quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

GOVERNO DILMA ROUSSEFF: DOIS ANOS E A CATÁSTROFE CONTINUA



Que coisa feia, presidanta!

“A presidento” às vésperas do Natal passado ocupou rede nacional de rádio e televisão para fazer um balanço de seu (des) governo que chega à metade. Certamente que não faltaram confetes, serpentinas, paetês e lantejoulas para jogar sobre si mesma dando um tom de alegria e brilho para uma administração, no mínimo e com muita elegância, pífia. Após uma década de administração petista o país continua com os mesmos problemas e a sociedade cada vez mais desamparada. Isso não quer dizer que a administração peessedebista tenha sido melhor. Ambas foram extremamente danosas para a nação. O Partido dos Trabalhadores segue rigorosamente as estratégias pensadas desde sua fundação. Fez e faz o que é uma tradição nas esquerdas revolucionárias: apropriar-se dos discursos, dos direitos, dos valores morais e éticos da burguesia e usá-los contra ela para alcançarem o poder. Uma vez alcançado começam a corroê-lo, desmontá-lo, corrompê-lo. Basta lembrar a cruzada obstinada, furiosa, intransigente e devastadora movida pelo PT nas décadas de 1980 e 1990 pela ética e moralidade no trato da coisa pública. Até cisco no olho era motivo para instalação de CPIs. Réus condenados pelo mensalão de hoje formavam o esquadra classe A no combate à corrupção de ontem. Vejo muita gente ainda que se empenha ardorosamente em defender os crimes cometidos por petistas e associados alegando que cederam as tentações do poder. Ou essa gente é petista de carteirinha ou está comprometida com o PT até a raiz dos cabelos ou são umas bestas quadradas, posto que ocupar o poder para cometer crimes, locupletar-se e aparelhar o Estado sempre foi o objetivo das esquerdas revolucionárias. Perverter as instituições, corrompendo-as, emperrando-as, desmoralizando-as, tornando-as inúteis para serem substituídas pela presença onipotente do partido são atitudes indispensáveis para que os propósitos da esquerda revolucionária sejam atingidos. A corrupção, a inversão de valores e a supressão de direitos é parte integrante e essencial na estratégia para desorientar, alienar, promover o caos baixando os critérios de julgamento da sociedade e manter-se no poder. “O presidenta” faz o possível e o impossível para descolar-se da agremiação partidária e criminosa a qual é filiada, mas não há possibilidade disso se realizar. Como ministra da Casa Civil era informada de tudo quanto se passava e sabe exatamente o que acontece nos fétidos bastidores da política nacional.


De guerrilheira a faxineira


Com um ministério praticamente imposto pelo ex-presidente Lula logo no primeiro ano de governo assistimos um desfile de denúncias a vários ministros acusados de corrupção e, antes de qualquer outra coisa, é bom que se diga nenhum deles sofreu qualquer tipo de punição. Na época a grande mídia atribuía “a presidento” o mérito de estar promovendo uma “faxina” no governo. Só mesmo um idiota não percebe que os vigaristas só foram demitidos porque a própria imprensa os denunciou não restando, pois, “ao presidento”, senão formalizar a demissão. Somente quando a lambança vem a público que “o presidenta” corre para demitir. Após a deflagração da Operação Porto Seguro que expôs mais um escândalo no qual o ex-presidente Lula está envolvido politicamente, financeiramente e emocionalmente foi que “a presidento” correu para extinguir o gabinete da presidência da República em São Paulo e demitir os servidores corruptos. Se tal órgão pode ser extinto de uma hora para a outra porque o manteve juntamente com a suposta namorada do ex-presidente funcionando desde que assumiu há quase dois anos? E mais: porque mantém este órgão em Belo Horizonte comandado por uma amiga de infância e ex-companheira de armas no COLINA (Comando de Libertação Nacional) e VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares)? Porque os demais estados da federação jamais possuíram este órgão?




Dilma Rousseff herdou um imenso canteiro de obras inconclusas; uma divida interna estratosférica; um aparato estatal inflado pela nomeação por atacado de companheiros e companheiras com a agravante de serem desnecessários, incompetentes, praticantes e coniventes com o ilícito; um desarranjo administrativo sem precedentes. Reorganizar tudo isso certamente demandará décadas de governos probos, eficientes e comprometidos com o zelo no trato da coisa pública fato que, lamentavelmente, não ocorrerá a julgar pela safra de políticos que dispomos desde sempre. Mas, dois anos de mandato são suficientes para começar a tentar reverter o estrago praticado por sucessivos governantes. “A presidento” atestaria esta disposição em só admitir auxiliares que, comprovadamente, possuíssem reputação ilibada e notório saber em suas áreas de atuação afastando-se o máximo possível do tradicional loteamento político. Assim não procedeu. Ao contrário, manteve e nomeou para relevantes cargos na República pessoas desqualificadas moral e intelectualmente. Basta citarmos o exagerado número de ministérios existentes onde competências se sobrepõem provocando uma confusão inominável. Lembramos que quando o ex-presidente Ernesto Geisel (1907-1996) constituiu vinte ministérios foi um escândalo nacional e em plena ditadura. O ex-presidente Lula criou trinta e oito e todos acham perfeitamente normais. Uma segunda e urgentíssima medida seria a imediata realização de uma auditoria nesta imoral dívida interna que vem sugando os cofres públicos por todos os meios há décadas. Outra situação que se não for revista cuidadosamente cada vez mais estaremos comprometendo o Brasil como nação soberana está nas privatizações que foram realizadas e aquelas que se pretende executar. Está mais do que explicito o caráter lesa pátria na qual se efetivam e se mantém em detrimento do cidadão. No nosso país tudo é prioridade, mas atacando estes três problemas já seria um avanço considerável porque favoreceria a canalização de recursos que hoje são desperdiçados, malversados e desviados para áreas sensíveis e carentes como educação, saúde, habitação, infraestrutura, segurança pública, etc. Supor que algum presidente brasileiro possa proceder desta maneira será como esperar que os astrônomos descobrissem a existência de água na superfície do sol.


