CELSO BOTELHO
30.06.2008
CELSO BOTELHO
30.06.2008
O governo petista além de ser trágico é cômico. O ministro do Meio-Ambiente Carlos Minc Mouse acabou de inventar o boi pirata. Só gostaria de saber como pretende gerenciar a manutenção de mais de três mil reses que estavam se deleitando em pastos ilegais. Mas a iniciativa não é novidade. O presidente-escritor José Sarney também apreendeu boi no pasto por conta do que chamava boicote dos pecuaristas para salvar o esbulho do Plano Cruzado. A novidade fica por conta de que, segundo o verdejante ministro, que “a moleza acabou” e o gado pertencente aos infratores virará “churrasquinho ecológico” do Fome Zero. Em primeiro lugar gostaria que o eco-ministro me explicasse o que vem a ser um “churrasquinho ecológico” (ou ele não se utiliza do velho e bom carvão para fazê-lo?). Em seguida o que, na verdade, considera um boi pirata (será aquele que tem olho de vidro e a cara de mau?) e, o mais importante, saciar a fome zero de quem? Ora, ministro, vá ver se eu estou na esquina e mande-me lembranças.
CELSO BOTELHO
24.06.2008
Depois da Bolsa-Família, também conhecida por Bolsa-Vagabundagem ou Bolsa-Esmola, a Bolsa-Ditadura, a Bolsa-Estatal (esta é só para correligionários e afins) e etc. o presidente Lula, O Ignorante, examinando os cofres públicos e verificando que existem recordes de arrecadação, ou melhor, extorsão decidiu criar a Bolsa-Refugiados. Além do que o governo gasta mensalmente com apoio, recepção e instalação de refugiados e o que eles recebem da Organização das Nações Unidas (ONU) destinará mais recursos para a abertura de novo canal para o desvio, desperdício e corrupção. Tanto o amparo que se pretende, teoricamente, com o pagamento da Bolsa-Família quanto acolher perseguidos políticos, religiosos ou por qualquer outro motivo é uma obrigação humana antes de mais nada. Socorrer-lhes financeiramente por determinado período de tempo é natural e imprescindível. Porém, sustentá-los por tempo indefinido é populismo, politicagem eleitoreira, demagogia barata ou qualquer outro diabo. A manutenção da Bolsa-Família ainda posso entender mesmo porque seus beneficiários são potenciais eleitores do presidente e do Partido dos Trabalhadores & Associados. Mas, posso perceber que refugiados não são eleitores e, partindo desta premissa, não faz sentido este governo criar mais esta despesa a menos que queira irrigar mais o largo canal da corrupção e criar novos empregos para seus aliados, apaniguados e simpatizantes.
CELSO BOTELHO
21.06.2008
Não sou um especialista em segurança pública. No entanto, atrevo-me a tecer algumas considerações como cidadão sobre este desastre que é a expansão e consolidação das organizações criminosas em nosso país, especialmente no Estado do Rio de Janeiro. A perda de autoridade do Estado brasileiro é fato consumado em todos os níveis da administração pública e, sabemos, podemos agradecer isto aos seus agentes ao longo dos anos. Sejam quais forem os motivos e/ou as circunstâncias, normalmente escusas, que os levaram a tomar esta ou aquela decisão ou, eis o pior, não as tomarem ou ainda promoverem perseguição implacável a quem as ousasse tomar. Neste caso a responsabilidade é histórica. Poderia citar um sem-número de equívocos das “autoridades competentes” explícitos até mesmo para um leigo e só não o farei por questão de higiene. A guerra está declarada há muitos anos e seu arrefecimento não se dará com o clamor histérico de que somente as Forças Armadas tem a capacidade de por ordem na zona (vide 1964). Posso até entender que a sociedade, desesperada e sem visualizar a médio ou longo prazo qualquer restabelecimento da ordem, empenhe-se em defender a alternativa para ter seus direitos constitucionais minimamente respeitados. Porém, não aceito que administradores públicos ergam essa bandeira que, de fato e de direito, outorga a si próprios, além de um belo certificado de incompetentes um vistoso diploma de asnos empedernidos. E, para tornar tal bandeira mais espalhafatosa, invocam o Art. 142 e 144 da Constituição Federal de
A atrocidade cometida por integrantes do Exército numa favela do Rio de Janeiro não pode ficar impune, entretanto, outros responsáveis devem ser apontados, acusados, indiciados e igualmente ou até com maiores rigores punidos. O desfecho do lamentável episódio todos nós sabemos e o que desejamos é fazer uma reconstituição desde os primórdios da malfadada autorização para a ocupação daquela comunidade. Pedidos de desculpas não suavizam a dor da perda e não reverte a desgraça e muito menos sossega a sociedade. Os governantes brasileiros, civis ou militares, eleitos ou não, de esquerda ou de direita, não sabem diferenciar autoridade de beligerância, truculência e tortura. Esse lamaçal está muito mais fétido do que se possa imaginar. Penso que seria bem mais prudente dar-se uma meia volta nesta obsessão de por as Forças Armadas nas ruas. Certamente isso jamais poderá atender as expectativas da sociedade, sejam elas quais forem.
