As notícias, plantadas ou não, nos meios de comunicação durante todo o sempre jamais devem ser aceitas de imediato, pois, caso contrário, estaremos nos comportando de forma pouco inteligente e, portanto, extremamente perigosa para nós mesmos. Especialmente quando a fonte for oficial, isto é, do governo. Seja ele de que cor for e que aspecto (com ou sem quepe ou barba) tenha porque sempre estará envolvido em manipulá-las, distorcê-las e omiti-las. Somente investigando é que poderemos determinar o grau de pureza contido em alguma notícia. Devemos considerar, no entanto, que no Brasil tal investigação é uma tarefa árdua tal o grau de contaminação existente nas turvas águas dos meios de comunicação, inúmeros há muito tempo transformados em fétidos mares de lama. As notícias veiculadas atendem, primordialmente, aos interesses pecuniários das classes dominantes (banqueiros e empresários tupiniquins ou não, latifundiários, políticos, etc.) em detrimento de toda sociedade e, especialmente, de sua vasta porção de desasistidos. Por trás da mais ingênua ou alvissareira notícia encontraremos sempre alguma finalidade torpe incrustada. Poderia aqui desmentir várias notícias ao longo das últimas décadas de incontáveis figuras públicas sem nenhum receio de cometer qualquer equívoco e sem que os citados tivessem qualquer chance de me convencerem do contrário. Porquanto vamos nos ater ao balanço sobre as ações da Polícia Federal em 2009, divulgado pelo ministro da Justiça (sic) Tarso, O Genro.
Segundo a peça (o ministro e o balanço) foram efetuadas 4.534 prisões. No combate à corrupção foram realizadas 43 operações com 386 suspeitos detidos, sendo que destes 83 eram funcionários públicos distribuídos entre os poderes do Estado. “Teje preso!” E daí? Cadê o resto da notícia? Pelo menos o mais trivial para a população deveria constar (exceto se entendem que esta deveria pesquisar exaustivamente para identificá-los). Quem são os 386 safados? Em quais estágios se encontram seus processos na Justiça? Quais as providências que foram tomadas para coibir ações desse tipo? Qual foi o custo (financeiro e humano) nestas operações? Como ministro da Justiça deveria também oferecer à sociedade outros números tais como: quantos foram efetivamente punidos, quanto foi recuperado de valores surrupiados, quais as mudanças na legislação que foram propostas e aprovadas para um controle mais eficaz do dinheiro público e maior rigor nas punições eliminando-se benefícios legais que essa gente desfruta numa afronta retumbante aos cidadãos de bem, que ações concretas foram levadas a termo para a demolição do portentoso edifício do Instituto da Impunidade? E por ai a fora. Talvez o titular da Justiça não tenha essas respostas pelo corriqueiro fato de que não existem. Neste caso cabe perguntar qual o custo/benefício da empreitada? Colocará as aves de rapina na cadeia? A julgar por outras e tantas operações pirotécnicas da Polícia Federal podemos assegurar que os malfeitores continuarão livres, leves e soltos e, mais importante, desfrutando do quinhão subtraído dos cofres públicos como se o tivessem merecido. De uma coisa tenho plena certeza: estes números irão se somar aos dos anos anteriores para compor uma estatística positiva para o presidente Lula, O Ignorante Desbocado, reforçando seu mote de que “nunca se investigou e prendeu tanto na história deste país”.
