terça-feira, 16 de julho de 2013

A INGRATIDÃO DAS RUAS




                                                 "O povo quanto mais tem mais quer"

                                                                                   Dilma Rousseff


JOSÉ SERRA SENDO "OVACIONADO"


Não se pode minimizar, ignorar ou desculpar a frase proferida “pela presidento” Dilma Rousseff, quer se examine o contexto ou não. Além de incapaz para exercer o cargo que ocupa (quem ganhou a eleição de 2010 foi Lula, qualquer poste ganharia) demonstra, uma vez mais, sua total ignorância sobre o povo que diz representar. Um presidente da República, rei, imperador, sultão, faraó ou ditador em nenhum país em qualquer tempo e espaço histórico jamais pode ou poderá fazer esta afirmação. E a razão é óbvia: nenhum governo jamais atendeu seu povo plenamente, mesmo porque tal façanha é, até que se prove o contrário, impossível. O Estado e o governo que atenda plenamente todas as demandas da sociedade ainda não foram concebidos e constituídos. Em maior ou menor escala o Estado e seus governos, dentro dos limites a que estão restritos, empenham-se ou não para, senão solucionar ao menos minimizar, as deficiências e as mazelas que afligem seus governados. Jamais existiu sobre a face da Terra uma única sociedade que não reivindicasse alguma coisa (participação política, inclusão social e econômica, respeito a liberdade de expressão, de culto, obras de infraestrutura, educação, saúde, segurança pública, transportes, etc.). A pessoa da senhora Dilma Rousseff causa-me, entre outras coisas, repulsa. Seu passado terrorista, definitivamente, somente a recomenda para uma cela fria e úmida em um dos nossos “aconchegantes” estabelecimentos prisionais, sua gestão (se é que assim possamos chamar) desastrada e pífia até nos assuntos mais comezinhos desta nação não a recomenda sequer para gerir uma carrocinha de pipoca em Xapuri (AC), com todo respeito à cidade e a pipoca. As vaias que lhe foram dirigidas na abertura da Copa das Confederações no Estádio Nacional de Brasília e ao final da reunião com representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) na Marcha dos Prefeitos, além de merecidas foram por demais elegantes para o meu gosto. Faltaram os tomates e ovos podres (José Serra, como ministro da Saúde, experimentou um ovo no rosto, ou melhor, na fuça). E até entendo a ausência deles em razão de seus preços abusivos. D. Dilma, durante este encontro com prefeitos, só faltou prometer que tiraria pedra da água e vice-versa. Mas a corja de políticos brasileiros é insuperável na feitura de promessas que sabem, de antemão, que jamais poderão cumprir. Desde o imperador d. Pedro II em vender até o último brilhante da Coroa para salvar os cearenses da seca de 1877, passando pelo ex-governador Moreira Franco em acabar com a violência em seis meses no Rio de Janeiro até erradicar a miséria conduzindo todos os brasileiros à classe média como fez d. Dilma durante sua campanha (para isso conta com o auxilio “luxuoso” de Marcelo Neri, do IPEA, que determinou o mínimo de R$ 1.200,00 para ser incluído na classe média). Prometem qualquer coisa por mais estapafúrdia que seja. A afirmação “do presidenta” é intolerável, inaceitável e indesculpável, da mesma forma que o adjetivo que tenho em mente para nominá-la é impublicável, porém imensamente justificável.

