quarta-feira, 25 de setembro de 2013
UMA TERRORISTA EM NOVA IORQUE
“O presidenta” Dilma Rousseff está sendo exaltada por haver suspenso sua visita aos EUA como convidada para demonstrar sua insatisfação com a arapongagem norte-americana, principalmente na invasão aos computadores da Petrobrás. Não se poderia esperar outra atitude do governo brasileiro. Porém fazer beicinho e dizer que não vai mais à casa dos abelhudos está muito longe de configurar uma postura firme. A solicitação de esclarecimentos do governo brasileiro é tacanha. O episódio apenas serviu para melhorar a imagem desgastada de D. Dilma pelas manifestações de junho deste ano. Manifestações planejadas, coordenadas e executadas pela própria esquerda que ocupa o poder para definir rumos, ampliar ou aplacar direções de acordo com o desenrolar dos acontecimentos e, principalmente, impor mais controle social. Exemplo: lei que proíbe o uso de máscaras em manifestações. Outro exemplo: ao difundir serem aqueles movimentos espontâneos combinados em redes sociais criou-se a justificativa para a necessidade de votar-se um Marco Civil para a Internet. Em outras palavras, censurar e invadir a privacidade em sites, blog e e-mails. Disse na ONU “o chefa” do Executivo brasileiro: “... o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados que por ela trafegam.” Não resta a menor dúvida que se trata da Lei da Mordaça e uma reedição de um SNI (Serviço Nacional de Informações) cibernético. O único efeito prático daquelas manifestações foi uma redução de centavos no preço dos transportes o que, aliás, não significa coisa alguma. A corrupção, o desvio, o desperdício e a malversação dos recursos públicos vão muito bem, obrigado. Renan Calhorda Calheiros (PMDB-AL) utilizou avião da FAB para comparecer ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Troncoso na Bahia. Garibaldi Alves (PMDB-RN), ministro da Previdência Social e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) também utilizaram aviões da FAB para deslocar-se do bom e velho estado do Rio Grande do Norte para o Rio de Janeiro para assistir a final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha. No ministério do Trabalho o prejuízo pode chegar a R$ 800 milhões. Na Previdência Social a Operação Miqueias apurou um auditor da Receita Federal que ocupava cargo de confiança pagou propinas a prefeitos para direcionar investimentos de fundos de pensão municipais. Doze mensaleiros foram beneficiados com a admissão dos embargos infringentes. Este fato poderá beneficiar outros políticos que estão sendo processados no STF como Fernando Collor de Mello, Jáder Barbalho e o eterno corrupto Paulo Maluf, quando prefeito de São Paulo cunhou a célebre máxima por ocasião do estupro e assassinato de uma jovem “estupra, mas não mata”. Durante as manifestações de junho jornalistas, cientistas políticos, sociólogos, articulistas, palpiteiros e outros lambões, por inocência, ignorância ou conveniência alardearam que o Brasil estava mudando, o gigante adormecido em berço esplendido havia acordado e outras baboseiras do gênero, hoje estão silenciosos diante da realidade. Ah, mas a PEC 37 foi derrotada, esqueceu? Não. A PEC 37 era um natimorto. Tão nefasta quanto ela é o Projeto de Lei 4330/04 (terceirização das atividades fins das empresas), do deputado Sandro Mabel (PR-GO), parado a sete anos na Câmara dos Deputados. Mudou o quê?
Agora os mesmo inocentes, ignorantes ou coniventes estão a idolatrar “a presidento” por seu discurso na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) pela maneira “dura” ao abordar a espionagem norte-americana no Brasil. Certamente que Washington não apreciou o pronunciamento de D. Dilma e partirá para a retaliação econômica. Porém, neste caso, o governo brasileiro não poderia tomar outra atitude mesmo sabendo, de antemão, que resultaria em futuros prejuízos econômicos. Logo de início “o presidenta” asseverou na Assembleia que o Brasil sabe se proteger. Quanta cara de pau! As Forças Armadas estão sucateadas, desprezadas e humilhadas. O nióbio, metal nobre utilizado em aeronaves, espaçonaves, computadores, etc. cujas reservas brasileiras (na Amazônia) somam 98% de todo este mineral existente no planeta está sendo contrabandeado para a Europa e Estados Unidos através da Guiana a preços ínfimos. O governo entrega alegremente as jazidas de petróleo as multinacionais. Recordar é viver: antes de ocupar o ministério das Minas e Energias no governo Lula D. Dilma era contra estes leilões. Privatizam (doam, na verdade) empresas, portos, aeroportos, “inventou-se” as PPP (Parceria Pública Privada), transfere para a iniciativa privada serviços em regime de concessões que não são fiscalizadas. No Rio de Janeiro ainda circulam trens na Supervia de 1954. O governo brasileiro não consegue proteger sequer a si próprio quanto mais o país e seus cidadãos. O Brasil está tão protegido quanto uma zebra dentro de um rio povoado por crocodilos. Não será surpresa que D. Dilma seja elevada à categoria de estadista. O presidente João Figueiredo (1918-1999), também na ONU, foi alçado a este patamar. Ora, vejam!
