sábado, 3 de dezembro de 2011

LUPI: O MINISTRO QUE BALANÇA, MAS NÃO CAI... POR ENQUANTO.


Do jeito que anda as coisas qualquer dia desses “o presidenta” Dilma Rousseff aguardará o veredito do Criador para enxotar do governo o pulha mais descarado que por lá aparecer. Logo que começou a onda de faxina para cá faxina para lá percebi imediatamente tratar-se de uma jogada de marketing, cortina de fumaça para embaçar a visão dos mais incautos. Com exceção de Nelson Jobim, O Contrabandista, que ao indispor-se intencionalmente com o governo cavou sua demissão, os demais estavam, comprovadamente, enfiados até o pescoço em toda sorte de bandalheira e D. Dilma “não sabia”, mas que a Polícia Federal, a Receita Federal, o Banco Central, a Controladoria Geral da União (CGU), a Procuradoria Geral da República, o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público Federal, o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os partidos políticos (sic), e todo o tipo de desocupados sabiam perfeitamente. O presidente da maltrapilha República brasileira está acostumado a fazer o papel do marido enganado: é o último a tomar conhecimento da traição. Desta feita, segundo consta, a Comissão de Ética da Presidência fez uma advertência ao bravateiro e corrupto do Lupi (ou seria corrupto e bravateiro?) e recomendou sua demissão sem que a Chefe da nação soubesse. E eu teria que passar ostentar um par de antolhos, uma sela vistosa e sair puxando uma carroça carregada de capim para crer neste tipo de coisa. Basta dar uma olhada na Lei 6.029 de 01.02.2007 que institui o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal e veremos que no Artigo 3º parágrafo 2º diz “O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberações da Comissão.” Pressupõe-se então de que o maior mandatário da nação seja informado para que possa deliberar. A Comissão de Ética tomar uma decisão deste porte sem comunicar “a presidento” é, no mínimo, uma afronta. Cada dia que passa o Brasil, especialmente Brasília, se cercar é um presídio, se cobrir vira circo e caso penduremos uma lâmpada vermelha na porta é um prostíbulo. Todo esse desencontro faz parte de uma estratégia política para retirar do PDT o ministério, além do lambão do ministro. A viagem a Venezuela veio a calhar para o indigitado ministro que terá um fôlego extra. O que me preocupa nesta viagem presidencial, considerando o passado ideológico “da presidento” e sabedor do passado e presente de Hugo Chávez, nunca se sabe se este bobalhão empedernido, megalomaníaco e arremedo de ditador será capaz de despertar em “nosso presidenta” certas posições que outrora defendeu com fervor e armas.



 
Disse aqui diversas vezes, porém não custa repetir: mesmo entre os malfeitores existe a solidariedade. Quem corre em defesa do funcionário fantasma e lambão (ou seria lambão e funcionário fantasma?) é o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) para, digamos, “dar uma força” ao desafortunado correligionário. Como o referido deputado não dispõe de acervo de palavras educadas, moral e capacidade de conectar as palavras para construir um único parágrafo coerente lançou mão do linguajar chulo, depreciativo, pejorativo e agressivo para referir-se aos membros do Conselho de Ética chamando-os de “gagás e velhinhos” e, por falar nisso, a ofensa não é inédita. Em 1992 o então presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) havia chamado o deputado Ulysses Guimarães (1916-1992) de “velho gagá” e a resposta do Senhor Diretas-Já foi imediata: “velho sim, velhaco não.” Onde se conclui que nem para ofender possui originalidade. Segundo o deputado, “os velhinhos” ficam perseguindo o “honrado” ministro do trabalho que, aliás, também diagnosticou serem os membros do Conselho como retardados numa profunda falta de respeito. O deputado deveria comparar sua folha corrida com biografia com o do Dr. Sepúlveda Pertence e verá que distam bilhões de anos-luz. Este parlamentar não pode negar suas origens de sindicalista pelego. Só mesmo um energúmeno atinaria pensar que os membros da Comissão de Ética perderiam seu tempo perseguindo um rato que já foi pego na ratoeira. Lupi já foi censurado por esta mesma Comissão por ocupar o ministério e a presidência do PDT sendo forçado a licenciar-se sem, contudo, deixar de mandar e desmandar no partido, na ocasião, neste blog, sentei a borduna e o tacape nas costas do ministro que se recusava a deixar a presidência do PDT.



