quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PRIMEIRA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL, A DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958 E A ESTRATÉGIA DE ANTONIO GRAMSCI, O FORO DE SÃO PAULO, A URNA ELETRÔNICA, QUEM É O MINISTRO TOFFOLI, A DITADURA PETISTA E O O DECRETO-LEI 8.243/2014

A PRIMEIRA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL NO BRASIL



Examinando as eleições desde 1891 não é difícil concluir que minha afirmação de que todas as eleições no Brasil, de uma forma ou de outra, são fraudadas está primorosamente embasada. Embora a Constituição Federal de 1891 determinasse que o presidente da República fosse eleito diretamente pelo povo em suas disposições transitórias previam que o primeiro presidente da República fosse eleito pelo Congresso Nacional Constituinte. Deodoro da Fonseca, chefe do governo provisório, até ali havia realizado um governo desastroso. Instabilidade política e econômica. Rui Barbosa, ministro da fazenda, levou a termo uma reforma monetária e bancária catastrófica. Autoriza os bancos a emitir papel-moeda sem lastro em ouro ou prata e criava facilidades para a constituição de empresas visando acelerar a industrialização do país. Tal reforma provocou um surto inflacionário e a especulação financeira que levou a bolsa de valores à crise com a ruína de inúmeros investidores. A primeira crise econômica da República ficou conhecida como "encilhamento". Num contexto desse o Congresso Nacional não estava inclinado em confirmá-lo na presidência da República. No entanto, os militares ameaçaram os parlamentares e os obrigou a eleger o velho e doente marechal. Floriano Peixoto foi eleito vice-presidente. Acontece que Deodoro e Floriano vinham brigados desde a guerra do Paraguai e naquele momento a presidência e vice-presidência da República seriam ocupadas por um representante da situação e outro da oposição, respectivamente. Oito meses depois Deodoro foi levado a renunciar e Floriano Peixoto assumiu (e permaneceu) na presidência desconsiderando o Art. 42 de Constituição Federal (“Se no caso de vaga, por qualquer causa, da Presidência ou Vice-Presidência, não houverem ainda decorrido dois anos do período presidencial, proceder-se-á a nova eleição.”). A República brasileira nasceu de um golpe militar, a primeira eleição para presidente da República foi uma imposição dos militares e a primeira substituição violou descaradamente a Constituição. Este período (1889-1894) ficou conhecido como “A República da Espada”.

