Para o presidente Lula, O Ignorante, mudar o discurso não se constitui em novidade alguma. Tem sido assim sistematicamente, principalmente após a primeira posse em 2003 e o faz com uma desenvoltura digna da maior cara de pau. Duas duas uma: ou seus asseclas lhe sopraram para baixar a bola ao minimizar os efeitos da crise americana no Brasil ou perto do ditador de meia pataca e bobalhão empedernido Hugo Chávez fica troncho esforçando-se ao máximo para não contrariar o ídolo. As duas opções estão corretas. Será que não encontraram ninguém capaz de dar um polimento antecipado às falas presidenciais? Isso evitaria as contumazes contradições e diletas bobagens. Sinto-me vexado ao tomar conhecimento de suas abobrinhas e outros legumes. Mas o homem fez escola. O ex-plantador de coca, presidente da Bolívia e candidato a ditador Evo Morales saiu-se de novo com sua pérola filosófica: “onde está o capitalismo há ataques, exploração e pobreza.” Nada indica que em Cuba não exista ataques, exploração e pobreza, isso para ficarmos na América. Ainda não conceberam um modelo que pudesse eliminar tais mazelas.
E quando digo que fez escola é porque fez mesmo. O presidente do Banco Central Henrique Meirelles desprovido da imaginação do Chefe que compara alhos com bugalhos sentenciou que os EUA tinham uma gripe forte ameaçando uma pneumonia e nós, no máximo, pegaríamos um resfriado forte. Lula já usou esta mesma estupenda comparação meses atrás. E, como também disse meses atrás, uma pneumonia americana será tratada por renomados especialistas enquanto que o nosso resfriado dependerá do SUS (Sistema Único de Saúde) que, a priori, só tem água e assim mesmo se chover. Quanto aos ruídos emitidos por Hugo Chávez não irei perder tempo de comentar. Afinal, deixei de comer carré para não dar confiança a porco.
Não sei o que fez o presidente Lula, O Ignorante, descer do seu pedestal de arrogância e prepotência absoluta para admitir que sofreremos algum impacto, sim porque não admite um impacto completo e, caso aconteça, fará o que? Baixar mais uma indecente Medida Provisória revogando a crise? Ou irá para a televisão dizer bravatas em prosa e verso? Ou, com certeza, criará mais impostos?
Com toda essa popularidade o presidente Lula, O Ignorante, deve estar se remoendo de inveja do presidente do Equador Rafael Correa que com sua nova Carta Magna poderá ficar no poder até 2017. A presidente do Chile Michelle Bachelet, o ditador de meia-pataca e bobalhão empedernido da Venezuela Hugo Chávez e o ex-plantador de coca Evo Morales, da Bolívia, já parabenizaram o colega por tão cobiçada conquista. Resta, pois, o nosso ex-pelego também fazê-lo. A nova constituição equatoriana tem tudo o que um ditador sonha: expropriar empresas que não estejam cumprindo sua função social coisa, aliás, que depende da avaliação do próprio e coloca o Banco Central sob o comando direto do presidente dando-lhe oficialmente a chave do cofre. E, o mais importante, fornece as vestes legais para perpetuar-se no poder.
Mais uma pesquisa de opinião é vomitada, desta vez CNI/Ibope, dando conta que quase 70% dos brasileiros aprovam o governo Lula e praticamente 80% aprovam o desempenho pessoal do presidente. No Nordeste o filho pródigo de Garanhuns, Pernambuco, amealhou 92% de aprovação. A turma que ganha um salário-mínimo não decepcionou o arrogante e prepotente ex-sindicalista garantindo 87% de aprovação. Porém, a ingrata turma que ganha mais de dez salários-mínimos registrou uma avaliação em 49% de aprovação. Com estes e outros números não resta a menor dúvida que o presidente fique cada vez mais encorajado em dar o golpe do terceiro mandato. E não vou ficar analisando todas as baboseiras encomendadas porque sei que não passam de aleivosias. Volto a insistir numa coisa: 2.002 entrevistados em 141 municípios não refletem coisa alguma de porcaria nenhuma se levando em conta que somos quase 200 milhões de brasileiros e mais de 5.500 cidades.
A trama que vem sendo urdida para promover-se uma ruptura institucional é tão visível quanto à lua e o sol. Os adeptos, defensores, simpatizantes e beneficiários desta conspiração contra o Estado Democrático de Direito estão espalhados por toda a sociedade utilizando os mais diversos artifícios para aliciar, doutrinar e corromper com o único propósito de manter e expandir seus privilégios notoriamente pífios. A velhacaria está, cada vez mais, tomando corpo e cabe a nós impedir que tenha alma porque, caso contrário, o estrago será apocalíptico.
