Acho que deveriam avisar ao presidente Lula, O Ignorante, que o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad foi reprovado nas aulas de História com louvor, se é que recebeu alguma. Só mesmo um ignorante inveterado poderia dizer que não houve um Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo o presidente do Irã foi apenas um pretexto para criar-se o Estado de Israel, uma fraude, um mito no seu entendimento. A menos que o dito cujo tenha vivido em uma das dimensões paralelas que, segundo os entendidos, numa jamais aconteceu tal conflito, noutra Adolf Hitler (1889-1945) sequer nasceu e numa outra o Eixo venceu a pendenga e por ai a fora. O ministro russo dos Negócios Estrangeiros Andrei Nesterenko declarou textualmente a cerca desta negação que “as tentativas de se negar a História, sobretudo no ano do 70º aniversário do inicio da Segunda Guerra Mundial, ofendem à memória de todas as vítimas e de todos aqueles que lutaram contra o fascismo.” E devemos lembrar que a Revolução Russa de 1917 até a desintegração da União Soviética em 1991 centenas de milhares de pessoas foram mortas pelo regime, somente no período Stalinista (1924-1953) estima-se mais de cinco milhões de prisões e mais de 500.000 mortos. Com o presidente da Autoridade Nacional da Palestina nosso presidente defendeu o direito de ir e ir dos palestinos em território israelense e o fim imediato dos assentamentos na Cisjordânia e, esta última recomendação, tem aplicado integralmente no que diz respeito à Reforma Agrária em nosso país sem, contudo, aplicá-la à “cumpanheirada” que assenta (e até cria assentamentos) para incluí-las. Mas a generosidade do nosso presidente com os palestinos vai além, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou no dia 18 deste mês a doação (isso mesmo, d-o-a-ç-ã-o) de R$ 25 milhões a Autoridade Nacional da Palestina para a reconstrução da Faixa de Gaza, mas sabe-se lá Deus (ou Alá) onde serão gastos de fato, o relator de tal generosidade foi o deputado Paulo Maluf (PP-SP), aliás, é bom que se diga que de
Entendo que a sucessão presidencial tem tirado o sono do presidente, também como uma candidata deste porte queria o quê? A unanimidade? Acorda presidente! Sugiro um café amargo, revitaliza, pelo menos é o que dizem. Em política acender uma vela para Deus e outra para o diabo é uma prática corriqueira, porém, é difícil de identificar de onde vem a luz, normalmente das profundezas do inferno. O Oriente Médio, ao contrário do PMDB, não é nem para profissionais extremamente preparados tal a complexidade milenar daquela civilização. Não quero dizer que sejam piores ou melhores digo, simplesmente, que possuem peculariedades únicas e, certamente, nem eles próprios a compreendam muito bem ou se a compreendem as ignoram por este ou aquele motivo e, de mais a mais, disponho de parcos conhecimentos sobre esta cultura e, portanto, não estou habilitado para qualquer dissertação. O que não significa que não posso dar os meus pitacos.
A indignação da comunidade judaica (e não judaica) da presença deste senhor em nosso país demonstra nosso repúdio e nossa preocupação com atitudes deste calibre. O povo judeu sofreu cruéis massacres ao longo de sua história. Foram os egípcios, os romanos, os alemães e, no mínimo, espera-se que todos os respeitem. A reeleição do presidente iraquiano encontra-se sob suspeição e a contumaz violação dos direitos humanos naquele país é notória. A intolerância iraquiana no período pré e pós Aiatola Khomeini (1900-1989) mostrou-se desumana com uma perversidade tenaz. Ou isso também não aconteceu segundo seu presidente? O tratamento recebido pelos prisioneiros de guerra no conflito Irã e Iraque que se estendeu por oito anos (1980-1988) e deixou um saldo de 300.000 mortos e milhares de pessoas com seqüelas ou isso não ocorreu? Ora, um desmentido desses equivale a dizer que há vida inteligente (ou burra) no sol. E, por falar em sol, ocorreu-me que este deve ter cozinhado os miolos do presidente iraquiano. Existe um desrespeito muito grande no Irã no que tange aos direitos das minorias. De forma que não se pode e não se deve defender um programa nuclear naquele país fantasiado de “fins pacíficos”, pois, Ahmadinejad é sistematicamente acusado de manter relações com grupos terroristas e, sabemos, que estes não possuem semelhança alguma com um grupo de escoteiros. Aplaudo a manifestação contra a vinda e estada deste senhor ao nosso país e, ao mesmo tempo, lamento profundamente que não tenhamos o mesmo espírito de coesão e contundência para nos manifestarmos contra a discriminação e o massacre das minorias indígena e negra sofrem em nosso país. O resgate social político e econômico desses povos são ignorados, negligenciados ou defendidos e propostos em discursos explicitamente demagógicos visando fins político-eleitorais.
De qualquer maneira o presidente Lula, O Ignorante, é um homem muito ocupado: quando não está a dizer bobagens mete-se a fazer besteiras como, aliás, é comum. Com tantos asseclas e baba-ovos não encontramos uma alma caridosa que lhe dê pelo menos os rudimentos de como comportar-se com a política externa? Ou mesmo instalar um “ponto” em um de seus ouvidos para ir passando a “cola”? A intromissão em assuntos internos hondurenhos foi um desastre, mas a postura do presidente como chefe de Estado com relação ao Oriente Médio é catastrófica. Esses posicionamentos do nosso presidente são, deveras, perigosos e estão propensos a estabelecerem rupturas indesejáveis
CELSO BOTELHO
24.11.2009