sábado, 6 de abril de 2013

FALAS PRESIDENCIAIS: NOSSO OUVIDO NÃO É PENICO



Collor disparando contra a inflação

Falar bobagens e fazer besteiras não é um privilégio dos presidentes da República, seja aqui ou alhures. Está no DNA dos seres humanos, independente de continentes, países, culturas, religiões, etnias, posição social, situação econômica, grau de instrução ou qualquer outro parâmetro que se examine. A História encontra-se recheada de exemplos em todos os tempos e espaços. Alguns, senão todos, os presidentes brasileiros se esmeraram em produzir falas que se alternam entre tolas, idiotas, estúpidas, polêmicas, incoerentes, imprecisas e babacas. Mas nem tudo que sai da boca de Suas Excelências é bobagem. O presidente Getúlio Vargas (1882-1954) produziu uma frase que retrata e se aplica perfeitamente aos políticos encarregados de administrar o país, tanto os de sua época quanto aos atuais: "A metade de meus homens de governo não é capaz de nada e a outra metade é capaz de tudo." Atribui-se a Jânio Quadros (1917-1992) uma definição muito pertinente ao PMDB que diz "o PMDB é uma arca de Noé, sem Noé e sem a arca." Ou seja, sobraram apenas os bichos e “bichos soltos” (bandidos, marginais, aqueles que não respeitam as leis), mas isso não significa que não possamos estender tal definição aos demais partidos políticos. Com um temperamento intempestivo o último general-presidente de plantão João Figueiredo (1918-1999) brindou-nos com verdadeiras pérolas tais como “prefiro cheiro de cavalo a cheiro de povo”, “todo povo é uma besta que se deixa levar pelo cabresto”, “um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar”, porém nada foi mais exemplar do que sua confirmação quanto a dar seguimento à abertura política “é para abrir mesmo. Quem quiser que não abra, eu prendo e arrebento”. Estava inventada a democracia do prendo e arrebento. O ex-presidente José Sarneyssauro (PMDB-AP), como qualquer politiqueiro que se preza, diz coisas nas quais nem mesmo por intervenção divina acreditam como esta demagógica e safada assertiva “a subversão mais grave é que se instala no centro do poder. Ao desrespeitar a lei, os altos funcionários do Estado autorizam a anarquia, estimulam os deslizes e corrompem as sociedades.” Porém uma frase bastante emblemática do ex-presidente Sarney e que se encaixa adequadamente a ascensão do Partido dos Trabalhadores & Penduricalhos ao governo é “governo é como violino: você toma com a esquerda e toca com a direita.” Fernando Collor de Mello produziu inúmeras frases que robustecem o extenso repertório de bobagens, tolices, idiotices e babaquices dos nossos mandatários nacionais como, por exemplo, “para governar o Brasil o presidente precisa ter aquilo roxo”. Bem, considerando que jamais vi ou tive o desejo de verificar pessoalmente a cor dos sacos escrotais de qualquer presidente da República fica impossível saber se a assertiva do ex-presidente Collor é ou não verdadeira. Contudo, no caso de estar correta a afirmação, sua bolsa escrotal descoloriu-se com muita rapidez passando de roxa para pálida. Outra bravata do dito cujo ex-presidente que prometeu exterminar “com um tiro só o tigre da inflação”. Errou o tiro e o animal. O tiro jamais alcançaria o alvo, posto que dentro do projétil concentrava-se a prosaica pólvora composta de dois ingredientes que em tempo algum surtiria qualquer efeito, quer seja, “sem dinheiro, sem inflação” e o animal que representa a inflação é um mitológico voraz dragão e não um tigre os quais, por sinal, não fazem parte de nossa mitologia nem da nossa fauna. Fernando Henrique Cardoso não poderia deixar no vazio sua passagem pelo Palácio do Planalto. Chamou os cidadãos que se aposentam precocemente (com idade inferior a 50 anos) de “vagabundos”, porém esqueceu-se de dizer que foi aposentado em 1968 com apenas 37 anos de idade pelo regime militar (1964-1985), mas aos 48 anos poderia ter reassumido as aulas na USP (a fábrica de nulidades e outros artefatos impublicáveis, com a ressalva que não é a única no ramo), mas não o fez. Também é da lavra de FHC, O Entreguista, “os brasileiros são caipiras, desconhecem o outro lado, e, quando conhecem, encantam-se.” O sociólogo “uspeniano” (foi por pouco...) inclui-se na caipiragem, posto que para candidatar-se e tomar posse na presidência da República ser brasileiro é uma condição incontornável. Mas egocêntrico como sempre foi FHC tem-se em conta de um caipira ungido pelos deuses e aclamado pelos povos. Caso o outro lado a que se referiu seja o lado da corrupção, desvio, desperdício e malversação do dinheiro público conheço inúmeros compatriotas que jamais se encantariam com tal lado. Melhor ser um caipira iletrado à um intelectual desprovido de ética e moralidade.