A cada declaração do expert em economia e presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, O Ignorante, sobre a crise nos Estados Unidos fico mais tranqüilo e sigo serenamente minha pacata vidinha. Nada como ter um semideus no Palácio do Planalto ordenando as forças sobrenaturais que nosso país não seja atingido por quaisquer cataclismos. Desta feita a atitude do primeiro mandatário da nação deixou-me, deveras, embasbacado: cobra do governo norte-americano e do Congresso (o deles) uma solução imediata da crise que só inventaram ou porque não tinham nada melhor para fazer no momento ou para sacanear os países emergentes. Não irei me surpreender se o presidente, num arroubo incomensurável de patriotismo, tomar o aerolula com destino à Washington para ralhar pessoalmente com o presidente Bush pela traquinagem com direito a uma esticada no Congresso para distribuir puxões de orelhas.
Porque quando o governo boliviano invadiu nossas refinarias com seu exército, desfraldou nossa bandeira hasteando a sua acintosamente o governo brasileiro enfiou o rabo entre as pernas e continua cedendo a todos os caprichos de Evo Morales. Encorajado o governo do Paraguai bate o pé sobre Itaipu e nosso governo certamente não deixará de atendê-los. O Equador ameaça dar um calote no BNDES, quatro funcionários da Odebrecht se refugiam na Embaixada brasileira, mas para o governo petista não está acontecendo nada. Na Venezuela se aquele ditador de meia-pataca e bobalhão empedernido fizer menção de espirrar prontamente o Executivo brasileiro oferece-lhe um lenço (vermelho). Cobrar solução do governo americano é muito mais do que simples bravata é, para ser elegante, pândego.
O presidente Lula, O Ignorante, acha que é a pior crise nos EUA nos últimos 50 anos. Acha errado. Neste período não há nada que chegue a ser semelhante. Quanto ao Brasil não jogar fora a oportunidade de crescer, meus caros, isso já aconteceu há muito tempo e, para ser exato, de 2003 a 2007. Segundo nosso presidente os malvados ianques “criaram esse rombo no sistema financeiro e agora tem que tapar este buraco para poder deixar o mundo tranqüilo.” Deveriam ter aprendido com o semideus tupiniquim que permite que nosso sistema financeiro ganhe quanto queira, como queira e aonde queira “como nunca antes na História deste país.” O país está seguro, afirma em alto e bom som. Ainda bem. A Bolsa, desde julho de 2007, acumula quase US$ 300 bilhões em perdas (no mundo o prejuízo já ultrapassou os US$ 16 trilhões). E, de mais a mais, todo bom cobrador e mau pagador
A despudorada extorsão promovida pelo governo petista vai bem, obrigado. A cada mês novo recorde de arrecadação, o que não surpreende ninguém. Duvido e faço pouco quando alguém tenta, por motivos aparentemente nobres e profundamente escusos, dar vida aqualquer projetode reforma tributária que, ao que tudo indica, não deixará sua condição de natimorto, pelo menos com essa raça que ai está. Esse esbulho é motivo de orgulho nas hostes confiscatórias acampadas no planalto central do país. Mas, com certeza, não dos brasileiros que são surrupiados todos os dias pela ganância insaciável de um governo sabidamente perdulário, conivente e permissivo. Apropriar-se do labor do povo não é fato novo na história da Humanidade e tampouco no Brasil. A questão é que com o passar dos anos o foracidade ficou fora de controle. A cobrança de imposto não é uma coisa imoral. É necessário, imprescindível à manutenção do país e a promoção do bem-estar da população. Portanto, recorrendo ao ensinamento cristão, a César o que é de César. Porém, nos limites racionais da capacidade de contribuição, pois, de outra forma, só pode ser considerado confisco, extorsão ou, no popular, assalto legalizado.