A DECLARAÇÃO DE MARÇO DE 1958 E A ESTRATÉGIA DE ANTONIO GRAMSCI



A revolução cultural da esquerda foi posta em prática em fins da década de 1950. A Declaração de Março de 1958 do PCB deixa explícito o “modus operandi” a partir daquele momento. Dado as dimensões e características do Brasil tomar o poder pelas armas exigiria recursos humanos e materiais imensos e ainda assim não haveria garantias de sucesso. Todas as tentativas anteriores redundaram em fracasso. O Relatório Kruschev de 1956 por ocasião do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética que denunciava o que ficou conhecido como o Grande Expurgo de 1934 a 1939 patrocinado por Stalin abalou o mundo comunista. Era necessária uma guinada na estratégia para a tomada do poder. O documento afirma que “o caminho pacífico da revolução brasileira é possível em virtude de fatores como a democratização crescente da vida política, o ascenso do movimento operário e o desenvolvimento da frente única nacionalista e democrática em nosso país.” Para o comunista a palavra democrática tem um sentido inverso, só a utilizam como camuflagem. O que a República Democrática Popular da Coréia tem de democrática? É uma ditadura hereditária. Ou a República Democrática Popular do Laos? O Laos é uma república socialista de partido único. Logo a seguir outro trecho reitera “o caminho pacífico significa a atuação de todas as correntes anti-imperialistas dentro da legalidade democrática e constitucional, com a utilização de formas legais de luta e de organização de massas. É necessário, pois, defender esta legalidade e estendê-la, em benefício das massas. O aperfeiçoamento da legalidade, através de reformas democráticas da Constituição, deve e pode ser alcançado pacificamente, combinando a ação parlamentar e a extraparlamentar.” Este documento sugere três maneiras para conquistar o poder, a saber: “1) Pela pressão pacífica das massas populares e de todas as correntes nacionalistas, dentro e fora do Parlamento, no sentido de fortalecer e ampliar o setor nacionalista do atual governo, com o afastamento do poder de todos os entreguistas e sua substituição por elementos nacionalistas. 2) Através da vitória da frente única nacionalista e democrática nos pleitos eleitorais e 3) Pela resistência das massas populares, unidas aos setores nacionalistas do Parlamento, das forças armadas (grafado no documento sem as letras maiúsculas) e do governo, para impor ou restabelecer a legalidade democrática, no caso de tentativas de golpe por parte dos entreguistas e reacionários, que se proponham implantar no país uma  ditadura  a  serviço  dos monopólios  norte-americanos.” Quer dizer: a ditadura da esquerda pode, mas a da direita não pode. Ambas são intoleráveis, repugnantes. Qualquer ditadura é uma excrescência, seja de direita ou de esquerda, militar ou civil. Para sermos mais exato uma ditadura civil não pode existir sem a participação e o respaldo das Forças Armadas. Os oficiais que apoiaram Getúlio Vargas no golpe de 1930 são praticamente os mesmos que o depuseram em 1945 (Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juarez Távora, Juracy Magalhães, Góis Monteiro, etc.). Para finalizar atentem para este parágrafo no mesmo documento. “Quanto aos comunistas, tudo farão para alcançar os objetivos vitais do proletariado e do povo um caminho que, sendo de luta árdua, de contradições e de choques, pode evitar o derramamento de sangue na insurreição armada ou na guerra civil. Os comunistas confiam em que, nas circunstâncias favoráveis da situação internacional, as forças anti-imperialistas e democráticas terão condições para garantir o curso pacífico da revolução brasileira.” E foi exatamente o que fizeram. Enquanto os militares conspiravam nos quartéis com o apoio da Igreja, dos banqueiros, dos empresários e dos políticos os comunistas colocavam em prática o que o ativista italiano Antonio Gramsci desenvolveu como estratégia para ocupar o poder. Segundo ele um país que apresentasse uma democracia e uma economia razoavelmente sólidas a instauração do regime comunista não poderia se dar através da força. Teriam que infiltrar gradualmente a ideia revolucionária nunca admitindo que isto estivesse sendo feito. Utilizariam a via pacífica, legal, constitucional entorpecendo consciências e massificando a sociedade com uma mensagem subliminar, imperceptível aos desavisados que constituem a maioria da população. A hegemonia e a ocupação de espaços eram fundamentais para que a empreitada fosse bem sucedida (jornais, revistas, editoras, emissoras de rádio e televisão, universidades, entidades representativas, sindicatos, etcc.). A hegemonia, independentemente de qualquer fator (faixa etária, renda, escolaridade, etc.) deve induzir a população a pensar uniformemente sobre qualquer coisa anulando seu senso crítico.  Atingida a superação do senso comum a sociedade está pronta para repetir e aceitar qualquer coisa que os comunistas quiserem, posto que neste estágio já não existam ideias a eles adversas. Valores reconhecidos na sociedade são substituídos. É a homogeneização do pensamento. Sem perceber a sociedade vai assimilando a cultura esquerdista e por ela sendo imbecializada. Pensar diferente do PT tornou-se um crime, um pecado, uma heresia. Logo após as eleições o PT divulgou uma resolução que reafirma a estratégia gramsciana: “para transformar o Brasil, é preciso combinar ação institucional, mobilização social e revolução cultural. O Partido dos Trabalhadores, como principal partido da esquerda brasileira, está convocado a encabeçar este processo de mobilização cultural, social e política.”

Naquela época (1958) havia vários jornais com posições ideológicas distintas aliando-se ou não ao governo. Havia emissoras de rádio independentes e até canais de televisão que davam os primeiros passos posicionavam-se. Hoje se abre qualquer grande jornal (O Globo, Estadão ou Folha de São Paulo) ou sintoniza as emissoras de rádio e televisão e nos deparamos como uma padronização descarada. Toda a grande imprensa (escrita, falada e televisada) foi ocupada pelos esquerdistas e a censura é exercida pelos donos das grandes empresas de comunicação e seus funcionários nos postos-chave. O único espaço que sobrou para denunciar e combater a esquerda foi a Internet, mas mesmo ali se encontram milhares de blogs e sites financiados pela esquerda exercendo um patrulhamento ideológico ininterrupto. As bondades governamentais para esta subserviência é reconhecida com gordas verbas publicitárias, desaparecimento de processos, postergação de cobrança de encargos e tributos devidos até o dia do Juízo Final, empréstimos em bancos oficiais, manutenção e ampliação de privilégios imorais e ilegais, etc. Quando circula algum texto na mídia alternativa denunciando os crimes da esquerda surge um exército de militantes histéricos para desqualificar, rotular como conspiração, dizer que se trata de reacionários, retrógrados, etc. Rapidamente, e por todos os meios, atribuem as denúncias à direita organizada que só existe na imaginação esquerdista, pois caso realmente existisse uma direita, conservadora e cristão organizada estes criminosos não chegariam ao poder. A informação está uniformizada, mas não o bastante para esquerda porque se assim fosse não estariam se empenhando em aprovar a Lei da Mídia Democrática ou, como é conhecida, a Lei da Mordaça.