OS AUXILIARES DE DILMA ROUSSEFF




Antonio Palocci já aportou no governo Lula sob suspeita de haver recebido propina de R$ 50 mil da empresa Leão & Leão para favorecê-la nas licitações da prefeitura de Ribeirão Preto (SP) para abastecer o caixa dois do Partido dos Trabalhadores entre os anos de 2001 e 2004, segundo acusação de seu ex-secretário Rogério Buratti em 2005, mas em junho de 2007 este cidadão retirou a acusação contra Palocci e as circunstâncias deste ato são ignoradas. Quando prefeito também foi acusado de fraudar licitações para a aquisição de cestas básicas e o caso foi gentilmente arquivado pelo STF. Palocci deveria ter sido proibido até de entrar no edifício do ministério da Fazenda, porém em vez disso Lula o nomeou ministro. Exemplo ímpar de nomear a raposa para dar segurança ao galinheiro. Em junho de 2006 o ex-presidente Lula o demitiu após quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa sem autorização judicial e levado a efeito pelo presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso Francenildo foi testemunha de acusação contra Palocci no caso da “República de Ribeirão Preto” uma mansão que era alugada onde se reuniam lobistas e prostitutas numa orgia com o dinheiro público e sexo. O depoimento do caseiro onde afirmava ter visto o ministro nestas orgias na CPI dos Bingos foi cancelado por uma liminar do bondoso STF a pedido do senador Tião Viana (PT-AC), hoje governador do Acre. No fim das contas o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão subordinado ao ministro da Fazenda, abriu um processo contra Francenildo por lavagem de dinheiro. Palocci foi inocentado pelo STF, sempre atento limpador das sujeiras petistas, em 2009 da acusação de quebra de sigilo bancário. Em maio de 2010 contra Palocci foram impetradas seis ações populares que atestavam a propaganda irregular em 2001 em sua segunda gestão na prefeitura de Ribeirão Preto. Palocci foi condenado a devolver R$ 413,2 mil aos cofres públicos, além de outros R$ 500 mil de suplementação de verba gastos com empreiteiras. Mesmo de posse de um histórico desses foi membro da equipe de campanha “do presidenta” e da de transição e, após a posse, alçado ao posto-chave da República que é a Casa Civil. Em junho de 2011, após denuncia do jornal a Folha de São Paulo que teria aumentado seu patrimônio entre 2006 e 2010 em vinte vezes numa demonstração inequívoca de possuir o dom da multiplicação. Passou de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões. Depois que deixou o ministério reabriu o Projeto Consultoria para multiplicar ainda mais se patrimônio sofrendo apenas uma “censura ética” da Comissão de Ética da Presidência da República.




Foi substituído por Gleisi Hoffman que já assumiu o cargo com uma pendenga. Entre os anos de 2003 e 2006 foi diretora-financeira da Itaipu Binacional e neste último ano pediu demissão da estatal para se candidatar a senadora (perdeu), porém recebeu R$ 41 mil referente a multa de 40% do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), mas esta multa somente é paga quando o trabalhador é demitido sem justa causa e não quando pede demissão. A ministra demonstrando total ignorância sobre um direito que o mais bocó dos trabalhadores conhece enviou carta ao procurador-geral da República Roberto Gurgel desejando saber se o recebimento deste numerário foi lesivo ao Erário. Que criatura angelical! Desconhece o que sejam peculato e improbidade administrativa. Em 2009 o jornal A Folha de São Paulo apontava a ministra da Casa Civil como beneficiária de um esquema que envolvia seguros e o programa Minha Casa, Minha Vida. A denúncia envolve a Fenae Corretora, dirigida por sindicalistas da Caixa Econômica Federal e filiados ao PT, “a única a ter acordo com a Caixa para a venda do seguro-garantia do programa habitacional, um negócio de milhões de reais”, de acordo com o jornal. Construtoras que participam do programa são obrigadas a contratar um seguro para garantir a entrega das moradias, caso as próprias empreiteiras não cumpram o prometido. O fato da ministra ter sido filiada ao PC do B não se constitui num crime, mas já é bem mais do que meio caminho andado para praticar outros.




A seguir o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento dançou após denuncia da revista Veja sobre um esquema para cobrança de propina que envolvia o velho e sujo Denit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e a Valec. Na mesma ocasião constatou que seu rebento Gustavo Morais Pereira, mais do que Palocci, logrou aumentar seu patrimônio em 86.500% entre os anos de 2009 e 2011. Sua empresa (a dele) Forma Construções criada com um capital inicial de R$ 60.000,00 teve seu patrimônio aumentado em mais de R$ 50 milhões. Êta garoto esperto! O Ministério Público do Amazonas está às voltas em identificar o patrimônio de Alfredo Nascimento com o fim de tapar o rombo que abriu na prefeitura de Manaus com a contratação de funcionários fantasmas. Em novembro último após reunião com a ministra das Relações Institucionais (sic) Ideli Salvati (expoente da ANABOL, Associação dos Baba Ovo do Lula) manifestou seu desejo de retornar ao ministério dos Transportes com o argumento de que possui capacidade (não especificou para quê). Alfredo Nascimento reassumiu o mandato de senador e abrigou em seu gabinete três dos exonerados por conta do escândalo em sua gestão.


