quinta-feira, 9 de outubro de 2008

TEM MAROLAS E MAROLAS


A marolinha do presidente Lula, O Ignorante, está fazendo água (e água que dar para esquiar) aqui na sua utópica ilha da fantasia. A menos que as notícias que nos chegam estejam destorcidas pela imprensa a qual, por sinal, afaga o sonho de amordaçá-la, pois é useira e viseira de transmitir informações que não lhe convém à sociedade. Nem toneladas de Maracujina poderão acalmar os mercados pelo este mundão a fora, pelo menos a curto prazo. Uma medida tomada chamou-me à atenção e creio está correta. Trata-se da redução no recolhimento dos depósitos compulsórios que as instituições financeiras são obrigadas a fazer no Banco Central, mesmo que tímida é uma boa decisão. Quanto aos leilões de dólares não acredito que venham a cumprir o objetivo para o qual se destinam pelo simples fato de que a crise embute fatores completamente diversos e adversos. Sem querer ser boca de lama continua achando que não passa de uma queima total, inútil, atabalhoada. Estão enxugando gelo. A intervenção dos Bancos Centrais do mundo em reduzir as taxas de juros em 0,5% podem não ser a salvação da lavoura, porém, apontam um caminho viável para a recuperação dos mercados. Ela, por si só, revela uma maturidade sólida das nações que vão descobrindo que não temos outro planeta para habitar. Não posso avaliar se os governos de outros países fazem ou não a coisa certa, mesmo porque as características sejam elas econômicas, políticas, sociais, culturais, etc. são outras e, de mais a mais, lá não vivo. Sem esquecer, é óbvio, que me dizem respeito, pois com certeza irão afetar-me.


Desde que a crise americana deu os ares de sua desgraça no ano passado o governo brasileiro enveredou-se pela minimização feito mula empacada. Ainda hoje mostra sua tendência de que “tudo ficará como antes no quartel de Abrantes” sabendo, de antemão, que não será assim de forma alguma. Chego a imaginar que o governo petista está talhado somente para navegar em calmarias, pois, diante de qualquer ameaça de tormenta o desespero toma conta da tripulação e o pânico se generaliza e a palavra de ordem passa a ser “salva-se quem puder.” Não estou nada certo de que a postura do governo brasileiro frente ao desmonte econômico mundial possa nos fazer atravessar esta crise provocando os menores estragos possíveis, visto serem todos eles imagináveis. Tem um detalhezinho que nenhuma das cabeçinhas coroadas da administração federal sequer deu-se conta: uma substancial redução nos gastos públicos. Não falo em economizar uns trocadinhos e sim bilhões de reais que se esvaem pelos grandes e numerosos ralos carinhosamente mantidos e ampliados no atual governo. Mas isso está fora de cogitação. É até uma heresia, para eles, atentar contra o “status quo” seja de direita, esquerda, centro ou outra baboseira qualquer.


O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss Kanh caiu em desgraça perante o governo petista ao contrariá-lo afirmando que o Brasil não está imune á crise e anunciando a redução da expectativa de crescimento para 2009 para meros 3,5%, considerando o tamanho do país. Mas, segundo o presidente Lula, O Ignorante, o FMI não tem dar qualquer pitaco por aqui. Enquanto isso as bolsas ao redor do planeta despencam todos os dias e a marola vai sendo consumida por seus apreciadores na maior cara-de-pau.


CELSO BOTELHO

09.10.2008