MANIFESTAÇÃO NO RIO DE JANEIRO


De acordo com “a presidento” a população brasileira chora de barriga cheia, pois tudo funciona maravilhosamente bem no país. O sistema educacional forma cidadãos semiletrados e perfeitamente ignorantes, como convém tanto a direita quanto a esquerda. Na área da saúde a população aguarda seis meses para marcar uma simples consulta com um clínico geral e caso necessite de uma cirurgia a espera por ultrapassar dois anos, não esquecendo que em casos de emergência o paciente (pobre) pode procurar um hospital que disponha de uma vaga em seus corredores ou simplesmente morrer. Quanto à mobilidade urbana a situação também é muito positiva na avaliação do governo brasileiro: serviço de barcas, metrôs e trens urbanos inexistentes ou oferecidos precariamente e sem segurança alguma. Mas, neste quesito, a cereja do bolo são os ônibus. Insuficientes, superlotados, velhos, com pouca ou nenhuma manutenção, sem horários regulares. E todos eles com preços abusivos. As rodovias também são um primor de eficácia da gestão pública: esburacadas, sem asfalto, sinalização, segurança, com pedágios caríssimos. Outro setor onde a competência governamental é visível está na segurança pública. Policiais militares despreparados, truculentos, mal remunerados, com ridículos recursos materiais disponíveis. E para não dizer que não falei das flores as Forças Armadas sucateadas, humilhadas, desprezadas e aviltadas. Há que se exaltar também o avanço verificado durante a gestão petista na “tecnologia social” ou, como é vulgarmente conhecido, Bolsa-Família, Brasil Carinhoso, Brasil Sem Miséria, Fome Zero e similares. “O presidenta” asseverou que o Bolsa-Família transferirá renda para 50 milhões de brasileiros, o Brasil Sem Miséria já retirou 22 milhões, o Brasil Carinhoso 9,1 milhões e com esta progressão certamente a equação será invertida. Haverá mais recursos do que pobres e miseráveis disponíveis. Na habitação os progressos também saltam aos olhos: o déficit habitacional brasileiro neste ano, segundo dados do ministério das Cidades, alcançou o insignificante número de 6.273 milhões, mas o programa Minha Casa, Minha Vida está “bombando” e em pouco tempo este contingente será constituído de felizes proprietários de uma dessas arapucas que apelidaram de residência. Não se contentando em realizar o sonho da casa própria o governo Dilma Rousseff achou por bem criar o programa Minha Casa Melhor abrindo uma linha de financiamento de até R$ 5.000,00 para que seus mutuários possam mobiliar a nova “residência” com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional, a Viúva Alegre, em até 48 meses para pagar. Para uma economia em alucinada ascensão os portos e aeroportos também foram motivo das ações do governo. A MP dos Portos, por exemplo, dentro de poucos anos, quebrará os portos. Nos aeroportos as privatizações (ou doações, afinal para que a população quer aeroporto?) estão na pauta. Segundo d. Dilma o problema de saneamento básico já fora resolvido pelo seu antecessor o que contraria dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que aponta 40% dos domicílios brasileiros carentes deste serviço. Mas tal contradição naturalmente deve-se a falha no IBGE e nunca “do presidenta”. Diante deste pequeno histórico é possível concluir que d. Dilma tem toda a razão em assegurar com toda convicção que “o povo quanto mais tem mais quer”. E aqui não mencionamos seus méritos na condução da política econômica onde se constata decréscimo na produção industrial, nas exportações, nos investimentos, na geração de empregos, no índice Bovespa, no Produto Interno Bruto, etc. Mas com acréscimo substancial nos indicies inflacionários, na taxa de juros, na cotação do dólar. Como também não vamos nos furtar de mencionar o espírito de continuidade “do mandatário máxima” do país com o inchaço no paquidérmico Estado brasileiro, concessões políticas e econômicas suspeitas, alianças espúrias e lesivas a nação, na manutenção da extorsão tributária, na manutenção e ampliação de privilégios para uns poucos em detrimento de milhões, no reforço ao Instituto da Impunidade estimulando a prática da corrupção, desvio, desperdício e malversação dos dinheiros públicos e tantos outros pontos “positivos” deste “incompreendido” governo pela má vontade e barriga cheia daqueles que foram para as ruas no mês passado reivindicar o que já lhes é proporcionado com extrema fartura. Na concepção de d. Dilma o que se deve mudar não é o governo e sim este povo ingrato




Devemos aproveitar a visita do Santo Padre ao Brasil para instá-lo a iniciar o processo de beatificação de d. Dilma Rousseff tendo em conta todos esses “milagres” que realizou em dois anos e meio e dos quais carecíamos desde 1500 ou, pelo contrário, assediá-lo para que a excomungue porque todos esses “milagres” foram realizados mediante obras de feitiçarias, bruxarias e mandigas.




CELSO BOTELHO 14.07.2013