A fórmula de socorrer empresários gananciosos e amigos do poder com o dinheiro público é antiga e utilizada por todos os governos, sejam eles bicudos, barbudos ou bigodudos. E quando não existem mecanismos legais que possam efetivar essa pilhagem eles simplesmente inventam qualquer coisa como um pró - isso ou pró - aquilo. O encantador ministro da Fazenda Guido Mantega (ou seria manteiga ou margarina? Não importa. Tudo é escorregadio) aventou a possibilidade do governo enveredar pelo ramo da construção como sócio endinheirado e pouco se lixando com resultados, pois, afinal, estará fazendo graça com o dinheiro do contribuinte o que, aliás, não é novidade alguma. Socorrer grandes construtoras que ganharam o que quiseram durante anos a fio (uma vista de olhos em seus balanços podem confirmar isso) e que, num piscar de olhos, elegendo a escassez de crédito como vilã, vivem na mais absoluta penúria é de doer.
É interessante a facilidade que o governo usa dois pesos e duas medidas completamente diferentes. No caso da Varig, que detinha créditos com a União, a ministra da Casa Civil Dilma Roussef disse em alto e bom som que era um problema de mercado, que não haveria dinheiro público para salvar a empresa e pereré pão-duro. Esta senhora, segundo consta, é “A Favorita” do presidente Lula, O Ignorante, em guardar seu lugar até 2014 (isto se o golpe do terceiro mandato não vingar) e se o eleitor concordar. Agora seu colega ministerioso lança-se no resgate de empresas que foram administradas à
CELSO BOTELHO
21.10.2008