Celso Botelho
20.06.2008
Ora vejam, depois ainda consigo encontrar quem me chame de ácido crítico do presidente Lula, O Ignorante, ou mesmo que não tente sequer ter um pouquinho de boa vontade com Sua Excelência. Ontem mesmo disse que o presidente poderia ser o quisesse: torneiro-mecânico, estadista, articulista político, sindicalista, atleta, papai-noel, coelhinho da páscoa, magnâmino, insubstituível. E não é que hoje na puxação de saco realizada na Bolsa de Valores de São Paulo onde os banqueiros se regojizaram pelo deleite que vêem experimentando “como nunca antes na história deste país” resolveu ser também governo, trabalhador, expert do mercado de ações e empresário? Olá - lá! Não é pouca porcaria. Enquanto o mundo está preocupado com o avanço da inflação, a pressão por aumento de juros e a crise de alimentos o nosso presidente afirma ser a inflação “um pequeno problema” e, aproveitando também seus conhecimentos sobre ótica, recomenda-nos a não ver a crise mundial de alimentos como tal. É só um desafio que o mundo está fazendo para nos sacanear. Já os dotes atléticos do ilustre mandatário número um do país obrigam-o a ser categórico ao sentenciar que possuímos condições para dar um salto de qualidade. Modalidade que, por sinal, estamos treinando há anos sem obter resultados significativos. Começo a desconfiar que os números sobre o comportamento da economia brasileira que estão à disposição do presidente não são os mesmos divulgados ou, talvez, é provável, estar comparando com qualquer coisa do gênero que, por ventura, tenha sido publicado durante a monarquia, ou antes. Apesar de que, devo reconhecer, demonstrou grande conhecimento econômico ao declarar que “se a gente continuar consumindo mais do que a gente produz, o resultado é que a gente tenha uma inflação” (tanto a gente. Será agente da CIA., KGB ou ABIN?). “Estou convencido”, para usar o mesmo bordão, que a prioridade neste governo é tomar de assalto o bolso dos contribuintes; produzir escândalos (além de dossiês); fabricar ministérios inúteis; empregar petistas, aliados e simpatizantes; gastar adoidado, desperdiçar sem constrangimentos; desviar recursos na maior cara-de-pau e a lista é enorme.
Registro também que o ministro Guido Mantega (não seria manteiga ou margarina?) foi de um brilhantismo intelectual econômico que faria corar Adam Smith (1723-1790) seguindo o Pequeno Dicionário de Metáforas do chefe ao proclamar que “a economia americana (EUA) sofre de uma pneumonia, a brasileira passa por um resfriado”. É bom lembrar ao ministro, para não sair das metáforas, quem trata da pneunomia do Tio Sam são especialistas dotados de instrumentos corretos e respaldados numa sólida economia. Aqui quem trata do resfriado do Jeca Tatu é o SUS (Sistema Único de Saúde) então, por favor, guardem-se as proporções.
É inaceitável que qualquer governante, seja ele de que matiz for, ignorar a realidade na qual vive a sociedade e suas necessidades. Porém, em se tratando do presidente Lula esta posição é inadmissível pelo simples fato de que conheceu, pessoalmente, o outro lado da moeda. Portanto, jamais poderia permitir deixar-se envolver com o deslumbre do poder assumindo, ou revelando, uma personalidade presunçosa e arrogante.