Mas o tal ministro apresentou números relativos às drogas e as armas. Segundo ele, em 2009 foram apreendidos 150.585,71 quilos de maconha havendo uma redução de 14% em relação ao ano passado. Será que a rapaziada está fumando menos baseado? Pode ser. Mas o número apresentado é verdadeiro? Só mesmo um estúpido o aceitaria, pois, sabemos perfeitamente que grande parte do se apreende neste país encontram outro destino (sejam carros, motos, equipamentos, produtos piratas, madeira, drogas, armas, chicletes ou parafusos). Destino esse determinado pelos próprios agentes, em benefício próprio, encarregados de fazerem cumprir a lei. O mesmo se dá com a cocaína que, de acordo com o ministério, as apreensões mantiveram-se estáveis: 20,8 mil quilos este ano contra 20,4 no ano anterior. Essas assertivas não encaixam com os registros policiais que aumentam ano após ano em violências decorrentes do uso destas substâncias. O que mais me impressionou foi a redução cavalar dos comprimidos de Ecstasy: neste ano 28.252 unidades e em 2008 132.621, quase 80% a menos. Devemos concordar que o extravio desta droga das dependências policiais e seu repasse são muito mais fáceis do que com aquelas convencionais. Basta entrarmos em qualquer boate, shows, academias de ginástica e etc. que veremos o comercio e o uso destes comprimidos. As mesmas perguntas se fazem necessárias: quais as providências adotadas no combate às drogas que possam gerar resultados satisfatórios? Quantas e quais as pessoas (ou melhor, facínoras) foram presos pela prática deste sórdido comércio e quais as suas situações legais? A quanto anda o policiamento nas fronteiras, portos e aeroportos? Se no Palácio do Planalto entra até uma manada de elefantes psicodelicamente pintados sem chamarem a atenção de ninguém e, principalmente, sem serem registrados pelas câmeras de segurança que dirá nestes lugares. Há mais de quarenta anos só se prende raia miúda no tráfico de entorpecentes que são prontamente substituídas. Ninguém sequer cogita em ir atrás dos verdadeiros donos do pó, da erva e dos comprimidos pelo simples fato de que com eles mantêm estreitos laços de relacionamento. Esta é a verdade.
Por fim o dito cujo ministro em 2009 proclamou que apreendeu-se 12,6 mil armas e foram cadastradas 609,2 mil. Outra apreensão que facilmente retorna às ruas pelos mesmos agentes e motivos. Quantas destas armas cadastradas devem pertencer ao MST (Movimento dos Sem-Terra), a FARC tupiniquim? O que esta entidade (diabólica) arma-se é de causar inveja aos remanescentes das organizações guerrilheiras que se lançaram à luta armada para combater o regime militar instaurado em 1964. Ah, se tivessem essa facilidade... Mas o MST está interessado somente em armas mais sofisticadas. Esta organização é o clássico exemplo de se criar cobra para no futuro por ela ser mordido. Que armas a Polícia Federal apreendeu? Onde exatamente? Quem as mantinha, foram presos, estão processados? Que destino a elas foram dados? Quais as medidas práticas para restringir o comércio (legal e ilegal), a posse, o porte e como rastreá-las? Em qualquer paiol de traficantes dos grandes centros urbanos encontraremos armamentos militares, sofisticados e farta munição que derrubam até helicópteros como no Rio de Janeiro, porém, ninguém está interessado em como ali foram parar, pelo menos as autoridades. Então, ministro Tarso, O Genro, devo esclarecê-lo que bafo de boca não ferve leite.
Segundo a peça (o ministro e o balanço) foram efetuadas 4.534 prisões. No combate à corrupção foram realizadas 43 operações com 386 suspeitos detidos, sendo que destes 83 eram funcionários públicos distribuídos entre os poderes do Estado. “Teje preso!” E daí? Cadê o resto da notícia? Pelo menos o mais trivial para a população deveria constar (exceto se entendem que esta deveria pesquisar exaustivamente para identificá-los). Quem são os 386 safados? Em quais estágios se encontram seus processos na Justiça? Quais as providências que foram tomadas para coibir ações desse tipo? Qual foi o custo (financeiro e humano) nestas operações? Como ministro da Justiça deveria também oferecer à sociedade outros números tais como: quantos foram efetivamente punidos, quanto foi recuperado de valores surrupiados, quais as mudanças na legislação que foram propostas e aprovadas para um controle mais eficaz do dinheiro público e maior rigor nas punições eliminando-se benefícios legais que essa gente desfruta numa afronta retumbante aos cidadãos de bem, que ações concretas foram levadas a termo para a demolição do portentoso edifício do Instituto da Impunidade? E por ai a fora. Talvez o titular da Justiça não tenha essas respostas pelo corriqueiro fato de que não existem. Neste caso cabe perguntar qual o custo/benefício da empreitada? Colocará as aves de rapina na cadeia? A julgar por outras e tantas operações pirotécnicas da Polícia Federal podemos assegurar que os malfeitores continuarão livres, leves e soltos e, mais importante, desfrutando do quinhão subtraído dos cofres públicos como se o tivessem merecido. De uma coisa tenho plena certeza: estes números irão se somar aos dos anos anteriores para compor uma estatística positiva para o presidente Lula, O Ignorante Desbocado, reforçando seu mote de que “nunca se investigou e prendeu tanto na história deste país”.
