Como se não bastasse o imbróglio em Honduras rompendo a tradição brasileira de não interferência em assuntos internos de outros países agora o presidente Lula, O Ignorante, não tendo o que dizer resolveu, como de praxe, falar bobagens. É preciso esclarecer ao presidente que no Oriente Médio a pendenga é muito mais complexa e remonta à época do Big Bang enquanto aquele país da América Central em junho de 1969 entrou em guerra com El Salvador por causa de uma partida de futebol onde suas seleções disputavam uma vaga no mundial de 1970, conflito que ficou conhecido como “A Guerra das 100 Horas” (de
Afinal, para quem esteve menos atento aos noticiários, o parágrafo acima se refere à visita do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas ao Brasil. O presidente Lula, O Ignorante, defendeu (é muita pretensão) o congelamento imediato dos assentamentos na Cisjordânia (talvez seja por isso que a reforma agrária por aqui não prospera) e que Israel deveria “preservar” as fronteiras com os territórios palestinos e permitir “mais liberdade de circulação” nas regiões ocupadas. O governo brasileiro colocou-se frontalmente contra o governo israelense ao criticar a ampliação dos assentamentos pedindo que volte atrás da decisão. Tal atitude pode ser classificada como pueril, irresponsável e destoa da tradição do Itamaraty e do bom-senso, principalmente deste. O relacionamento de países é muito intrincado e encampa vastos interesses, portanto, ao colocar-se desta maneira o governo brasileiro assume uma posição de repúdio as decisões de Israel que, casualmente, é o maior aliado dos norte-americanos na região que, coincidentemente, mantém relações muitos estreitas como o Brasil. Não chegaria a supor uma retaliação (seria ingenuidade), mas posso imaginar a possibilidade de arranharmos de tal forma nossas relações com estes países que não seria utópico prever uma retração nelas. Ao tomar partido numa escaramuça qualquer é fato sabido e conhecido que uma das partes não ficará satisfeita e o desdobramento desta insatisfação é imprevisível. No contexto mundial todos os países se relacionam em diferentes esferas e de diferentes maneiras, portanto, não estamos sós. Somos interdependentes e não será cutucando onça com vara curta que esta nação irá se impor.
CELSO BOTELHO 20.11.2009