CELSO BOTELHO
16.06.2008
Segundo o presidente Lula, O Ignorante, o ministro “Manguabeira” Unger foi professor de Barack Obama
No que se refere ao caso de Belo Horizonte a coisa está mais para uma solução classicamente mineira do que para uma nordestino-paulista. Caso o governador Aécio Neves tivesse herdado um pouco mais do espírito astuto do avô provavelmente o pendenga estaria resolvida. Quanto ao presidente dizer que o PT poderá voltar atrás lembrando alianças não menos estapafúrdias, porém extremamente vantajosas. Sinaliza que, verdadeiramente, possui uma intuição favorável em algum momento e de alguma forma que possa vir a esvaziar ou minar candidaturas significativas em 2010. Para finalizar o presidente se considera um homem de esquerda apesar de, como aquele que vos escreve, não gostar de rótulos. Bom, ele pode se considerar o que quiser: torneiro-mecânico, estadista, articulista político, sindicalista, atleta, papai-noel, coelhinho da páscoa, magnâmino, insubstituível ou qualquer outra coisa que queira menos de esquerda, se é que já foi um dia. E, para não me alongar muito sobre mais esta bobagem, basta verificar sua gestão no governo federal. Não irá ao menos parecer com qualquer coisa que venha a se dizer esquerda.
O presidente Lula, O Ignorante, afirma que entregará no dia primeiro de janeiro de 2011 o cargo ao seu sucessor, seja ele quem for, e que de sua boca não ouvirá um único palpite sobre como conduzirá o país. Na sua filosofia (que deve ser muito interessante de ser estudada, se é que possui alguma ou, de fato, venha, minimamente, a suspeitar que bicho seja este) rei morto é rei posto. Engana-se o presidente em chamar para si o título de rei e mais ainda em afirmar que estará morto e muito menos deposto. Não agirá da forma que agora pretende nos fazer crer. É pura bravata. Irá palpitar em todos os momentos e sobre todos os assuntos, direta ou indiretamente. Pode até ser que não queira mais disputar eleições após o término do seu mandato, no entanto, os fatos apontam que acalenta a perspectiva de voltar ao Palácio do Planalto em 2014, no caso do imoral golpe do terceiro mandato realmente não vingar. Concluindo: Sua Excelência, como de costume, desperdiçou mais uma supimpa oportunidade de não dizer coisa alguma.
CELSO BOTELHO
15.06.2008
LULA, A RESPEITO DO PROJETO DE EQUIPARAÇÃO DO SÁLARIO-MÍNIMO E AS APOSENTADORIAS E PENSÕES DO INSS DELÍRA AO DIZER QUE O GOVERNO COLHE TRIBUTOS E DISTRIBUI À SOCIEDADE CONFORME SUAS NECESSIDADES E OS PARALAMENTARES DEVERIAM INDICAR A FONTE DE RECEITA PORQUE (sic) NÃO TEM NINGUÉM QUE GOSTE MAIS DE DAR AUMENTO DO QUE ELE PARA TRABALHADOR.
Presidente Lula, O Ignorante, vamos corrigir: O governo federal não colhe tributos, pratica uma despudorada extorsão. E não chega nem perto de distribuir, com alguma dignidade, parte deste vergonhoso confisco para atender as necessidades sequer básicas da sociedade. Previdência Social tornou-se tabu para todo e qualquer governante em todas as épocas, com quepe ou sem quepe, pelo corriqueiro fato de promoverem, incentivarem, ampliarem e acumpliciarem-se as rapinagens ali feitas. A ladainha de que está quebrada ou vai quebrar não funciona quando se trata de corrupção, desvio e desperdício ela é só para os incautos segurados. Vamos entender uma coisa: a previdência social, obrigatória, é uma apólice que o trabalhador adquire ao longo dos anos e o Estado tem a obrigação de bem gerir. Coisa, aliás, que nunca se ocupou
CELSO BOTELHO
14.06.2008
A legislação que permite calhordas e outras tralhas como este casal de gângsteres a disputar cargos eletivos é, sem dúvida, safada. Porém, como dizia meu saudoso pai, mais safado é quem elege tais bugigangas. Não posso aceitar que existam eleitores ingênuos, notadamente em grandes centros urbanos, com os meios de comunicação que dispomos anunciando diariamente roubalheiras e patifarias de toda sorte praticados por agentes públicos ou privados a estes ligados. Campos, bela cidade por sinal, é um feudo dos molequinhos, aliás, garotinhos e não será difícil, eleitos, embolsarem parte dos cobiçados royalties utilizando os largos e conhecidos canais da corrupção.