Nelson Jobim brincando de general


Em agosto foi a vez do contrabandista e ministro da Defesa Nelson Jobim, contrabandeou dois artigos para a Constituição Federal de 1988 sem que fossem aprovados em plenário e confessou isso. Artigo 165 e 166. Depois deste crime foi ministro da Justiça no governo FHC de 1995 a 1997 e presidente do STF entre os anos de 2004 e 2006 e os Artigos contrabandeados estão em vigor quando deveriam ter sido revogados. Desta feita não foi por corrupção (a única) e sim por dizer coisas publicamente incompatíveis com o governo a que servia. Na festa dos 80 anos de FHC afirmou que era obrigado a conviver com idiotas no governo, o que não deixa de ser verdade. Para os petistas isto é uma ofensa inaceitável, posto que para elaborar sofisticados esquemas para surrupiarem os recursos públicos e ludibriarem toda a população não se pode atribuir-lhes nenhuma idiotice. Depois afirmou haver votado em José Serra Papinha de Alface Diet e, finalmente, em entrevista à Revista Piauí classificou a ministra Ideli Salvati como “fraquinha” e afirmou que a ministra Gleisi Hoffman não conhece Brasília o que, deveras, não é nada catastrófico. Até mesmo Pedro Álvares Cabral não sendo um navegador e não possuindo nenhum conhecimento sobre navegação o rei o nomeou para comandar a esquadra que tomaria posse das terras tupiniquins em 1500. Ao contrário de Cabral no Oceano Atlântico, a Capital Federal está muito bem sinalizada e, mesmo não a conhecendo, é impossível perder-se.




 Nelson Jobim, ainda ministro do atual governo, foi citado no acerto para a compra de onze embarcações italianas (cinco fragatas, cinco escoltas e um super navio de apoio). De acordo com a promotoria de Nápoles a comissão seria de 11%, num negócio de 5 bilhões de euros, intermediado pelo ex-ministro Claudio Scajola do Desenvolvimento durante o governo de Silvio Berlusconi, mas que não saiu porque as relações entre Brasil e Itália esfriaram com o caso Cesare Battisti, ex-guerrilheiro italiano membro do PAC (Proletários Armados pelo Comunismo) condenado à prisão perpétua por quatro homicídios mantido no Brasil pela benevolência do ex-ministro da Justiça Tarso Genro (genro de quem?) e pelo ex-presidente Lula que no último dia de seu segundo mandato decidiu não conceder a extradição do meliante. A propina ficaria em torno R$ 1,4 bilhão e seria paga por através de um contrato estipulado com uma agência no Brasil e entregue a um empregado que fosse indicado pelo ministro Nelson Jobim. É esse tipo de gente que está nos postos-chave da maltrapilha República brasileira.




Também em agosto o ministro da Agricultura Wagner Rossi levou “bilhete azul” (para os mais jovens devo explicar que este termo era utilizado quando o patrão demitia um funcionário) após várias denúncias de corrupção na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) tais como pagamento de propinas em troca de contratos e favorecimentos em troca de financiamento em campanhas eleitorais e até viagens do ministro com seu pimpolho deputado estadual Baleia Rossi, PMDB-SP, (e isso é lá nome de gente) em jatinho pertencente a uma empresa favorecida pelo ministério. O ex-diretor financeiro da Conab Oscar Jucá Neto, que vem a ser irmão do eterno líder do governo FHC e Lula senador Romero Jucá, afirmou que existem bandidos no órgão sugerindo que o ministro Wagner Rossi participava do esquema de corrupção. A situação do indigitado ministro piorou depois que Israel Leonardo Batista, ex-chefe da comissão de licitação do ministério da Agricultura, afirmou que o ministério foi corrompido após a chegada de Rossi. O que é impossível, posto por ali já haver passado outros corruptos.


Wagner Rossi


O ex-ministro é alvo, juntamente com mais onze pessoas, de ação civil movida pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa desde maio de 2012 na 8ª Vara Federal do Distrito Federal que reclama o ressarcimento aos cofres públicos de R$ 3 milhões. O processo trata da contratação irregular da Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, sob o pretexto de proporcionar cursos de capacitação dos servidores do ministério via Programa Anual de Educação Continuada (Paec) desviando R$ 2,72 milhões. A licitação foi descaradamente (como é hábito) fraudada. Havia até lobista com duas salas no ministério sem sequer ser servidor que atende pelo nome de Júlio Fróes com a cumplicidade de Milton Ortolan, chefe de gabinete do ministro. Wagner Rossi, investigado e indiciado pela Polícia Federal como líder da organização criminosa e, portanto, incurso nos crimes de formação de quadrilha, peculato e fraude à Lei de Licitações (Lei nº 8.666 de 21.06.1993) tinha como padrinho político o vice-presidente Michel Temer, O Cocheiro de Vampiro (royalties para Antonio Carlos Magalhães, o Toninho Malvadeza). Retornou a vida partidária e está indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de envolvimento em fraude com a PUC-SP.




Já que estamos falando de padrinhos políticos em setembro de 2011 foi a vez do afilhado do senador José Sarney (PMDB-AP) o ministro do Turismo Pedro Novais entregar o comando após denuncias de que teria usado dinheiro da Câmara para pagar a governanta de seu apartamento em Brasília por mais de sete anos enquanto deputado federal. Doralice Bento de Souza recebia como secretária parlamentar, porém trabalhava no apartamento de Pedro Novais, quando este assumiu o ministério esta senhora foi contratada por uma empresa terceirizada do ministério do Turismo. Quando era deputado federal Novais apresentou uma emenda ao Orçamento Geral da União para destinar R$ 1 milhão do ministério do Turismo à construção de uma ponte no município de Barra da Corda, distante de São Luis 450 km, mas os recursos beneficiaram uma obra no Maranhão numa cidade sem nenhuma vocação turística e uma empreiteira fantasma com sede um conjunto habitacional na periferia de São Luis. Mesmo antes de ser empossado no cargo o jornal O Estado de São Paulo publicou que, quando deputado federal, pediu ressarcimento a Câmara de R$ 2.156,00 por despesas em um motel (Motel Caribe) em São Luis (MA), incluiu a nota fiscal na prestação de contas da verba indenizatória. O ministro também utilizou o servidor Adão dos Santos Pereira como motorista particular de sua esposa.

