sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ESTADO BRASILEIRO: O PAPAI NOEL ÀS AVESSAS.


E o ensaio para a estatização encontra mais uma voz publicamente. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) está pregando o Estado intervir na economia como solução para a crise, pois, segundo ele, não existe solução de mercado. Está explicada a Medida Provisória 443 para quem ainda tivesse alguma dúvida sobre as más intenções ali contidas. O ilustre membro da ANABOL (Associação Nacional dos Baba Ovo do Lula) não poderia ter discurso diferente e custo a entender porque foi esquecido pelo presidente nos dois mandatos para ocupar um ministério, o da Fazenda, por exemplo. As explicações correntes não me convencem, afinal, além de dizer amém a todas as pregações do semideus tupiniquim é “cumpanheiro” de longa data.


Em seu discurso no dia 16.10.2008 na tribuna do Senado Federal lá pelas tantas o nobre parlamentar dizia, textualmente, “... os aportes de recursos significam participação de capital do Estado na empresa, é muito mais adequado, porque há oportunidade de se resgatarem esses recursos no futuro, quando as economias melhorarem.” Não nos animemos porque fazia referência à Inglaterra. Mas a fala do senador deixa explícita sua adesão às idéias estatizantes. Será porque seu último sobrenome é Oliva (tal qual o verde do Exército) ou por ser rebento de um general-de-Exército? E em estado de ufania sobre nossas reservas cambiais prossegue “... temos um alto nível de reservas de depósitos compulsórios. O Brasil tinha, em agosto deste ano, R$ 259 bilhões de depósitos compulsórios. Nós temos a maior alíquota de depósito compulsório da economia internacional...” A Coréia também possui reservas que a tornam credor sem, entretanto, passar ao largo do pandemônio mundial. Lá no finalzinho, depois de fornecer números e mais números com a ladainha, achou por bem copiar o mote do patrão: “... nunca na História recente nós enfrentamos uma crise deste tamanho...” Além da corriola que prega o terceiro mandato ainda me aparece os defensores do Estado-empresário que sabemos, de antemão, o que significa principalmente no Brasil: incompetência, desperdício, desvio, corrupção, empreguismo, etc.


No meu entender o Estado não pode ser o Papai Noel de empresários inescrupulosos, mal intencionados, incompetentes ou oportunistas. O contribuinte é penalizado para que esta súcia mantenha seu “status quo” e disso temos os mais variados exemplos ao longo da História. A MP 443 é apenas uma amostra de um Papai Noel às avessas. Aquele que premia quem se comportou mal.


CELSO BOTELHO

24.10.2008