domingo, 9 de novembro de 2014

FAZENDO O DIABO



Como afirmei todas as eleições no Brasil, desde 1891, são fraudulentas e sujas e esta última veio a reforçar magnificamente minha assertiva. Eivada de toda sorte de fraudes, ilegalidades e imoralidades. Surgem denuncias de todos os lados apontando fraudes, inobservância as leis eleitorais, descumprimento da Constituição Federal e profundo desprezo pelos valores éticos e morais. Há muito que o debate ideológico cedeu lugar para a mera disputa de cargos. O processo de subverter a ordem, inverter valores, promover o caos, instalar a insegurança, provocar a confusão mental e conquistar o poder a partir dos instrumentos legais disponíveis (para depois desfigurá-los ou os suprimirem) começou nos fins dos anos 1950. Enquanto os militares distraiam-se caçando, prendendo, torturando e matando “guerrilheiros” bois de piranha as cabeças pensantes da esquerda executavam sua revolução cultural ocupando espaços importantes (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, movimento editorial, sindicatos, entidades da sociedade civil, universidades, etc.) e preparando o terreno. Quando o regime militar terminou (por concessão dos generais) os esquerdistas já dominavam a paisagem política brasileira. Com a chegada do PT ao governo central tratou-se imediatamente de aparelhar o Estado deformando-o e contaminando todas as suas instituições. Aqueles que defendem que os governos petistas avançaram no combate as desigualdades sociais estão divididos em duas categóricas. Ou são militantes histéricos e imbecis ou incapazes de compreender algo que salta aos olhos, ou seja, uma estratégia de dominação que transforma o cidadão em mais combustível para alimentar a máquina das desigualdades. O PT monopolizou a caridade em proveito próprio, mas com o dinheiro alheio.  As eleições presidenciais deste ano foram fraudadas de ponta a ponta.



Leonel Brizola (1922-2004) alertava constantemente sobre a fragilidade da urna eletrônica e as reais possibilidades de manipulá-las a favor deste ou daquele candidato. Em 1982, quando o voto ainda era manual, Brizola quase se tornou vítima de uma fraude pela Proconsult. A mecânica da fraude consistia em transferir votos nulos ou em branco para que fossem contabilizados para Moreira Franco, candidato do PDS (antiga Arena). Nesse atentado, apesar das negativas, a Rede Globo teve participação “luxuosa”. Sob o pretexto de respeitar o fuso horário imposto pelo horário de verão a apuração realizou-se a partir das vinte horas na sede do TSE em Brasília a portas fechadas e comandadas pelo ministro Dias Toffoli que, por sinal, não é digno de confiança. Entregou-se a apuração a um sujeito que já foi advogado do PT, assessor jurídico da Casa Civil quando era ocupada pelo chefe do mensalão José Dirceu e que jamais conseguiu ser aprovado num concurso para juízes. Porque cada um dos estados não processou a apuração em seus territórios enviando os resultados para Brasília? As urnas viciadas estavam prontas bem antes da eleição. Quando se trata de denunciar os crimes da “petezada” surge uma horda de imbecis acusando o denunciante de teórico da conspiração.  Por isso apresento os seguintes fatos. Às 19h26min do dia 26 de outubro o petista Luiz Eduardo Greenhalgh postou em sua conta no Twitter: “Atenção. Dilma Reeleita. Festejemos após o anúncio oficial do TSE essa vitória contra o fascismo, a mídia aética e o PSDB”.  Greenhalgh sabia do resultado antes mesmo que se começasse a apuração e classificar o PSDB como fascista é uma prova contundente de plena e total ignorância sobre o que isto seja. Às 21h21min na mesma rede social e no mesmo dia escreveu: “Nossos companheiros Delúbio Soares, José Dirceu e João Paulo Cunha, pela grandeza e sofrimento, são partícipes dessa vitória histórica”. O infeliz divide a “vitória” com um bando de criminosos condenados. Mas, pudera, o PT é uma organização criminosa e, portanto, só poderia festejar a reeleição com seus pares, digo, comparsas. Greenhalgh, por ocasião do assassinato do prefeito Celso Daniel, foi designado pelo PT para acompanhar as investigações que, por mera coincidência, não apuraram coisa alguma.



O PT dispõe dos meios efetivos para fraudar qualquer coisa, posto ser ele próprio uma fraude. A Lei dos Partidos Políticos de 1995, Art. 28, alínea II, afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer partido que se comprove subordinado a uma organização estrangeira. E o PT (Lula e Fidel Castro) é membro do Foro de São Paulo (recebeu este nome porque seu I Congresso ocorreu nesta cidade. Ora, para acontecer um I Congresso é porque a entidade já existia e foi fundada em Havana, portanto uma organização estrangeira). Em seu III Congresso reconheceu-se publicamente como sendo a “coordenação estratégica da esquerda latino-americana”. Portanto, ao subscrever e colocar em prática as decisões das assembleias gerais do Foro de São Paulo, esse partido reconhece sua subordinação a um plano internacional descumprindo a legislação brasileira. Disto depreende-se que esta agremiação partidária está participando de todas as eleições indevidamente a partir de 1990. Porém, ninguém jamais contestou sua legalidade. A omissão permitiu que crescesse, chegasse ao poder e se utilizasse de todos os meios para corroer o Estado e dele apossar-se.



Aécio Neves estava disputando uma eleição previamente vencida pelo PT, posto ter aceitado seus termos mediante a omissão em deslegitimar a candidatura Dilma Rousseff e o PT. Era preciso que denunciasse a sociedade o Foro de São Paulo desnudando-o por completo. Deveria apresentar à população fatos e atos do governo petista no sentido de implantar no Brasil um sistema ditatorial “como nunca antes visto neste país” como, por exemplo, o Decreto-Lei 8.243 que estabelece os “conselhos populares” (uma versão tupiniquim dos sovietes criados por Stalin na falecida URSS) e o plebiscito sobre a reforma política e a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva que apenas iria legitimar a confecção de uma Constituição à imagem e semelhante do Partido dos Trabalhadores. Os desastres administrativos do governo petista são infinitamente menos graves que seus crimes contra a nação e sua população, posto aqueles oferecerem a possibilidade de serem consertados enquanto estes surrupiam o futuro e a esperança. O PSDB, mais uma vez, atuou como saco de pancadas do PT desperdiçando uma excelente oportunidade de desmascarar a fraude que é a instituição partidária Partido dos Trabalhadores, que nunca foi dos trabalhadores e sim de charlatães, ordinários, vagabundos e criminosos de todos os matizes. No ano passado dona Dilma Rousseff numa única frase revelou o que ela, sua camarilha e o PT seriam capazes para evitar a alternância do poder (esta expressão é um palavrão no covil petista): “a gente faz o diabo quando é hora de eleição”. E, como é do conhecimento público, o diabo não nos sugere nada que seja licito ou moral.



CELSO BOTELHO

09.11.2014

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