santa Catarina. Mas, convenhamos, que novidade há em comunistas defender comunistas? Quando não defendem omitem-se. Um relatório da Polícia Federal revelou que Gilberto Carvalho era interlocutor da quadrilha do CEAT (Centro de Atendimento ao Trabalhador) no ministério do Trabalho suspeita de ter desviado R$ 18 milhões de convênios e Carvalho só disse que estava “frustrado”. Realmente, deve estar muito frustrado por ter sido descoberta a roubalheira da qual participava. Outro que se apressou em defender o ministro Manoel Dias foi o senador Acir Gurgacz (parece nome de comida búlgara) líder do PDT no Senado Federal, “o Manoel é a pessoa certa para fazer uma limpa lá.” Sim. Uma limpa nos cofres do ministério. Idade avançada, senador, não é atestado de bons antecedentes. Além das bandalhas apuradas pela Operação Esopo surge a denúncia de John Siever Dias, ex-dirigente do PDT catarinense, de haver recebido R$ 1.300,00 por serviços partidários da ADRVale de Brusque contratada pelo Ministério do Trabalho. O esquema irregular de pagamento ocorreu em 2008, durou pelo menos seis meses e foi montado pelo hoje ministro da pasta, Manoel Dias.
“O presidenta” sabe perfeitamente que a única atitude compatível com tais denúncias é a demissão imediata do ministro. Isto é o que se esperaria de qualquer pessoa que possuísse um mínimo de decência, caráter, responsabilidade e lisura. Porém, tais atributos estão tão presentes na classe política como os oceanos em Marte. D. Dilma já cedeu as pressões para demitir Brizola Neto e admitir um membro da quadrilha de Lupi e não está disposta a correr o risco de perder o apoio do PDT na Câmara dos Deputados e, principalmente, nos palanques do próximo ano quando tentará reeleger-se para nos brindar com mais quatro anos de catástrofes (chuvas de escândalos torrenciais; tsunamis de desvios, desperdícios e malversação dos dinheiros públicos; erupções gigantescas de mandos e desmandos; terremotos econômicos colossais e inúmeros trovões publicitários). Mesmo contando com concorrentes “fraquinhos” (royalties para Nelson Jobim, O Contrabandista) é melhor prevenir do que remediar. Seguro morreu de velho, dizia minha saudosa avó. Para que não se diga que tenho má vontade com D. Dilma foi acertada sua decisão de não mais viajar para os Estados Unidos “no que se refere” a melhorar sua imagem perante a sociedade que foi ultrajada pela espionagem na Petrobrás. Para reforçar sua indignação com os abelhudos do Tio Sam deveria suspender o leilão marcado para o próximo dia 21. Porém, o ministro das Minas e Energia Edison Lobão, cujos conhecimentos na área estão restritos a ligar e desligar interruptores afiança que será realizado. Tão grave quanto a arapongagem norte-americana são estes leilões que se constituem num estrondoso crime de lesa-pátria. Fazer beicinho e dizer que não vai mais à sua casa não é o suficiente.
Além dos motivos eleitoreiros para D. Dilma isentar das lambanças o ministro existem motivos “históricos”. Manoel Dias, segundo consta, foi líder estudantil na década de 1960, em outras palavras um adepto stalinista, maoísta, castrista e outras tralhas. Cassado pelo AI 5 com os direitos políticos suspensos por dez anos. Um dos fundadores do PDT. Credenciais suficientes para se protegido pela comunidade comunista que governa o Brasil. Sendo assim o Maneca continua ministro.
CELSO BOTELHO
17.09.2013
“O presidenta” sabe perfeitamente que a única atitude compatível com tais denúncias é a demissão imediata do ministro. Isto é o que se esperaria de qualquer pessoa que possuísse um mínimo de decência, caráter, responsabilidade e lisura. Porém, tais atributos estão tão presentes na classe política como os oceanos em Marte. D. Dilma já cedeu as pressões para demitir Brizola Neto e admitir um membro da quadrilha de Lupi e não está disposta a correr o risco de perder o apoio do PDT na Câmara dos Deputados e, principalmente, nos palanques do próximo ano quando tentará reeleger-se para nos brindar com mais quatro anos de catástrofes (chuvas de escândalos torrenciais; tsunamis de desvios, desperdícios e malversação dos dinheiros públicos; erupções gigantescas de mandos e desmandos; terremotos econômicos colossais e inúmeros trovões publicitários). Mesmo contando com concorrentes “fraquinhos” (royalties para Nelson Jobim, O Contrabandista) é melhor prevenir do que remediar. Seguro morreu de velho, dizia minha saudosa avó. Para que não se diga que tenho má vontade com D. Dilma foi acertada sua decisão de não mais viajar para os Estados Unidos “no que se refere” a melhorar sua imagem perante a sociedade que foi ultrajada pela espionagem na Petrobrás. Para reforçar sua indignação com os abelhudos do Tio Sam deveria suspender o leilão marcado para o próximo dia 21. Porém, o ministro das Minas e Energia Edison Lobão, cujos conhecimentos na área estão restritos a ligar e desligar interruptores afiança que será realizado. Tão grave quanto a arapongagem norte-americana são estes leilões que se constituem num estrondoso crime de lesa-pátria. Fazer beicinho e dizer que não vai mais à sua casa não é o suficiente.
Além dos motivos eleitoreiros para D. Dilma isentar das lambanças o ministro existem motivos “históricos”. Manoel Dias, segundo consta, foi líder estudantil na década de 1960, em outras palavras um adepto stalinista, maoísta, castrista e outras tralhas. Cassado pelo AI 5 com os direitos políticos suspensos por dez anos. Um dos fundadores do PDT. Credenciais suficientes para se protegido pela comunidade comunista que governa o Brasil. Sendo assim o Maneca continua ministro.
CELSO BOTELHO
17.09.2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
QUALIDADE DE VIDA PARA OS TRANSPORTES, "IRREGULARIDADES EXISTEM EM QUALQUER LUGAR E DESVIO DE RECURSOS NA FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL
QUALIDADE DE VIDA PARA OS TRANSPORTES
No “pronunciamento” que “a presidento” fez ao anunciar investimentos na mobilidade urbana disse, textualmente: “um governo deve ser medido pelas obras que faz”. Concordo de fora a fora. A julgar pelas “obras” de seu governo podemos dizer, sem medo de errar, que este governo é uma bosta, sem excluir os que o antecederam. Segundo a ex-guerrilheira, pseudo-doutoranda e dublê de presidente, “o governo federal tem por objetivo melhorar a qualidade de vida do transporte urbano e da mobilidade urbana”. Desconhecia que o transporte urbano ou qualquer outro possuísse boa ou má qualidade de vida, posto não se tratar de um ser humano. Certamente “o presidenta” estava a falar em melhorar a qualidade de vida dos felizes concessionários de serviços públicos como ônibus, trem, metrô, barcas, rodovias, aeroportos, portos, companhias aéreas, empreiteiros, donos de ONGs fajutas e outros bandidos. Mais adiante interrompe seu “pronunciamento” apontando para um cartaz que dizia “obrigada presidenta Dilma pelo Mais Médicos”. Certamente seu portador era um militante petista e foi designado para “prestigiar” “o mandatária” maior. A seguir D. Dilma asseverou que “um governo não pode ser surdo”. Está correto. No entanto, no Brasil, é corriqueiro governos surdos, cegos, mudos, mancos e até “dededas”. Alega “o presidenta” que faltam médicos. Pode ser. Porém, o que mais falta é vergonha na cara, espírito público, competência, honestidade e lisura no trato da coisa pública dos governantes. Não falou, por exemplo, que as condições que os “médicos” cubanos encontrarão nas cidades do interior e na periferia das grandes e médias cidades são as mesmas que os médicos brasileiros se deparam por anos a fio: falta de um tudo. Desde instalações precárias, equipamentos, medicamentos até gaze para enfaixar uma luxação qualquer. Isto para não entrar novamente no mérito das irregularidades, ilegalidades e imoralidades que permeia toda esta safadeza do programa Mais Médicos. Estarão desembarcando com os “médicos” cubanos inúmeros agentes dos irmãos Castro que serão “absorvidos” pelos governos petistas, pelo PT e penduricalhos como, por exemplo, o MST e outras entidades, sindicatos, quadrilhas e organizações criminosas coligadas ao Sistema Petista de Dominação. O curso que está sendo ministrado aos “médicos” cubanos de três semanas destina-se avaliar como “los Hermanos” caribenhos estão com o português, familiarizar-se com o sistema de saúde e avaliar a capacidade técnica. Caso estes três objetivos sejam atingidos em tão curto espaço de tempo devemos condecorar tanto “professores” como “alunos”, posto que nem mesmo milhares de médicos brasileiros saibam um mínimo de português, entendam o sistema de saúde ou tenham sua capacidade técnica avaliada. Nem demagogia Dona Dilma sabe fazer. “O presidenta” insiste na tentativa de aparentar sinceridade e boas intenções em seus “pronunciamentos”. Alguém já se deparou com algum comunista sincero? Claro que não. E de boas intenções o inferno está cheio. Nem mesmo entre suas hostes são minimamente sinceros. E nem poderiam. A disputa interna dentro da esquerda é imensa, intensa e obscena. Os comunistas somente são sinceros em seus objetivos quando se trata de combater um inimigo comum. Fora isso é jacaré comendo jacaré.