Lula, O Ignorante Desbocado e Fujão, doutor honoris causa




Arrebatando medalha de ouro na categoria de tolices, idiotices, imbecilidades e babaquices o ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado e Fujão, também conhecido como o Exu de Garanhuns é imbatível. Certamente um artigo não há de dar conta de tão farta produção da lavra do ex-presidente. No entanto, seleciono algumas sem adotar qualquer critério, aleatoriamente. Logo no início de seu primeiro mandato, em maio de 2003 na cerimônia de abertura da 44ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitos, saiu-se com esta: “todo mundo tem o direito de ser contra, a favor ou muito pelo contrário.” Certamente que compreender um tratado de física quântica deva ser mais fácil de entender. Neste mesmo ano, em 15 de dezembro, segundo o Informativo do Exército (17.12.2003), falando no Clube do Exército o então presidente Lula rebaixou a instituição militar a bando ao afirmar que “não adianta ter um bando de generais e de soldados”. Em outros tempos sairia dali deposto e preso a pescoção, pontapé e rabo de arraia. Porém, nossos militares de hoje estão preocupados com três coisas: suas carreiras, aumento salarial e aposentadoria, viraram funcionários públicos. Em junho de 2004 revelou na 1ª Conferência Nacional do Esporte algo que todos os brasileiros sabem sobejamente desde tempos do Império “o governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil.” Mesmo tentando fazer apenas o simples os governos brasileiros se atrapalham todo e acabam por fazer só lambança e o seu governo bem demonstra isso. Falando à Cúpula das Américas em Monterrey asseverou: "estou otimista porque estamos reduzindo as taxas de interesses dentro do Brasil." Que diabo de taxas são essas? Será a tabela para pagamento de propina? Não. O ignorante quis dar uma de sabichão. Em espanhol “tasa de interés” significa taxa de juros e, portanto, “taxas de interesse” não significam coisa alguma em nenhuma língua (fonte: Jornal Estado de São Paulo). Em setembro de 2005 ao receber judocas brasileiros na cidade do Cairo, Egito, desejou exibir sua performance dizendo “Estou pronto para a briga. Também vou entrar no tapume”. Naturalmente o “zeroglota” do Lula quis dizer tatame. No programa Café com o Presidente (uma cópia tupiniquim do programa Conservas à Lareira criado por Franklin Delano Roosevelt, 1882-1945, presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945) foi magistral sua definição para o salário mínimo que, por sinal, em se tratando do ex-presidente Lula, certamente demandou muito tempo e esforço mental para ser elaborada: “O salário mínimo nunca será ideal porque ele é mínimo.” Só mesmo o filho... de Garanhuns poderia concluir tal coisa. Em agosto de 2006, provavelmente após ingerir rapadura com cachaça declarou: “não será por falta de lealdade aos princípios que nos fizeram chegar à presidência que não iremos cumprir. Se a gente não cumprir é porque teve fatores extraterrestres que não permitiram que nós cumpríssemos.” Lula falar sobre lealdade e princípios já é motivo de irritação, repúdio e estrondosas gargalhadas, porém evocar fatores extraterrestres é ser uma besta muito quadrada, um magnânimo imbecil. Em 2007 dizia o abestalhado: “se pudesse, eu viajava com uma picanha no pescoço.” Bem, de qualquer maneira fez-se acompanhar em 32 viagens ao exterior por uma senhora que não era d. Mariza Letícia. Nem tudo precisa ser necessariamente uma picanha, pode ser coisa parecida. B Em visita a Antártida mostrou-se extasiado diante de tanto gelo “é a maior geladeira que já vi na vida.” Já imaginou o quanto de energia elétrica tal geladeira não deve consumir? Em 2009, num rompante de lascívia, na solenidade de abertura do Fórum Internacional de Software Livre, revelou o ex-presidente: “inclusão digital é a palavra mais sexy do meu governo.” Provavelmente estava pensando em algo do tipo “incursão vaginal”. Do Lula se pode esperar qualquer coisa ou coisa alguma. Por ocasião da crise de 2008 avaliou sua extensão tranquilizando a nação ao dizer "essa crise pode não ser tão grande, como a gente imagina, mas pode ser maior do que a gente imagina." E os jumentos, jegues e burros vão muito bem, obrigado. Sobre a crise financeira em 2009 diante do embaixador britânico Gordon Brown classificou-a como branca de olhos azuis numa perfeita demonstração de inabilidade diplomática (se é que sabe o que isto venha a ser, a julgar pelas trapalhadas que junto com Celso Amorim patrocinou), falta de sensibilidade política e, o mais grave, preconceito e discriminação. Encontrei uma pérola do ex-presidente num discurso na Confederação Nacional da Indústria que não posso deixar de reproduzir: "Não tem geada, não tem terremoto, não tem cara feia. Não tem Congresso Nacional, não tem um Poder Judiciário. Só Deus será capaz de impedir que a gente faça este país ocupar o lugar de destaque que ele nunca deveria ter deixado de ocupar." Examinando sem maiores cuidados a História do Brasil desde 1500 não consegui localizar um único momento no qual tenha ocupado lugar de destaque. A menos que esteja falando sobre os 50 mil homicídios cometidos anualmente no Brasil, do fugaz desmatamento da floresta Amazônica, da corrupção, da falta de hospitais, da educação de péssima qualidade, dos direitos humanos, etc. Nosso país é destaque nestes assuntos e tantos outros mais. As feministas devem ter ficado numa bronca com o ex-presidente em janeiro de 2010 quando disse: "uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele". Não interessa, para o ex-presidente, se ganhe um prato de comida ou uma joia de ouro com vários diamantes incrustados o fundamental é que seja submissa. Sobre suas relações com Fernando Collor, José Sarney e Renan Calhorda Calheiros recorreu ao Novo Testamento afirmando que até Jesus Cristo chamaria Judas para compor uma coalização. Que blasfêmia! Para finalizar, quando esteve no Maranhão em 2009 foi incisivo: "quero saber se o povo está na merda, e eu quero tirar o povo da merda em que se encontra." De qual merda o Lula estava falando? A merda do poder aquisitivo? A merda da educação? A merda da segurança pública? A merda da saúde? A merda da infraestrutura? A merda da habitação? A merda da merda ou todas estas merdas juntas e tantas outras que não citei?