A exorbitante carga tributária financia, entre outras coisas, a nababesca existência de ex-pelegos e associados. Mas nosso suor pode ser encontrado nos mensalões e outras maracutaias. Nas obras dos jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro com um belo quinhão de superfaturamento, e que quinhão! No PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que não passa de um espectro de alguém com uma disposição megalomaníaca espantosa. Em alguns casos fica difícil saber se existem, em outros são encontradas diversas irregularidades, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União) e aquelas que estão sendo executadas possuem forte apelo eleitoreiro, como o tal do Cimento Solidário, no Rio de Janeiro, onde o Senador Marcelo Crivela (PRB-RJ), candidato a prefeito e membro da ANABOL (Associação Nacional dos Babas Ovo do Lula), distribuía sorrisos e santinhos. Lembro-me que o general-presidente Ernesto Geisel (1974-1979), ao assumir, nomeou vinte ministros de Estado. Foi um escândalo nacional. O ex-presidente Collor (1990-992) baixou a bola para doze e o presidente Lula, O Ignorante (2003-2006/2007-2010 ou será mais?), até o momento que escrevo tem trinta e sete (faltam três para fechar a história de Ali-Baba) alguns inúteis, outros super posicionados e a maioria inoperante. Órgãos-cabideiros. Um exército de aloprados parasitas nomeados a bico de pena. Nosso rico dinheirinho está presente também em aquisições das mais esdrúxulas como, por exemplo, a compra de mais aviões de luxo. Não posso esquecer de uma série de programas oficiais, conselhos e outras baboseiras que drenam copiosamente os impostos abusivos que nos são arrancados. Os nossos impostos financiaram até uma fábrica de preservativos na cidade de Xapuri, Estado do Acre. A NATEX consumiu a bagatela de mais de R$ 31 milhões. Caso produzisse camisa-de-força certamente encontrariam em mim potencial cliente para deter a saga perdulária do governo. Enfim, a lista de mimosidades é muito mais longa.
De janeiro a agosto deste ano aportou nos cofres do governo o montante de cerca de meio trilhão de reais. Mais dinheiro, maiores gastanças. Maiores gastanças, menores benefícios para o cidadão. Menores benefícios para o cidadão, mais impostos. Mais impostos, mais dinheiro. Mais dinheiro... Tudo leva a crer que as palavras da ex-ministra Zélia Cardoso de Melo estão sendo aplicadas ao pé-da-letra pelogoverno do Partido dos Trabalhadores que acrescenta o adjetivo insignificante para reforçar a infeliz máxima.
O tempo escoa e os golpistas do terceiro mandato para o presidente Lula, O Ignorante, se movimentam com a velocidade da luz. Mesmo considerando-se o semideus tupiniquim o presidente esbarra num obstáculo que não é intransponível, mas que irá dar trabalho: a Constituição Federal onde, por sinal, também consta a sua assinatura como deputado federal Constituinte. Por mais que afirme que seu desejo é entregar o poder no dia primeiro de janeiro de 2011 não consigo dar a isso um mínimo de crédito. Mesmo porque não há necessidade (e não pega bem) expor-se quando tem à disposição um séqüito de puxa-sacos, oportunistas, parasitas e, enfim, aloprados de todas as matizes. Um considerável contingente de notórios mercenários na política brasileira. O que me parece é que todos os caminhos não levam mais a Roma e sim à Praça dos Três Poderes. Muito interessante o fato de que a grande imprensa e as entidades civis representativas da sociedade permanecem silenciosas diante da descarada articulação para, uma vez mais, rasgar-se a Carta Magna, desta vez para atender ao golpe do terceiro mandato. Omissão e manipulação, entre outras coisas, nos levaram amargar vinte e um anos de um regime reacionário. Não me oponho à idéia de que o presidente Lula, O Ignorante, venha a disputar um terceiro e quarto mandato. Desde que em 2014 e 2018, é o que diz a regra. Fora isso qualquer manobra é inaceitável, antidemocrática.
Essa conversa casuística de reeleição e prorrogação de mandatos não é moderninha. Para JK defendiam a reeleição que não decolou. Para João Figueiredo a prorrogação do mandato por mais dois anos que também não emplacou. José Sarney assumiu com seis anos, havia o compromisso de Tancredo Neves de reduzir para quatro e acabou brigando pelos cinco. FHC assumiu para cumprir quatro anos e articulou a implantação da reeleição pela primeira vez na República que culminou com a cassação de deputados acusados de vender seus votos favoráveis ao sociólogo. Lula foi eleito para um mandato de quatro anos com a possibilidade de uma reeleição (instituto, por sinal, que lhe causava ojeriza) e encasquetou com o raio do terceiro mandato o que, sem dúvida, não fará bem a ele ou ao país.