O FORO DE SÃO PAULO



Para não saírem a dizer que estou exumando defunto apresento uma fonte recente de uma entidade que está em pleno funcionamento. Trata-se do Foro de São Paulo, fundado por Lula e Fidel Castro em 1990. Esta entidade reúne toda a esquerda da América Latina, inclusive as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) especializada em narcotráfico, sequestro, assassinatos e o que mais for preciso e o MIR chileno (Movimiento de Izquierda Revolucionaria). Em 2002 as FARC fez uma “doação” à campanha presidencial de Lula de US$ 5 milhões como consta no relatório 0097/3100 da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Em seu I Congresso realizado em São Paulo (1990) diz um trecho da Ata do Foro de São Paulo “reafirmamos nossa solidariedade com a revolução socialista de Cuba, que defende firmemente sua soberania e suas conquistas; com a revolução popular sandinista, que resiste aos intentos de desmontar suas conquistas e reagrupa suas forças; com as forças democráticas, populares e revolucionárias salvadorenhas, que impulsionam a desmilitarização e a solução política à guerra; com o povo panamenho – invadido e ocupado pelo imperialismo norte-americano, cuja imediata retirada exigimos – e com os povos andinos que enfrentam a pressão militarista do imperialismo”. Esta entidade está solidária com todos esses regimes criminosos e quem se associa ou compactua com o crime está assumindo moralmente sua participação e é tão responsável quanto aquele que praticou e nada impede que adote o mesmo comportamento, se é que já não adotou porque as mortes de Celso Daniel e Toninho do PT ainda não foram devidamente esclarecidas. No III Congresso (1992) diz a Ata “O fim imediato do ilegal e imoral bloqueio contra Cuba e a assistência econômica internacional massiva para impedir que se sigam aprofundando as nefastas consequências de mais de trinta anos de bloqueio. Além disso, a restituição do território de Guantánamo a Cuba.” No Brasil integram o Foro de São Paulo o Partido Democrático Trabalhista, Partido Comunista do Brasil, Partido Comunista Brasileiro, Partido Pátria Libre, Partido Popular Socialista, Partido Socialista Brasileiro e Partido dos Trabalhadores. Esta entidade definitivamente não se dedica em ministrar aulas de corte e costura, artesanato ou boas maneiras.  Em 2005, por ocasião dos quinze anos de existência do Foro de São Paulo, Lula confessou publicamente que submeteu o país que governava (Brasil) a decisões tomadas por estrangeiros que se reuniam em assembleias cujas ações o povo brasileiro não devia conhecer e muito menos entender. Reproduzo trechos do discurso de Lula naquela ocasião. “(...) graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um estado com outro estado, ou de um presidente com outro presidente.” E completou: “Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.” Admite o apedeuta que humilhou a soberania nacional. Em 2012 o ex-presidente Lula (está disponível em vídeo) em mensagem de apoio a Hugo Chávez declarou, textualmente: “Em 1990, quando criamos o Foro de São Paulo, nenhum de nós imaginava que em apenas duas décadas chegaríamos aonde chegamos. Naquela época, a esquerda só estava no poder em Cuba. Hoje, governamos um grande número de países e, mesmo onde ainda somos oposição, os partidos do Foro têm uma influência crescente na vida política e social. Os governos progressistas estão mudando a face da América Latina. (…) Em tudo que fizemos até agora, que foi muito, o Foro e os partidos do Foro tiveram um grande papel que poderá ser ainda mais importante se soubermos manter a nossa principal característica: a unidade na diversidade. (…) Sob a liderança de Chávez, o povo venezuelano teve conquistas extraordinárias, as classes populares nunca foram tratadas com tanto respeito, carinho e dignidade. (…) Tua vitória será a nossa vitória.” É inequívoco o descumprimento da Lei dos Partidos Políticos de 1995 em seu Art. 28, alínea II que afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer partido político que se comprove subordinado a uma organização estrangeira. É só ler as Atas do Foro de São Paulo para se comprovar isso. Em 2013 o próprio Lula explicou como a esquerda chegou ao poder na América latina “(…) como não aceitam o Lula e a Dilma no Brasil… E nós chegamos e eu quero, companheiro da direção do Foro de São Paulo, debitar parte da chegada da esquerda ao poder da América Latina pela existência dessa cosita chamada Foro de São Paulo. Foi aqui e devemos muito aos companheiros cubanos (...) sempre, sempre nos ensinaram que o exercício da tolerância entre nós, a convivência pacífica na adversidade entre nós, a convivência entre os vários setores de esquerda era a única possibilidade que permitia que nós tivéssemos avanço aqui nesse continente.” O Foro de São Paulo praticou, entre outros, o crime de dar proteção e abrigo a organizações terroristas e quadrilhas de narcotraficantes; associação de entidades criminosas a partidos legais visando vantagens comuns; violou a Constituição de todos os países que dele fazem parte; ocultou sua existência e natureza durante dezesseis anos e gastou e gasta montanhas de dinheiro sem nunca ter revelado a fonte. Lula é um criminoso e o PT é uma organização criminosa.