Celso Botelho
14.06.2008
No espaço de onze dias, decorridos entre a primeira tentativa de colocar-se em votação a morta- viva CPMF travestida de CSS e sua efetiva aprovação no dia onze deste mês, o governo federal liberou um boi, não tão magro, para a Câmara dos Deputados pesando exatos R$ 123,6 milhões em emendas parlamentares, como se sabe, atendem os deputados em suas bases. Tal bagatela expressa doze vezes mais do montante liberado nos cinco primeiros meses do ano que somou R$ 9,6 milhões. Mas, não desanimem, estes valores são pequenas fatias do bolo de R$ 2, 393 bilhões previstos na peça de ficção chamada Orçamento Geral da União para as emendas parlamentares. Somente no dia da votação, para garantir aqueles dois votinhos sem-vergonhas que o governo obteve, promoveu-se a distribuição de R$ 26 milhões para as tais emendas parlamentares. Os números são do SIAFI (Sistema Integrado de Informações Financeiras do Governo Federal). Portanto, esta justificada minha metáfora: sacrifica-se um boi, porém, mantêm-se a boiada intacta.
Celso Botelho
13.06.2008
ERRATA: NA POSTAGEM ANTERIOR ONDE SE LÊ "BIRDE" LEIA-SE, POR FAVOR, "BIRD". DESCULPE NOSSA FALHA.
Certamente o presidente Lula, O Ignorante, irá contestar este relatório com muita bravata. Pois desdiz sua afirmação de que a saúde no Brasil está quase no nível dos países de primeiro mundo. Ou, por outro lado, incumbirá os "cumpanheiros" e similares de criar, além da CSS, qualquer mecanismozinho para aliviar o bolso do contribuinte usando a saúde como mote. De qualquer maneira creio haver muita condescendência dos especialistas do Bird ao auferir-nos notáveis 0,34 numa escala de 0 a 1.
Celso Botelho
12.06.2008
Dos primórdios da civilização até a poucas décadas atrás se não pensamos no esgotamento do planeta primamos por ignorá-lo. De sorte que hoje estamos encurralados no labirinto que criamos onde as perspectivas de saída esbarraram em obstáculos que ora não desejamos remover, ora simplesmente não podemos. Sendo assim e, apesar de não ser lá muito adepto de rótulos, estou pessimista quanto ao futuro do planeta a continuar com esta progressão aritmética de devastação ambiental, não demorará muito tempo para que tenhamos duas opções. Primeira: incrementarmos as viagens espaciais em busca de um planeta que, por obra e graça do Criador, possa nos receber e tenha condições idênticas. Segunda: ficarmos na expectativa de que o princípio da conservação da matéria de Antonine-Laurent de Lavosoier (1743-1794) se concretize em relação à espécie humana “na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Não vejo outra maneira de sair deste imbróglio todo. Quanto mais procuro saber e informar-me sobre questões ambientais mais esbarro em entraves políticos, econômicos e sociais. E, eis o pior, nos quais todos têm a sua parcela de má-vontade para transpô-los, sejam países ricos ou pobres, emergentes ou subdesenvolvidos, americanos, asiáticos, europeus ou africanos o empenho constatado não arranha sequer na urgência de mudança de comportamento com relação ao planeta.
Nós, brasileiros, somos xenófobos e ufanistas quanto se trata da floresta amazônica, mas fica ai. Não posso negar a presença do capital estrangeiro na região ou tão pouco à existência nefasta de organizações empenhadas na devastação. Contudo, pode-se afirmar, sem titubear, que os maiores e mais forazes devastadores são os brasileiros. E não é só naquela região. Especializamo-nos em dilapidarmos tudo quanto podemos por as mãos e não cabe aqui discutir tão maligna faceta de nossa personalidade coletiva. A lengalenga do governo brasileiro, passados, presentes e futuros, não resolverão coisa alguma pelo corriqueiro fato de que não deseja resolver neca de pitibiriba. Embutida em todas as discusões ambientais estão sempre prevalecendo os interesses políticos, econômicos e sociais de cada sociedade e nenhuma se propõe a abrir mão de coisa alguma que julgue essencial à sua sobrevivência. Estão realizando tentativas de equacionar o enorme problema ambiental no varejo deixando o atacado para as gerações futuras, se é que haverá alguma.