Com mais da metade do mandato exercido “o presidenta” Dilma Rousseff também está competindo com seus antecessores no quesito falas tolas, idiotas, incoerentes, polêmicas e babacas. Em visita à África do Sul deixou escapar uma bela oportunidade de manter a boca fechada. Mas quis “fazer bonito” falando de improviso e deu com os burros n’água. A oratória é uma arte, uma habilidade. É necessário ter eloquência, exagerar na retórica. “A presidento”, definitivamente, não se enquadra nestas premissas. O ex-presidente Lula, reconhecemos, possui o dom da oratória, apesar de suas limitações intelectuais e seu paupérrimo vocabulário. D. Dilma poderia ter aproveitado sua estada naquele país para ver com seus próprios olhos que a terra há de comer o abandono dos estádios e outras instalações construídos para a Copa do Mundo de 2010, verdadeiros elefantes brancos. Em vez disso declarou: “eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico”. Dito desta maneira cabe a “Sua Excelência” descobrir ou inventar uma fórmula que possa combater a primeira sem prejuízo do segundo, afinal de contas está com a caneta na mão e, segundo consta, é graduada em Economia pela UFRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), mas quando foi ministra da Casa Civil seu currículo no site da instituição a apresentava como mestre em Teoria Econômica e doutoranda em Economia Financeira e Monetária pela Unicamp (Universidade de Campinas), porém jamais foi uma coisa ou outra. A Casa Civil corrigiu a lorota admitindo que frequentara os cursos de mestrado e doutorado concluindo os créditos, porém não apresentara dissertação e, portanto, é tão mestranda e doutoranda em economia como eu sou em aramaico e mandarim. Atualmente o único governo que pode se dar ao luxo de não combater a inflação é o japonês. A deflação no Japão teve início da década de 1990 após o estouro da bolsa imobiliária japonesa que abalou a economia do país. A capital Tóquio é uma das cidades mais caras do mundo em dólar devido à supervalorização da moeda japonesa, porém os preços em ienes vêm caindo há vinte anos. Cientes de que os preços no futuro estarão mais baixos os consumidores adiam suas compras e com isto as empresas vendem menos e reduzem salários e os japoneses ficam com menos dinheiro para comprarem. Isto é chamado de espiral deflacionária. O Banco Central japonês decidiu que, em dois anos, deverá atingir a meta de 2% de inflação adotando um programa que visa duplicar a massa monetária. O percentual de 2% de inflação foi atingido pela última vez em 1997 quando o imposto sobre o consumo aumentou. Mas d. Dilma não governa o Japão e, portanto, o combate à inflação deve ser prioridade num país onde tudo deveria ser prioridade (educação, saúde, transporte, segurança publica, habitação, etc.). E, por falar em África do Sul, em 2010 o ex-presidente Lula, numa de suas comparações idiotas chegou a dizer que “uma fase da vida da Dilma me lembra muito a do Mandela. Eu lembro uma vez que o Mandela me contou que foi para o confronto porque não deram outra saída para ele.” Comparar Nelson Mandela a Dilma Rousseff é como comparar um moderno transatlântico com uma canoa. Integrar alguma das organizações clandestinas dos idos de 1960 e 1970 não era a única maneira de dar combate ao regime militar. Lembrando sempre que todas elas, sem exceção, não tinham outro objetivo senão substituir a ditadura militar pela ditadura soviética, maoista ou cubana.




