domingo, 27 de julho de 2008

NÃO SATISFEITO EM INVADIR GRANDES PROPRIEDADES MST ATACA A ROCINHA



José Rainha Junior, João Pedro Stédile e outros de igual ou superior calibre podem ser o que quiserem. Exceto exemplo de qualquer coisa que possamos classificar como cidadão ordeiro. O MST afirma que Rainha não pertence às suas “lideranças”, no entanto, está sempre ativo quando se trata de alguma baderna que tenha a assinatura do dito “movimento social”. Num país minimamente sério este e outros integrantes desta insidiosa facção seriam apenas um número num presídio de segurança máxima, mas no Brasil podem até freqüentar os amplos gabinetes refrigerados do poder. Descobri que agora “associação com o crime organizado” recebeu o pomposo nome de “intercâmbio cultural.” Apesar de que, no caso do MST, não é uma associação e sim uma fusão de entidades criminosas. O engajamento nas mais variadas reivindicações da sociedade, notadamente de sua substancial parcela de excluídos, mostra (e sempre foi assim) que o movimento está determinado a promover o desencadeamento de uma convulsão social que resultará, inevitavelmente, numa ruptura institucional e isso com as benções do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. E, fazendo justiça, incluo os empresários atuantes nos mais variados segmentos econômicos e financeiros; dirigentes de entidades representativas da sociedade civil, de empresas estatais, autarquias, multinacionais, etc. O comprometimento dessa gente com estas e outras hordas de desordeiros é muito profundo tendo-se em conta seu acirrado desejo de manter o poder, o status e a riqueza através da depredação, espoliação e rapinagem.

O ocorrido na Rocinha, no Rio de Janeiro, é gravíssimo e reflete a ousadia do MST em avançar sobre o seu objetivo em derrubar o Estado Democrático de Direito infiltrando-se, aliciando e doutrinando para estabelecer, de fato e de direito, um Estado marginal. Um Estado milhares de vezes mais hediondo do que qualquer ditadura que já possamos ter visto ou tido notícia. O curral eleitoral estabelecido naquela comunidade não se constitui em novidade alguma, posto que tal prática seja tão velha quanto andar para frente. A diferença esta na forma como foi concebida e posta em prática. O MST, além de se armar, recorre ao armamento e domínio dos traficantes para reforçar seu exército paralelo de aventureiros e salteadores. Em outro artigo disse que isso iria acabar mal. Creio ter me equivocado. Deveria dizer: isso está indo de mal a pior com uma rapidez fantástica. O MST tornou-se um câncer enraizado e sua remoção será longa, dolorosa e traumática, porém deve ser realizada sob pena do paciente vir a definhar dia após dia até o inevitável falecimento. A última coisa que este movimento deseja é uma reforma agrária e, sendo assim, não tem sentido tolerarmos suas ações escusas, criminosas e atentatórias.

A influência que o MST vem exercendo sobre o imenso contingente de excluídos de alguma coisa neste país é assustadora, perniciosa, devastadora. O lamentável é que com esta classe política que ai está tal influência só poderá aumentar. Este governo é e sempre foi um tarado pelo caos, pela desordem e pelos descaminhos e, mesmo que o queira de verdade, é muito improvável sufocar esta terrível tara. Desta forma caberá a parcela decente da sociedade em acionar os mecanismos legais para romper tão promíscuo desajuste desta personalidade restabelecendo o convívio harmonioso para encontrarem-se as soluções desejadas, adequadas e viáveis. Fora da lei e da ordem uma nação não nasce, sobrevive ou desenvolve-se.

CELSO BOTELHO

27.07.2008