Quem reacende a fogueira é o ministro da Justiça Tarso, O Genro. Defende a unificação das eleições nacionais e municipais, mas para quando? Certamente já. E, sendo assim, não existe outro meio se não o de prorrogar mandatos. A posição (pública) do titular da Justiça é daquele cabloco que não é contra nem a favor, muito antes pelo contrário. Mas o ministro não autorizou ninguém em seu ministério de sondar (leia-se evangelizar) parlamentares. Ora, para este tipo de coisa não esperava que desse uma autorização por escrito. E, como seu Chefe, nega o patrocínio oficial para a velhacaria. Candidamente o ministro sugere mandatos de cinco anos, de presidente a prefeito, sem direito a reeleição. O que, aliás, deixa apto a nova e consecutiva disputa pela presidência da República do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva como se lá nunca houvesse estado. Imediatamente o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), integrante ativo da ANABOL (Associação Nacional dos Babas Ovo do Lula), mostrou o ar de suas garras declarando que proporá emenda constitucional prorrogando os atuais mandatos o que, aliás, não é nenhuma novidade. Novidade seria o nobre parlamentar propor a revogação do sistema republicano e a imediata adoção do sistema imperial dinástico coroando o presidente Lula com imperador vitalício. E (Deus nos livre!) se ousasse proposta tão absurda ficaria preocupado, pois, no Congresso Nacional passa boi, passa boiada não seria surpresa uma rês doente obter o selo de aprovada para consumo por que, afinal, a rês é pública.
Não são todos, porém, alguns chavões encerram uma sabedoria inquestionável. Desde garoto ouço dizer que “quem tem padrinho não morre pagão.” É verdade nua e crua. Sendo o padrinho o presidente da República as benções terrenas serão abundantes e generosas. Trinta e nove metalúrgicos foram contemplados com indenizações e pensões pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Consta que são “ex-cumpanheiros” do presidente Lula, O Ignorante, e sofreram prisão, tortura, perseguição nas décadas de 70 e 80 por conta da resistência ao regime militar e greves durante e depois. Nada contra o Estado ressarcir os brasileiros que, comprovadamente, atuaram durante aquele período para o restabelecimento do Estado Democrático de Direito. Pessoalmente tenho o maior apreço por todos eles mesmo àqueles que, à época, discordava frontalmente da maneira como decidiram resistir. Toda aquela luta pode nos proporcionar hoje a liberdade da qual desfrutamos, o regime democrático que, a despeito de suas imperfeições, ainda não inventaram algo melhor. Certamente que qualquer valor monetário estabelecido sempre estará aquém do justo. Não pensem que estou me justificando por que não preciso. No entanto, tenho algumas considerações que, de forma alguma, abrirei mão.
Mês passado houve uma discussão a cerca de proceder-se uma revisão na Lei de Anistia (1979) e todo mundo deu pitaco, inclusive eu. E minha posição não se alterou: boa ou ruim foi negociada e acordada entre militares e civis e um dos pontos inegociáveis imposto (e aceito) pelas Forças Armadas foi, sem dúvida, o não revanchismo para que a nação não adentrasse em outros caminhos que, de certo, desembocariam no mesmo lugar de 1964: uma ruptura institucional mais violenta ainda. Cá tenho minhas restrições à Lei de Anistia desde daquela época, porém, devem saber, não fui consultado e, portanto, sobre ela não tenho qualquer responsabilidade como, por sinal, não tenho sobre nenhuma outra. O estranho que no decorrer de todos esses anos pude ver torturadores impunes e até premiados com funções em órgãos públicos. Pessoas violentadas de todas as maneiras amargarem o descaso, a omissão e, principalmente, a ingratidão do Estado. No entanto, as bravatas foram uma constante: desde a reparação pecuniária à caça e expurgo de integrantes e simpatizantes do aparelho autoritário.
A reparação – creio - não está incorreta. Porém, não está completa. Temos notícias de perseguidos políticos que lutam por qualquer reparação e outros que não foram tão perseguidos assim que conseguiram vantajosa reparação. Detestaria pensar que se engendrou um plano político-eleitoreiro servindo-se do sofrimento de brasileiros que só merecem o nosso respeito e amparo. Mas tudo é possível em nome de um continuísmo inaceitável. É preciso ficar atento, pois, estas articulações existem e apresentam-se das mais variadas maneiras. De qualquer maneira o Estado não presta favor algum concedendo o benefício, ainda que infinitamente menor que o sofrimento impingido.
Vamos aguardar que categoria será agraciada com a reparação oficial e com que brevidade isto se dará. Por que, caso contrário, não irei detestar pensar que tudo não passa mais uma artimanha.