Como já disse em texto anterior, das duas uma: ou D. Dilma Rousseff é hipócrita ou é hipócrita. No entanto, se isto lhe possa servir de consolo, este atributo não é uma exclusividade dos comunistas, pode ser detectado num grande número de seres humanos e pelos mais diversos motivos em todos os credos, convicções, vocações e em qualquer espaço e tempo da História. Disse “a presidento”: “O terrorismo, onde quer que ocorra e venha de onde vier, merecerá sempre nossa condenação inequívoca e nossa firme determinação em combatê-lo. Jamais transigiremos com a barbárie.” “O Brasil, senhor presidente, sabe proteger-se. Repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas.” Opa, mudou o terrorismo ou terá mudado D. Dilma? Nem um nem outro. Permanecem como sempre foram. Os métodos sofisticaram-se, porém as finalidades são as mesmas. A biografia “do presidenta” contradiz esta afirmação. Foi membro da COLINA (Comando de Libertação Nacional) que se fundiu à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares) organização de extrema esquerda que lutava para implantar no Brasil um regime comunista. Todas as organizações daquela época tinham por objetivo substituir a ditadura militar por uma ditadura nos moldes da URSS, Cuba ou China. Hoje seus sobreviventes (Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, Fernando Gabeira, Tarso Genro, José Genoíno, José Dirceu, Franklin Martins, etc.) juram que lutavam pela democracia. Será que D. Dilma está sofrendo de amnésia? Caso seja isso vou reavivar sua memória. Em julho de 1969 a VAR-Palmares “expropriou” (como os terroristas referiam-se a assaltos) o cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros (1900-1969) contendo mais de US$ 2,5 milhões (mais de US$ 20 milhões atualmente) que se encontrava na mansão do irmão da amante do ex-governador. Os moradores foram amarrados com fio de telefone. O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc Mouse participou da ação. D. Dilma pode não ter participado pessoalmente do assalto, porém só o fato de conhecer o plano e integrar a organização criminosa está caracterizada sua cumplicidade. No caso do plano para sequestrar o ministro Delfim Neto D. Dilma nega a participação, mas o ex-comandante da VAR-Palmares Antonio Roberto Espinosa admitiu, na Folha de São Paulo, ter coordenado o plano e que “a presidento” fazia parte da cúpula que planejou o atentado que só não se realizou por que vários membros foram presos e logo despois desmentiu a informação. De qualquer maneira D. Dilma sabia do plano e, portanto, foi cúmplice. O comunismo matou em todo o planeta mais pessoas do que as duas guerras mundiais juntas. Além de cúmplice todos os membros de todas as organizações guerrilheiras daquela época são culpados moralmente de todas as mortes em todos os lugares do mundo provocadas pelos comunistas. No entanto, nenhum deles, especialmente D. Dilma, jamais veio a público admitir sua cumplicidade com assassinatos, torturas, desaparecimentos, etc. desculparem-se e, através de ações concretas, tentar reparar os danos causados. Pelo contrário, “o presidenta” e os guerrilheiros estufam o peito orgulhosos de haver praticado terrorismo. Em 1972 A VAR-Palmares associada a ALN (Aliança Libertadora Nacional) e PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) assassinaram a tiros o marinheiro inglês David Cuthberg. Em 2011 o Arquivo Nacional liberou documentos onde a VAR-Palmares determinava o “justiçamento” (assassinato) de oficiais do Exército e outras forças. Dizia um trecho do documento "o justiçamento punitivo visa especialmente paralisar o inimigo, eliminando sistematicamente os cdf da repressão, os fascistas ideologicamente motivados que pressionam os outros." Dizer que o Brasil não dá abrigo a terrorista é uma piada. A Lei da Anistia (Lei 6.683/1979) abrigou todos os terroristas, os do Estado e os que