Com a Constituição Federal que temos nenhum presidente da República conseguirá governar sem se tornar prisioneiro dos caprichos e interesses escusos dos partidos políticos (ou quadrilhas, tanto faz). Os governos são de coação e não coalizão e aquele que não aceitar o jogo cai como Collor caiu (além dos outros motivos). Funcionário ou agente público assim que paire suspeitas sobre sua conduta deveria ser imediatamente afastado sem mais delongas. O ex-presidente Lula correu para salvar jurássico senador José Sarney (PMDB-AP) da degola em nome da "governabilidade" (O PMDB era e é o maior partido no Congresso Nacional). A Dilma já perdeu o imundo do PR e não deseja arriscar perder o PDT por causa de um muquirana como Lupi e, por isso, vai tentar preservá-lo até a tal da reforma ministerial que, certamente, trará novas tralhas para o governo. Ou será que “a presidento” se sensibilizou com a declaração de amor do Lupi? O ministro decidiu devolver os R$ 1.736,90 recebidos. Devolver a grana não extingue o crime, ao contrário, reforça sua culpa. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) disse ter recebido informação de que o comprovante de pagamento da aeronave, avião King Air da empresa Aerotec em viagem realizada entre os dias 11 a 14 de dezembro de 2009, estava na prestação de contas da entidade de Adair Meira, Fundação Pró-Cerrado que, por sinal, desde 2008, foi beneficiada com R$ 13,98 milhões em oito convênios com o MTE e os últimos desembolsos do cordial governo federal somam a mixaria de R$ 5 milhões. Estou aguardando há quase um ano para saber a que veio D. Dilma. Por enquanto, a luz do poste não acendeu ou, volta e meia, dá uma piscada rápida, tênue, quase imperceptível.
Em março deste a Fundação Pró-Cerrado chegou a receber de uma só vez R$ 1,14 milhão para desenvolver programa de qualificação profissional de 4.626 trabalhadores nos Estados de Goiás, Pernambuco e Paraná. Esse convênio prevê um desembolso total de R$ 3,8 milhões, com um custo de R$ 828,39 por trabalhador. Em outubro próximo passado foram liberados R$ 450 mil para um convênio de qualificação de 2.020 profissionais, com curso de formação de carpinteiro, pedreiro e encarregado de obras civis na região do município de Ipojuca, em Pernambuco. Nesse convênio, cada curso vai custar R$ 743,00 por trabalhador. Em outro convênio, a Pró-Cerrado recebeu R$ 1,88 milhão para treinar 2.505 profissionais afrodescendentes com um custo por trabalhador de R$ 750,50. E o Dr. Falcão está a defender o indefensável, porque não creio que seja mal informado.
CELSO BOTELHO
19.11.2011