Tenho a curiosidade de saber a quem de fato pertence à mão que redigiu o discurso do presidente Lula, O Ignorante, na abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU). Talvez pudesse felicitá-lo por conseguir expressar fielmente o pensamento presidencial: o de falar sobre tudo sem entender patavina de nada. Interessante quando cita frase atribuída ao economista Celso Furtado (1920-2004) a despeito de socialização das perdas, pois, e isso não privilégio de seu governo, não me recordo de que tenha sido diferente em qualquer administração federal. Outra pérola foi a afirmação de que a ética deve valer também na economia. Presidente, a ética, na minha humilde avaliação, é imprescindível para todas as atividades humanas, porém, não estou convencido de que no seu governo seja exercida em toda plenitude ou, pelo menos, em níveis minimamente razoáveis. A “avassaladora degradação ambiental” entrou na pauta do discurso. Provavelmente o presidente ignora o que se devasta e agride o meio ambiente neste país. Vide o desmatamento tolerado da Floresta Amazônica e, mais recentemente, a briga de foice em quarto escuro entre dois cegos pelo diesel mais limpo e as montadoras que, graciosamente, fabricam para exportação veículos com motores adaptados para tal combustível e despejam no mercado interno aqueles mais poluentes numa clara demonstração de que os pulmões dos brasileiros podem ser contaminados ou...
Vamos procurar entender. Nacionalismo: política de nacionalização de todas as atividades de um país; indústria, comércio, artes, etc. Populismo: política baseada no aliciamento das classes inferiores da sociedade. Há uma discrepância entre uma coisa e outra. Em relação aos países aos quais, nas entrelinhas, o presidente pretendeu se referir desconheço a prática nacionalista-populista. No entanto, posso afirmar com todas as letras, que o populismo é praticado aqui sem qualquer constrangimento. Quanto a pratica da política nacionalista somos híbridos, meio pau meio tijolo, depende da ocasião.
Cada dia que passa o presidente está mais convencido de que o Brasil é uma ilha isolada. Sugeriu um diálogo direto entre as nações sem a intermediação das grandes potências. Ora, durante a execução de um concerto você não pode mandar o maestro embora simplesmente porque deixou de executar a sua sinfonia predileta, principalmente se ele for um dos sócios da orquestra. Somente a título de esclarecimento devo registrar que a geografia política, econômica, comercial, cultural e social e mais o que se queira do mundo sempre esteve e estará em curso, posto serem resultados do dinamismo da atividade humana. Quanto à presença brasileira no Haiti penso ser mais do que justa, pois, afinal só perdemos para eles em crescimento econômico. Bem verdade é que se os países desenvolvidos atenderem o chamamento do presidente Lula, O Ignorante, para cumprirem suas promessas de ajuda aquele país possivelmente, em pouco tempo, poderão apresentar um crescimento econômico maior que o nosso entregando-nos a lanterna.
Para não estender mais e, confesso, certas ocasiões chego a ficar desconcertado em comentar as vicissitudes do Planalto. No entanto, obrigo-me a fazê-lo porque creio na idéia de que se pode enganar alguns por algum tempo, mas que jamais se pode enganar a todos durante muito tempo. Como não poderia deixar de ser o presidente encarregou-se de fazer o seu comercial que consiste, basicamente, na idéia de que Pedro Álvares Cabral descobriu o território, porém, foi ele quem inventou o Brasil em primeiro de janeiro de 2003. Ateve-se a cantilena de sempre: criação de quase dez milhões de empregos cujo seu empenho foi decisivo nomeando os aloprados e coligados, criando ministérios inúteis e órgãos-cabideiros chegando a cogitar uma nova estatal para o petróleo da camada do pré-sal para alojar nova turba de apaniguados. Alega haver distribuído renda e riqueza, mas não especificou para quem. Os serviços públicos, segundo o presidente, melhoraram. Aconselho que dê uma voltinha ai perto do Palácio do Planalto em qualquer cidade-satélite e depois me conte. Com esses institutos de pesquisas, oficiais ou não, trabalhando com números foliões (mascarados) qualquer um tira até água de pedra quanto mais gente da miséria ou o pobre ascender à classe média. Não captei muito bem o real significado da ameaça que encerrou o discurso: “não é mais possível deixar-se impunemente uma região sofrendo de fome, sem que o mundo inteiro venha a sofrer as conseqüências.” Ou, pelo contrário, não quero captar. Semideus sabemos que se considera só que agora se mostrou um semideus bravateiro.
Ora, para me tornar um belo de um asno basta, entre outras coisas, conferir qualquer crédito as pesquisas realizadas neste país. Seguindo o exemplo da Datafolha o Instituto Sensus repetiu a dose na encomenda feita pela CNT (Confederação Nacional do Transporte): o presidente Lula, O Ignorante, está definitivamente consagrado como o primeiro semideus brasileiro. E isso é mais que ser santo porque é o vice do titular celestial. No entanto, existe um dado (tem que ter alguma coisa na qual possa concordar) irrefutável desde sempre: o presidente conseguiu a proeza inédita nesta maltratada República de desvincular-se do partido a que pertence e do governo que comanda. Tem carisma. Tem vocabulário exíguo. Constrói imagens desconcertantes, gaiatas e inoportunas. Cultiva com carinho a figura do operário explorado que ousou sonhar em ocupar a presidência para promover todas as transformações prometidas e sistematicamente negadas desde 1500. Que belo! Mas não é “vero” (foi uma rima infame).