VAMOS SUJAR UM POUCO ESTE BLOG COM AS TRAMÓIAS DE PAULINHO DA FORÇA









ÔPA! QUASE NOS ESQUECEMOS DO LAMBÃO DO LUPI



Detalhe, deveras, pouco inteligível é o pedido “do presidenta” à Casa Civil que solicite á Comissão de Ética informações sobre os motivos que embasaram a decisão do colegiado de sugerir a demissão do ministro do Trabalho. Após tantas denuncias e acusações proliferando mais que ratos no esgoto “o mandatária máximo” da nação tupiqueira certamente “não sabe” de qualquer fato que desabone a conduta do inveterado lambão? Onde será que D. Dilma está se informando? Decerto não é através de jornais, rádios, televisões, revistas, Internet, pois saberia exatamente do embasamento da Comissão para advertir e recomendar a demissão de seu ministro. O ministro, por seu turno, também está encaminhando à Comissão pedido de reconsideração da decisão, apresentando novas explicações sobre as últimas denúncias veiculadas sobre ele, as quais apontam que ele acumulava duas funções públicas, o que é proibido por lei. Entre os anos de 2000 e 2006, o atual titular da pasta do Trabalho recebeu contracheques em dois guichês públicos. Simultaneamente. Em Brasília, Lupi era “assessor” da liderança do PDT na Câmara. No Rio de Janeiro, distante da Capital 1.200 km, ele “assessorava” o vereador Samir Jorge do PDT na Câmara Municipal que declarou que Lupi “dava expediente todos os dias” onde se pode concluir que o lambão possui o poder da ubiquidade. Ambos os empregos exigiam uma jornada semanal de 40 horas. Porém, o procurador-geral da República Roberto Gurgel não está convencido de que possa mesmo ter esse poder. Segundo Gurgel, basta que se verifique a ausência numa das repartições para que seja configurado o crime, "a pessoa que ocupa um determinado cargo, recebe a remuneração e não presta os serviços, isso é uma das formas de peculato". Ainda de acordo com o procurador geral da República Gurgel a questão de ter acumulado os cargos pode até configurar "irregularidade administrativa" e até "improbidade", mas não é tão relevante para a questão criminal, ou seja, devolve-se o dinheiro recebido indevidamente e fim de papo. E Lupi sabe disso perfeitamente, posto que expusesse na sua defesa “caso seja comprovada alguma irregularidade, será devolvido ao órgão valores recebidos que não estejam dentro da legislação." Mesmo condenado, no futuro, a ressarcir os cofres públicos não há uma única alma que possa me convencer da boa origem do dinheiro restituído ao Erário. Josias de Souza resumiu de maneira magnífica esta questão da onipresença atribuída ao ministro do Trabalho: “Ou atesta-se a ilegalidade ou estará demonstrado que Deus, embora esteja em toda parte, não consegue impedir que o Diabo controle a folha salarial do serviço público.”





Mas a prática se surripiar dinheiro público e, flagrado, devolvê-lo com o próprio dinheiro público não é inédita. O Partido Verde, controlado há 14 anos pelo deputado federal José Luiz de França Penna (PV-SP). Os auditores do TSE detectaram irregularidades nas contas do Partido Verde. Os “ecóolatras” reconheceram os “erros” na contabilidade, pediram desculpas e reembolsaram à Justiça Eleitoral, porém o detalhe mais insólito que o reembolso foi realizado com os recursos do Fundo Partidário que havia sido lesado. Conclusão: roubar não é crime, desde que se devolva o dinheiro.




Carlos Lupi vai tocando seus convênios fajutos; o Fernando Bezerra Coelho vai tocando a transposição do rio São Francisco a passos de tartaruga, mas “enricando” muita gente; o Mário Negromonte vai tocando o Veículo Leve sobre Trilhos antes que ele próprio descarrile; Agnelo Queiroz vai tocando seu desgoverno e sua evolução patrimonial; Dr. Falcão vai tocando suas defesas indefensáveis com argumentos que vão dos mais idiotas aos mais descabidos; D. Dilma vai tocando com a barriga seu mandato, posto que seu governo ainda não se mostrou; os violeiros vão tocando o forró, mas é a sociedade que deve tocar toda essa corja para fora o quanto antes.