“IRREGULARIDADES EXISTEM EM QUALQUER LUGAR”
Agora vem à tona mais um escândalo envolvendo o ministério do Trabalho e Emprego. A operação Esopo da Receita Federal e da Polícia Federal revelou um esquema de fraude em parcerias do ministério e o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC) cujo presidente é Deivson Oliveira Vidal, presidente da organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). Este jovem fraudador (32 anos), segundo a Polícia Federal, chegava a gastar em uma noite R$ 3.000,00 em baladas. Tal como o Lulinha, filho pródigo do ex-presidente Lula, este mancebo mostrou-se muito competente em enriquecer rapidamente. De funcionário da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) com um salário de R$ 800,00 a presidente de um instituto que movimentava altos valores é um salto gigantesco. Em apenas um banco este rapaz mantém investimentos de R$ 6 milhões. Quem disse que abrir consultoria era privilégio de José Dirceu, Antonio Palocci e Fernando Pimentel? Vidal também constituiu sua própria consultoria (Conquistar Consultoria Empresarial) que se encarregava de lavar o dinheiro surrupiado dos cofres públicos. Tão “talentoso” jovem está recolhido na Penitenciária Nelson Hungria em Contagem, Minas Gerais, acusado de fraude a licitação, peculato, corrupção ativa, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores e formação de quadrilha. Ufa! Caso sua carreira não tivesse sido interrompida certamente aos quarenta anos já teria infringido todo o Código Penal Brasileiro e adjacências. O IMDC, em 2009, foi apontado por uma auditoria do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome por não executar os serviços determinados em contratos. Em 2011, um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mostrou que o IMDC chegou a atrasar o pagamento das bolsas aos jovens beneficiários do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). Mas isso não passa de “irregularidades” ou, como é do gosto “da presidento” dizer, “malfeitos”.
O montante roubado dos cofres públicos gira em torno de R$ 400 milhões. Serviços superfaturados ou que sequer havia sido prestado. No primeiro ano do mandato de Dona Dilma o ministro desta pasta Carlos Lupi (PDT-RJ) foi demitido por “irregularidades”. A CGU (Controladoria Geral da União) detectou indícios de desvio de verbas em 26 contratos com ONGs e não se tomou qualquer medida. A casa já estava arrombada e não se providenciou nova fechadura. Pelo contrário, Lupi conseguiu desalojar seu substituto Brizola Neto mediante a chantagem. Ameaçou retirar o apoio do PDT ao governo e não aceitar a filiação de Carlos Augusto, ex-marido de Dilma, ao PDT do Rio Grande do Sul. “A presidento” cedeu e Lupi emplacou Manoel Dias no ministério. Diante da lambança o atual ministro tenta afastar do seu gabinete o “malfeito” recorrendo à realização de um mutirão dentro do ministério para fazer um levantamento e análise de todos os convênios. Segundo o ministro “irregularidades existem em qualquer lugar”. Dizer que roubo aos cofres públicos é apenas uma “irregularidade” é tentar nos passar recibo de idiotas. Definitivamente o camarão tem coisa melhor na cabeça. Ministros medíocres, despreparados e arrivistas também se encontram em qualquer lugar, inclusive no ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com o titular da pasta “não há comprovação de atos indecorosos ou de corrupção de seu partido na pasta.” Isto quer dizer que a demissão de Carlos Lupi foi injusta? Ora, ministro vá plantar batatas e colher amendoim torrado. O IMDC firmou convênios de R$ 9 milhões com outras quatro pastas: Ciência e Tecnologia, Turismo, Cultura e Desenvolvimento Agrário. A Polícia Federal aponta também o Instituto Sul-Americano de Cidadania e Sustentabilidade e a empresa LMV Produções e Eventos, em Minas Gerais, investigadas na Operação Esopo de haverem recebido do ministério da Ciência e Tecnologia e do Turismo cerca de R$ 7 milhões. Entre os anos de 2008 e 2010 o Instituto Sul Americano recebeu do ministério do Turismo R$ 5,1 milhões por convênios para qualificar profissionais e do ministério da Ciência e Tecnologia R$ 2 milhões. Esta roubalheira também é mais uma “obra” do governo Dilma Rousseff. Todos os cantos e recantos (ministérios, empresas estatais, autarquias, agências reguladoras, departamentos, sanitários, etc.) de seu governo estão repletos de “irregularidades” (leia-se: corrupção, fraudes, desvios, desperdícios, malversação, apropriação indébita, etc.), extensivo aos seus antecessores para que sejamos justos. Em se tratando de integrantes dos governos brasileiros a presunção de inocência fica fora de questão.
DESVIO DE RECURSOS NA FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL
O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jorge Alfredo Streit, renunciou ao cargo após ter seu nome envolvido em desvios de recursos da instituição. A Fundação firmou convênios de R$ 36 milhões com entidades ligadas ao Partido dos Trabalhadores e familiares de seus dirigentes. Este cidadão é ligado ao partido “do presidenta” e já foi seu candidato ao governo de Rondônia. Seu antecessor, Jacques Pena, marcou sua gestão por repasses a entidades ligadas aos seus familiares. A Associação de Desenvolvimento Sustentável do Brasil (Adesbra) firmou parcerias de R$ 5,2 milhões desde 2003. O diretor executivo da entidade, Joy de Oliveira Penna, é irmão de Jacques e tem ligações com outras entidades contempladas com recursos. Cabe dizer que esta entidade tem como sede uma sala em Brasília que fica permanentemente fechada (existem ONGs que nem sala alugada possui tal é a facilidade de obter repasses de verbas públicas). Joy, filiado ao PT de Goiás, participa da Rede Terra e desde 2007 tem convênios com a Fundação da ordem de R$ 7,5 milhões. Mas depenar o Banco do Brasil é uma prática que remonta a sua fundação por D. João VI (1767-1826). Quando de seu retorno e da família real à Portugal Sua Majestade “limpou” seus cofres levando-o a liquidação em 1829 a ao encerramento de suas atividades em 1833. Em 1851 ressurgia pelas mãos de Irineu Evangelista de Souza, visconde de Mauá. Em 1853, por iniciativa do ministro visconde de Itaboraí (Joaquim José Rodrigues Torres, 1802-1872) através da lei de 5 de julho a criação do novo Banco do Brasil, mediante a fusão do Banco do Brasil do visconde de Mauá com o Banco Comercial do Rio de Janeiro (fundado em 1838), com exclusividade na emissão do papel-moeda. Hoje o visconde de Itaboraí é considerado o fundador do Banco do Brasil, mas isto é outra história. E as “obras” do governo Dilma Rousseff brotam vicejam espetacularmente nos pântanos da corrupção.
A Fundação Banco do Brasil repassou 223,9 milhões de reais para 937 convênios ou contratos com outras entidades. Em 2013, ela tem 180,2 milhões de reais para aplicar. A entidade chegou a ser investigada na CPI das ONGs no Congresso Nacional devido a repasses realizados para a Unitrabalho, ONG de Jorge Lorenzetti, notório churrasqueiro do ex-presidente Lula, que abocanhou “modestos” R$ 18 milhões durante o governo Lula. Instalada em 03.10.2007 foi encerrada em 01.11.2010 por “decurso de prazo”, isto é, não foi prorrogada. O Relatório com 1.478 páginas não foi apreciado ou votado sendo arquivado com toda a documentação da CPI. A CPI das ONGs aprovou sete pedidos de informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF, órgão do Ministério da Fazenda) de pessoas e entidades para verificar se havia movimentação atípica de recursos, aprovou quatro quebras de sigilos fiscais, bancários e telefônicos de entidades que teriam relações com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Foram quebrados os sigilos da Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil (Concrab), Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), Centro de Formação e Pesquisa Contestado (Cepatec) e Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo (Itac). Mesmo tendo sido apurado a atuação irregular de várias ONGs no país e “descoberto” a ocupação ilegal de terras e prática dos crimes de apropriação indébita, estelionato, evasão fiscal, a biopirataria e biopilantropia a CPI das ONGs foi mais uma das inúmeras que não chegam a lugar algum. Um desperdício de tempo e dinheiro do contribuinte. Apenas mais um “palco” para Suas Excrescências, digo, Excelências se apresentarem. Não foram poucos os crimes apurados. Porém o relator, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), leal serviçal do Bebum de Rosemary, também conhecido como Luiz Inácio Lula Satanás da Silva, logrou êxito em cumprir a determinação do chefe para tudo acabar em pizza.