Frederico Silva da Costa, secretário executivo do ministério da Agricultura


Em agosto a Operação Voucher da Polícia Federal, que investigava fraudes em convênios do ministério no Amapá, prendeu o secretário executivo do ministério Frederico Silva da Costa e mais trinta e sete pessoas, entre elas o secretário de Programas de Desenvolvimento do Turismo o ex-deputado federal Colbert Martins (PMDB-BA) e Mário Moyses, ex-diretor da EMBRATUR Empresa Brasileira de Turismo). A liberação irregular de verbas públicas para a ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) selou o destino do octogenário ministro. A CGU (Controladoria Geral da União) analisou 54 convênios e cinco contratos que somam R$ 281,8 milhões fiscalizados. Foram identificadas deficiências estruturais nos processos de gestão e irregularidades nos atos de aprovação dos planos de trabalho apresentados pelas entidades e empresas contratadas. Detectou fraudes também nas suas prestações de contas e falhas na execução dos objetos contratuais. Nas obras de infraestrutura turística, a CGU identificou “um número expressivo de projetos não iniciados ou paralisados” ainda de acordo com a CGU “foram constatados desde a falta de comprovação das despesas realizadas pelas entidades até vícios em processos de contratação, que acabam por comprometer a oferta de preços competitivos e a regular aplicação dos recursos públicos”. Em dezembro de 2011 a CGU estimou em R$ 67 milhões o prejuízo provocado pelo ministério do Turismo. Pedro Novais retornou à Câmara dos Deputados e desde então não apresenta nenhum projeto.


Orlando Tapioca Silva não sabe distinguir um jumento de um elefante


O ministro dos Esportes Orlando “Tapioca” Silva, pagou uma tapioca de R$ 8,30 com o cartão corporativo dizendo que o confundiu com o seu cartão pessoal, tal desculpa nos permite duas opções: ou o ministro é daltônico ou idiota. A imprensa divulgou gastos em restaurantes com o cartão corporativo em dias que, segundo a agenda do ministro, não houve qualquer compromisso oficial. Orlando Silva restituiu R$ 30.870,38. Em 2010 quase R$ 70 milhões aportaram em 42 ONGs de fachada controladas pelo PC do B, via ministério dos Esportes. O tal do Programa Segundo Tempo iniciou “suas atividades” em 2003 com a bagatela de R$ 24 milhões atingindo no ano de 2010 a apreciável soma de R$ 207.887 milhões. Mais uma vez o jornal o Estado de São Paulo denunciou irregularidades no Programa Segundo Tempo, destinado a promover esporte em comunidades carentes, que estava abastecendo o partido do ministro (PC do B) e apareceram mais denuncias acusando-o de desvio de dinheiro (público) e cobrança de propinas.


O homem da tapioca de R$ 8,30


Em reportagem publicada na revista Veja o policial militar João Dias Ferreira acusou o ministro Orlando “Tapioca” Silva de haver recebido um pacote contendo cédulas de R$ 50,00 e R$ 100,00 na garagem do ministério do qual era titular. Em 2010 este policial foi preso na Operação Shaolin deflagrada pela Policia Civil do Distrito Federal para investigar fraudes no Programa Segundo Tempo. A CGU pediu a devolução de R$ 4 milhões as ONGs do policial militar. No dia 25.10.2010 a ministra do STF Cármen Lúcia determinou a abertura de inquérito para investigar Orlando Silva requisitando ao STJ que enviasse ao STF inquérito sobre possíveis irregularidades cometidas pelo atual governador do Distrito Federal e antecessor de Orlando Tapioca Agnelo Queiroz, ex-PC do B e atual PT que, por sinal, saiu ileso da CPI do Cachoeira. No inquérito do STJ de número 761 consta o depoimento de Geraldo Nascimento Andrade que afirma ter entregado R$ 256 mil nas mãos do então ministro Agnelo Queiroz no dia 08 de agosto de 2007. Interessante é que o procurador-geral da República solicitou que fosse tomado o depoimento de várias pessoas envolvidas no caso e a ministra simplesmente indeferiu o pedido argumentando que primeiro se deve analisar o inquérito para depois definir os depoimentos. Seguindo este raciocínio creio que deveríamos também, por exemplo, primeiro contabilizar os prejuízos humanos e materiais decorrentes das enchentes e secas e depois estudar o clima e as possíveis soluções para minorar as perdas. O esquema de corrupção pode ter desviado em oito anos cerca de R$ 40 milhões. Este ano o ex-ministro Orlando Tapioca Silva candidatou-se a uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo recebendo 19.739 votos, equivalente a 0,35% dos votos válidos ocupando o 79º lugar. Não foi eleito, porém continua um cara de pau.


Foi tirado do ministério somente com o disparo de uma caneta


Fechando o ano de 2011 o ministro do Trabalho Carlos Lupi, que declarou sua paixão à presidente (“Dilma, eu te amo”) e mesmo assim sucumbiu por motivos corriqueiros como cobrança de propinas. Segundo o sindicalista Irmar Batista para regularizar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp) junto ao ministério foi pedida a módica importância de R$ 1 milhão. Enviou e-mail “a presidento” e ao secretário-geral da presidência Gilberto Carvalho (o espião de Lula no Palácio do Planalto), mas nenhuma providência foi tomada. Lupi recebia, sem trabalhar, salários irregulares como assessor da Câmara dos Deputados e da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Foi acusado que em dezembro de 2009 viajou (aeronave King-Air branca com detalhes azuis, prefixo PT-ONJ) em cumprimento à agenda oficial, em avião alugado por Adair Meira, proprietário de uma rede de ONGs, que obteve, pessoalmente, contratos com o ministério. Entre as ONGs deste cidadão estão a Fundação Pró-Cerrado e Renapsi que desde 2008 receberam R$ 10,4 milhões do ministério e a CGU detectou irregularidades de todo o tipo e modelo e nada foi feito. Descoberto nas falcatruas Lupi ainda esbravejou que “para me tirar, só abatido à bala. Tem de ser uma bala pesada, porque sou pesadão.” Elefante também é grande e pesado e isso não o tornou a espécie animal dominante. A sujeira era tanta que a Comissão de Ética da presidência da República, notória cúmplice de lambanças, não teve como contornar e recomendou a demissão do pulha.


