Mais uma vez “o presidenta”
Dilma Rousseff escondeu-se no silêncio. Repete, portanto, o mesmo artifício de
seu criador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula Satanás da Silva. Faz de conta
que não é com ela. Lula sempre se esconde quando suas safadezas vêm a público.
No escândalo do Mensalão primeiro quis se fazer de vítima dizendo que fora
apunhalado pelas costas, a seguir declarou que seu partido apenas incorrera no
crime de caixa dois que, asseverou, todos faziam. Em sua estreiteza intelectual
e moral Lula considera que se o crime é praticado com assiduidade deixa de
sê-lo. Finalmente, seguindo orientação do então ministro da Justiça Márcio
Tomaz Bastos (advogado de defesa dos mensaleiros), jurou de pés juntos que de
nada sabia. No caso de sua “amiga
íntima” Rosemary Noronha para a qual criou o Gabinete da Presidência da
República em São Paulo e a partir dele sua companheira de viagens ao exterior
“comercializava” pareceres técnicos de órgãos federais para quem se dispusesse
pagar. Recentemente o delegado Romeu Tuma Jr. publicou seu livro “Reputações
Assassinadas” afirmando que o ex-presidente Lula era um informante do Dops
(Departamento Ordem Política e Social) conhecido por “barba”. Que fez o
ex-sindicalista pelego? Silenciou. Saiu de fininho assoviando como quem não tem
nada com isso. Atitude exemplar de um perfeito canalha. O que está acontecendo
no estado do Maranhão não começou ontem. O estado é feudo da “famiglia” Sarney
há cinquenta anos. Mas o senador Sarney e o PMBD são caros ao Partido dos
Trabalhadores e não convém contrariá-los, mesmo que tenham que descumprir as
leis e a própria Constituição Federal, porque valores éticos e morais inexistem
entre os esquerdistas. O PT cuida bem de seus aliados (leia-se cúmplices,
comparsas, apaniguados e simpatizantes). O governador do estado do Rio de
Janeiro Sergio Cabral Filho (PMDB-RJ) e Agnelo Queiroz (PT-DF), governador do
Distrito Federal foram blindados na CPI do Cachoeira (Carlos Augusto Ramos) ao
mesmo tempo que os petistas apontavam para o governador do estado de Goiás Marconi
Perillo (PSDB-GO) que, além de não ser nenhum santo (chegou a estipular salário
para a primeira-dama que coincidentemente era sua esposa), serviria
perfeitamente para desempenhar o papel de bode expiatório. O PSDB existe
exatamente para isto. Levar pancada do PT, fazer beicinho e parecer oposição.
Afinal, os tucanos são à direita da esquerda. Ao cabo e ao fim todos foram
preservados.
Sobre a carnificina e
desordem no Maranhão D. Dilma descaradamente silencia. Certamente está muito
ocupada (e preocupada) com a sua reeleição. O tempo urge e está encolhendo a
cada dia, portanto, fica nos bastidores fazendo acordos espúrios, cambalachos,
maracutaias e outras patifarias. Está preocupada com sua reeleição. Não pode se
dar ao luxo de perder o apoio do Goela Profunda (ou PMDB). Como já disse, salvo
chuvas e trovoadas no decorrer do período, é muito provável que consiga mais
quatro anos. Não que possua méritos que, se existem ninguém conhece. O que a
favorece enormemente é a mediocridade e incompetência dos pré-candidatos que já
se apresentaram. Mas isso não quer dizer que “o presidenta” seja menos medíocre
e incompetente.
O ministro da Justiça (sic)
José Eduardo Cardozo serviu de moleque de recado “do presidenta”. É bom que se
diga que ao assumir este posto (de moleque de recados) está usurpando a função
do ministro da Educação Aloisio Mercadante (para este ministério qualquer
imbecil serve). José Eduardo Cardozo sentou-se ao lado da governadora do
Maranhão Roseana Sarney que, por sinal, também ignorava o que se passava nos
presídios do estado que diz governar e a única proposta que irá se concretizar
será o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública e,
paralelamente, a aprovação de mais leis restritivas. Percebam como nada é por
acaso. Não existem coincidências. A carnificina nos presídios é a justificativa
para aumentar o poder de repressão do Estado e impor mais controle social.
Haverá quem diga que a situação calamitosa, insalubre, promíscua e desumana nos
presídios são anteriores ao governo petista. Sim. É fato. Porém, este governo
está no poder desde 2003 e nada fez para minimizar a situação na qual se encontram.
Ao contrário, ao omitir-se estimulou a violência. Violência que agora
favorecerá sua estratégia de implantação do regime de partido único. A Força
Nacional de Segurança Pública foi idealizada pelo então ministro da Justiça
Márcio Tomaz Bastos em 2004. Em 2013 “a presidento” Dilma Rousseff baixou o
Decreto Presidencial nº 7.957 que prevê a intervenção nos estados por interesse
de qualquer ministro de Estado permitindo a interferência armada nos estados
mesmo que o governador não a solicite. Esta Força está à disposição do poder
Executivo que passou a contar com sua própria força policial que pode ser
enviada e atuar em qualquer região do país ao sabor de sua vontade. O
presidente da República brasileira tem à sua disposição um exército particular,
tipo a guarda pretoriana do Império Romano.
Na Suíça “a presidente”
mentiu descaradamente ao afirmar que desde que o país foi “escolhido” para
sediar a Copa do Mundo de 2014 uma série de melhorias foram realizadas
enfatizando a infraestrutura urbana, a malha viária e ferroviária. Qualquer
idiota pode constatar que as rodovias estão péssimas condições, cheias de
buracos, sem sinalização, inseguras, etc. as ferrovias são uma merda, no
aeroporto do Rio de Janeiro o ar condicionado não funciona, os portos brasileiros
são uma piada (de mau gosto). O sujeito que redigiu o discurso de Dilma
Rousseff esmerou-se em construir sentenças que não dizem absolutamente nada.
Vejam que pérola: “[é] imprescindível resgatar o horizonte de longo e médio
prazos para dar suporte aos diagnósticos e as ações necessárias para o
crescimento das diferentes economias". Com seiscentos diabos, é mais fácil
compreender a física quântica! Também asseverou aos suíços que a inflação está
“sob controle”, certamente estava se referindo a inflação suíça. Dilma, baseada
nas informações de Marcelo Neri de que quem ganha dois salários mínimos faz
parte da classe média, disse que esta é formada hoje de 55% da população. E seu
discurso discorre sobre um país imaginário, um país do marketing a peso de ouro
para promover um governo corrupto, incompetente, perdulário, omisso e conivente
com o ilícito. Da maneira como pintou o cenário brasileiro faz lembrar o
ex-presidente Médici que dizia que o Brasil era uma ilha de tranquilidade num
mundo tão conturbado, enquanto o pau comia solto nos subterrâneos da ditadura.
CELSO BOTELHO
25.01.2014