Considerando o universo pesquisado 15,9% declararam receber algum benefício estatal. Outros 49,7% conhecem alguém que receba e 33,3% não tem conhecido algum que seja contemplado. Muito bem. Segundo me atrevo a pensar a soma deveria perfazer 100% e não 98,9%. Pode ser que apareça algum doutor em pesquisas, estatísticas e o cacete a quatro com explicações tipo x²+xy.
Poderia comparar indicadores e pesquisas realizadas nos últimos doze meses lançando mão dos mesmos institutos de pesquisa ou aqueles que desenvolvem a avaliação oficial e concluiria folgadamente que os números apresentados não passam de um truque aritmético barato. E, só para lembrar, essa pesquisa foi realizada entre 136 cidades (contra as mais de 5.500 existentes no país) com o estrondoso número de entrevistados de 2000 pessoas (contra quase 200 milhões de habitantes). Ora, vejam!
Segundo o expert em economia e presidente da República Lula, O Ignorante, a crise é do Busch. Imagino que deva estar mais preocupado com os indicadores da Albânia. Deviam informar ao supremo mandatário desta nação que, neste período de uma crise que não nos pertence, já perdemos a bagatela de cerca de US$ 300 bilhões. Valor bem acima de nossas cantadas e decantadas reservas internacionais que lhe enche os olhos. No imaginário presidencial o Brasil é uma ilha de prosperidade cercada de flagelos por todos os lados. Isto porque a população teve o bom-senso de eleger, por duas vezes e esforçando-se (dissimuladamente) por uma terceira, um semideus sertanejo, ao que me parece assim deve enxergar-se. Nada contra o sertão ou sua gente, pelo contrário. Porém, o repertório de incoerências do ilustre filho de Garanhuns situada no belo Estado de Pernambuco parece não ter fim.
O Tesouro americano, plagiando de modo descarado FHC (1995-2002), inventou um Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional) ianque à imagem e semelhança do tupiniquim. A diferença poderá ficar por conta que o Proer daqui foi a farra do boi alucinado. Irão socorrer os bancos com o dinheiro dos contribuintes. Os US$ 700 bilhões que vão aportar nas instituições financeiras de lá e de alhures que lá se encontram terá como objetivo impedir que toda a economia mundial vá para o esgoto, afinal desde o ínicio da crise os especialistas já contabilizaram uma perda nas bolsas de todo o mundo em alguma coisa acima de US$ 16 trilhões, contem isso para o presidente. A amarga experiência de 24 de outubro de 1929 quando a Bolsa de Nova Iorque quebrou espalhando o pânico e culminando com a venda de cerca de 16,4 milhões de ações no dia 29 no que ficou conhecido como a Quinta-Feira Negra. Com certeza tal data não é de grata lembrança aos norte-americanos. Uma severa depressão assolou os Estados Unidos (mas lá eles puderam contar com um Franklin D. Roosevelt, 1933-1945) perdurando até os primeiros anos da década de 30. E devemos observar que sequer se falava em economia globalizada, porém, provocou danos de todas as ordens pelo mundo a fora.
A arrogância do atual ocupante do Palácio do Planalto é, no mínimo, demonstração inequívoca de ignorância o que, aliás, não é novidade. Deveria, antes de mais nada, reunir-se com seu bando de assessores para providenciarem ajustes na política econômica que possam amortizar os efeitos negativos que a crise americana espalhará por todo planeta, da Mongólia à Suíça, incluindo o Brasil. No entanto, o único ajuste econômico perfeitamente acessível à compreensão presidencial é no que se refere a extorsão tributária (arrecadar é o que interessa o resto não tem pressa). Sugiro para começar - é preciso fazê-lo em algum lugar - uma redução drástica na formidável gastança que cresce e aparece ano após ano. São ministérios inúteis ou sobre posicionados, milhares de aloprados batendo cabeça, órgãos que cuidam de coisa alguma, programas que sugam nas tetas do benevolente Tesouro Nacional e a lista é interminável. Adotar uma política cambial, fiscal e tributária mais racional. Bravata e/ou arrogância certamente não inibirão os tentáculos da crise americana.