Crocodilo também chora enquanto pressiona a mabíbula em sua presa


O ministro das Cidades Mário Montenegro foi denunciado no jornal O Estado de São Paulo que avalizou a aprovação de uma fraude para um projeto para a Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT). A fraude elevava os custos em míseros R$ 700 milhões e as denuncias de favorecimento políticos brotavam e Negromonte foi ficando mais negro e mais monte de ilicitudes. Devo registrar que seu substituto Aguinaldo Ribeiro foi empossado respondendo a processo no STF por descumprir a lei das licitações, este ministro “esqueceu” de declarar em 2010, quando foi candidato a deputado federal, a participação societária em quatro empresas. Eleito apresentou um projeto de lei onde o trabalhador acima de 40 anos teria o exame da próstata pago pelo empregador e caso o diagnóstico aponte para um câncer o trabalhador também terá direito a acompanhamento psicológico. Um projeto desses institucionaliza a introdução do dedo médio no rabo alheio. Que coisa!

Mário Montenegro e Ena Vilma



Negromonte foi acusado de direcionar recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 1,3 milhão quando era deputado federal para o município baiano de Glória que, coincidentemente, tinha como prefeito sua esposa d. Ena Vilma. E, para não decepcionar seus amigos, os serviços e obras eram efetuados por suas empresas (as dos amigos). Outra emenda do então deputado Negromonte em favor do município de Glória foi de R$ 98.500,00 para contratar cinco bandas para a festa de São Pedro. Não que São Pedro não mereça, porém com o dinheiro público é pura heresia. Também foi acusado de oferecer mesada de R$ 30.000,00 para que deputados do PP o apoiassem dentro do partido. Foi acusado de utilizar dinheiro da Câmara Federal para propaganda eleitoral pessoal. Também utilizou recursos desta Casa para efetuar pagamento a uma empresa de táxi aéreo (Aero Star Táxi Aéreo Ltda) que lhe prestou serviços durante sua campanha de reeleição em 2010. O gasto entrou para “cota para exercício de atividade parlamentar”. Ora, veja! O que aconteceu? Nadica de nada.


Com ministros com estes ninguém precisa  de inimigos


Como diria o ex-presidente Lula: nunca na história deste país caíram tantos ministros em apenas um ano, sendo seis por corrupção. “O presidenta” deveria assumir que quem fez a faxina foi a imprensa ela apenas os demitiu. Como também deveria dizer aos cidadãos que trinta e oito ministérios são de uma inutilidade sem precedentes e que existem para atender aos interesses políticos-eleitoreiros e drenar os cofres públicos.


Juquinha, O Peralta

Recordar é viver. O ex-presidente da Valec entre 2003 e 2010 José Francisco das Neves, o Juquinha, foi preso pela Operação Trem Pagador acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de superfaturar trecho da Ferrovia Norte-Sul, em Goiás. Vários bens foram bloqueados pela Justiça Federal. Entre eles estão as fazendas Apoena I e II, no Tocantins, avaliadas em 3,3 milhões de reais. A maioria dos imóveis, de Juquinha e dos demais envolvidos no caso, foi comprada depois que ele assumiu a Valec. Segundo o Ministério Público Federal o danadinho do Juquinha construiu um patrimônio de R$ 60 milhões com recursos desviados de obras públicas.


No detalhe a dra. Christiane no Comitê de Campanha de Dilma Rousseff


A advogada Christiane Araújo de Oliveira, que fora recrutada para a equipe de campanha “da presidento” aproximou-se de Durval Barbosa, aquele que gravou o ex-governador José Roberto Arruda recebendo propina, e passou a trabalhar em Brasília. Mas adiante afirmou ter mantido relações íntimas com o então advogado-geral da União José Antonio Dias Toffoli passando-lhe informações. Hoje Toffoli é ministro do STF e advogado de defesa dos réus do mensalão juntamente com o ministro Ricardo Lewandowski. A causídica também fez gestões junto a Gilberto Carvalho (o espião de Lula no Palácio do Planalto) para reconduzir ao cargo de procurador-geral do Distrito Federal Leonardo Bandarra que, posteriormente, descobriu-se ser integrante da máfia instalada no governo do Distrito Federal.


Danucci e o que mais gosta de fazer: botar a mão em dinheiro, de preferência de propina


O presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Danucci foi demitido por cobrar propina de fornecedores da entidade foi acusado de ter enviado US$ 25 milhões para contas no exterior. O ministro da Fazenda Guido Mantega, Margarina ou Manteiga tomou conhecimento das trapalhadas em fevereiro de 2010 em ofício protocolado pelo PTB dando conta das peripécias de seu afilhado, porém esperou que o jornal A Folha de São Paulo publicasse diversos desvios praticados por Danucci.


Fernando Bezerra Coelho e seu animalzinho de estimação


O ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho, queridinho de d. Dilma, utilizou politicamente verbas públicas destinadas a prevenção de enchentes. Pernambuco, estado do ministro, não está relacionado com região com maior risco de inundações, porém recebeu 90% da verba antienchentes com o objetivo de projetar seu rebento Fernando Coelho Filho (teve R$ 9,1 milhões liberados em emendas) em Petrolina (PE). Segundo o jornal A Folha de São Paulo quando foi prefeito de Petrolina o ministro comprou o mesmo terreno duas vezes com verbas públicas. Fernando Bezerra não se furtou a praticar nepotismo nomeando seu tio Oswaldo Coelho como membro do comitê técnico-consultivo para o desenvolvimento da agricultura irrigada. Nomeou o irmão Clementino Coelho presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales de São Francisco e Parnaíba (Codevasf). O sogro de seu filho Antonio de Pádua Kehrle comandou o Denocs (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). O tio da esposa de seu filho Iran Padilha Modesto foi nomeado representante do ministério da Integração Nacional em Pernambuco. Mas d. Dilma empenhou-se pessoalmente na blindagem de seu apadrinhado.