A URNA ELETRÔNICA




Desde a eleição presidencial de 1989 é a primeira vez que reporto publicamente dúvidas com respeito a lisura do resultado, embora todas as anteriores também apresentassem indícios de manipulação, especialmente depois da adoção das urnas eletrônicas. Estranha-me o fato de que a auditoria em eleições seja um pleito absurdo do partido ou do candidato. Mais estranho é que tal reinvindicação provoque “mal estar” em advogados do próprio PSDB. Interessante é que não tomamos conhecimento de nenhum “mal-estar” dos advogados quando um juiz vende sentenças e é punido com a aposentadoria e com vencimentos integrais; quando um ministro do STF não se declare impedido para votar quando há conflito de interesses como ocorreu com o ministro Dias Toffoli na Ação Penal 470 (Mensalão); quando a senhora Angelina Teodoro foi mantida presa por 128 dias na Comarca de São Paulo por haver furtado um pote de manteiga num supermercado que custava R$ 3,20, para esta cidadã o principio da insignificância, consagrado no Direito Penal moderno não valeu. Não me lembro de ter sido noticiado qualquer “mal-estar” entre os advogados quando o ministro Gilmar Mendes, O Coronel, concedeu dois habeas corpus num prazo de 48 horas para o banqueiro e trapaceiro juramentado Daniel Dantas que, aliás, continua leve, livre e solto. Bem se vê que a sensibilidade dos advogados é muito seletiva. O Judiciário brasileiro é uma instituição “exemplar”. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou, por unanimidade, a decisão do desembargador José Carlos Paes que condenou a agente Luciana Silva Tamburini a pagar indenização por danos morais de R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Correa. O magistrado foi parado por ela numa blitz da Lei Seca em 2011. O magistrado dirigia um veículo sem placas e estava sem a Carteira Nacional de Habilitação. O presidente do STF Ricardo Lewandowski (que não é lá essas coisas) manifestou-se dizendo “juiz é um homem comum, um cidadão como outro qualquer, que tem a importante missão de fazer cumprir as leis e a Constituição em particular”. O velho e execrável hábito de autoridades suporem-se acima da lei, do bem e do mal com o bordão “sabe com quem está falando?” foi, uma vez mais, reconhecido como um direito natural do magistrado arrogante. Este juiz é reincidente em utilizar sua função para intimidar agentes públicos que o abordam e constatam irregularidades. Mas o TJRJ entendeu que ele é, de fato, um deus.


