quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DILMA CALA SOBRE A CARNIFICINA NO MARANHÃO E MENTE DESCARADAMENTE NA SUIÇA





Mais uma vez “o presidenta” Dilma Rousseff escondeu-se no silêncio. Repete, portanto, o mesmo artifício de seu criador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula Satanás da Silva. Faz de conta que não é com ela. Lula sempre se esconde quando suas safadezas vêm a público. No escândalo do Mensalão primeiro quis se fazer de vítima dizendo que fora apunhalado pelas costas, a seguir declarou que seu partido apenas incorrera no crime de caixa dois que, asseverou, todos faziam. Em sua estreiteza intelectual e moral Lula considera que se o crime é praticado com assiduidade deixa de sê-lo. Finalmente, seguindo orientação do então ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos (advogado de defesa dos mensaleiros), jurou de pés juntos que de nada sabia.  No caso de sua “amiga íntima” Rosemary Noronha para a qual criou o Gabinete da Presidência da República em São Paulo e a partir dele sua companheira de viagens ao exterior “comercializava” pareceres técnicos de órgãos federais para quem se dispusesse pagar. Recentemente o delegado Romeu Tuma Jr. publicou seu livro “Reputações Assassinadas” afirmando que o ex-presidente Lula era um informante do Dops (Departamento Ordem Política e Social) conhecido por “barba”. Que fez o ex-sindicalista pelego? Silenciou. Saiu de fininho assoviando como quem não tem nada com isso. Atitude exemplar de um perfeito canalha. O que está acontecendo no estado do Maranhão não começou ontem. O estado é feudo da “famiglia” Sarney há cinquenta anos. Mas o senador Sarney e o PMBD são caros ao Partido dos Trabalhadores e não convém contrariá-los, mesmo que tenham que descumprir as leis e a própria Constituição Federal, porque valores éticos e morais inexistem entre os esquerdistas. O PT cuida bem de seus aliados (leia-se cúmplices, comparsas, apaniguados e simpatizantes). O governador do estado do Rio de Janeiro Sergio Cabral Filho (PMDB-RJ) e Agnelo Queiroz (PT-DF), governador do Distrito Federal foram blindados na CPI do Cachoeira (Carlos Augusto Ramos) ao mesmo tempo que os petistas apontavam para o governador do estado de Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO) que, além de não ser nenhum santo (chegou a estipular salário para a primeira-dama que coincidentemente era sua esposa), serviria perfeitamente para desempenhar o papel de bode expiatório. O PSDB existe exatamente para isto. Levar pancada do PT, fazer beicinho e parecer oposição. Afinal, os tucanos são à direita da esquerda. Ao cabo e ao fim todos foram preservados.


Sobre a carnificina e desordem no Maranhão D. Dilma descaradamente silencia. Certamente está muito ocupada (e preocupada) com a sua reeleição. O tempo urge e está encolhendo a cada dia, portanto, fica nos bastidores fazendo acordos espúrios, cambalachos, maracutaias e outras patifarias. Está preocupada com sua reeleição. Não pode se dar ao luxo de perder o apoio do Goela Profunda (ou PMDB). Como já disse, salvo chuvas e trovoadas no decorrer do período, é muito provável que consiga mais quatro anos. Não que possua méritos que, se existem ninguém conhece. O que a favorece enormemente é a mediocridade e incompetência dos pré-candidatos que já se apresentaram. Mas isso não quer dizer que “o presidenta” seja menos medíocre e incompetente.


O ministro da Justiça (sic) José Eduardo Cardozo serviu de moleque de recado “do presidenta”. É bom que se diga que ao assumir este posto (de moleque de recados) está usurpando a função do ministro da Educação Aloisio Mercadante (para este ministério qualquer imbecil serve). José Eduardo Cardozo sentou-se ao lado da governadora do Maranhão Roseana Sarney que, por sinal, também ignorava o que se passava nos presídios do estado que diz governar e a única proposta que irá se concretizar será o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública e, paralelamente, a aprovação de mais leis restritivas. Percebam como nada é por acaso. Não existem coincidências. A carnificina nos presídios é a justificativa para aumentar o poder de repressão do Estado e impor mais controle social. Haverá quem diga que a situação calamitosa, insalubre, promíscua e desumana nos presídios são anteriores ao governo petista. Sim. É fato. Porém, este governo está no poder desde 2003 e nada fez para minimizar a situação na qual se encontram. Ao contrário, ao omitir-se estimulou a violência. Violência que agora favorecerá sua estratégia de implantação do regime de partido único. A Força Nacional de Segurança Pública foi idealizada pelo então ministro da Justiça Márcio Tomaz Bastos em 2004. Em 2013 “a presidento” Dilma Rousseff baixou o Decreto Presidencial nº 7.957 que prevê a intervenção nos estados por interesse de qualquer ministro de Estado permitindo a interferência armada nos estados mesmo que o governador não a solicite. Esta Força está à disposição do poder Executivo que passou a contar com sua própria força policial que pode ser enviada e atuar em qualquer região do país ao sabor de sua vontade. O presidente da República brasileira tem à sua disposição um exército particular, tipo a guarda pretoriana do Império Romano.


Na Suíça “a presidente” mentiu descaradamente ao afirmar que desde que o país foi “escolhido” para sediar a Copa do Mundo de 2014 uma série de melhorias foram realizadas enfatizando a infraestrutura urbana, a malha viária e ferroviária. Qualquer idiota pode constatar que as rodovias estão péssimas condições, cheias de buracos, sem sinalização, inseguras, etc. as ferrovias são uma merda, no aeroporto do Rio de Janeiro o ar condicionado não funciona, os portos brasileiros são uma piada (de mau gosto). O sujeito que redigiu o discurso de Dilma Rousseff esmerou-se em construir sentenças que não dizem absolutamente nada. Vejam que pérola: “[é] imprescindível resgatar o horizonte de longo e médio prazos para dar suporte aos diagnósticos e as ações necessárias para o crescimento das diferentes economias". Com seiscentos diabos, é mais fácil compreender a física quântica! Também asseverou aos suíços que a inflação está “sob controle”, certamente estava se referindo a inflação suíça. Dilma, baseada nas informações de Marcelo Neri de que quem ganha dois salários mínimos faz parte da classe média, disse que esta é formada hoje de 55% da população. E seu discurso discorre sobre um país imaginário, um país do marketing a peso de ouro para promover um governo corrupto, incompetente, perdulário, omisso e conivente com o ilícito. Da maneira como pintou o cenário brasileiro faz lembrar o ex-presidente Médici que dizia que o Brasil era uma ilha de tranquilidade num mundo tão conturbado, enquanto o pau comia solto nos subterrâneos da ditadura.


CELSO BOTELHO

25.01.2014