Falando em queridinhos da d. Dilma não podemos deixar de citar o ministro Fernando Pimentel que foi companheiro de armas da presidente guerrilheira de meio tostão furado no VAR-Palmares. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Fernando Pimentel em maio de 2011 virou réu na 4ª Vara da Fazenda Pública do município de Belo Horizonte junto com Roberto Gianetti Senna, pimpão proprietário da HAP Engenharia acusada de superfaturar obra da prefeitura de Belo Horizonte em R$ 9,1 milhões e desviar recursos para a campanha de reeleição de Pimentel em 2004 que, na época, contratou sem licitação a Ação Social Arquidiocesana (ASA) da Arquidiocese de Belo Horizonte para construir 1,5 mil casas. A entidade (ruim) subcontratou a HAP Engenharia e o custo da obra passou de R$ 12,7 milhões para R$ 26,7 milhões e, de acordo com o Ministério Público, metade das casas não foram entregues. Nesta mesma Ação o Ministério Público questiona a doação de R$ 235 mil à campanha para a reeleição de Pimentel em 2004. A amizade de Pimentel e Senna é algo impressionante. Quando prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel vendeu um terreno na região oeste da capital por R$ 50 mil, porém a escritura foi lavrada no cartório de Papagaios distante 151 quilômetros da capital mineira.

 Pimentel no dos outros é refresco

A QA Consulting é a terceira maior cliente da consultoria de Pimentel, que em dois anos faturou R$ 2 milhões. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) pagou R$ 1 milhão por serviços ao ministro, e a construtora mineira Convap, outros R$ 514 mil, meses antes de abocanhar em consórcio R$ 95,3 milhões em contratos no governo do aliado de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB). A QA pagou R$ 400 mil pela consultoria de Pimentel, mas segundo a Junta Comercial de Minas Gerais esta empresa está enquadrada como microempresa que estipula um faturamento anual de, no máximo, R$ 360 mil, de acordo com a legislação.


João Dória Jr.


Em denúncia a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual a prefeitura de Belo Horizonte sob a batuta de Pimentel firmou contrato de R$ 218,1 milhões com a Construtora Camargo Correia para a construção de 1.034 apartamentos e de R$ 120 milhões com a HAP Engenharia para outras 736 unidades habitacionais no Aglomerado da Serra, na região centro-sul da capital. Mas “a presidento” o manteve no cargo e a Comissão de Ética da presidência da República em 22 de outubro de 2012 arquivou as representações sobre a prestação de serviços da consultoria de Pimentel à Fiemg e outras empresas entre 2009 e 2010. O presidente da Comissão Américo Lacombe considerou o valor recebido (R$ 2 milhões) “pequeno” e, acrescentou: “Não foi nada extraordinário. Ele não multiplicou seu patrimônio por 20”. Segundo o entendimento deste “brilhante” advogado valores abaixo de R$ 7,5 milhões (o resultado da multiplicação de Palocci) deve-se aplicar o principio da insignificância. Outro caso arquivado pela “seleta” Comissão dizia respeito a uma viagem realizada por Pimentel entre a Bulgária e a Itália no avião do empresário Jorge Dória Junior, presidente da Lide (Grupo de Líderes Empresariais) que organizou o evento onde Pimentel seria o palestrante. Lacombe, relator do processo, concluiu textualmente: “As autoridades poderão, em certos casos, usar aviões dos patrocinadores dos eventos desde que eles não tenham nenhum interesse que esteja sob julgamento da autoridade. No caso, não tinha. O Lide é uma instituição cultural”. Pergunta inocente: caso Rosemary Nóvoa, suposta namorada do ex-presidente Lula, fosse levada à Comissão de Ética da presidência da República o Dr. Lacombe aplicaria o mesmo principio ou também a elencaria como instituição cultural? Ora, quanta desfaçatez.



A TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO


Eis a grande obra do ex-presidente Lula


O primeiro político a pensar na possibilidade de uma transposição do Rio São Francisco foi o deputado provincial do Crato (Ceará) Marco Antonio de Macedo em 1847 e cinco anos mais tarde (1852) o imperador D. Pedro II (1825-1891) encomendou um estudo detalhado sobre a possibilidade de enfrentar a seca com a abertura de um canal transpondo as águas do rio e rigorosamente nada foi feito. Em 1877 a seca assolou a província e milhares de pessoas morreram, ficaram doentes, tornaram-se indigentes, os rebanhos que as sustentavam pereceu, a precária economia desabou e, conta-se, o imperador chorou prometendo vender até a última joia da coroa para que nenhum nordestino voltasse a morrer de fome e assim criaram a “Comissão da Seca” (que não fez chover, não no sentido estrito da palavra).Conclusão: o imperador perdeu a coroa que permaneceu com todas as suas joias. Transposição de rio não se constitui em uma maravilha da engenharia moderna, no século XVI Leonardo da Vinci (1452-1519) realizou estudos de cartografia e engenharia para transpor o Rio Arno e o engenheiro que ficou responsável pela execução da obra alterou o projeto original que foi mal-sudedido deixando-nos sem saber se com o original dar-se-ia o oposto.