A funcionária que denunciou a malandragem na Fundação Banco do Brasil sofre constantes ameaças para si e para seu filho de apenas seis anos mesmo sob a proteção da Polícia do Distrito Federal o que, por sinal, não quer dizer coisa alguma. Mas o que esperar desta gente? Seguem religiosamente o ensinamento de Joseph Stalin (1878-1953) o inimigo deve ser destruído seja politicamente, moralmente ou fisicamente. Tai o assassinato do prefeito Celso Daniel (1951-2002) como exemplo contundente deste ensinamento. A queima de arquivos é uma prática recorrente no movimento esquerdista onde quer que exista. Foi assim na ex-URSS, na China, Alemanha Oriental, Polônia, Romênia, Techoeslováquia, Iugoslávia, Cuba, Venezuela, Coréia do Norte, etc. Ainda há milhões de pessoas que acreditam que o comunismo foi extinto com a queda da União Soviética e quem diz o contrário é rotulado de teórico da conspiração, cavaleiro do apocalipse, saudosista da “Guerra Fria”, etc. Não percebem que esta atitude somente fortalece o movimento comunista criando mais espaços para que possa atuar com mais desenvoltura sem que sejam incomodados? A funcionária ao denunciar o desvio de recursos públicos tornou-se alvo do establishment esquerdista, obstáculo que deve ser removido por meios legais ou não. O Partido dos Trabalhadores, Foro de São Paulo, MST, penduricalhos e adjacências são organizações criminosas e devem ser fechadas imediatamente para que se possa salvar alguma coisa neste país.
CELSO BOTELHO
13.09.2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
DE MOMENTO HISTÓRICO EM MOMENTO HISTÓRICO O BRASIL NÃO SAI DO LUGAR
As manifestações ocorridas em junho deste ano rapidamente foram rotuladas como um “momento histórico”. No Brasil qualquer coisa é motivo para receber tal designação. Seja uma final do Campeonato Brasileiro de Futebol, desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro até a condenação dos mensaleiros pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ora, diante de provas conclusivas da culpabilidade dos réus não caberia outro procedimento. Mas a escala de valores em nosso país é tão medíocre que basta surgir um juiz fazendo o seu trabalho com a correção que lhe é exigida que logo é alçado à categoria de herói, transformando um procedimento legal e corriqueiro num “momento histórico”. As manifestações, de início, reivindicavam melhoria nos transportes, a seguir incluíram a educação, saúde, segurança pública, etc. Mais adiante entrou na pauta a derrubada da PEC 37, a moralidade na administração pública, etc. Passados três meses e tudo continua como antes no quartel de Abrantes. A República brasileira está recheada de “momentos históricos” que não passaram de fogo de palha, empulhação e propaganda enganosa.
Em 1930 Getúlio Vargas (1882-1954) liderou um golpe que apeou do poder um presidente no exercício de seu mandato e seu sucessor eleito constitucionalmente e o episódio ganhou o status de “momento histórico”. Resultado: o Estado Novo (1937-1945) inspirado no fascismo, com uma Constituição fascista e um DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) doutrinando, patrulhando, prendendo, torturando e matando vinte e quatro horas por dia. Ou será que Lourival Fontes (1899-1967), diretor do DIP desde 1934 (nesta época DPDC, Departamento de Propaganda e Difusão Cultural) e chefe do Gabinete Civil de Vargas no mandato constitucional era um exemplo de defesa e preservação dos direitos humanos e da liberdade de expressão? Como também haverá alguém para dizer que Filinto Muller (1900-1973), chefe de polícia do Distrito Federal de 1933 a 1942 era outro exemplo de defesa dos direitos humanos? Somente para relembrar, este cidadão foi responsável pela deportação de Olga Benário (1908-1942), mulher de Luiz Carlos Prestes (1898-1990), grávida para a Alemanha nazista onde foi executada e de, pelos menos, a prisão de vinte mil pessoas. De fato foi um “momento histórico”. E dos piores.
Em 1960 os eleitores conduziram ao Palácio do Planalto o controvertido, desequilibrado e aventureiro Jânio Quadros (1917-1992) prometendo varrer a corrupção do país. Foi um “momento histórico” que durou apenas sete meses. Jânio renunciou à presidência da República acreditando que seu plano desastrado, irresponsável e sem qualquer respaldo mobilizaria a população que exigiria sua recondução ao cargo com poderes excepcionais ou, em outras palavras, poderes ditatoriais. A renúncia foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional, o cargo declarado vago e o povo não apareceu abrindo uma crise institucional. Seu sucessor, João Goulart (1919-1976) com forte inclinação esquerdista irritava e assombrava os militares, a direita, a Igreja Católica, os banqueiros e latifundiários. As Forças Armadas resistiram em dar-lhe posse até que se costurou um acordo com a implantação do parlamentarismo visando diminuir os poderes do presidente. Em 1963 Jango reconquistou seus poderes através de um plebiscito que decidiu pela volta do sistema presidencialista. O comício da Central do Brasil em 13 de março de 1964 e seu pronunciamento para os sargentos no Automóvel Clube do Brasil no dia 30 de março, entre outras coisas, selaram o destino do governo João Goulart e do Brasil. No dia 01 de abril daquele ano (os militares comemoram em 31 de março por motivos óbvios) foi deflagrado o golpe civil-militar e na sequência um regime militar que se estenderia por duas décadas. Foi mais um “momento histórico”: censura, perseguições, prisões, exílios, desaparecimentos, torturas, assassinatos, etc.
Em 1983 a população brasileira saiu as ruas em grandiosos comícios exigindo eleições diretas para presidente da República. “Momento histórico”. A PEC nº 5/1983, mais conhecida como Emenda Constitucional Dante de Oliveira (Dante Martins de Oliveira, 1952/2006), exigia um quórum de dois terços sendo derrotada por apenas vinte e dois votos na Câmara dos Deputados (298 votos a favor, 25 contra e 112 deputados do PDS, partido governista, ausentes). A frustração tomou conta do país, porém a derrotada foi canalizada para o movimento “Tancredo Já” e os comícios reuniam milhares de pessoas como se a eleição fosse direta. Tancredo Neves (1910-1985) foi eleito pelo colégio eleitoral por 480 votos contra 180 do candidato governista Paulo Maluf (1931 -). Euforia geral. “Momento histórico”! Agora o Brasil vai mudar. Tancredo não assumiu. Adoeceu na véspera da posse vindo a falecer pouco mais de um mês depois. José Sarney (1931-) foi alçado à presidência da República de modo irregular, posto que nem ele nem o titular houvessem sido empossados. Foi uma solução política diante da situação política em que se encontrava o país em detrimento do texto constitucional, aliás, as Constituições republicanas são rasgadas sem qualquer constrangimento, posto não ter sido Moisés quem as escrevera. Naquele momento setores das Forças Armadas empenhavam-se em permanecer no controle do país. Sarney assumiu e seu governo foi marcado por muitos escândalos de corrupção; arruinou a economia nacional com planos de estabilização mirabolantes, extravagantes e estrambóticos; o país enfrentou uma hiperinflação; a ciranda financeira estabeleceu-se, uma vergonhosa moratória foi decretada, os indicadores sociais eram pífios. Enfim, o governo Sarney foi um mal desnecessário porque havia como impedi-lo de assumir constitucionalmente, sem golpes ou contragolpes, mas com as incertezas de um colégio eleitoral ou de uma eleição direta realizada atabalhoadamente, da mobilização das Forças Armadas para impedir sua realização voltando a tutelar o país e da reação popular pela interrupção do processo de “redemocratização”.
O impeachment do presidente Collor em 1992 foi mais um desses “momentos históricos” que iria banir a corrupção, o desvio, o desperdício e a malversação dos dinheiros públicos de uma vez por todas no Brasil. De caçador Collor passou a ser a caça a partir do dia seguinte à sua posse. Seu plano de estabilização econômica estava fadado ao fracasso desde sua concepção. Ao apreender os ativos de todos os brasileiros (só ficou disponível Cz$ 50.000,00 ou cerca de R$ 5.000,00 em valores atuais) o governo, arbitrariamente, tomou uma atitude que nem mesmo Adolf Hitler (1889-1945) ousou tomar em 1933 quando assumiu uma Alemanha falida. Temos que admitir que, naquele momento, qualquer que fosse o eleito necessariamente teria que tomar alguma providência para arrumar a bagunça e Collor optou pelo modo mais drástico, dramático e fácil provocando mais bagunça. A população, notadamente os jovens, saiu às ruas com as “caras pintadas” exigindo a interrupção de seu mandato que, aliás, já estava decidido nos bastidores e porões do Congresso Nacional. Removendo o presidente da República do cargo a população foi induzida a crer que com ele a corrupção também iria e o país entraria nos eixos. Ledo engano. De lá para cá a corrupção só prosperou. A posse de Itamar Franco (1930-2011) de forma definitiva em dezembro de 1992 entrou também para o rol dos “momentos históricos” da República brasileira. Neste “momento histórico” podem-se enumerar mais trinta escândalos, porém relembraremos apenas dois que foram emblemáticos. Em 1993 vinha a público o Escândalo dos Anões do Orçamento. O então deputado João Alves (1919-2004) que integrava a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional desde 1972 justificou seu elevado padrão de vida alegando ter sido abençoado por Deus e ganho em loterias modestas 221 vezes. Caso a “moda” pegasse certamente faltariam loterias e sobrariam ganhadores. O outro foi o Escândalo Ricupero ou Escândalo das Parabólicas. No dia primeiro de setembro de 1994 Rubens Ricupero, então ministro da Fazenda durante a implantação do Plano Real, preparava-se para dar uma entrevista ao vivo no Jornal da Globo ao jornalista Carlos Monforte abordando alguns detalhes sobre o plano de estabilização econômica. O que Ricupero não sabia era que o sinal do “link” via satélite (canal 23) já estava aberto e a conversa informal entre o ministro e o jornalista foi captada pelas antenas parabólicas que em certo momento disse com todas as letras: “eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde". Cinco dias depois deixava o ministério, porém foi nomeado embaixador do Brasil na Itália e posteriormente eleito secretário geral da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), pertencente à ONU, cargo que ocupou até 2004 quando foi aposentado como diplomata. Que maravilha é viver (Royalties para Hélio Fernandes). Eita “momento histórico” dos “bão”!