Dilma Rousseff tem lá suas frases devidamente temperadas com uma pitada de idiotice e imbecilidade, trinta folhinhas de rudeza e aspereza, meia colher de incoerência e inconsistência, uma xícara de chá de demagogia sem esquecer-se do molho de politicagens (acordos, cambalachos, compromissos). Ainda como pré-candidata à presidência estava convicta de que Lula, e não Cabral (o Pedro, não o deplorável Sérgio), havia descoberto, invadido e inventado o Brasil e utilizou uma palavra desconhecida da maioria dos brasileiros: “antes de Lula, o Brasil estava afunhunhado”. Mas que diabos pode vir a ser afunhunhado? Este termo era muito utilizado entre os subversivos nos tempos da guerrilha (anos 1960 e 1970) e significava o local onde suas vítimas de sequestro aguardavam para serem assassinadas, um cantinho escuro. E a VAR-Palmares, organização que d. Dilma era membro, “afunhunhou” muita gente. Ainda como candidata à candidata sua arrogância, prepotência e presunção ficou patente ao declarar, textualmente: “eu posso não ter experiência de governar como eles governaram com estagnação, desigualdade e desemprego, agora governar gerando emprego, distribuição de renda, tirando 24 milhões da pobreza e 31 milhões elevando à classe média, eu sei muito bem fazer.” Decorridos mais de dois anos de sua gestão os indicadores econômicos contradizem sua alegada capacidade de governar. Um PIB expandido em ridículos 0,09%; o setor industrial com o pior desempenho desde 2009 ao apresentar uma queda de 2,7%. A pretensa distribuição de renda com o tal Brasil Carinhoso doando a “expressiva” soma de R$ 70,00 segundo “a presidento” retirou 9,1 milhões da extrema pobreza, que coisa! “O chefa” do governo elevou o número de brasileiros à classe média com o auxílio “luxuoso” de Marcelo Neri que estabeleceu uma renda mínima de R$ 1.200,00 para nela serem inseridos. A corrupção continua comendo solta e impune. Somente em seu primeiro ano de mandato, sete ministros foram defenestrados por envolvimento nesta torpe atividade. As obras de transposição do rio São Francisco estão praticamente paralisadas. A Transnordestina sugando dinheiro público como um bezerro faminto. A saúde cada vez mais desmantelada e morre-se em busca de um leito. A educação é um fiasco, os estudantes chegam a 5ª série sem se encontrarem minimamente alfabetizados, passam no ENEM descrevendo como preparar miojo e recebem graduação nas universidades sem que estejam aptos. Unidades do programa Minha Casa, Minha Vida são construídas em solos instáveis, sem infraestrutura, utilizam materiais de baixa qualidade, sem tratamento urbanístico adequado, etc. As Forças Armadas estão sucateadas e, de acordo com o general Maynard Santa Rosa no caso de uma invasão estrangeira o Brasil só teria munição para resistir durante uma hora. No Brasil continua-se matando tanto quanto em qualquer guerra moderna. São cinquenta mil homicídios por ano. A Síria está consumindo quase dois anos para produzir setenta mil mortes, mas lá temos uma guerra civil. A palavra, desconhecida, examinada dentro do contexto remete a esculhambado, arrebentado, estrangulado, quebrado, envergonhado, etc. Dois anos depois no exercício do cargo prossegue este Brasil varonil afunfunhado e mal pago. Tem muito mais exemplos de como “o presidenta” sabe governar.


