E o ministro-bobo-da-corte Carlos Minc Mouse está no ar. Desta feita o benfeitor da floresta Amazônica que, aliás, a conhece tão bem quanto conheço a Ilha de Sumatra, ou seja, nadica de nada. Holofotes a postos e saiu distribuindo multas para fazendeiros no vistoso montante de R$ 10 milhões que ninguém irá pagar. Porém, pode ver de perto os estragos e assistir manifestação dos Sem Tora que se arvoraram (desculpem o trocadilho infame) donos de toda madeira ilegal da região. E aproveitou para praticar sua boa ação do dia doando ao governo do Estado do Pará 11 mil metros cúbicos de madeira ilegal retirada da floresta legal que em nenhum destes casos lhe pertence. Ver tanta sacanagem deixou uma marca indelével no fundo daquele ser tão entretido com a preservação da Natureza afirmando: “É uma coisa chocante, dá vontade de chorar. Se parássemos para tomar fôlego seríamos carbonizados.” Que pena que não pararam! Chocante é o seu desempenho e sua figura grotesca ministro. “O desmatamento é inaceitável,” concordo de fora a fora, mas qualquer idiota é capaz de dizer isso. Agora quando diz “não podemos afrouxar” fico dando tratos à bola para entender o que quis dizer. Afrouxar mais o que? Ora bolas, ministro, me poupe.
CELSO BOTELHO
30.07.2008