Voltando ao pedido de auditoria. Bem, o raciocínio é: sem ato ou fato não se justifica a auditoria. A desconfiança quanto às urnas e a própria eleição não estava somente nas redes sociais ou nos milhares de blogs que inundam a Internet. Pessoas qualificadas e idôneas manifestaram abertamente a dúvida quanto a lisura das apurações numa eleição onde o PT jamais poderia ter participado devido a violação da lei anteriormente citada. A fraude eleitoral é como a propina: ninguém deve testemunhar.  Que garantias o cidadão pode ter que o resultado não foi manipulado? Afinal, o PT nestes doze anos aparelharam o Estado brasileiro com seus membros, militantes, aliados, apadrinhados e outras tralhas. Não existe um único metro quadrado do Estado brasileiro que não tenha a presença onipotente e onipresente do Partido dos Trabalhadores. Há mais de vinte anos acompanhei a apuração de uma eleição. Naquela ocasião o voto era manual. Ninguém me contou. Assisti ao vivo e a cores. Votos em branco foram transformados em votos válidos, mapas eleitorais preenchidos a lápis (que era proibido), fiscais de um partido associando-se a fraude em favor de um candidato de outro partido e até apurador enfiando mapa eleitoral no bolso para preencher em casa. Tudo isso no Rio de Janeiro. Dá para imaginar o que acontecia em Pimenteiras do Oeste no estado de Rondônia.      


O professor PhD em Ciência da Computação Diego Aranha da Universidade de Brasília conseguiu derrotar, em 2012, o sistema de embaralhamento dos votos de urna eletrônica brasileira. Para o professor não só o sigilo do voto como também a impossibilidade do eleitor ter a comprovação em quem votou é preocupante. Segundo o professor, a urna eletrônica brasileira é "a mais defasada do mundo" por resistir ao movimento de outros países em direção à impressão do voto. Ainda de acordo com o professor “não é possível realizar votação puramente eletrônica com verificação independente dos resultados. Por esse motivo, a maioria das alternativas para se permitir essa verificação envolvem materializar o voto em algum veículo que permita apuração posterior sem permitir simultaneamente que o eleitor possa comprovar sua escolha para uma terceira parte interessada. Um exemplo recente é a urna argentina, que produz como cédula um acoplamento das versões digital e impressa do voto. A versão digital é utilizada para apuração rápida, e a versão impressa, para se verificar a integridade dos votos computados eletronicamente". Sem a materialização do voto, a apuração das eleições ficaria refém do programa que computa as escolhas dos eleitores em ambiente digital. "Como a integridade dos resultados depende unicamente da integridade desse software, fica montado um cenário perfeito para fraudes que não deixam vestígios".  E somente o partido que está no governo tem os meios efetivos para manipular o solfware.  E quem está no governo? Ganhou um doce quem respondeu Partido dos Trabalhadores. Numa audiência na CCJ da Câmara, o engenheiro Amílcar Brunazo Filho chamou o sistema em vigor de "curral eleitoral" em que "nenhum brasileiro pode ver o que foi gravado como registro do seu voto". Portanto, não vejo razão alguma para festejar tal tecnologia. De maneira que o pleito do candidato ou do partido em solicitar uma auditoria não é descabido. Porque a recusar a solicitação mesmo com as limitações impostas pelo sistema eletrônico? Quem não deve não teme. O que, deveras, não se aplica ao Partido dos Trabalhadores.


QUEM É O MINISTRO DIAS TOFFOLI




Para que não seja acusado de leviandade relembremos alguns momentos na vida do ministro do STF e presidente do TSE José Antonio Dias Toffoli. Este ministro obteve R$ 1,4 milhão em operações de crédito no Banco Mercantil do Brasil, a serem quitadas em até 17 anos. O banco deu um desconto nos juros dos dois empréstimos proporcionando ao ministro uma economia de R$ 636.000,00. Por mera coincidência Toffoli tornou-se o relator no STF das ações do Banco Mercantil tão logo assumiu a cadeira em 2009 e - bingo! – dois anos depois obteve na instituição os empréstimos. O primeiro no modesto valor de R$ 931 mil concedido em setembro de 2011 em 180 parcelas fixas de R$ 13,8 mil a serem pagas até 2026. Três meses depois obteve o segundo crédito de R$ 463,1 mil com o pagamento acordado em 204 prestações fixas de R$ 6,7 mil, com vencimento até 2028. Os juros nesta transação foram fixados em 1,35%. Em abril de 2013 após decisões do ministro em processos do Mercantil, as duas partes repactuaram os empréstimos, por meio de aditivos às cédulas de crédito originais e transcritas em cartório. O banco baixou a taxa para 1% ao mês. Com a alteração, a soma das prestações caiu para R$ 16,7 mil mensais que representava um comprometimento de 92% dos ganhos do ministro no Supremo à época. Mas o ministro alega que possui “outras fontes de renda”.