Fernando Henrique Cardoso foi eleito como sendo o salvador da pátria ao ter estabilizado a economia depois de inúmeros planos fracassados. “Momento histórico” e mágico. Foi marcado dia e hora para a inflação acabar. Um dólar igual a um real. Beleza. Contudo, o preço por tal façanha foi por demais elevado e ainda hoje pago pela população. Rifou as empresas estatais brasileiras por valores vis numa ação “entre amigos” onde valeu tudo: moedas pobres, comissões gordas, financiamentos camaradas, laudos e pareceres fraudulentos e outras patifarias. O governo de FHC patrocinou um plano de privatização lesa-pátria sem precedentes, uma verdadeira obra de demolição, um autêntico “momento histórico”! Em 1995 FHC tratou de extinguir a Comissão Especial de Investigação criada no governo Itamar Franco com integrantes da sociedade civil para dar combate a corrupção. Não satisfeito em dispor apenas de quatro anos para nos proporcionar “momentos históricos” Fernando Henrique Cardoso comprou sua própria reeleição em 1997 a peso de ouro. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia (PFL/AC, atual DEM) ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados-propineiros foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido (PFL/AC), Osmir Lima (PFL/AC) e Zila Bezerra (PFL/AC), foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Constatada a fraude o instituto da reeleição deveria ser imediatamente retirado do texto constitucional. O Partido dos Trabalhadores que dizia-se contra a reeleição uma vez no poder não moveu uma palha para acabar com a farra, pelo contrário, Lula se beneficiou da malandragem e sua sucessora também deseja tal benefício. O governo do sociólogo investiu também contra os direitos dos trabalhadores. O Projeto de Lei nº. 5.483/01, enviado ao Congresso pelo presidente FHC, tinha por finalidade “flexibilizar” a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas, Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio 1943) mediante modificação do artigo 618 ao permitir a prevalência do negociado sobre o legislado. Ou seja, o projeto autorizava que a negociação coletiva reduzisse ou eliminasse direitos trabalhistas. O trambolho foi retirado de tramitação no início do governo Lula. Os escândalos de corrupção na Era FHC prosperaram a vista grossa (Sivam, BNDES, Previdência Social, Precatórios, quebra do monopólio do petróleo, TRT-SP, SUDENE, Banco Marka Fonte/Cidam, etc.). A cartilha do Consenso de Washington que começara a ser implantada no governo Collor consolidou-se no governo FHC e Lula (disciplina fiscal; redução dos gastos públicos; reforma tributária; juros de mercado; câmbio de mercado; abertura comercial; investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições; privatização das estatais; desregulamentação, afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas e direito à propriedade intelectual). FHC também inventou o PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) para salvar bancos falidos por administradores picaretas como o Banco Bamerindus de propriedade de seu amigo de longa data, doador de recursos de campanha e ministro da Agricultura em sua gestão o José Eduardo Andrade Vieira que chegou a vender terras demarcadas para índios.
Outro “momento histórico” para os brasileiros foi a eleição do torneiro-mecânico para a presidência da República. Os banqueiros, especuladores, formadores de quadrilha, fraudadores, picaretas, corruptos e demais bandidos jamais ganharam tanto dinheiro como neste governo. Foram mais de cem escândalos de corrupção ao longo de seus oito anos. O Mensalão é tido e havido como o maior e mais grave crime cometido durante a República. O poder Executivo comprou deputados para ver aprovadas matérias de seu interesse. Hoje o Mensalão (Ação Penal 470) encontra-se em fase final no STF (Supremo Tribunal Federal) e vinte cinco dos trinta e oito acusados já foram condenados e, portanto, comprovado o recebimento de numerário pelos parlamentares pouco antes ou depois das votações de interesse do governo. Todas as leis aprovadas neste período deveriam ser revogadas, posto que estivessem comprometidas, viciadas. Muitas já produziram efeitos irreversíveis, porém ainda assim deveriam ser revogadas. Mas não vi um único jurista levantar esta questão. É muito mais cômodo deixar como está para ver como é que fica. O presidente Lula foi o mais blindado e preservado na história da República e ainda assim tentou amordaçar a mesma mídia da qual se serviu durante décadas. No auge do Escândalo do Mensalão a dita oposição (PSDB e DEM) contribuiu significativamente para que fosse poupado (“vamos só sangrar o presidente e não matá-lo” e “fica feio para o Brasil outro impeachment em tão curto espaço de tempo”, o presidente sarou da sangria e ficou muito mais feio para o Brasil reeleger um chefe de quadrilha para a presidência da República). A dívida interna na Era Lula chegou a casa do trilhão. Somente os juros pagos chegam a 200 bilhões de reais por ano. Nas privatizações o ex-presidente Lula inovou criando, em 2004, a PPP (Parcerias Público Privada) garantindo recursos públicos para os serviços que seriam executados pelo setor privado, uma espécie de “seguro” no caso de não obterem o retorno esperado. Todas as grandes obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento ou Programa de Aceleração da Corrupção, tanto faz) estão sendo realizadas dentro desta modalidade, inclusive os grandes elefantes brancos para a Copa do Mundo de 2014. Um mimo para as empreiteiras e fornecedores amigos do Planalto. As obras de infraestrutura e logística são entregues a iniciativa privada com o rótulo de “concessões”. Os aeroportos de Cumbica, Brasília e Viracopos foram entregues a consórcios de empreiteiras brasileiras associadas a grupos estrangeiros. Seu governo com toda certeza foi o mais corrupto de toda a história republicana (Caso Celso Daniel, Caso Toninho do PT, Escândalo do Propinoduto, Banestado, DNIT, Vampiros, Cartão Corporativo, Brasil Telecom, SEBRAE, Mensalão, Gamecorp, etc. e etc.). Lula e Fidel Castro fundaram em 1991 o Foro de São Paulo e reuniram toda a esquerda da América Latina e também organizações criminosas como as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) especialista em narcotráfico, sequestros e assassinatos. Hoje praticamente toda a América do Sul está dominada pela esquerda (Venezuela, Colômbia, Uruguai, Equador, Bolívia). Os interesses brasileiros foram sistematicamente desprezados durante seu governo. As instalações da Petrobrás na Bolívia invadidas e ocupadas; o reajuste dos preços para a compra de energia excedente em Itaipu favorecendo o governo Paraguaio, a ameaça do governo Equatoriano em não honrar compromissos com o BNDES; o perdão da dívida de vários países africanos dominados por ditadores; construção de instalações em Cuba e por ai vai. No caso do petróleo FHC já havia quebrado o monopólio com as concessões, mas com a descoberta do pré-sal Lula resolveu fazer uma lei alterando o marco regulatório de 1997 passando para o regime de partilha. Há muito mais trapalhadas, cambalachos e patifarias a rechear a administração do torneiro-mecânico que, não satisfeito com todas as bandalheiras e roubos, ao deixar o Palácio do Planalto contratou onze caminhões para realizar sua mudança para São Bernardo do Campo levando obras de arte, tapeçaria, joias e outros objetos (exceto livros, por motivo óbvio) que estavam ou deveriam estar incorporados ao patrimônio da União. O governo Lula foi um “momento histórico” dos diabos.