militavam em organizações guerrilheiras. O MST (Movimento dos Sem Terra) e o Foro de São Paulo são entidades eminentemente terroristas e os três poderes da República abrigam sim centenas de terroristas. Outra pataquada de D. Dilma foi dizer, textualmente: “Como tantos outros latino-americanos, lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender de modo intransigente o direito à privacidade dos indivíduos e a soberania de meu país. Sem ele - direito à privacidade - não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações.” Quanta desfaçatez. Para começar os latinos americanos a que se refere são grupos terroristas do mesmo calibre do VAR-Palmares, MR-8, ALN, AP etc., a saber. Movimento Revolucionário Tupamaro (MRT), Venezuela, de tendência marxista-leninista; Movimento de Libertação Nacional – Tupamaro (MTN-L), Uruguai, extrema esquerda; Sendero Luminoso, Peru, ideologia marxismo-leninismo-maoísmo; Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Colômbia, inspiração comunista marxista-leninista, hoje especialista narcotráfico; Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Nicarágua, socialista: Movimento 26 de Julho, Cuba, comunista, liderado por Fidel Castro que depôs um ditador e assumiu seu lugar, estes dois últimos foram os únicos que atingiram seus objetivos com maior rapidez, os demais foi preciso que se passassem décadas para assumirem o poder. E D. Dilma vem dizer que “lutou” contra o arbítrio, censura, invasão de privacidade e defendia a soberania, liberdade de expressão e opinião como tantos latinos americanos nas organizações acima citadas? Ora, tenha vergonha nesta cara.
Mas o abre alas do governo petista é, sem qualquer sombra de dúvida, o Fome Zero, Bolsa-Família, Brasil Carinhoso, Brasil Sem Miséria. A esmola foi institucionalizada. Diante de representantes de inúmeras nações D. Dilma afirmou haver retirado “da extrema pobreza, com o Plano Brasil sem Miséria, 22 milhões de brasileiros, em apenas dois anos.” Melhor do que isso só mesmo o milagre da multiplicação. Nesta progressão não demorará sobrar dinheiro e faltar pobres para ser beneficiado e então, provavelmente, o governo lançara o Programa Mais Pobres importando-os da África e da Ásia onde há um imenso contingente, uma vez que em Cuba estes são raros ou inexistentes. “O presidenta”, fagueira, fez os presentes tomar conhecimento de que a mortalidade infantil no Brasil foi reduzida drasticamente. Caso considerarmos válidos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fato improvável posto que o PT aparelhou todo o Estado brasileiro, a mortalidade infantil declinou. De 1998 à 2010 passou de 33,5 (não estou certo se pode existir meia criança, mas vá que seja) crianças mortas por mil nascidas vivas para 22. Um número bastante alto, por sinal. Apenas como ilustração pode-se citar a Finlândia, Islândia, Japão, Noruega e Suécia com três mortes a cada mil nascidos. Como também se pode ilustrar citando o Afeganistão com a incrível média de 154 óbitos por mil nascidos vivos. São realidades excepcionalmente distantes das encontradas no Brasil e é improvável (mas não impossível) que alcancemos os primeiros ou aproxime-se do segundo. Dona Dilma sabe exatamente as causas (e as consequências) da mortalidade infantil “esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres são as mais atingidas pela mortalidade infantil. Entre os principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água, resultando em outras doenças) e desnutrição.” Mas seu governo e do seu antecessor e os demais que os antecederam não se empenharam em prover assistência às gestantes e aos recém-nascidos, proporcionar saneamento básico e combater a desnutrição. Mas, dirão, a mortalidade infantil diminuiu sensivelmente e poderia, digo eu, ter diminuído muito mais caso os governos fossem menos corruptos, perdulários, omissos e incompetentes.