CELSO BOTELHO

01.12.2011








Este “advogado” do ministro Lupi não vale meia pataca furada e falsificada. Vejamos: Em outubro de 2001 o presidente da FIESP, Horacio Lafer Piva, enviou carta aos 129 sindicatos patronais paulistas solicitando a rejeição da taxa “negocial” pedida pela Força Sindical (“os representados, isto é, os trabalhadores, estavam sendo prejudicados”). Os empresários conseguiram uma liminar favorável no Tribunal Superior do Trabalho. No despacho, o ministro Francisco Paula de Medeiros escreveu que a taxa cobrada pelo candidato à vice-presidência da República Paulo Pereira na chapa de Ciro Gomes, também conhecido pela alcunha de Paulinho da Força, “é imprópria e inconveniente o relacionamento mercantil entre o setor patronal e as entidades sindicais dos trabalhadores”. Uma dúvida, contudo, permanece: neste “relacionamento mercantil” que fim levou os muitos milhões de reais arrecadados com a taxa de Paulinho. A posse de uma máquina com 1.800 sindicatos e 30 mil dirigentes que podem servir de mão-de-obra de campanha ajudou Paulinho a transformar-se no vice de Ciro Gomes em 2002. E já que estamos falando da campanha de presidencial de 2002 não custa lembrar que o presidente nacional do PTB na época, deputado José Carlos Martinez foi coordenador nacional da campanha de Ciro Gomes e, naquela ocasião, estava pagando à família do “extinto” PC Farias um empréstimo de milhões de reais para comprar a rede de televisão CNT, devidamente surrupiados dos cofres públicos pelo tesoureiro de Collor. Em 2008 Paulinho foi denunciado como participante do esquema de corrupção montado para fraudar empréstimos do BNDES apurado pela Polícia Federal na operação Santa Tereza, na época foi obrigado a renunciar a presidência do PDT. Diante disso o corrupto e pelego (ou seria pelego e corrupto?) declarou com todo o cinismo que lhe é peculiar e da escola “lulaliana”: “Nego, terminantemente, e negarei sempre, ter qualquer relação com supostas ações de tráfico de influencias para obter empréstimos do BNDES para empresas e prefeituras.” A Polícia Federal encontrou indícios de que o dito cujo parlamentar participava do lobby político para liberar os empréstimos ou será que na PF também tem “os gagás e velhinhos” para persegui-lo? Em 2010 o deputado achou por bem atacar presidenciável (disso jamais irá passar) José Serra (PSDB-SP) tratando-o de “sujeito” (quanta “polidez”!) vociferando que se ele ganhasse iria acontecer um “conflito social” que deveria ser derrotado para “aprender a tratar o trabalhador”. Eis o exemplo clássico do roto falando do esfarrapado. Não falei acima que este “sujeito”, já que gosta tanto da expressão, não é capaz de articular duas frases no mesmo parágrafo? Este simplório deputado já foi processado quatro vezes por campanha extemporânea perdendo duas ações, com multas de R$ 7,5 mil. Sua inteligência faz com que qualquer asno se sinta um gênio. Olhem só a pérola do Zé Arruela, digo, deputado: [Serra, se eleito] “vai tirar os direitos do trabalhador” (tem implicância com o “s”, tal qual seu Chefe). “Vai mexer no fundo de garantia, nas férias, na licença maternidade.” E poderia ter acrescentado: vai acabar com o descanso remunerado, o décimo-terceiro, o PIS, as pensões e aposentadorias, o salário-mínimo e, sobrando tempo, vai tomar bala da mão de criança, falar bobagem que seja logo por atacado. Caso o Serra tenha tido esta intenção não podemos afirmar, porém quanto a Paulinho da Força ser denunciado por selar acordos em que trocava benefícios históricos dos trabalhadores por comissões em dinheiro destinadas às entidades que dirigia isso sabemos. Em março deste ano a Justiça Federal condenou o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP) por improbidade administrativa e irregularidades no uso de dinheiro público do Programa Banco da Terra (será que isso também é perseguição?). O “nobre” deputado teria feito mal uso de R$ 2,85 milhões (recursos públicos) destinados a comprar e realizar obra de infraestrutura da Fazenda Ceres (302 alqueires destinados ao assentamento de 72 famílias de trabalhadores rurais no município de Piraju, interior paulista). Peritos do Ministério Público Federal apuraram que o valor de mercado do imóvel, à época do negócio, era de no máximo R$ 1,29 milhão, ou R$ 4,29 mil o alqueire. Foi comprado por R$ 2,3 milhões, R$ 7, 51 mil o alqueire. Verdadeiro negócio da China, do Paquistão e da Índia para os vendedores, compradores, intermediários e outros bandidos. Procurado por jornalistas para se pronunciar o deputado foi lacônico e “lulaliano”: "não tenho o que falar sobre isso, não sei de nada sobre isso". Com uma reputação tão “ilibada” este “sujeito” deveria estar numa redoma por cima de um lindo pedestal todo em mármore para ser admirado e venerado, logicamente por uma multidão de imbecis juramentados.