O governo de Dilma Rousseff também prima pela incompetência, inércia, omissão, corrupção, conivência com tudo quanto é tipo de bandalheira. Foi mais um “momento histórico” a primeira mulher a presidir o país. Logo no primeiro ano de governo (sic) teve que demitir vários ministros por, digamos, “malfeitos” (termo preferido “da mandatário” para referir-se a roubalheira de seus auxiliares). Apenas Nelson Jobim, da Defesa, foi demitido por ter a língua solta e aberto seu voto para presidente em 2010 no candidato do PSDB José Serra, O Vampiro Careca, e apontado como “fraquinhas” a ministra Ideli Salvati (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Os demais “malfeitores” foram: Alfredo Nascimento, dos Transportes, por descontrole no aumento dos valores das obras em andamento e superfaturar as licitações, foram exonerados cerca de 30 funcionários do segundo escalão, entre eles o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot; Antônio Palocci, Casa Civil, que já havia sido demitido do ministério da Fazenda no governo Lula, por enriquecimento ilícito, aumentou seu patrimônio vinte vezes em apenas quatro anos; Luiz Sérgio, Relações Institucionais, substituído por Ideli Salvati (membro fundadora da ANABOL, Associação Nacional dos Baba Ovo do Lula) e “realocado” no inútil ministério da Pesca; Wagner Rossi, Agricultura, envolvido em esquema de corrupção e aparelhamento político no ministério, o ministro admitiu que pegou carona em jatinho de empresa beneficiada por contratos com o ministério; Pedro Novais, Turismo, a Polícia Federal prendeu 36 pessoas por suposto desvio de recursos do ministério para empresas de fachada, sua esposa utilizava um motorista da Câmara dos Deputados para fazer compras, sua governanta era paga com dinheiro público, sua cara de pau é tanta que chegou a pedir ressarcimento à Câmara dos Deputados da despesa feita em um motel de São Luís do Maranhão; Mario Negromonte, Cidades, ofereceu propina a integrantes de seu partido em troca de apoio para continuar no ministério e ficar à frente de concorrências fraudulentas do ministério; Orlando Silva, Esportes, desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo e favorecimento ao PC do B, acusado de receber propinas de ONGs interessadas em firmar convênios com o ministério, este ministro chegou a pagar R$ 8,30 numa tapioca com o Cartão Corporativo, é ser muito muquirana; Carlos Lupi, Trabalho, a CGU (Controladoria Geral da União) detectou indícios de desvio de verbas em 26 contratos com ONGs, sem trabalhar Lupi recebia salários irregulares da Câmara dos Deputados e da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e por fim o ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota que, aliás, não faz jus ao sobrenome, por causa do “contrabando” do senador boliviano Roger Pinto Molina asilado na embaixada do Brasil na Bolívia há mais de um ano. Mas este último ministro foi “exemplarmente punido” “pela presidento” que o nomeou embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas). Nenhum destes “senhores” até o presente momento sofreram qualquer punição. Alfredo Nascimento reassumiu sua vaga no deplorável Senado Federal e Carlos Lupi preside e controla o PDT com mão de ferro. Conseguiu desalojar do ministério Brizola Neto e emplacar alguém de sua patota em troca da aceitação da filiação de Carlos Araújo, ex-marido “da presidento”. A Procuradoria de Justiça Militar do Rio de Janeiro apresentou denúncia contra seis militares do Exército e nove civis pelo desvio de recursos públicos em licitações realizadas pelo IME (Instituto Militar de Engenharia). O Programa Mais Médicos é uma maneira de abastecer os cofres do governo genocida dos irmãos Castro. Como está mais do que demonstrado, tal importação de médicos está eivada de irregularidades, ilegalidades e imoralidades. Mas alguém já viu comunista não agir desta forma? A Operação Porto Seguro revelou a “amiguinha” de Lula Rosemary Nóvoa de Noronha, chefe do gabinete da presidência da República em São Paulo, envolvida na venda de pareceres fraudulentos de sete órgãos federais para favorecer quem se dispusesse a pagar por eles. O ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, companheiro de armas “do presidenta”, faturou dois milhões de reais, dinheiro público, por palestras que jamais foram proferidas e durante sua gestão como prefeito de Belo Horizonte empresas que “ganharam” licitações eram clientes de sua consultoria. O ministro Fernando Haddad, Educação, totalmente incompetente tornou-se mais um poste do ex-presidente Lula ao ser apadrinhado para concorrer à prefeitura de São Paulo. Dilma Rousseff, que fora ministra das Minas e Energias, foi para a televisão bravatear que a tarifa de energia elétrica seria reduzida. As concessionárias se recusaram e imediatamente “a presidento” declarou que o Tesouro Nacional, A Viúva, bancaria a diferença. Ora, quem abastece o Tesouro Nacional é o contribuinte e, portanto, no final, ele próprio bancaria a tal redução. No caso do grampo feito pelos Estados Unidos nosso governo solicitou explicações do governo norte-americano como se estivesse pedindo desculpas pelo atrevimento. O governo da primeira mulher na presidência do Brasil é um “momento histórico” que só oferece motivos para nos irritar, envergonhar e repudiar.
Após esta pequena resenha dos “momentos históricos” na República brasileira vamos comentar o que vem ocorrendo durante e após as manifestações. O “momento histórico” das manifestações ainda estava em plena efervescência quando o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PT-RN) decidiu levar parentes e aderentes para assistir a final entre Brasil e Espanha no Maracanã num avião da Força Aérea Brasileira. O ministro da Previdência Social Garibaldi Alves também se utilizou deste meio de transporte gratuito para assistir o mesmo evento no Rio de Janeiro e ainda declarou que não se encontrava arrependido de tê-lo utilizado e ainda reclamou pelo “puxão de orelha” que a Comissão de Ética da presidência da República lhe aplicou por causa da sua idade. Ministro, os canalhas também envelhecem e nem por isso deixam as canalhices de lado. Como patifaria pouca é besteira o presidente de Senado Federal (ou Clube dos Mercenários) Renan Calhorda Calheiros também achou por bem ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo, na cidade de Trancoso na Bahia utilizando o mesmo meio de transporte do presidente da Câmara e do ministro da Previdência Social. Diante da gritaria tanto Renan Calheiros como Henrique Eduardo Alves resolveram declarar que ressarciriam os cofres públicos, porém a lambança já estava feita. O julgamento do Mensalão encerrou a fase dos embargos declaratórios e na próxima semana é que saberemos se a Corte irá aceitar os embargos infringentes ou não. De qualquer maneira a celeuma entre legislativo e judiciário não se encerrará por ai. Quem cassará o mandato dos deputados-mensaleiros? O que prevalecerá? É uma incógnita. O deputado Natan Donadon (sem partido/RO) foi condenado a treze anos pelo STF, no entanto, seus pares na Câmara dos Deputados votaram a favor da manutenção de seu mandato. Situação tragicômica. Como um parlamentar preso em regime fechado poderá exercer seu mandato? José Genoíno já deu entrada no pedido de aposentadoria como deputado federal para garantir “sua velhice” indo ou não para o xadrez. O subchefe do Mensalão (o chefe se chama Luiz Inácio Lula Satanás da Silva) José Dirceu declara que não fugirá do país. Cumprirá sua sentença lavando e passando roupa no xilindró. Resta saber se o fará apenas com seu uniforme ou prestará este serviço aos demais detentos. D. Dilma Rousseff que não governa coisa alguma, nem mesmo sua vidinha sem graça, apavorada com as manifestações (não está preparada para a ruptura e certamente será substituída) saiu-se com a ideia de jerico de convocar uma assembleia exclusiva para tratar da reforma política. Isso num dia. No outro já havia desistido em favor da convocação de um plebiscito cujos resultados valessem para as eleições de 2014 que também não poderia prosperar pelos mais diversos motivos e, entre eles, o tempo exíguo e o pleno desconhecimento de um número maciço de eleitores sobre esta bodega de voto distrital puro, misto, com ou sem listas abertas ou fechadas, etc. Mas precisava dar uma resposta às manifestações então teve a genial ideia de por em prática o que seu antecessor já havia combinado com os irmãos Castro (os doutores cubanos já vinham frequentando aulas de português em Cuba): importar médicos de Cuba. A Medida Provisória 621/2013, conhecida como Mais Médicos, está eivada de ilegalidades e imoralidades. Os médicos cubanos, tidos e havidos pelo governo petista como solução certamente no futuro serão problemas. O Nordeste, principal reduto do Partido dos Trabalhadores, somente no “governo” Rousseff já contabiliza nove apagões e Dilma foi ministra das Minas e Energia fato que, aliás, não quer dizer coisa alguma porque ministro de Estado é cargo político e, portanto, fica dispensado seu titular de apresentar provas de competência e honestidade. Não citarei exemplos de ministros incompetentes e desonestos por dois motivos. Primeiro, a relação é muito extensa e, segundo, correria o risco de esquecer de mencionar algum. E isto seria uma injustiça para com os citados. Nestes três meses de “momentos históricos” nenhuma das reivindicações nominais foram atendidas (transporte, educação e saúde) e poderiam caso “o presidenta” lançasse mão de apenas dois instrumentos legais à sua disposição. A Medida Provisória e os Projetos de Emeda Constitucional. O que aumentou a olhos vistos foi a repressão do Estado. Os vândalos, saqueadores, incendiários, etc. precisam e devem ser reprimidos, porém o que assistimos é o despreparo policial, o abuso de poder e comportamentos agressivos e arbitrários que lembram os anos de chumbo do regime militar. Uma das razões destas manifestações é exatamente esta: causar confusão, provocar pânico e insegurança para que o Estado possa ter um pretexto de adotar leis e medidas mais repressivas contra a sociedade, exceto para aqueles que acreditam serem espontâneas as manifestações. Muitos são os bandidos e oportunistas que saqueiam, vandalizam, incendiam, etc., porém, desde do início, um grupo foi designado para proceder exatamente desta maneira como parte da estratégia planejada, coordenada e articulada pela própria esquerda. A esquerda não quer derrubar a esquerda e sim substituir seus agentes e para isso é necessário testar a sociedade provocando tensões e impondo restrições que valerão durante e após as “manifestações”. No Rio de Janeiro a polícia revistará mochilas e quem estiver de máscaras deverá removê-las e apresentar documentos. Quando cessar as manifestações nada impedirá que se reviste a mochila de quem quer que seja. Não há nenhum impedimento legal em se usar máscaras, portanto, é uma violação de direitos do cidadão. Mascarado ou não o cidadão que esteja infringindo a lei deve ser punido, incluindo a classe política que é cem por cento “mascarada”.