O desabafo do presidente Lula, O Ignorante, em São Paulo, é, no mínimo, insólito: acusa a oposição de não ter lado. Tem sim. O deles. Chama-os de hipócritas, mas em muitas ocasiões também sua postura não foi diferente. Não me parece que o presidente não tenha sido um oportunista ao longo dos anos. Numa coisa devo concordar: o governo petista tem cara. Cara de pau.
A banda larga de reacionários que compõe o Partido dos Trabalhadores volta à carga ansiosa para amordaçar a imprensa e moldá-la à sua imagem e semelhança, isto é, florindo a realidade com fatos equivocados, distorcidos, inexistentes. Interessante é que muitos deles que consideram a imprensa de hoje o próprio capeta nos idos do regime militar dela se utilizaram e até encontraram abrigo. Prova inconteste de que o governo petista é rancoroso, revanchista e, pior, ingrato. O sigilo da fonte está garantido na Constituição Federal de 1988 onde, por sinal, consta a assinatura do então deputado federal e atual presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, O Ignorante. Deveria ser este o primeiro a levantar-se contra este atentado à liberdade de imprensa, porém, convenientemente, faz ouvidos moucos. A ele interessa somente as informações prestadas à sociedade pela ANABOL (Associação Nacional dos Babas Ovo do Lula) entidade com fins políticos e econômicos.
Admito que haja excessos de todos os tipos, no entanto, não posso aceitar a intervenção do Estado inventando uma legislação que coíba ou que vá cercear a atividade jornalística ou a liberdade de expressão. Imagino que tal coisa possa ser comparada a anulação plena e total do inalienável direito de ir e vir. A imprensa deve pautar-se em seu código de ética profissional e, havendo exageros, proceder à identificação dos responsáveis, garantido o direito de ampla defesa, e detectada qualquer leviandade deverá ser enquadrado na forma da lei. Com a legislação vigente conseguimos alcançar a marca de um dos países onde há grande número de processos contra jornalistas. Não quero nem supor o que aconteceria com uma lei de imprensa. Agora, também há excessos também nas administrações públicas municipais, estaduais e federal a dar com o pau. O agente público é useiro e viseiro em repassar informações privilegiadas para jornalistas, empresários, políticos, etc. E aí? Como, quando e onde tais bocas de lama serão punidos? E quantos sabemos, através da imprensa, que se beneficiaram com este corriqueiro vazamento de informações, muitas das quais semeadas e/ou estimuladas por esta ou aquela autoridade?Não é necessário dar exemplos eles são conhecidíssimos.
A sociedade brasileira jamais deverá aceitar esta manobra torpe, autoritária que agride frontalmente o Estado Democrático de Direito. Enquanto me for franqueado este espaço estarei alerta e intransigente quanto à preservação, manutenção e aprimoramento da democracia plena, geral e irrestrita. Porém, com responsabilidade e apreço as leis e normas de conduta. Não aceito o cabresto. Não o aceitei durante o regime militar e não será agora que o farei.
Pode ser mera coincidência, porém, neste caso se assim acreditasse deixaria que me selassem, pois, não passaria de um desconcertado jumento. Na Operação Satiagraha que culminou com a prisão do mega especulador Naji Nahas, nosso conhecido de imbróglios passados; do ex-prefeito Celso Pitta, aplicado discípulo do deputado Paulo Maluf e o sei-lá-o quê Daniel Dantas, homem de bom trânsito nos diabólicos corredores do poder neste ou no governo passado, o delegado Prótogenes Queiroz foi afastado do caso. Na Operação Navalha, em 2007, foi afastado o ex-diretor-executivo da Polícia Federal Zulmar Pimentel. Com a prisão do número dois da Polícia Federal Romero Menezes seu diretor Luiz Fernando Corrêa determinou o afastamento dos delegados que vinham realizando as investigações na Operação Toque de Midas (reitero minha disposição em colaborar com a PF no sentido de batizar estas operações, talvez saiam menos patéticas). E o Superintendente no Estado do Amapá Anderson Rui Fontel já pode ir limpando suas gavetas porque a sua batata já assou. Mas essa coisa de afastar delegado não é de agora e tampouco incomum. Somente com esses três exemplos podemos refletir, avaliar e concluir que os interesses políticos e econômicos envolvidos se encontram, de alguma forma, ameaçados e, portanto, acionam os mecanismos dos quais dispõe para preservá-los.