Por ocasião do julgamento do Mensalão Dias Toffoli teve a cara de pau de não se declarar impedido de votar. Sua carreira profissional foi construída dentro do PT. Advogado do partido e de três campanhas à presidência da República de Lula.  Em 2003 ocupou a subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, então comandada pelo condenado José Dirceu, elevado à posição de chefe da quadrilha do Mensalão pelo ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. Em 2007, já no segundo mandato do pelego e preguiçoso foi alçado a Advocacia Geral da União e, por mero acaso, Lula o nomeou em 2009 para o STF, mesmo já tendo sido reprovado em dois concursos para juiz.  Eta, menino de sorte! E bem relacionado!




A advogada Christiane Araújo de Oliveira em oito horas de gravações revelou que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República. Ela participava de festas de embalo, viajava em aviões oficiais, aproveitava-se dos amigos e amantes influentes para obter favores em benefício da quadrilha chefiada por Durval Barbosa em Brasília (delegado aposentado e corrupto contumaz delatou o esquema de corrupção que derrubou o então governador José Roberto Arruda, em 2009 no chamado Mensalão do Distrito Federal. Arruda entrou para a história como sendo o primeiro governador preso no exercício do mandato. Foi direto do Palácio para uma cela na Papuda). O bando desviou mais de R$ 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Esta menina “sapeca” contou também que o governo federal usou de sua proximidade com essa máfia para conseguir material que incriminaria adversários políticos. A advogada relatou que manteve um relacionamento com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo Lula. Os encontros, segundo ela, ocorriam em um apartamento onde Durval armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos e onde ele eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações. Christiane afirma que em um dos encontros entregou a Toffoli gravações do acervo de Durval Barbosa (para que este demonstrasse seu poder de fogo).  A causídica informou também ter voado a bordo de um jato oficial do governo, por cortesia do atual ministro do STF e as expensas do contribuinte. A advogada também afirmou que mantinha uma “amizade íntima” com o então chefe de gabinete de Lula e atual secretário-geral da presidência da República Gilberto Carvalho, O Espião Que Veio do Nada. Christiane pediu ao espião do Lula que intercedesse para que Leonardo Bandarra fosse nomeado chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi atendido. Mais tarde comprovou-se que este cidadão fazia parte da máfia do DF. Foi exonerado e colecionou cinco processos. A “amiga dos amigos” trabalhou no comitê central da campanha de Dilma Rousseff em 2010 como encarregada da relação com as igrejas evangélicas. Nada mais coerente, posto tratar-se da filha de Elói Freire de Oliveira, fundador da igreja Tabernáculo do Deus Vivo, muito popular em Brasília. Elói é conhecido como “profeta” e goza de prestígio junto a políticos e outros parasitas. Antes da realização do segundo turno nas eleições deste ano Toffoli se superou quando, como presidente do TSE, disse “... isto é um jogo. Não é pedagógico, civilizado e educativo para o povo brasileiro. Tem que acabar com esse negócio de aparecer gente estranha, de aparecer jornal e acabar de aparecer revista nos programas eleitorais.” Pela primeira vez em todo o Universo um membro de tribunal ou qualquer outro órgão do Judiciário arrogou-se do poder de determinar o que os candidatos podem e não podem dizer, seja mentira ou verdade, crítica política ou acusações pessoais. É neste sujeito que posso confiar as apurações das eleições? Ora, poupe-me!