O Brasil está repleto de exemplos de “momentos históricos”, porém não sai do lugar. Pelo contrário, a cada “momento histórico” se consegue produzir mais repressão, miséria e sofrimento. Com estas “manifestações” não será diferente. Tanto é assim que, passados três meses, a situação da população permanece inalterada, com péssimos serviços de transportes, deplorável atendimento de saúde, má qualidade na educação, mas a corrupção, desvio, desperdício e malversação do dinheiro público vão bem, obrigado. Os políticos prosseguem serelepes com suas falcatruas e patifarias de toda ordem. O governo continua tão incompetente, incapaz, omisso, conivente e safado como antes. Os indicadores econômicos e sociais piorando a cada dia que passa e d. Dilma Rousseff só está preocupada em se reeleger para ampliar a catástrofe que a administração petista tem provocado neste país desde 2003. Mas isto não significa que o senador Aécio Neves, Marina Silva, o governador Eduardo Campos e mesmo o presidente do STF Joaquim Barbosa venham a ser alternativas. Ao fim e ao cabo todos são farinha do mesmo saco, com todo respeito ao saco e a farinha.
CELSO BOTELHO
07.09.2013
Em 1930 Getúlio Vargas (1882-1954) liderou um golpe que apeou do poder um presidente no exercício de seu mandato e seu sucessor eleito constitucionalmente e o episódio ganhou o status de “momento histórico”. Resultado: o Estado Novo (1937-1945) inspirado no fascismo, com uma Constituição fascista e um DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) doutrinando, patrulhando, prendendo, torturando e matando vinte e quatro horas por dia. Ou será que Lourival Fontes (1899-1967), diretor do DIP desde 1934 (nesta época DPDC, Departamento de Propaganda e Difusão Cultural) e chefe do Gabinete Civil de Vargas no mandato constitucional era um exemplo de defesa e preservação dos direitos humanos e da liberdade de expressão? Como também haverá alguém para dizer que Filinto Muller (1900-1973), chefe de polícia do Distrito Federal de 1933 a 1942 era outro exemplo de defesa dos direitos humanos? Somente para relembrar, este cidadão foi responsável pela deportação de Olga Benário (1908-1942), mulher de Luiz Carlos Prestes (1898-1990), grávida para a Alemanha nazista onde foi executada e de, pelos menos, a prisão de vinte mil pessoas. De fato foi um “momento histórico”. E dos piores.
Em 1960 os eleitores conduziram ao Palácio do Planalto o controvertido, desequilibrado e aventureiro Jânio Quadros (1917-1992) prometendo varrer a corrupção do país. Foi um “momento histórico” que durou apenas sete meses. Jânio renunciou à presidência da República acreditando que seu plano desastrado, irresponsável e sem qualquer respaldo mobilizaria a população que exigiria sua recondução ao cargo com poderes excepcionais ou, em outras palavras, poderes ditatoriais. A renúncia foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional, o cargo declarado vago e o povo não apareceu abrindo uma crise institucional. Seu sucessor, João Goulart (1919-1976) com forte inclinação esquerdista irritava e assombrava os militares, a direita, a Igreja Católica, os banqueiros e latifundiários. As Forças Armadas resistiram em dar-lhe posse até que se costurou um acordo com a implantação do parlamentarismo visando diminuir os poderes do presidente. Em 1963 Jango reconquistou seus poderes através de um plebiscito que decidiu pela volta do sistema presidencialista. O comício da Central do Brasil em 13 de março de 1964 e seu pronunciamento para os sargentos no Automóvel Clube do Brasil no dia 30 de março, entre outras coisas, selaram o destino do governo João Goulart e do Brasil. No dia 01 de abril daquele ano (os militares comemoram em 31 de março por motivos óbvios) foi deflagrado o golpe civil-militar e na sequência um regime militar que se estenderia por duas décadas. Foi mais um “momento histórico”: censura, perseguições, prisões, exílios, desaparecimentos, torturas, assassinatos, etc.
Em 1983 a população brasileira saiu as ruas em grandiosos comícios exigindo eleições diretas para presidente da República. “Momento histórico”. A PEC nº 5/1983, mais conhecida como Emenda Constitucional Dante de Oliveira (Dante Martins de Oliveira, 1952/2006), exigia um quórum de dois terços sendo derrotada por apenas vinte e dois votos na Câmara dos Deputados (298 votos a favor, 25 contra e 112 deputados do PDS, partido governista, ausentes). A frustração tomou conta do país, porém a derrotada foi canalizada para o movimento “Tancredo Já” e os comícios reuniam milhares de pessoas como se a eleição fosse direta. Tancredo Neves (1910-1985) foi eleito pelo colégio eleitoral por 480 votos contra 180 do candidato governista Paulo Maluf (1931 -). Euforia geral. “Momento histórico”! Agora o Brasil vai mudar. Tancredo não assumiu. Adoeceu na véspera da posse vindo a falecer pouco mais de um mês depois. José Sarney (1931-) foi alçado à presidência da República de modo irregular, posto que nem ele nem o titular houvessem sido empossados. Foi uma solução política diante da situação política em que se encontrava o país em detrimento do texto constitucional, aliás, as Constituições republicanas são rasgadas sem qualquer constrangimento, posto não ter sido Moisés quem as escrevera. Naquele momento setores das Forças Armadas empenhavam-se em permanecer no controle do país. Sarney assumiu e seu governo foi marcado por muitos escândalos de corrupção; arruinou a economia nacional com planos de estabilização mirabolantes, extravagantes e estrambóticos; o país enfrentou uma hiperinflação; a ciranda financeira estabeleceu-se, uma vergonhosa moratória foi decretada, os indicadores sociais eram pífios. Enfim, o governo Sarney foi um mal desnecessário porque havia como impedi-lo de assumir constitucionalmente, sem golpes ou contragolpes, mas com as incertezas de um colégio eleitoral ou de uma eleição direta realizada atabalhoadamente, da mobilização das Forças Armadas para impedir sua realização voltando a tutelar o país e da reação popular pela interrupção do processo de “redemocratização”.
O impeachment do presidente Collor em 1992 foi mais um desses “momentos históricos” que iria banir a corrupção, o desvio, o desperdício e a malversação dos dinheiros públicos de uma vez por todas no Brasil. De caçador Collor passou a ser a caça a partir do dia seguinte à sua posse. Seu plano de estabilização econômica estava fadado ao fracasso desde sua concepção. Ao apreender os ativos de todos os brasileiros (só ficou disponível Cz$ 50.000,00 ou cerca de R$ 5.000,00 em valores atuais) o governo, arbitrariamente, tomou uma atitude que nem mesmo Adolf Hitler (1889-1945) ousou tomar em 1933 quando assumiu uma Alemanha falida. Temos que admitir que, naquele momento, qualquer que fosse o eleito necessariamente teria que tomar alguma providência para arrumar a bagunça e Collor optou pelo modo mais drástico, dramático e fácil provocando mais bagunça. A população, notadamente os jovens, saiu às ruas com as “caras pintadas” exigindo a interrupção de seu mandato que, aliás, já estava decidido nos bastidores e porões do Congresso Nacional. Removendo o presidente da República do cargo a população foi induzida a crer que com ele a corrupção também iria e o país entraria nos eixos. Ledo engano. De lá para cá a corrupção só prosperou. A posse de Itamar Franco (1930-2011) de forma definitiva em dezembro de 1992 entrou também para o rol dos “momentos históricos” da República brasileira. Neste “momento histórico” podem-se enumerar mais trinta escândalos, porém relembraremos apenas dois que foram emblemáticos. Em 1993 vinha a público o Escândalo dos Anões do Orçamento. O então deputado João Alves (1919-2004) que integrava a Comissão de Orçamento do Congresso Nacional desde 1972 justificou seu elevado padrão de vida alegando ter sido abençoado por Deus e ganho em loterias modestas 221 vezes. Caso a “moda” pegasse certamente faltariam loterias e sobrariam ganhadores. O outro foi o Escândalo Ricupero ou Escândalo das Parabólicas. No dia primeiro de setembro de 1994 Rubens Ricupero, então ministro da Fazenda durante a implantação do Plano Real, preparava-se para dar uma entrevista ao vivo no Jornal da Globo ao jornalista Carlos Monforte abordando alguns detalhes sobre o plano de estabilização econômica. O que Ricupero não sabia era que o sinal do “link” via satélite (canal 23) já estava aberto e a conversa informal entre o ministro e o jornalista foi captada pelas antenas parabólicas que em certo momento disse com todas as letras: “eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde". Cinco dias depois deixava o ministério, porém foi nomeado embaixador do Brasil na Itália e posteriormente eleito secretário geral da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), pertencente à ONU, cargo que ocupou até 2004 quando foi aposentado como diplomata. Que maravilha é viver (Royalties para Hélio Fernandes). Eita “momento histórico” dos “bão”!