Este governo tem se vangloriado pelas ações da Polícia Federal a partir de 2003 “como nunca antes na história deste país” no dizer do presidente Lula, O Ignorante. Esquece, no entanto, de completar que a vasta maioria dos presos estão livres, leves e soltos por conta das benesses existentes na legislação e aqueles que, por ventura, ainda estão trancafiados não será por muito tempo sendo que alguns gozam de privilégios inaceitáveis proporcionado por agentes públicos que se deixam corromper. A pantomima é tão ridícula que o ex-banqueiro Salvatore Cacciola desembarcou, deportado, concedendo entrevista coletiva à imprensa tendo como cenário um painel repleto do logotipo da Policia Federal. Daniel Dantas conseguiu desencadear uma polêmica sobre o uso de algemas que redundou numa súmula vinculante do STF restringindo seu uso. Não quero ser afoito, porém, não posso deixar de pensar na empresa MMX do bilardário Eike Batista envolvida na Operação Toque de Midas, será por quê?
Segundo o diretor da Polícia Federal o afastamento dos delegados deverá acalmar os ânimos insatisfeitos com a prisão de Romero Menezes. Esta desculpa é esfarrapada e mulambenta. Posso concordar que o Ministério Público venha se exacerbando nos últimos tempos, no entanto, isso não justifica qualquer sentimento de revolta dentro dos quadros da PF que possa ameaçar sua integridade e desempenho. Se o número dois foi detido com bases insuficientes o responsável pela arbitrariedade deve ser identificado e punido restabelecendo, publicamente, a conduta idônea do acusado. Caso contrário, pau na moleira dele (no bom sentido, é claro). Simples como andar para frente.
A realidade é que entre a Polícia Federal e outros interesses inconfessáveis há muito mais do que possamos sonhar, ou melhor, muito mais do que o pior dos pesadelos possa engendrar.
Parece até que o Supremo Tribunal Federal não tem mais nada a fazer e, por isso, está exumando o cadáver do Caso Collor tantos anos depois. Com tantas e variadas lambanças largamente praticadas no governo passado e presente (o do Itamar Franco não conta. Foi interregno) e muitas vezes mais graves fico tentando compreender os reais motivos para desencadear essa movimentação. Custa-me crer que possa ser amor à justiça, ainda que tardia. Segundo consta o processo originou-se de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal em 2000, mas só foi enviada ao STF em 2006 após o ex-presidente ter sido eleito senador da República. Que coisa, hein! Cá não estou a defender quem quer que seja mesmo porque não possuo procuração para tal. Contudo, estou no meu direito de, no mínimo, suspeitar das intenções contidas nessa manobra. Estranho que naquela época não houve empenho algum da Corte máxima em exigir que se concedesse o amplo direito de defesa ao ex-presidente permitindo que se atropelassem todos os prazos e ritos processuais como, aliás, está fartamente documentado. Ao contrário, houve um estímulo para que aquele maquiavélico jogo político o apeasse do poder sem mais delongas.
O Caso Collor podem considerar um defunto. Porém, o senador Collor, definitivamente, não o é. Está bem vivo e, certamente, munido de muito mais experiência nos escaninhos da vida pública brasileira o que, deveras, pode ser motivo de preocupação para muita gente e, assim, na dúvida, o melhor a fazer é partir para o ataque. De acordo com o procurador geral da República Antonio Fernando de Souza o ex-presidente conduziu-se de forma a ser enquadrado nos artigos 299 (falsidade ideológica), 312 (corrupção passiva) e 317 (peculato) do Código Penal. Acusações, aliás, das quais já foi acusado e absolvido. O saber jurídico do procurador-geral é indiscutível, porém, esta exumação fede por demais da conta. Não convence. Mais fumaça para embaralhar-nos a visão.
É fato sabido e amplamente divulgado que o senador Collor (PTB-AL) poderá aproveitar-se da balbúrdia para a sucessão presidencial em 2010 para lançar-se candidato com consideráveis possibilidades de ir para um segundo turno e ai vai à velha sabedoria popular: urna eleitoral e bolsa de mulher só se sabe o que há dentro depois de aberta. E isto tira o sono de muita gente. Com exceção do presidente Lula, O Ignorante, pois os golpistas do terceiro mandato estão em franca movimentação, os possíveis candidatos à presidente nas próximas eleições que já estão na rua não são nenhum fenômeno em se tratando de urna. Talvez então antes de 2010 possa ser aprovada pelo Congresso Nacional uma legislação eleitoral que afastaria os “fichas sujas” da disputa alcançando o senador Collor que agora desejam processar, e tudo indica que o farão. Ou não? Tudo é possível. As leis não deveriam se prestar às manipulações inconfessáveis e sim serem aplicadas, indistintamente, para absolverem ou condenarem.