No setor educacional D.Dilma extrapolou. Faltou comparar a educação brasileira com da Finlândia, sempre nas primeiras colocações nas competições internacionais com estudantes. Mas que deu vontade deu. No Brasil, segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano de 2013, editado pelo governo petista cuja veracidade é suspeita, aponta o percentual de crianças com 5 e 6 anos frequentando a escola subiu de 37,3% (em 1991) para 91,1% (em 2010). Frequentar escola não significa que a educação seja de qualidade e isso é notório no Brasil. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que promove o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) que avalia o desempenho de jovens de 15 em 65 países em leitura, matemática e ciências o Brasil obteve o nada honroso 53º lugar (edição de 2009, disponível) abaixo do Chile, Uruguai e México. Na ocasião o ministro da Educação Fernando Haddad, O Lambão, disse que o resultado poderia ter sido pior. D. Dilma disse na Assembleia da ONU que “somos o país que mais aumentou o investimento público no setor educacional, segundo o ultimo relatório da OCDE.” Alocar recursos fabulosos não é garantia de oferta de educação de qualidade. No Brasil quanto mais recurso é destinado à educação, saúde, transporte, habitação, segurança pública, etc. mais eles são desviados e desperdiçados. Falta competência e sobram corruptos cientes de que não serão punidos. O currículo escolar em todos os níveis e as técnicas educacionais praticadas no Brasil há décadas vem destruindo inteligências e criando enormes contingentes de analfabetos funcionais, cidadãos alienados, estúpidos e doutrinados desde a mais tenra idade de forma que são incapazes de refletir, questionar e buscar solução para os problemas que se apresentem fora da doutrinação esquerdista. E isto é parte da estratégia esquerdista de homogeneização do pensamento nacional a seu favor. Foi divulgado um levantamento realizado sobre educação realizado pela revista “Economist” da editora Pearson e o Brasil disputou o último lugar com o México e a Indonésia. O primeiro lugar ficou com a Finlândia. O sucesso finlandês na educação deveria motivar “a presidento” e adotar seu método, mas é óbvio que isto jamais vai acontecer porque é totalmente contrário aos objetivos da esquerda. O sucesso finlandês ancora-se em seis pontos. 1) Todas as crianças têm direito ao mesmo ensino. Não importa se é o filho do premiê ou do porteiro; 2) Todas as escolas são públicas, e oferecem, além do ensino, serviços médicos e dentários, e também comida (e não salsicha, arroz e feijão); 3) Os professores são extraídos dos 10% mais bem colocados entre os graduados; 4) As crianças têm um professor particular disponível para casos em que necessitem de reforço; 5) Nos primeiros anos de aprendizado, as crianças não são submetidas a nenhum teste e 6) Os alunos são instados a falar mais que os professores nas salas de aula. Mas o que se pode esperar da educação num governo que teve por ministro Fernando Haddad que permitiu a publicação e distribuição de livros didáticos contendo erros ou Aloizio Mercadante que permitiu que no formulário de informações socioeconômicas preenchidos pelos candidatos do ENEM constasse como opções de resposta à pergunta “você tem em sua residência?” rádio, automóvel, telefone celular, acesso a Internet e “empregada mensalista”?
A respeito das manifestações de junho mentiu cinicamente ao dizer que o governo não as reprimiu. Reprimiu sim e as imagens estão disponíveis na Internet e nas emissoras de televisão. Ouvir e compreender são atitudes que qualquer um pode ter, mas adotar as medidas adequadas, necessárias e imprescindíveis são bem poucos que o fazem. “A presidento” afirmou que veio das ruas. Não é verdade. Ela não estava nas ruas e sim nos “aparelhos” protegida e conspirando. Disse ter lançado cinco grandes pactos dos quais não há notícia de resultados práticos quase quatro meses depois. O primeiro pacto é para o Combate à Corrupção e Pela Reforma Política, a Operação Miqueias apurou funcionário do gabinete das Relações Institucionais realizando “negócios” dentro do Palácio do Planalto e será impossível aprovar-se qualquer reforma para valer nas próximas eleições. O segundo pacto pela Mobilidade Urbana que, para o governo, deve ser o tal trem-bala cuja passagem estará fora do alcance da população, porém engordara a conta bancária de muito pilantra. O terceiro pacto é pela Educação onde também não se tem noticia de nenhuma mudança até agora. O