Dilma Rousseff, A Garrincha

“O problema do galo é quando ele só canta em período eleitoral...” Desconhecia que “nossa presidento” é especialista em “assuntos galináceos” ou galiformes (galinhas, perus, faisões, jacus, etc.), mas errou de animal. Neste caso seria mais apropriado lançar mão de uma sereia, posto que seu canto seduza os homens levando-os ao fundo do oceano onde se afogam. O mesmo se dá nas campanhas eleitorais. Os políticos apresentam-se com um canto irresistível, seduzem o eleitorado para, uma vez no poder, afogá-los no descaso, omissão e desprezo. Seguindo os passos de seu criador-mentor-inventor Luiz Inácio e em visita oficial à Rússia em dezembro do ano passado declarou: "eu vim aqui para combinar com os russos." Alusão a resposta de Garrincha (Manuel Francisco dos Santos, 1933-1983) ao técnico da seleção brasileira Vicente Feola (1909-1975) em 1958 após ouvir suas recomendações táticas ("O senhor combinou com os russos?"). D. Dilma não conseguiu combinar com os russos uma solução para a suspensão do embargo russo a carne brasileira para um mercado de mais de 105 milhões de consumidores. As carnes bovina, suína e de frangos representam cerca de 40% das exportações brasileiras para a Rússia.


A Guerrilheira de Meia Pataca Furada

E d. Dilma disse: “eu não fujo da situação quando ela fica difícil. Eu posso apanhar, ser maltrada, como eu já fui, mas não fujo da luta. Em cada época da minha vida, eu fiz o que fiz porque acreditava naquilo. Eu mudei quando o Brasil mudou. Eu não fujo da luta. Nunca abandonei o barco.” Essa raça ruim de esquerdista é mesmo de uma desfaçatez colossal. Após o assalto à casa da amante do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros (1901969) em julho de 1969 de onde roubaram um cofre contendo cerca de US$ 2,5 milhões os “guerrilheiro-assaltantes” foram ter à cidade serrana de Teresópolis no Rio de Janeiro, onde partilharam o dinheiro e as armas. Dilma foi para o Rio Grande do Sul e Carlos Lamarca (1937-1971) ficou no Rio de Janeiro sendo depois morto pelo aparelho repressor do regime militar. A guerrilha estava sendo destroçada e se esta não era uma situação difícil porque d. Dilma deu no pé? Diz “a presidento” que apanhou e foi maltratada, mas jamais apresentou qualquer sequela física ou psicológica que comprovassem. A prova mais irrefutável que fugiu da luta está no simples fato de que não morreu. Acreditar no comunismo genocida de Joseph Stalin (1879-1953), Vladimir Lênin (1870-1924), Mao Tsé-Tung (1893-1976) e Fidel Castro (1926-) é atestar-se tão repugnante, criminoso, cruel e sórdido quanto eles. D. Dilma não mudou, apenas enquadrou-se no sistema por instinto de preservação e compreendendo que jamais ela e seus pares (e ímpares) chegariam ao topo de cadeia alimentar caso persistissem na luta armada. É a velha tática: apropriar-se dos direitos, discursos e argumentos burgueses e utilizá-los contra a própria burguesia para destruí-los implacavelmente assim que o poder seja alcançado. A redução de sua pena pelos militares é, no mínimo, muita suspeita. Porque tal benefício? Será que não houve um acordo do tipo delação premiada? E, afinal, se d. Dilma era uma figura tão importante para organização subversiva da qual era membro porque a condescendência dos militares? E não esqueçam que este era o período dos anos de chumbo. Tempo no qual nem pato tinha seu traseiro refrescado.



Entretanto, quem tem boca fala o que quer. Da mesma forma que também ouve o que não quer. Mesmo sendo bobagem, idiotice, tolice, imbecilidade ou pura babaquice, mas nossos presidentes exageram na dosagem ultrapassando qualquer limite de paciência que se possa ter. “Suas Excelências” poderiam ser mais cautelosos, pois, afinal de contas, nosso ouvido não é penico.



CELSO BOTELHO

06.04.2013