terça-feira, 9 de junho de 2009

PRESIDENTE: CADÊ A CANETA?


Às vezes fico um tanto constrangido de comentar sobre as declarações e posturas do presidente Lula, O Ignorante, com tanta freqüência, porém, Sua Excelência não deixa alternativa ao fornecer material tão vasto que demonstra limpidamente quem de fato é: mais um astuto politiqueiro. Ao menos poderia esmerar-se em parecer um politiqueiro coerente. No entanto, seu arsenal de lógica é extremamente débil. Desta vez fiquei, deveras, confuso quanto o alcance de sua autoridade como chefe de governo e de Estado, afinal cadê a caneta? Caso não reconhecesse motivação eleitoral na forma como os políticos tratam as invasões (e tudo mais) eu poderia dizer que havia perdido o juízo, pois, é notório o envolvimento do PT e do próprio presidente desde os tempos dos dinossauros com movimentos sociais (sic) e ações que primam por subverter a ordem. Tai o MST (Movimento dos Sem-Terra) para confirmar o que digo. Segundo o presidente os políticos quando estão na oposição têm mania de incentivar invasões e quando são governo atacam quem as provocou e não retiram o invasor. E não foi de outra forma que o PT sempre atuou na primeira parte desta constatação presidencial porque na segunda parte seria completamente absurdo o PT reclamar de si próprio e tentar retirá-los.


A declaração presidencial que mesmo com suspeita de superfaturamento as obras deveriam prosseguir sob pena de que uma paralisação viesse a somar prejuízo maior ao Erário é de estarrecer qualquer cristão, ateu ou muçulmano. Posso chamar isso de conivência, complacência, permissividade, omissão. Esta tara tupiniquim chamada superfaturamento é de seu pleno e total conhecimento antes mesmo de sequer imaginar-se pelego sindical quanto mais presidente da República, portanto, ao ser empossado deveria ter empreendido um combate vigoroso a esta prática, mas não o fez e por quê? Simples resposta: porque, como é a praxe, havia acordos que não fariam bem à saúde serem rompidos. Ao detectar-se superfaturamento e outras sacanagens que envolvem as licitações poderia haver tomado várias decisões que certamente não as eliminariam, contudo poderiam minimizá-las sensivelmente, pois, deu-se o oposto: a safadeza prosperou muito na era Lula sempre contando com o auxílio luxuoso do indecente e cada vez mais forte Instituto da Impunidade. Não me parece, portanto, que o primeiro mandatário desta nação esteja de fato preocupado em deter as investidas dos gatunos aos cofres públicos.


Uma vez mais o presidente Lula, O Ignorante, lança na conta dos governos anteriores todas as mazelas existentes e por existir nesse imenso Brasil varonil. Imagino que, vez por outra, seja acometido de algum lapso de memória e a percepção do cargo que ocupa se apague. Não há necessidade de nos lembrar que os problemas são seculares e que não exista a mínima condição de resolvê-los, posto que disso estejamos carecas de saber. Os problemas estão postos e responsabilizar este ou aquele não trará sequer conforto para a sociedade que espera, isto sim, uma postura consistente frente a eles numa busca sincera para encontrar-se as soluções mais adequadas. Essa lengalenga é, sem dúvida, muito idiota. Finalmente transfere para as administrações futuras o encargo de resolverem o problema das enchentes (e de tudo o mais) numa demonstração inequívoca de encontrar-se em final de festa, ou melhor, mandato e pouco se lhe importa o que, como e quando acontecerá, posto que com quem todos nós já o saibamos. Revelou o presidente que já sente saudades do governo e, imediatamente, um integrante da ANABOL (Associação Nacional dos Baba-Ovo do Lula) gritou entusiasticamente: “terceiro mandato” fazendo os olhos do presidente faiscarem de desejo. O presidente pode sentir falta do governo, o governo pode sentir falta do presidente e eu não sentirei a falta de ambos.


CELSO BOTELHO

09.06.2009