quarto pacto é pela Saúde e a única coisa que está sendo realizada é a importação de médicos cubanos de maneira irregular, imoral e ilegal. O Programa Mais Médicos avilta a Constituição Federal, desrespeita a Consolidação das Leis Trabalhistas, rompe com acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, mas os petistas acham todos os problemas de saúde estarão resolvidos. Pergunta-se: caso um médico cubano venha a errar num diagnóstico e na prescrição dos medicamentos e o paciente venha a falecer ou apresentar sequelas irreversíveis quem os familiares irão processar? A União ou o governo cubano? Esta semana ouvi de um petista ferrenho o argumento que quando se viaja para o exterior e caso se sofra algum acidente ou seja acometido de algum mal será um médico estrangeiro que o atenderá e, portanto, a não aceitação de médicos cubanos é puro preconceito e que os ricos podem ser tratados por médicos estrangeiros e os pobres não. Refuto afirmando que não é necessário que o sujeito seja rico para viajar para o exterior e no caso de se encontrar em outro país não teria cabimento algum exigir um médico conterrâneo seu. Não se trata de ricos terem médicos estrangeiros e pobres não. Trata-se da forma como foram contratados, como são formados em Cuba e também observar-se que médico neste país é produzido em escala para exportação. O último pacto é pela Responsabilidade Fiscal para limitar “qualquer tentação de populismo fiscal” (palavras “do presidenta”). É o próprio governo federal que faz populismo fiscal desonerando alguns setores privilegiados sob a alegação de que está estimulando o consumo. “Fazendo a roda girar” como dizia o pulha do Lula. Tanto este quanto os demais “pactos” é pura demagogia. No Orçamento da União deste ano o corte foi menor do que em 2011 e 2012 possibilitando assim maiores gastos públicos que pode estimular o aumento nos preços num ano com inflação ascendente juros altos como solução para contê-la. Um pacto deste é desnecessário, bastaria o governo agir conforme determina a lei de Responsabilidade Fiscal. Os gastos do governo continuam crescendo sem os resultados esperados. Lançam mão de artifícios contábeis como contabilizar certas despesas, excluir outras, apropriando-se de receitas não convencionais, etc. e no fim das contas os resultados apresentados aparentam ser razoáveis. Exemplo desta prática foi no final do ano passado quando o governo sacou R$ 12 bilhões do Fundo Soberano, criado para ser usado em situações de emergência, se apropriou de R$ 7 bilhões que deveria receber da Caixa Econômica Federal e do BNDES ao longo de vários anos. Da meta de superávit primário definido para 2012, deduziu, como permitia a Lei de Diretrizes Orçamentárias, R$ 39 bilhões de investimentos no PAC. A meta do superávit primário para 2013 é de 3,1% do PIB e só poderá ser alcançada utilizando artifícios como abatimento dos investimentos do PAC e das desonerações fiscais. O ministro da Fazendo Guido Mantega gaba-se do superávit primário (receita menos despesas, sem incluir os juros). É a economia que o governo faz para pagar juros da dívida pública, cerca de R$ 200 bilhões anuais. Não é preciso pacto, basta competência, probidade e clareza no trato da coisa pública invés de ficar inventando moda.
“Temos compromisso com a estabilidade, com o controle da inflação, com a melhoria da qualidade do gasto público e a manutenção de um bom desempenho fiscal.” Outra mentira deslavada. O Banco Central, O Carimbador Maluco, informou que em agosto deste ano o déficit nas contas externas do país alcançou US$ 5,5 bilhões, mais do que o dobro do mesmo mês no ano passado. O “rombo” acumulado no ano é de US$ 58 bilhões. Isto é um recorde histórico considerando a série desde 1947. Nos últimos doze meses encerrados em agosto deste ano o déficit chegou a US$ 80,6 bilhões (3,6% do PIB) tal proporção, segundo o Banco Central, não era alcançada desde março de 2002. A previsão do BC para o ano é que o déficit chegue a US$ 75 bilhões, um salto de quase 40% frente ao registrado em 2012. No mês passado, a dívida externa brasileira chegou a US$ 311,5 bilhões. O estoque líquido de reservas internacionais do país teve decréscimo de US$ 854 milhões em agosto em relação ao mês anterior, chegando a US$ 372,8 bilhões. Os números demonstram cabalmente a incompetência do governo. Artifícios contábeis, artimanhas e subterfúgios não podem mascarar indefinidamente o desastre da administração petista por mais de uma década.
CELSO BOTELHO
26.09.2013