Fernando Henrique Cardoso foi eleito como sendo o salvador da pátria ao ter estabilizado a economia depois de inúmeros planos fracassados. “Momento histórico” e mágico. Foi marcado dia e hora para a inflação acabar. Um dólar igual a um real. Beleza. Contudo, o preço por tal façanha foi por demais elevado e ainda hoje pago pela população. Rifou as empresas estatais brasileiras por valores vis numa ação “entre amigos” onde valeu tudo: moedas pobres, comissões gordas, financiamentos camaradas, laudos e pareceres fraudulentos e outras patifarias. O governo de FHC patrocinou um plano de privatização lesa-pátria sem precedentes, uma verdadeira obra de demolição, um autêntico “momento histórico”! Em 1995 FHC tratou de extinguir a Comissão Especial de Investigação criada no governo Itamar Franco com integrantes da sociedade civil para dar combate a corrupção. Não satisfeito em dispor apenas de quatro anos para nos proporcionar “momentos históricos” Fernando Henrique Cardoso comprou sua própria reeleição em 1997 a peso de ouro. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia (PFL/AC, atual DEM) ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados-propineiros foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido (PFL/AC), Osmir Lima (PFL/AC) e Zila Bezerra (PFL/AC), foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Constatada a fraude o instituto da reeleição deveria ser imediatamente retirado do texto constitucional. O Partido dos Trabalhadores que dizia-se contra a reeleição uma vez no poder não moveu uma palha para acabar com a farra, pelo contrário, Lula se beneficiou da malandragem e sua sucessora também deseja tal benefício. O governo do sociólogo investiu também contra os direitos dos trabalhadores. O Projeto de Lei nº. 5.483/01, enviado ao Congresso pelo presidente FHC, tinha por finalidade “flexibilizar” a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas, Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio 1943) mediante modificação do artigo 618 ao permitir a prevalência do negociado sobre o legislado. Ou seja, o projeto autorizava que a negociação coletiva reduzisse ou eliminasse direitos trabalhistas. O trambolho foi retirado de tramitação no início do governo Lula. Os escândalos de corrupção na Era FHC prosperaram a vista grossa (Sivam, BNDES, Previdência Social, Precatórios, quebra do monopólio do petróleo, TRT-SP, SUDENE, Banco Marka Fonte/Cidam, etc.). A cartilha do Consenso de Washington que começara a ser implantada no governo Collor consolidou-se no governo FHC e Lula (disciplina fiscal; redução dos gastos públicos; reforma tributária; juros de mercado; câmbio de mercado; abertura comercial; investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições; privatização das estatais; desregulamentação, afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas e direito à propriedade intelectual). FHC também inventou o PROER (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) para salvar bancos falidos por administradores picaretas como o Banco Bamerindus de propriedade de seu amigo de longa data, doador de recursos de campanha e ministro da Agricultura em sua gestão o José Eduardo Andrade Vieira que chegou a vender terras demarcadas para índios.
Outro “momento histórico” para os brasileiros foi a eleição do torneiro-mecânico para a presidência da República. Os banqueiros, especuladores, formadores de quadrilha, fraudadores, picaretas, corruptos e demais bandidos jamais ganharam tanto dinheiro como neste governo. Foram mais de cem escândalos de corrupção ao longo de seus oito anos. O Mensalão é tido e havido como o maior e mais grave crime cometido durante a República. O poder Executivo comprou deputados para ver aprovadas matérias de seu interesse. Hoje o Mensalão (Ação Penal 470) encontra-se em fase final no STF (Supremo Tribunal Federal) e vinte cinco dos trinta e oito acusados já foram condenados e, portanto, comprovado o recebimento de numerário pelos parlamentares pouco antes ou depois das votações de interesse do governo. Todas as leis aprovadas neste período deveriam ser revogadas, posto que estivessem comprometidas, viciadas. Muitas já produziram efeitos irreversíveis, porém ainda assim deveriam ser revogadas. Mas não vi um único jurista levantar esta questão. É muito mais cômodo deixar como está para ver como é que fica. O presidente Lula foi o mais blindado e preservado na história da República e ainda assim tentou amordaçar a mesma mídia da qual se serviu durante décadas. No auge do Escândalo do Mensalão a dita oposição (PSDB e DEM) contribuiu significativamente para que fosse poupado (“vamos só sangrar o presidente e não matá-lo” e “fica feio para o Brasil outro impeachment em tão curto espaço de tempo”, o presidente sarou da sangria e ficou muito mais feio para o Brasil reeleger um chefe de quadrilha para a presidência da República). A dívida interna na Era Lula chegou a casa do trilhão. Somente os juros pagos chegam a 200 bilhões de reais por ano. Nas privatizações o ex-presidente Lula inovou criando, em 2004, a PPP (Parcerias Público Privada) garantindo recursos públicos para os serviços que seriam executados pelo setor privado, uma espécie de “seguro” no caso de não obterem o retorno esperado. Todas as grandes obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento ou Programa de Aceleração da Corrupção, tanto faz) estão sendo realizadas dentro desta modalidade, inclusive os grandes elefantes brancos para a Copa do Mundo de 2014. Um mimo para as empreiteiras e fornecedores amigos do Planalto. As obras de infraestrutura e logística são entregues a iniciativa privada com o rótulo de “concessões”. Os aeroportos de Cumbica, Brasília e Viracopos foram entregues a consórcios de empreiteiras brasileiras associadas a grupos estrangeiros. Seu governo com toda certeza foi o mais corrupto de toda a história republicana (Caso Celso Daniel, Caso Toninho do PT, Escândalo do Propinoduto, Banestado, DNIT, Vampiros, Cartão Corporativo, Brasil Telecom, SEBRAE, Mensalão, Gamecorp, etc. e etc.). Lula e Fidel Castro fundaram em 1991 o Foro de São Paulo e reuniram toda a esquerda da América Latina e também organizações criminosas como as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) especialista em narcotráfico, sequestros e assassinatos. Hoje praticamente toda a América do Sul está dominada pela esquerda (Venezuela, Colômbia, Uruguai, Equador, Bolívia). Os interesses brasileiros foram sistematicamente desprezados durante seu governo. As instalações da Petrobrás na Bolívia invadidas e ocupadas; o reajuste dos preços para a compra de energia excedente em Itaipu favorecendo o governo Paraguaio, a ameaça do governo Equatoriano em não honrar compromissos com o BNDES; o perdão da dívida de vários países africanos dominados por ditadores; construção de instalações em Cuba e por ai vai. No caso do petróleo FHC já havia quebrado o monopólio com as concessões, mas com a descoberta do pré-sal Lula resolveu fazer uma lei alterando o marco regulatório de 1997 passando para o regime de partilha. Há muito mais trapalhadas, cambalachos e patifarias a rechear a administração do torneiro-mecânico que, não satisfeito com todas as bandalheiras e roubos, ao deixar o Palácio do Planalto contratou onze caminhões para realizar sua mudança para São Bernardo do Campo levando obras de arte, tapeçaria, joias e outros objetos (exceto livros, por motivo óbvio) que estavam ou deveriam estar incorporados ao patrimônio da União. O governo Lula foi um “momento histórico” dos diabos.
O governo de Dilma Rousseff também prima pela incompetência, inércia, omissão, corrupção, conivência com tudo quanto é tipo de bandalheira. Foi mais um “momento histórico” a primeira mulher a presidir o país. Logo no primeiro ano de governo (sic) teve que demitir vários ministros por, digamos, “malfeitos” (termo preferido “da mandatário” para referir-se a roubalheira de seus auxiliares). Apenas Nelson Jobim, da Defesa, foi demitido por ter a língua solta e aberto seu voto para presidente em 2010 no candidato do PSDB José Serra, O Vampiro Careca, e apontado como “fraquinhas” a ministra Ideli Salvati (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Os demais “malfeitores” foram: Alfredo Nascimento, dos Transportes, por descontrole no aumento dos valores das obras em andamento e superfaturar as licitações, foram exonerados cerca de 30 funcionários do segundo escalão, entre eles o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot; Antônio Palocci, Casa Civil, que já havia sido demitido do ministério da Fazenda no governo Lula, por enriquecimento ilícito, aumentou seu patrimônio vinte vezes em apenas quatro anos; Luiz Sérgio, Relações Institucionais, substituído por Ideli Salvati (membro fundadora da ANABOL, Associação Nacional dos Baba Ovo do Lula) e “realocado” no inútil ministério da Pesca; Wagner Rossi, Agricultura, envolvido em esquema de corrupção e aparelhamento político no ministério, o ministro admitiu que pegou carona em jatinho de empresa beneficiada por contratos com o ministério; Pedro Novais, Turismo, a Polícia Federal prendeu 36 pessoas por suposto desvio de recursos do ministério para empresas de fachada, sua esposa utilizava um motorista da Câmara dos Deputados para fazer compras, sua governanta era paga com dinheiro público, sua cara de pau é tanta que chegou a pedir ressarcimento à Câmara dos Deputados da despesa feita em um motel de São Luís do Maranhão; Mario Negromonte, Cidades, ofereceu propina a integrantes de seu partido em troca de apoio para continuar no ministério e ficar à frente de concorrências fraudulentas do ministério; Orlando Silva, Esportes, desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo e favorecimento ao PC do B, acusado de receber propinas de ONGs interessadas em firmar convênios com o ministério, este ministro chegou a pagar R$ 8,30 numa tapioca com o Cartão Corporativo, é ser muito muquirana; Carlos Lupi, Trabalho, a CGU (Controladoria Geral da União) detectou indícios de desvio de verbas em 26 contratos com ONGs, sem trabalhar Lupi recebia salários irregulares da Câmara dos Deputados e da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e por fim o ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota que, aliás, não faz jus ao sobrenome, por causa do “contrabando” do senador boliviano Roger Pinto Molina asilado na embaixada do Brasil na Bolívia há mais de um ano. Mas este último ministro foi “exemplarmente punido” “pela presidento” que o nomeou embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas). Nenhum destes “senhores” até o presente momento sofreram qualquer punição. Alfredo Nascimento reassumiu sua vaga no deplorável Senado Federal e Carlos Lupi preside e controla o PDT com mão de ferro. Conseguiu desalojar do ministério Brizola Neto e emplacar alguém de sua patota em troca da aceitação da filiação de Carlos Araújo, ex-marido “da presidento”. A Procuradoria de Justiça Militar do Rio de Janeiro apresentou denúncia contra seis militares do Exército e nove civis pelo desvio de recursos públicos em licitações realizadas pelo IME (Instituto Militar de Engenharia). O Programa Mais Médicos é uma maneira de abastecer os cofres do governo genocida dos irmãos Castro. Como está mais do que demonstrado, tal importação de médicos está eivada de irregularidades, ilegalidades e imoralidades. Mas alguém já viu comunista não agir desta forma? A Operação Porto Seguro revelou a “amiguinha” de Lula Rosemary Nóvoa de Noronha, chefe do gabinete da presidência da República em São Paulo, envolvida na venda de pareceres fraudulentos de sete órgãos federais para favorecer quem se dispusesse a pagar por eles. O ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, companheiro de armas “do presidenta”, faturou dois milhões de reais, dinheiro público, por palestras que jamais foram proferidas e durante sua gestão como prefeito de Belo Horizonte empresas que “ganharam” licitações eram clientes de sua consultoria. O ministro Fernando Haddad, Educação, totalmente incompetente tornou-se mais um poste do ex-presidente Lula ao ser apadrinhado para concorrer à prefeitura de São Paulo. Dilma Rousseff, que fora ministra das Minas e Energias, foi para a televisão bravatear que a tarifa de energia elétrica seria reduzida. As concessionárias se recusaram e imediatamente “a presidento” declarou que o Tesouro Nacional, A Viúva, bancaria a diferença. Ora, quem abastece o Tesouro Nacional é o contribuinte e, portanto, no final, ele próprio bancaria a tal redução. No caso do grampo feito pelos Estados Unidos nosso governo solicitou explicações do governo norte-americano como se estivesse pedindo desculpas pelo atrevimento. O governo da primeira mulher na presidência do Brasil é um “momento histórico” que só oferece motivos para nos irritar, envergonhar e repudiar.