Celso Botelho
12.06.2008
Amigo meu de longa data visitou meu Blog. Fiquei feliz pela deferência e nem tanto pelo seu posterior comentário. Contudo, respeito-o e torno-o parte de meu acervo, afinal não se pode desprezar qualquer posição, por mais antagônica que seja. A metáfora da qual irei me valer adiante para sintetizar sua posição pode não ser elegante, no entanto, parece refletir perfeitamente um sentimento cada vez mais enraizado na sociedade brasileira. Notadamente daquela parcela que tem melhores oportunidades sociais e profissionais e que, por certo, deveriam estar empenhadas em consumar uma mudança que viesse a atender a todos de uma maneira geral. Disse-me, textualmente: “...Se tentarmos mudá-lo cansaremos ou ficaremos, como você disse, como a noiva abandonada no altar, ou conseguiremos nosso intento à custa de nossas vidas. Como não quero morrer e já não tenho esta esperança citada por você, basta a mim usar o sistema a meu favor, da maneira que posso.” Ou, trocando em miúdos, “ se a curra é inevitável relaxa e goza” (a ministra Marta Suplicy fez escola). A sociedade brasileira tem sido conduzida para um estado de letargia impressionante. A histórica inversão de valores acabou se metamorfoseando em instituição imoral perfeitamente aceitável para alcançarem-se os fins desejados, sejam eles quais forem. Ainda bem que ainda podemos contar com inúmeras reservas morais, conhecidas e anônimas, que não se comprazem em incentivar, participar, acobertar, ignorar ou praticar atos ilícitos, pois, caso contrário, não haveria qualquer possibilidade de evitar-se uma estupenda derrocada social, política e econômica.
Não se pode atribuir, única e exclusivamente, a este governo este comportamento cada vez mais generalizado da sociedade em distorcer o sistema em proveito próprio, mesmo levando-se em conta sua ativa contribuição. A história está fartamente ilustrada com plenas demonstrações das administrações públicas (municipais, estaduais e federais) de rompimento com padrões morais, éticos, políticos, administrativos e econômicos em detrimento de toda sociedade solapando-a, sistematicamente, em benefício de interesses escusos e inconfessáveis. Entretanto, cabe dizer, para quem sempre se arvorou como defensores dos excluídos e guardião da ética e da moralidade o governo petista não passa de mais um estelionato eleitoral. Um esbulho. Certa feita, meu saudoso pai ensinou-me para desconfiar das boas intenções, visto que o inferno estava cheio delas. Tinha razão. Mas o besta aqui quis crer no presidente Lula e se ferrou. Os governantes serão sempre inveterados infiéis, traiçoeiros, velhacos, incoerentes, arrogantes e presunçosos, porém, este abusou destas prerrogativas descaradamente.
Não posso endossar, compactuar ou simplesmente calar-me diante da prática na qual meu amigo diz lançar-se. Estaria me lançando ao lixo como um rebotalho desprezível. Não comemos o pão que o diabo amassou com o rabo e não quis comer para restabelecermos o Estado Democrático de Direito para o manipularmos ao atendimento, imediato ou futuro, de nossas ambições mesquinhas. Não haveremos nunca de exterminarmos comportamentos maléficos, pois, afinal, e desgraçadamente, estão na natureza humana. Porém, isso jamais poderá nos impedir de combatê-los à exaustão.