A DITADURA PETISTA




O maior serviço que se pode prestar aos comunistas é o mesmo que se pode prestar ao diabo: negar sua existência. A ditadura petista está sendo construída há décadas e foi intensificada a partir da Fundação do Foro de São Paulo e da ascenção do partido ao governo federal, há doze anos eles possuem os meios efetivos para implantar qualquer porcaria no Brasil. Seja uma ditadura castrista, um socialismo espírita, um comunismo evangélico ou um nazismo cristão. Para o brasileiro, de um modo geral, o regime comunista só existe no dia que acordar e a propriedade privada desaparecer, os meios de produção controlados pelo Estado, o lucro abolido, o Congresso Nacional extinto, a Constituição Federal revogada, a pena de morte reintroduzida e a liberdade de expressão suprimida (a Emenda n° 1 de 17.10.1969 da Constituição Federal estabelecia no Art. 153, Paragrafo 11: “Não haverá pena de morte, de prisão perpétua, de banimento, ou confisco, salvo nos casos de guerra externa, psicológica adversa, ou revolucionária ou subversiva...” oficialmente nenhum revolucionário ou subversivo foi executado, mas a Carta Magna autorizava os trogloditas a utilizá-la). Como estas coisas não acontecem do dia para a noite, é um processo lento, gradual e ininterrupto e, portanto, a maioria dos brasileiros conclui que não existe comunismo e ditadura. Ledo engano. Como já expliquei anteriormente. Deixa-me dizer uma coisa: o regime político não depende da economia. É óbvio que quando se tem o pleno controle do poder político o controle sobre a economia vem junto. No entanto, o controle sobre a economia jamais significou destruir o capitalismo simplesmente porque seria um suicídio. Em nenhum momento um quis suprimir o outro. A China, por exemplo, tem uma economia de mercado, mas seu regime político é comunista de partido único. Em todos os países que já experimentaram ou experimentam o regime socialista existe uma economia de mercado subterrânea para prover-lhes. Ou alguém imagina que os bilionários que surgiram logo após a desintegração da União Soviética vieram de Marte? Ludwing Von Mises, economista alemão, provou que uma economia planificada jamais poderá ser implantada devido a impossibilidade do cálculo econômico no socialismo. Só quem pode fazer isso é o mercado. A velha e boa lei da procura e da oferta. Os comunistas sabem disso. O capitalismo produz riqueza e inúmeras mazelas, porém não iremos adentrar neste aspecto. O capitalismo ganha dinheiro até mesmo quando denigre o próprio capitalismo. Quantas editoras não faturam alto com livros que acusam o capitalismo de selvagem, excludente, perverso? Da mesma forma quando publicam livros de autores comunistas. O capitalismo fatura bastante até com os símbolos e ícones do comunismo como, por exemplo, quando fabricam camisetas, broches, flâmulas, etc. com a figura de Che Guevara. A estratégia da esquerda não é a de promover uma ruptura institucional através de um golpe de Estado fulminante. No entanto, caso se faça necessária, a luta armada será considerada.  Há décadas estão seguindo seus planos sempre camaleônicos, pois mudam de cor conforme a contexto. Disputam eleições, ocupam espaços e vão corroendo o Estado Democrático desde dentro, eliminando isso, alterando aquilo, aprovando aquilo acolá e por ai visando uma hegemonização do pensamento. Quando este mesmo povo que faz troça, ridiculariza aqueles que alertam e aponta o que essa gente está fazendo quando se derem conta todos os mecanismos de defesa do regime democrático estarão corrompidos, contaminados e apodrecidos. Atualmente no Brasil não existe um único cidadão que não esteja enquadrado em alguma lei, portaria ou estatuto. A esquerda no Brasil sabe que não pode contar ainda com uma militância que respalde uma ruptura. As manifestações de junho de 2013 foi um balão de ensaio que soltaram e que saiu do controle de seus mentores, organizadores, financiadores e executores. A confusão mental provocada pela revolução cultural esquerdista destruiu inteligências, subverteu a ordem, inverteu valores, baixou a escala de padrões éticos e morais conquistando uma hegemonia sem precedentes na História do Brasil. Possuímos uma elite empresarial gananciosa e burra, pois se recusam a perceber que a esquerda não será tão generosa no momento que detiver uma massa hegemônica sólida que lhes possibilitará o controle total do Estado, e este processo está bastante acelerado. Banqueiros e empresários de um modo geral serão transformados em seus empregados. A elite intelectual do país em sua maior parte já foi adestrada, cooptada e subvencionada pela esquerda e se mantém servil. O que se observa nas universidades brasileiras a algumas décadas é a repetição do discurso esquerdista algumas vezes até com certa dose de sutileza, porém, na maioria das vezes, de maneira clara, escancarada.  Nas universidades brasileiras ensina-se a não pensar. A mente humana funciona por contradição e contraste, mas até mesmo esta função que nos é nata o discurso esquerdista consegue anular. Recusar-se a estudar o adversário e conhecê-lo para descobrir como poderá combatê-lo são os princípios básicos para derrotá-lo. Mas o brasileiro não gosta de estudar, dá muito trabalho. É mais fácil aceitar o que se lhe impõem e fechar-se no seu círculo de convivência olhando apenas para o seu próprio umbigo. Na Grécia antiga uma pessoa se comportasse assim era chamado de "idiótes". Hoje este termo é utilizado para designar uma pessoa tola, imbecil, desprovida de inteligência e bom-senso, o que dá no mesmo. A partir do momento que a pessoa começa a agir desta maneira está abrindo mão de uma série de prerrogativas e direitos. 


