Caramba, se o que está acontecendo com o Brasil na esteira da crise americana é marola não quero nem pensar no que seria uma simples ressaca. As imagens que o presidente Lula, O Ignorante, constrói algumas vezes são pueris e outras tantas idiotas, porém, sempre descabidas. Desta vez não seria diferente. A queda livre da Bolsa não me parece uma marolinha qualquer. As reservas internacionais brasileiras que alimentam os devaneios presidenciais num piscar de olhos viram fumaça nesta crise globalizada. O pior talvez não seja o presidente ignorar as coisas (teoricamente existem ministérios para assessorá-lo), mas sim seus asseclas o induzirem a fazê-lo destemperadamente. Isto poderá levar o país a uma situação delicada que poderá consumir décadas para serem revertidas mediante um custo alvitante onde, certamente, os mais pobres serão levados a sacrifícios extremos.
Portanto, minimizar os efeitos da crise parida nos EUA somente agrava a nossa situação porque as decisões são proteladas dia após dia. O presidente descarta pacotes, embrulhos, caixas e outras embalagens que apelidam ajustes econômicos. Tanto ele quanto eu e milhões de brasileiros podemos até estarmos traumatizados ainda hoje pela avalanche de pacotes que nos presentearam durante sucessivos governos, porém, pouco me interessa o apelido. O que se faz necessários são os ajustes e, sabemos, que estes trazem consigo a impopularidade e, definitivamente, tai uma coisa que o presidente não quer.
O ministro da Fazenda Guido Mantega (não seria manteiga ou margarina?) já sugeriu que usássemos as nossas reservas cambiais de forma “criativa” para enfrentarmos a crise. O problema está em convencer o presidente Lula, O Ignorante, de mexer no dinheiro depositado no banco para consertar a goteira existente no telhado. E, de mais a mais, o montante não é nada estratosférico. Outra pérola dos guardiões da chave do cofre está em apelar para o São BNDES para a concessão de todo o tipo de milagre, desde a escasez de crédito a remoção de coco de cachorro nas praias. E, para não ficarmos fora da imagem oceânica do presidente, não é marola. É tsunami mesmo. E daqueles brabos.
CELSO BOTELHO
06.10.2008