O MST quer tanto a reforma agrária quanto o Fidel Castro quer a democracia. O movimento, além de inveterado baderneiro, atenta contra o regime democrático na maior cara de pau e, o mais grave, com a conivência de um governo com eles comprometido até a raiz dos cabelos. Caso todos os sem-alguma-coisa decidissem agir da mesma maneira a anarquia seria ampla, geral e irrestrita. A bandeira desfraldada pode até ser legítima, no entanto, desejá-la fincar ao arrepio da lei e da ordem ai são outros quinhentos. Da maneira como se comportam não pode sequer angariar simpatia alguma da sociedade brasileira. Para que o seu direito possa prevalecer jamais deverá suprimir o de outrem, isso é elementar. Eu e muitos outros vimos alertando, sistematicamente, sobre o desenvolvimento deste movimento que, em futuro não muito distante, certamente trará conseqüências funestas a esta nação. Reivindicar é natural, legítimo e necessário. Porém atropelar a lei... E, sabemos, se esta ou aquela lei não nos parece boa, adequada, conveniente, obsoleta ou qualquer outra coisa nossos esforços devem se canalizar para suprimi-la, alterá-la ou adaptá-la. Cabe lembrar, outra vez, que as Farc na Colômbia não surgiram como são na atualidade: entidade terrorista e narcotraficante. No nosso caso o MST representa uma ameaça muito maior ao Estado por inúmeros motivos e dois deles são: estão se armando dia após dia e estão organizadas em todo território nacional. De modo que se a farra (invasões) do boi não for contida a vaca (República) irá para o brejo. A primeira, entre tantas outras primeiras coisas a se fazer com relação ao MST, é este ou qualquer outro governo dele desvincular-se. Em se tratando deste governo não creio ser provável pelo fato de serem unha e carne e com elenco de políticos que dispomos pouca coisa ou nada será feito. Uma vez mais digo que a sociedade é que deverá acionar os mecanismos legais para conter o avanço daninho desta facção.
O Estado brasileiro não deve estar a serviço de outros interesses que não sejam os da sociedade. A conivência, leniência e cumplicidade deste governo (e mesmo antes de sê-lo) fazem mais que irritar. Afronta, espezinha e agride. A reforma agrária jamais será feita no Brasil devido ao corriqueiro fato de que, juntamente com os banqueiros, são os grandes proprietários rurais que, de fato, detém o poder. Poder carcomido pela corrupção.
CELSO BOTELHO
21.07.2008