O DECRETO-LEI 8.243/14




Um cidadão, notoriamente petista, cujo nome não será declinado, fez a defesa do Decreto-Lei 8.243/14 amparado no que determina a Constituição Federal de 1988 em Artigo 1º, parágrafo único (“Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente''). Lá pelas tantas em seu texto deixou cair a máscara, textualmente: “Podemos chegar a um momento em que a representação política convencional se esvazie de sentido. Não é agora, nem com esse decreto. Mas, quem sabe, com uma sociedade mais consciente.” Quem e quando irá determinar que a representação convencional não faz mais sentido? Quem decidirá quando a sociedade estará consciente o suficiente para abolir a representação convencional?  Naturalmente será o Foro de São Paulo, o Partido dos Trabalhadores & Comparsas. Como não reconhecer nesta frase as intenções do Partido dos Trabalhadores? De acordo com a proposta pode-se inferir que a democracia representativa cederá lugar aos “Conselhos Populares”. Para arrematar o cínico diz “participar do rumo das coisas a cada quatro anos não será mais suficiente. Pois, em verdade, nunca foi. Iremos participar em tempo real.” O que lhes parece isso? Como isso soa? Uma promessa de nos conduzir à terra do leite e do mel ou nos impor uma ditadura? As formas veladas para fazer conhecer o objetivo de instaurar uma ditadura está abandonada. Ora, quem controla os movimentos sociais e um caminhão de ONGs e OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fajutas é o PT & Agregados e será gente sua que participará desses “Conselhos Populares”. Como não sou jurista recorro ao texto  do Dr. Paulo Roberto de Gouveia Medina (jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da UFJF) datado de 21 de julho deste ano e publicado no site da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) onde analisa o “Decreto dos Conselhos Populares” que reproduzo alguns trechos na íntegra. “O Decreto nº. 8.243/2014, que institui a Política e o Sistema Nacionais de Participação Social, atinge, claramente, o sistema representativo.  A pretexto de consolidar a participação social como método de governo, por meio de conselhos e comissões de políticas públicas, o que o referido ato legislativo pretende é criar um instrumento de pressão sobre deputados e senadores, de tal forma que estes se sintam na contingência de acolher deliberações prévias, supostamente reveladoras da vontade popular.” Como ignorar que o Foro de São Paulo e o PT desde sempre estão empenhados em implantar uma ditadura no país? O que a Constituição Federal prevê não é o que tais conselhos serão na prática. Diz mais o advogado e professor. “Tais deliberações emanariam de um complexo sistema de participação social, composto pelos referidos conselhos e comissões, além de outras instâncias e mecanismos.  Todo esse sistema ficará sob a coordenação da Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, à qual competirá coordenar e encaminhar as pautas dos movimentos sociais, bem como monitorar-lhes as respostas, segundo dispõe o Decreto (cf. art. 19).  Terá a referida Mesa papel singular na estrutura do Poder Executivo, porquanto passará a atuar como instância colegiada interministerial, coordenando o trabalho dos órgãos de participação popular vinculados a cada um dos Ministérios.  A supervisão do sistema é atribuída à Secretaria-geral da presidência da República.” Atualmente quem ocupa esta função é Gilberto Carvalho, O Espião Que Veios do Nada. A seguir diz o texto: “A composição dos conselhos e comissões de políticas públicas far-se-á mediante um vago processo de eleição ou indicação pela sociedade civil, nesta incluídos os movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, segundo estabelece o Decreto (art. 10, I).  É fácil perceber que, no fundo, os integrantes desses órgãos serão cooptados pela Secretaria-geral da Presidência da República, cujo chefe terá em mãos os cordões destinados a manobrá-los.” Nada disso é desconhecido dos próceres esquerdistas, mas sempre irão afirmar o contrário e rotulará todos os que não professam em sua seita maldita de teóricos da conspiração, cômicos, reacionários e viúvas do regime militar.


O debate sempre me atraiu e empolgou. Refutar e endossar ideias, perspectivas e argumentos ilustram, faz avançar, acrescenta, nos induz à reflexão e enriquece. Mas um bom debate. Com esquerdista não se pode debater coisa alguma porque fora de sua ideologia não existe vida. São incapazes de conviver com aqueles que não se enquadrem no seu esquema. O rei está nu, mas a sociedade se nega a reconhecer este fato.


CELSO BOTELHO

17.11.2014