Nosso grande “estadista” saído do peleguismo sindical o presidente Lula, O Ignorante, nos brinda com mais uma de suas homéricas bobagens e insuspeitáveis incoerências ao dizer “que quando a oposição não tem discurso, não consegue fazer debate econômico ou sobre infraestrutura, acaba fazendo isso” (referindo-se a CPI da Petrobrás). O Partido dos Trabalhadores durante seus longos anos de oposição só tinha um discurso: ser contra tudo e contra todos que com ele não comungasse. Atiravam para todos os lados à esmo, repudiavam as agruras do inferno e questionavam os deleites do paraíso reduzindo tudo a uma coisa só. Não consigo me lembrar de um único momento no qual tenha, de fato, querido sentar-se à mesa para propor e/ou discutir um projeto de Estado capaz de tirar este país de seu eterno atoleiro. Ao contrário inventava, estimulava e fomentava movimentos e ações do calibre do MST e correlatos que, além de uma praga, tornou-se uma ameaça concreta à sobrevivência do Estado brasileiro, ou o que resta dele. Neste ponto, contudo, devemos admitir que desde 1889 jamais se cogitou sequer em forjar em toda sua plenitude um Estado brasileiro ou, caso contrário, a idéia foi eficientemente abortada antes que tomasse corpo. Sua preocupação maior era alcançar o poder fosse do jeito que fosse. O discurso do PT era (e continua sendo) como sua ética: uma quimera tóxica, pois, admitamos, tem o poder de tornar os mais incautos ou os diversos tipos de desesperados inveterados dependentes. O discurso do PT consistia na tomada do poder agora transformado na permanência no poder. Portanto, se há uma pessoa completamente desqualificada para dizer que a oposição não tem discurso (e não tem mesmo) é o “glorioso” filho do município de Garanhuns no Estado de Pernambuco.
Até que me provem o contrário estarei crendo que jamais vi um projeto econômico ou de infraestrutura do PT oposição ou coisa que o valha. No PT situação podemos encontrar o que chamam de projeto com outros adjetivos tais como projetos eleitoreiros, populistas, corporativos, entreguistas, lambões, etc. Excetuando-se sua real vocação para a baderna o resto sempre foi pura demagogia. E, admitindo que a maltrapilha oposição não tenha discurso, o responsável por isso é o PT que, descaradamente, o roubou em todos os planos (político, social e econômico). Apropriou-se do discurso que satanizava e expandiu-os com generosa largueza em benefício dos mesmos interesses que apontavam como detratores da nação, espoliadores da sociedade, empecilhos a justiça social e a distribuição de renda. Ora, quem nunca teve discurso e surrupia o alheio, pode ser classificado como incompetente, larápio e incoerente.
A CPI da Petrobrás não incomoda nem um pouco o presidente. Esta “caixa preta” jamais e em tempo algum será aberta com essa dinastia de politiqueiros que dispomos. Servirá, a exemplo de suas predecessoras, de palanque eletrônico fora do tempo previsto pela legislação para por em evidência seus membros na mídia, para desperdiçar o dinheiro do contribuinte montando uma estrutura paquidérmica, para a realização de negócios paralelos, para a celebração de acordos espúrios e por ai vai. Não servirá, entretanto, para apurar coisa alguma que possa abalar as estruturas estabelecidas. Somente para ilustrar posso dizer que vi – ninguém me contou – e está lá para quem quiser conferir várias aberturas de crédito suplementar para a Petrobrás aprovadas pelo “distinto” Senado Federal envolvendo cifras astronômicas e, uma delas, mencionava qualquer coisa como a compra, transporte e instalação de equipamentos sem especificar qual seriam os equipamentos, quem os forneceria, quanto custava, quem o transportaria, a quanto e por que meio e muito menos quem o instalaria e a que preço são, pois, informações primárias e não técnicas que foram omitidas e o imblógrio foi aprovado com louvor e todos os “nobres” senadores foram para casa e dormiram o sono dos justos. Então fica patente a posição confortável do “pau-mandado” da vez com relação a mais esta traquinagem da oposição (e da base aliada/subordinada também) podendo, então, concentrar-se naquilo que mais o interessa: um terceiro mandato novinho
CELSO BOTELHO
06.06.2009