Após esta pequena resenha dos “momentos históricos” na República brasileira vamos comentar o que vem ocorrendo durante e após as manifestações. O “momento histórico” das manifestações ainda estava em plena efervescência quando o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PT-RN) decidiu levar parentes e aderentes para assistir a final entre Brasil e Espanha no Maracanã num avião da Força Aérea Brasileira. O ministro da Previdência Social Garibaldi Alves também se utilizou deste meio de transporte gratuito para assistir o mesmo evento no Rio de Janeiro e ainda declarou que não se encontrava arrependido de tê-lo utilizado e ainda reclamou pelo “puxão de orelha” que a Comissão de Ética da presidência da República lhe aplicou por causa da sua idade. Ministro, os canalhas também envelhecem e nem por isso deixam as canalhices de lado. Como patifaria pouca é besteira o presidente de Senado Federal (ou Clube dos Mercenários) Renan Calhorda Calheiros também achou por bem ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo, na cidade de Trancoso na Bahia utilizando o mesmo meio de transporte do presidente da Câmara e do ministro da Previdência Social. Diante da gritaria tanto Renan Calheiros como Henrique Eduardo Alves resolveram declarar que ressarciriam os cofres públicos, porém a lambança já estava feita. O julgamento do Mensalão encerrou a fase dos embargos declaratórios e na próxima semana é que saberemos se a Corte irá aceitar os embargos infringentes ou não. De qualquer maneira a celeuma entre legislativo e judiciário não se encerrará por ai. Quem cassará o mandato dos deputados-mensaleiros? O que prevalecerá? É uma incógnita. O deputado Natan Donadon (sem partido/RO) foi condenado a treze anos pelo STF, no entanto, seus pares na Câmara dos Deputados votaram a favor da manutenção de seu mandato. Situação tragicômica. Como um parlamentar preso em regime fechado poderá exercer seu mandato? José Genoíno já deu entrada no pedido de aposentadoria como deputado federal para garantir “sua velhice” indo ou não para o xadrez. O subchefe do Mensalão (o chefe se chama Luiz Inácio Lula Satanás da Silva) José Dirceu declara que não fugirá do país. Cumprirá sua sentença lavando e passando roupa no xilindró. Resta saber se o fará apenas com seu uniforme ou prestará este serviço aos demais detentos. D. Dilma Rousseff que não governa coisa alguma, nem mesmo sua vidinha sem graça, apavorada com as manifestações (não está preparada para a ruptura e certamente será substituída) saiu-se com a ideia de jerico de convocar uma assembleia exclusiva para tratar da reforma política. Isso num dia. No outro já havia desistido em favor da convocação de um plebiscito cujos resultados valessem para as eleições de 2014 que também não poderia prosperar pelos mais diversos motivos e, entre eles, o tempo exíguo e o pleno desconhecimento de um número maciço de eleitores sobre esta bodega de voto distrital puro, misto, com ou sem listas abertas ou fechadas, etc. Mas precisava dar uma resposta às manifestações então teve a genial ideia de por em prática o que seu antecessor já havia combinado com os irmãos Castro (os doutores cubanos já vinham frequentando aulas de português em Cuba): importar médicos de Cuba. A Medida Provisória 621/2013, conhecida como Mais Médicos, está eivada de ilegalidades e imoralidades. Os médicos cubanos, tidos e havidos pelo governo petista como solução certamente no futuro serão problemas. O Nordeste, principal reduto do Partido dos Trabalhadores, somente no “governo” Rousseff já contabiliza nove apagões e Dilma foi ministra das Minas e Energia fato que, aliás, não quer dizer coisa alguma porque ministro de Estado é cargo político e, portanto, fica dispensado seu titular de apresentar provas de competência e honestidade. Não citarei exemplos de ministros incompetentes e desonestos por dois motivos. Primeiro, a relação é muito extensa e, segundo, correria o risco de esquecer de mencionar algum. E isto seria uma injustiça para com os citados. Nestes três meses de “momentos históricos” nenhuma das reivindicações nominais foram atendidas (transporte, educação e saúde) e poderiam caso “o presidenta” lançasse mão de apenas dois instrumentos legais à sua disposição. A Medida Provisória e os Projetos de Emeda Constitucional. O que aumentou a olhos vistos foi a repressão do Estado. Os vândalos, saqueadores, incendiários, etc. precisam e devem ser reprimidos, porém o que assistimos é o despreparo policial, o abuso de poder e comportamentos agressivos e arbitrários que lembram os anos de chumbo do regime militar. Uma das razões destas manifestações é exatamente esta: causar confusão, provocar pânico e insegurança para que o Estado possa ter um pretexto de adotar leis e medidas mais repressivas contra a sociedade, exceto para aqueles que acreditam serem espontâneas as manifestações. Muitos são os bandidos e oportunistas que saqueiam, vandalizam, incendiam, etc., porém, desde do início, um grupo foi designado para proceder exatamente desta maneira como parte da estratégia planejada, coordenada e articulada pela própria esquerda. A esquerda não quer derrubar a esquerda e sim substituir seus agentes e para isso é necessário testar a sociedade provocando tensões e impondo restrições que valerão durante e após as “manifestações”. No Rio de Janeiro a polícia revistará mochilas e quem estiver de máscaras deverá removê-las e apresentar documentos. Quando cessar as manifestações nada impedirá que se reviste a mochila de quem quer que seja. Não há nenhum impedimento legal em se usar máscaras, portanto, é uma violação de direitos do cidadão. Mascarado ou não o cidadão que esteja infringindo a lei deve ser punido, incluindo a classe política que é cem por cento “mascarada”.
O Brasil está repleto de exemplos de “momentos históricos”, porém não sai do lugar. Pelo contrário, a cada “momento histórico” se consegue produzir mais repressão, miséria e sofrimento. Com estas “manifestações” não será diferente. Tanto é assim que, passados três meses, a situação da população permanece inalterada, com péssimos serviços de transportes, deplorável atendimento de saúde, má qualidade na educação, mas a corrupção, desvio, desperdício e malversação do dinheiro público vão bem, obrigado. Os políticos prosseguem serelepes com suas falcatruas e patifarias de toda ordem. O governo continua tão incompetente, incapaz, omisso, conivente e safado como antes. Os indicadores econômicos e sociais piorando a cada dia que passa e d. Dilma Rousseff só está preocupada em se reeleger para ampliar a catástrofe que a administração petista tem provocado neste país desde 2003. Mas isto não significa que o senador Aécio Neves, Marina Silva, o governador Eduardo Campos e mesmo o presidente do STF Joaquim Barbosa venham a ser alternativas. Ao fim e ao cabo todos são farinha do mesmo saco, com todo respeito ao saco e a farinha.
CELSO BOTELHO
07.09.2013
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