quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A VAMPIRA E O COCHEIRO DA VAMPIRA


Estive ausente algum tempo em virtude de outros e tantos compromissos e afazeres que se fizeram inadiáveis. Dada a justificativa, mesmo não havendo quem esta ausência notasse. Iniciemos o artigo.

Até o mais idiota dos mortais sabia, de antemão, que o Serra não seria eleito nem que encomendasse uma infinidade de preces aos céus e, desta feita, derrotado por uma candidata de passado nebuloso, questionável e não recomendável sem qualquer experiência eleitoral, sem voto, sem programa, sem moral, sem credibilidade, sem compromisso e tudo o mais que se queira acrescentar. Dizer isso é chover no molhado. O presidente Lula, O Ignorante Desbocado, fabricou, plantou, fez as conexões e deu luz ao poste Dilma Rousseff contrariando todos os moradores, vizinhos e penduricalhos do grande condomínio chamado corriqueiramente de governo. A máquina pública foi azeitada e posta para trabalhar diuturnamente em favor da ex-guerrilheira/terrorista, ladra, pseudodoutoranda, mentirosa inveterada, ex-ministra do Gabinete Civil e “o ‘presidenta’ eleito”. Fazer o sucessor no Brasil é uma tarefa complicadíssima e raramente se consegue. JK não fez, Jânio nem cumpriu o mandato, Jango foi deposto, Castelo Branco teve que engolir Costa Silva, Figueiredo oficialmente não quis participar de sua sucessão, Sarney enfiara os pés pelas mãos mergulhando o país na hiperinflação e no caos e nem com reza braba faria seu sucessor, Collor foi apeado do poder, Itamar Franco inventou FHC que inventou o real e as malditas privatizações-doação, FHC não acreditava nem um pouquinho que faria seu sucessor por dois motivos: estava com sua popularidade tão baixa quanto barriga de cobra e, por Cristo, com José Serra como candidato seria mais prático e econômico proclamar o barbudo presidente. O presidente Lula não inventou nenhum plano de estabilização, porém, inventou a bolsa-família, o bolsa-detento, o bolsa-ditadura, a bolsa-casa própria, a bolsa luz para todos, o bolsa-dentura, a bolsa-bolsa garantindo a fidelidade de uma imensa parcela do eleitorado brasileiro sem que tivesse esquecido dos banqueiros, empresários, empreiteiros, “cumpanheiros”, aloprados, correligionários, mensaleiros, capangas, cúmplices e demais tralhas das quais se cerca. Indubitavelmente todas essas arapucas sedimentaram sua reeleição e a eleição do poste de saia, se bem que não me lembro de tê-la visto usando tal peça do vestuário feminino.

Mas, creio que devam estar se perguntando: mas por que deste título? Explico. Segundo consta o falecido senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) também conhecido pela maldosa alcunha de Toninho Malvadeza aplicou a Michel Temer, o sapo sem barba que o sapo barbudo teve que engolir, estabelecendo semelhança física com os cocheiros de carruagens de vampiros dos filmes de terror. Olhando atentamente penso que o defunto senador não errou na avaliação. E isto se sucedeu muito antes do presidente fabricar o poste e do PMDB bater o pé, fazer beicinho e chantageá-lo para admitir o cocheiro de vampiro na chapa da vampira, porque observando mais amiúde não fica difícil enxergar semelhança entre a “presidenta-poste-eleito” e as vampiras que apareciam nos filmes de Boris Karloff (1887-1969), as vampiras atuais exibem beleza e sensualidade. Esses vampiros, no entanto, não são hemofílicos no sentido literal, porém no sentido figurado não deixam de sugar o sangue da sociedade, notadamente sua parte decente e trabalhadora. Seus festins não são menos maquiavélicos quando se trata de usurpar, dilapidar, espoliar e se apropriar das riquezas da nação em benefício próprio e daqueles que representam ou ainda o fazem por falta de zelo, competência, responsabilidade. Esses pseudocomunistas trarão mais dor, sofrimento e miséria para esta nação. Com a eleição de Dona Dilma Roussef foi transmitida oficialmente à guarda das galinhas para outra raposa.

Não irei especular sobre o futuro governo, isto seria leviano, insensato e de extrema burrice. Porém, não consigo visualizar mudanças periféricas ou substanciais na cartilha elaborada e executada pelo presidente Lula, apenas ressalvo uma colocação feita pelo ex-terrorista, ex-ministro, ex-deputado e faz-tudo José Dirceu que no governo Lula o presidente manteve o Partido dos Trabalhadores a uma distância segura, mas que no governo Dilma a situação será invertida e quem dará as cartas é o partido. Caso isto venha a se concretizar estará aberta uma nova e mais famigerada temporada de dilapidação do patrimônio público brasileiro a considerar a horda de delinqüentes ancorados nesta agremiação política-partidária e seus sucedâneos, se é que assim podemos chamar um cesto de gatos mestiços, famintos e mal cheirosos.

Muito se tem sugerido a cerca da ocupação que deveria ter o futuro ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado. As especulações são diversas. Há quem diga que o “presidenta” Tia Dilmão devera nomeá-lo embaixador do Brasil na ONU, pode até ser se quisermos servir de chacota para o resto do mundo e, de mais a mais, Nova Iorque fica muito longe de Brasília e do eleitorado brasileiro coisa que, por sinal, não lhe apetece. Há quem sugeria, a exemplo de FHC, fundar um Instituto e cobrar as palestras que proferir, o diabo será encontrar um exército de imbecis que estejam dispostos a pagar para ouvirem bobagens e escutarem besteiras ansiosos para usarem cangalhas e puxarem carroças. Viver pacatamente como um simples ex-presidente com cara de pamonha em São Bernardo do Campo está fora de cogitação. O que realmente deve encantar o futuro-ex-presidente seria tornar-se a eminência parda no governo com um suntuoso gabinete fora das instalações oficiais onde poderia tramar, decidir, manipular, distorcer, destruir, denegrir o que quisesse com, quem quisesse e a hora que quisesse. Atribuições que, aliás, jamais deixou de exercer. Mas de uma maneira ou de outra Lula precisará manter-se em evidência caso queira disputar novamente em 2014, mas quem está inconformada de perder o status de papagaio de pirata é dona Marisa Letícia que entrou muda em 2003 e sai calada em 2010, ao contrário da saudosa Ruth Cardoso que soube utilizar a condição de primeira dama para realizar diversos projetos sociais enquanto dona Marisa só conseguiu realizar um único feito durante os oito anos que incorporou o papel de primeira-dama: ser cada vez mais brega com sua indumentária e exibir um sorriso aparvalhado.

Dilma Rousseff foi eleita no dia que se comemora o Halloween ou Dia das Bruxas (uma tradição norte-americana que os míopes culturais trouxeram às terras tupiniquins) festa da qual participam bruxas, duendes, diabos, lobisomens, mortos-vivos, bonecos-assassinos, Jasons, mordomos suspeitos, vampiros, vampiras e cocheiro de vampiros. Tem coisa mais agourenta?

CELSO BOTELHO

03.11.2010

PS: Devo registrar meu contentamento ao ver Dilma Rousseff no seu discurso de agradecimento, entre outras coisas, comprometer-se a respeitar todas as orientações políticas e garantir a liberdade de imprensa, de expressão. Contudo não se pode dar nenhum crédito para uma cidadã que passou a vida mentindo e defendendo valores exatamente opostos aos que apregoa.