Neste ritmo o rio São Francisco vai secar e a transposição não será jamais realizada


As obras de transposição do Velho Chico começaram em agosto de 2007 e, segundo as previsões, estariam concluídas ao final de 2012 levando água a quase 400 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O que se constata são trechos já concluídos rachados e que devem ser refeitos, canteiros de obras abandonados com máquinas ainda encaixotadas, buracos escavados que o mato cresce viçosamente, etc. O ministério da Integração Nacional (outro ministério inútil) alega que a obra é mais complexa do que o previsto nos planos originais. Quanta incompetência! Um empreendimento deste vulto não considerar todos os elementos possíveis, impossíveis, prováveis ou improváveis no mínimo deve ter sido pensado na mesa de um botequim entre uma dose e outra da mais ordinária aguardente. O replantio das mudas para substituir as plantas nativas arrancadas pelas máquinas não vingou. O Ministério da Integração Nacional declarou que vai realizar novas licitações e que a meta é concluir a transposição do Rio São Francisco em 2015. No município de Floresta (PE) não há sequer contrato com construtora. O ministério alega que mais de 40% das obras avançaram, mas na realidade nos nove lotes onde deveriam estar acontecendo em quatro as obras estão paradas. No décimo lote pode-se percorrer quilômetros sem se ver um único funcionário ou máquina. A única parte concluída é o canal de aproximação, em Cabrobó. O 2º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército foi o responsável por abrir este trecho, que vai receber primeiro a água do Rio São Francisco, distribuindo-a para todo o eixo norte, de 402 quilômetros. O canal do eixo leste, que terá 220 quilômetros, começa no município de Floresta. A obra neste local avança sobre o Lago de Itaparica e foi o Exército que ficou também com a parte mais próxima ao lago, aliás, este trecho foi inaugurado em junho deste ano, porém para que a água passe pelos quatro quilômetros construídos pelos militares será necessária a construção de uma estação de bombeamento e uma ponte, obras a cargo de empreiteiras e que não foram construídas. O Exército concluiu a obra com uma economia para os cofres públicos de R$ 5,5 milhões de verba não utilizada e que, segundo o Comando, será devidamente restituído. Enquanto o tempo passa e as obras não avançam morrem pessoas, peixes, gado e plantas.


Eis o "caminho das águas" do governo petista


Entre 2005 e 2012 foram aplicados R$ 3,7 bilhões na obra, 56% dos R$ 6,6 bilhões previstos para o período. Hoje a obra está orçada em R$ 8,2 bilhões. O TCU (Tribunal de Contas da União) investiga os gastos e detectou muitas irregularidades como, aliás, é a praxe. De acordo com Robson Botelho, diretor do departamento de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração Nacional todo o ano de 2011 foi utilizado em negociações para definir a continuidade das empresas nas obras: parte delas ficou, e outras preferiram sair e a obra avançou em apenas 5%. Em novembro deste ano o Senado Federal criou uma comissão para acompanhar as obras de transposição do rio São Francisco que terá tanta utilidade quanto uma bicicleta sem rodas principalmente considerando que o senador Humberto Costa (PT-PE) é o relator. Naturalmente “o presidenta” jamais dirá que somente no seu governo a obra encareceu mais de 71%


TRANSNORDESTINA


Trecho da Transnordestina no município de Catende, Pernambuco


Não é nada provável que “o presidenta” mencione algo sobre a Transnordestina cuja conclusão estava prevista para 2010, porém este prazo já foi prorrogado para 2015 a um custo de R$ 5,3 bilhões, isto na otimista estimativa do ministro Paulo Sérgio Passos. A Transnordestina, após a sua conclusão terá 1.728 km de extensão e ligará dois terminais portuários: o de Pecém, no Ceará, e o de Suape, em Pernambuco, ao sertão do Piauí, fazendo o transporte de aproximadamente 25 milhões de toneladas/ano de grãos, minérios e outros produtos. O ministério da Integração Nacional é responsável por quase 70% do financiamento da obra.


Trem descarrila na Transnordestina


Em 2011 Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou duas ações civis públicas contra a Construtora Norberto Odebrecht S/A e Transnordestina Logística S/A por irregularidades trabalhistas nos canteiros de obra da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco. Alegando questões como irregularidades no ambiente de trabalho, o MPT está pedindo que as duas empresas sejam condenadas em R$ 60 milhões. Uma fiscalização detectou não fornecimento ou fornecimento incompleto de equipamentos de proteção individual (EPI), ausência de banheiros químicos ou quantidade inferior à necessária, não fornecimento de água potável em recipiente individual e inexistência de vestiários e abrigos. No dia 25.01.2012 o MPT, a Construtora Norberto Odebrecht e a Transnordestina Logística S.A. firmaram um termo de conciliação. D. Dilma também faz de conta que não sabe sobre o descarrilamento de um trem na Transnordestina ocorrido em 12 de março de 2011 por falta de manutenção nos trilhos, terreno molhado e falta de dormentes. Ora, veja. Uma ferrovia com falta de dormentes!