CELSO BOTELHO
09.06.2008
ARQUIVO DO JACARÉ
Foi preciso galgar a presidência da República para que Lula pudesse ser visto tal e qual ele é: antanho e tacanho, isso sem contar outros péssimos atributos e hábitos. Mas nem tanto e muito menos
A “coisa” está na pauta desde agosto de 2006 quando o presidente, candidato à reeleição, reuniu-se com ex-presidentes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e alguns juristas para avaliarem a possibilidade da convocação de uma assembléia constituinte exclusiva para tratar da reforma política ou daquela que lhe interessaria. A OAB seria encarregada de promover o circo diante da sociedade de modo a convencê-la da necessidade de sua convocação. O Senado Federal, sempre tangível às negociatas (como disse o senador Cristovam Buarque, PDT-DF, “Casa auxiliar do poder Executivo”) convocaria um plebiscito e a população, com as devidas benções da Nossa Senhora da Bolsa-Família, diria sim institucionalizando o golpe. O presidente Lula candidamente diria que se é para o bem do povo e felicidade geral da nação diga ao povo que fico e em nosso calendário constariam dois dias do “Fico” (segundo o senador Mário Couto, PMDB-PA) e os créditos seriam para D. Pedro I e o presidente Lula. Mas a “coisa” foi evoluindo. O deputado federal petista Devanir Ribeiro “cumpanheiro” de quase quatro décadas do presidente ex-metalúrgico, ex-sindicalista, ex-deputado federal, ex-dirigente partidário e pretenso candidato a ditador que está propondo, oficialmente, o golpe com direito a prorrogação de mandato, fim da reeleição (que foi, à época, uma ruptura, pois beneficiava imediatamente o ocupante do cargo) e o mais importante: habilita todos os detentores de cargos no Executivo a disputarem um mandato novinho em folha em 2010 e maior. Caso nosso presidente realmente desaprovasse a idéia chamaria o “cumpanheiro” às falas e exigiria que se recolhesse com essa idéia destrambelhada, sempre inoportuna e definitivamente imoral pronunciando-se publicamente, contundentemente que se a manobra fosse levada adiante além de não contarem com seu apoio jamais teria sua participação. Os aloprados do PT sabem, de antemão, que não elegem ninguém e, portanto, o mais cômodo será o golpe. Tanto é que no último dia 02 de outubro do corrente ano o Partido dos Trabalhadores emitiu uma nota técnica assinada pelo senhor Alberto Moreira Rodrigues como assessor jurídico da bancada do PT e, após muita lengalenga contida no documento que defende existir amparo legal para a convocação de uma assembléia constituinte exclusiva, conclui textualmente: “Ao tempo em que se assevera existirem as condições objetivas e subjetivas para uma assembléia exclusiva, não se pode deixar de reiterar que a questão referente à reforma política deve ser analisada sem o foco dos interesses partidários, merecendo uma análise unipessoal e desapaixonada de seus autores e atores, substancialmente, conduzida por um grupo suprapartidário e representativo da sociedade cujo horizonte esteja fundamentalmente voltado para o atendimento e a construção de uma nova ordem político democrática.” Examinemos mais amiúde: “condições subjetivas” e, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, é algo “ referente ao sujeito (Lula); que está somente no sujeito (Lula); que se passa exclusivamente no interior do espírito de uma pessoa (Lula); relativo ao sujeito (Lula); que exerce as funções do sujeito (Lula); aquilo que é subjetivo (Lula).” “Análise unipessoal” consultando o mesmo dicionário “ que se refere a uma só pessoa (Lula); diz-se do verbo que só se emprega na terceira pessoa (Ele, Lula).” “Grupo suprapartidário e representativo da sociedade” a miscelânea de partidos que formam a base do governo pode ser classificado como grupo suprapartidário e os banqueiros, empreiteiros, latifundiários, conglomerados e complexos empresariais encaixam-se na definição de entes representativos da sociedade tal o envolvimento com este governo. “Nova ordem política democrática” e aí é que a cobra fuma para esmiuçar o que vem a ser isto. Na minha avaliação isso quer dizer romper com o sistema vigente, quando o natural seria aprimorá-lo, e implantar qualquer modelo que convenha ao bando, a palavra democrática só entrou para fazer número na frase amenizando o que de fato pode significar a tal nova ordem política. Ora, porque não vão plantar batatas? Creio que ficaria muito mais em conta copiar os argentinos e lançarem a candidatura de Dona Marisa que de tanto acompanhar o presidente em suas andanças provavelmente já absorveu algum conhecimento sobre os trâmites do poder.