Mas o tal ministro apresentou números relativos às drogas e as armas. Segundo ele, em 2009 foram apreendidos 150.585,71 quilos de maconha havendo uma redução de 14% em relação ao ano passado. Será que a rapaziada está fumando menos baseado? Pode ser. Mas o número apresentado é verdadeiro? Só mesmo um estúpido o aceitaria, pois, sabemos perfeitamente que grande parte do se apreende neste país encontram outro destino (sejam carros, motos, equipamentos, produtos piratas, madeira, drogas, armas, chicletes ou parafusos). Destino esse determinado pelos próprios agentes, em benefício próprio, encarregados de fazerem cumprir a lei. O mesmo se dá com a cocaína que, de acordo com o ministério, as apreensões mantiveram-se estáveis: 20,8 mil quilos este ano contra 20,4 no ano anterior. Essas assertivas não encaixam com os registros policiais que aumentam ano após ano em violências decorrentes do uso destas substâncias. O que mais me impressionou foi a redução cavalar dos comprimidos de Ecstasy: neste ano 28.252 unidades e em 2008 132.621, quase 80% a menos. Devemos concordar que o extravio desta droga das dependências policiais e seu repasse são muito mais fáceis do que com aquelas convencionais. Basta entrarmos em qualquer boate, shows, academias de ginástica e etc. que veremos o comercio e o uso destes comprimidos. As mesmas perguntas se fazem necessárias: quais as providências adotadas no combate às drogas que possam gerar resultados satisfatórios? Quantas e quais as pessoas (ou melhor, facínoras) foram presos pela prática deste sórdido comércio e quais as suas situações legais? A quanto anda o policiamento nas fronteiras, portos e aeroportos? Se no Palácio do Planalto entra até uma manada de elefantes psicodelicamente pintados sem chamarem a atenção de ninguém e, principalmente, sem serem registrados pelas câmeras de segurança que dirá nestes lugares. Há mais de quarenta anos só se prende raia miúda no tráfico de entorpecentes que são prontamente substituídas. Ninguém sequer cogita em ir atrás dos verdadeiros donos do pó, da erva e dos comprimidos pelo simples fato de que com eles mantêm estreitos laços de relacionamento. Esta é a verdade.
Por fim o dito cujo ministro em 2009 proclamou que apreendeu-se 12,6 mil armas e foram cadastradas 609,2 mil. Outra apreensão que facilmente retorna às ruas pelos mesmos agentes e motivos. Quantas destas armas cadastradas devem pertencer ao MST (Movimento dos Sem-Terra), a FARC tupiniquim? O que esta entidade (diabólica) arma-se é de causar inveja aos remanescentes das organizações guerrilheiras que se lançaram à luta armada para combater o regime militar instaurado em 1964. Ah, se tivessem essa facilidade... Mas o MST está interessado somente em armas mais sofisticadas. Esta organização é o clássico exemplo de se criar cobra para no futuro por ela ser mordido. Que armas a Polícia Federal apreendeu? Onde exatamente? Quem as mantinha, foram presos, estão processados? Que destino a elas foram dados? Quais as medidas práticas para restringir o comércio (legal e ilegal), a posse, o porte e como rastreá-las? Em qualquer paiol de traficantes dos grandes centros urbanos encontraremos armamentos militares, sofisticados e farta munição que derrubam até helicópteros como no Rio de Janeiro, porém, ninguém está interessado em como ali foram parar, pelo menos as autoridades. Então, ministro Tarso, O Genro, devo esclarecê-lo que bafo de boca não ferve leite.
CELSO BOTELHO
21.12.2009