Lembro-me, por ocasião do megacomício na Candelária, no Rio de Janeiro pelas Diretas-Já os jornais davam conta da presença de um milhão de pessoas (inclusive eu). E ocorreu que o então deputado e hoje senador Gerson Camata (PMDB-ES) arvorou-se de colocar para a imprensa que o presidente Figueiredo (1979-1985) lhe dissera que se lá estivesse seria o milhonéssimo-primeiro. O intempestivo presidente ordenou-lhe um desmentido de imediato e ponto final. Mas o Lula não toma nenhuma atitude veementemente contrária. Penso que acalanta a idéia e encoraja seus defensores ao omitir-se num comportamento que nota-se, a primeira, segunda e milésima vista que anseia por um terceiro mandato. Posso entender que a turma do ex-partido da ética não queira largar o poder, pois, os lucros por ele auferidos foram e continuam sendo sobejamente deleitosos. Mas a nação brasileira não é o PT, não é o Lula e nem eu próprio. Isso aqui não é feudo de nenhum partido, nenhum homem.
Josef Stalin promoveu um massacre na Rússia de seus compatriotas para libertá-los da tirania do Czar Nicolau e quando a União Soviética ruiu o mundo pode ter acesso as mazelas que aquele regime de terror impôs às suas repúblicas e suas filiais no Leste Europeu. Adolf Hitler transformou a Alemanha numa máquina mortífera com a conversa de desenvolvê-la, industrializá-la e impor a supremacia ariana e militar no planeta patrocinando o genocídio dos judeus. O Aiatolá Komein escudado por um rígido islamismo e bradando contra a ocidentalização do Irã conseguiu desalojar do poder o xá Reza Pahlevi, outro ditador. Saddam Hussein, que era vice-presidente, assumiu em 1979 e no ano seguinte declara guerra ao Irã acreditando na debilidade bélica daquela nação e justificando que procurava recuperar o estuário de Chat-Al-Arab dos rios Eufrates e Tigre que controlavam em parte por acordo celebrado em
Já pixei muro mandando outros presidentes darem o fora, mas não o fizeram a não ser na data estipulada, porém, eles tinham a baioneta apontada para a nação. Hoje não existe a ameaça da baioneta e mesmo com a prática asquerosa do “toma lá da cá” não vamos permitir que levem a cabo esta idéia de rato de transformarem o país numa imensa folia petista. Se for necessário voltarei aos muros e desta vez não escreverei somente o clássico “fora Fulano”, podem ter certeza. Ocuparei todos os espaços que me forem concedidos na imprensa, qualquer que seja sua especialidade, para demonstrar minha indignação, repulsa e ódio por mais este golpe que articulam. Parece sina. A cada vinte anos, aproximadamente, tenta-se e atenta-se contra a democracia no Brasil. Ou o Lula estanca a movimentação pondo ordem na casa ou estará chancelando uma convulsão social com desdobramentos previsíveis e imprevisíveis e, para empregar outro bordão tão ao gosto do presidente, “estou convencido” de que tal coisa não deseja. Portanto, livre-se dos golpistas o mais rápido possível e tranqüilize a nação.
Celso Botelho
01.11.2007
Lula reclama da lei eleitoral que impede a assinatura de contratos de julho a outubro. Segundo ele "há uma falsa moralidade na lei."
Fiquei surpreso em descobrir, através do presidente Lula, O Ignorante, que hipocrisia tem lado podre e saudável. Precisamos, deveras, corrigir os dicionários. Se a lei da qual reclama não existisse certamente as burras do Tesouro Nacional seriam escancaradas à gang petista e agregadas. Ainda assim sempre haverá um jeitinho enganá-la. Quem pensa que é quando fala em moralidade?Mensaleiros, fabricantes de dossiês, ministérios inúteis, nomeações aos milhares, quadrilhas, desvios, desperdícios, etc. Êta moral que faz corar o próprio satanás!
CELSO BOTELHO
06.06.2008
Celso Botelho
02.06.2008
ARQUIVO DO JACARÉ
A partir de hoje estarei publicando esta série de artigos escritos sobre vários assuntos em diferentes épocas. Para começar escolhi um que comenta o imbróglio que a Caderneta de Poupança Delfin foi durante os anos setenta e oitenta sob os auspícios do regime militar.
E A POUPANÇA DEU FIM.
Uma das coisas mais estúpidas que podemos fazer durante toda nossa existência é, sem dúvida, acreditar no governo, seja ele qual for. E, mesmo que andemos sempre com o pé atrás, sempre encontrará uma maneira de nos solapar. A benevolência estatal dos anos setenta e oitenta com o verdadeiro carnaval de concessões para o surgimento de inúmeras sociedades de crédito imobiliário e captação de recursos através das famigeradas cadernetas de poupança só poderiam ter dado em ressaca e muita dor de cabeça para os incautos poupadores, investidores e, como é de costume, contribuintes. Na edição de 08.03.1967 do Jornal do Brasil e de 02.03.1974 do jornal O Globo nos informavam que o Sr. Ronald Guimarães Levinsohn respondia a quarenta processos como falsificador e contrabandista e coisas dessa mesma natureza. Os crimes prescreveram e o acusado saiu incólume. Contudo, tornou-se o feliz proprietário da Caderneta de Poupança Delfin que, sejamos honestos, desenvolveu um marketing excelente e suas instalações azuis e impecáveis provocavam um bom impacto visual. Disputava o alegre mercado dos cofrinhos redondos de papelão com outras empresas similares tais como Aspa, Letra, Morada, todas sofrerão intervenção e foram liquidadas.
Durante a intervenção, na Delfin/SP, descobriu-se 220 mil pessoas ou instituições em contas fictícias no valor de Cr$ 1.738.386.000,00 (um bilhão, setecentos e trinta e oito milhões, trezentos e oitenta e seis mil cruzeiros). Foi publicado no jornal O Globo, edição de 03.02.1983, a versão de que tais contas eram uma tentativa de “melhorar a imagem” do setor de captação da empresa e, por este artifício, evitar a intervenção. Constatou-se que as contas em nome de jornalistas eram no exato valor de Cr$5.800.000,00 (cinco milhões e oitocentos mil cruzeiros), limite de garantia de retirada pelo titular no caso de intervenção. A abertura destas contas era, somente, parte de um esquema maior. Para esvaziar o patrimônio da sociedade imobiliária, cuja ação do Banco Central em intervir era eminente, para as empresas coligadas ou do mesmo serelepe proprietário ou que estivessem em nome de amigos e parentes. Em 16.12.1982 a Delfin/Rio e o BNH (Banco Nacional da Habitação) formalizaram um belo acordo, pelo menos para a caderneta, quitaram um débito com o banco no valor de Cr$ 60.800.000,00 (sessenta milhões e oitocentos mil cruzeiros) com terrenos que valiam, na mais otimista avaliação, Cr$ 6.400.000,00 (seis milhões e quatrocentos mil cruzeiros). Providenciaram também uma série de artifícios contábeis e simulação de negócios efetuados com as coligadas para burlar a tributação. Todos estes truques, com exceção das contas fictícias, por fim foram sancionados graças à generosidade do então presidente do Banco Central Sr. Afonso Celso Pastore que fixou em apenas dois dias, antes da intervenção, quando poderia tê-lo feito em sessenta dias, o Termo de Liquidação. Porque, neste período, as operações suspeitas poderiam ser anuladas por simples iniciativa dos liquidantes. Porém, para Levinsohn, ocorrera uma “confusão de laudos” e a culpa era do BNH, segundo ele próprio. Outra manobra detectada foi a quitação de um débito, acumulado desde 1974, pela Delfin/Rio de Cr$ 978.776.000,00(novecentos e setenta e oito milhões, setecentos e setenta e seis mil cruzeiros) em 1983 referente à prestação de serviço de divulgação em espaço e época indeterminada. Tal recurso esvaziava o patrimônio da caderneta em favor das empresas coligadas. Os processos foram arquivados. Em 2006 o STJ sentenciou que o acordo Delfin/BNH fora feito dentro da lei e a preço justo. Assim os réus passaram a ser a União e os liquidantes porque o Sr. Levinsohn pleiteia o ressarcimento dos prejuízos que sofrera com os maus administradores.
Este pacato e honesto cidadão atualmente é o dono da UniverCidade no Rio de Janeiro e a ela referiu-se assim: “ a faculdade é um hobby que me diverte muito “ Também, creio que por mero gozo, lida com a terra sendo um dos importantes plantadores de soja no oeste do Estado da Bahia. Possui imóveis no Brasil e nos Estados Unidos, também por pura farra. Reside numa mansão cercada pela Mata Atlântica na Gávea no Rio de Janeiro de