Prova cabal da "competência" dos engenheiros (ir)responsáveis


Por falar em ferrovias em junho de 2011 foi conhecido relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) revelando superfaturamento na Ferrovia Norte-Sul da ordem de R$ 69 milhões em um trecho de apenas 280 quilômetros. Em várias etapas da obra, foram apontados preços acima dos de mercado, em percentuais próximos dos 20% que significa o desvio milhões de reais. Os números relacionados no documento do TCU reforçam a imagem da ferrovia como um dos maiores símbolos da corrupção do país. As obras da ferrovia iniciaram-se em 1987, durante o governo do presidente José Sarneyssauro. O projeto previa 4.576 quilômetros de trilhos cortando nove estados (do Maranhão a São Paulo), porém somente pouco mais de 1.500 quilômetros foram construídos e a sangria aos cofres públicos se estende por vinte e cinco anos. As obras do trecho Açailândia (MA) – Porto Franco (MA) de 215 km iniciou-se em 1987, mas somente foram concluídas em 1996 durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A ferrovia é tida como a principal fonte que abastecia o Partido da República sob o comando do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Mas havia outras maneiras de meter a mão no dinheiro público além de superfaturar como, por exemplo, fazer um espaçamento entre os dormentes acima dos padrões técnicos. A distância entre eles deveria ser de 60 centímetros, mas chegava a 74 centímetros. O custo de cada um ficava em R$ 500,00 e eram 1.666 dormentes por quilometro. O pagamento era efetuado como se o espaçamento estivesse correto. Os métodos de medição utilizados na obra são os mesmos de quarenta anos atrás e, portanto, nada confiáveis. Escutas telefônicas realizadas pela Polícia Federal constataram estreitas ligações entre o diretor de engenharia da Valec e Fernando Sarney, pimpolho do presidente do Senado Federal José Sarneyssauro, citado na Operação Faktor (Boi Barrica) é investigado por conta de contratos suspeitos da Valec com a empresa Dismaf para o fornecimento de trilhos. A empresa, mesmo denunciada pelo Ministério Público por fraude no fornecimento de fardamento para o Exército, conseguiu entrar na Valec. O TCU já descobriu R$ 516 milhões pagos a mais em 16 lotes entre Aguiarnópolis e Palmas; 105 quilômetros em Goiás com sobrepreço de R$ 71,7 milhões; disseminação de subempreiteiras sem autorização do governo; desrespeito aos padrões técnicos para reduzir custos e a Valec repassando recursos sem fiscalizar. Os desvios de verbas na ferrovia norte-sul somam R$ 1 bilhão só no trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) foram superfaturados R$ 400 milhões a obra já consumiu R$ 8 bilhões. Mas d. Dilma, tal e qual seu mentor-inventor-padrinho, não sabe de nada.


PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA



Casas que sequer saíram do chão


Em junho deste ano “o presidenta” lançou a segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida cuja previsão são dois milhões de unidades habitacionais até o fim do seu mandato. Na primeira fase, no governo Lula, em julho de 2009, foi contratada um milhão de unidades e, alguns meses depois, o demagogo voltou atrás e não mais estipulou um prazo. É preciso observar que casa contratada não é casa construída e entregue. Até junho do ano passado apenas 238 mil unidades haviam sido entregues (entre casas e apartamentos). No dia 4 deste mês “o presidenta” participou de cerimônia da entrega da casa de número 1 milhão. Pura balela. Ora, em dois anos o programa só foi capaz de entregar 238 mil unidades. Como é que em um ano e meio conseguiu construir 763 mil, ou seja, 1.395 casas por dia, considerando-se sábados, domingos e feriados? Isso não é mágica e sim magia negra, e das brabas.




Nesta fase o projeto tem um orçamento de R$ 125,7 bilhões (R$ 72,6 bilhões em subsídios do governo e R$ 53,1 bilhões em financiamentos). “O mandatária” acrescentou ao milhão de casas contratadas por Lula mais dois milhões suas e, assim, o governo, ao cabo de mais dois anos, terá “feito” três milhões de brasileiros felizes proprietários de sua casa própria diminuindo quase pela metade o déficit habitacional brasileiro. Só mesmo um completo idiota pode acreditar nisso. Não será novidade alguma dizer que este programa está eivado de irregularidades desde pessoas que não atendem as normas para o ingresso no programa (tem gente que possui até carro zero km, casa de veraneio, etc.) a superfaturamento, descumprimento de normas técnicas, utilização de materiais inapropriados para a construção, cobranças de taxas ilegais, utilização do programa para fins políticos, irregularidades trabalhistas, etc. As denúncias sobre as velhacarias no Programa foram amplamente divulgadas pela grande mídia e nada se fez ou se faz para impedir que elas continuem sendo praticadas. A imprensa está repleta destes casos em diversos pontos do país.


Trabalhadores do Programa Minha Casa, Minha Vida em situação análoga à escravidão


Vamos demonstrar com os fatos a seguir que, quando dizemos que a estratégia petista é exatamente inverter e destruir valores não estamos sendo exagerados ou portando-se como teóricos da conspiração. No município de Americana, interior de São Paulo, em março do ano passado fiscais do ministério do Trabalho em vistoria ao canteiro de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida foram resgatados 64 trabalhadores mantidos em situação análoga à escravidão. Estes operários eram recrutados no Nordeste e recebiam adiantamento para as despesas de viagem, hospedagem e alimentação e o objetivo era mantê-los sempre endividados com a empresa. Portanto, não recebiam salário e estavam impedidos de abandonar o canteiro de obras. Este método é mais do que centenário e em pleno uso ainda hoje no Brasil e praticado até mesmo por governadores de estado, senadores, deputados, empresários e outras tralhas. O que chama atenção neste caso é que a secretária de Inspeção do ministério do Trabalho Vera Lúcia Albuquerque e seus fiscais ao constatarem que a empresa MRV mantinha trabalhadores em condições degradantes automaticamente impedia a empresa de fazer negócios com a União e receber verbas oficiais e, sendo assim, a Caixa Econômica Federal suspendeu novos financiamentos à MRV fazendo com que suas ações perdessem valor na Bolsa de Valores. Então Vera Lúcia começou a ser pressionada por seus superiores para retirar a empresa da lista suja e resistiu. As pressões aumentaram após o ministro do Trabalho (sic) Brizola Neto ter recebido o dono da empresa Rubens Menin. Não é demais dizer que o cargo de ministro do Trabalho é o primeiro emprego de Brizola Neto. Vera Lúcia passou a ser questionada pelos assessores do ministro (sic, sic) sobre a legitimidade da inspeção no canteiro de obras da MRV chegando a insinuar que os fiscais do próprio ministério não possuíam critérios ou qualificação para autuar. Menin ainda encontrou-se com a ministra Maria do Rosário da Secretaria de Direitos Humanos e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho (o espião do Lula). Foi a gota d’água. Vera Lúcia Albuquerque foi exonerada porque ousou cumprir com o seu dever e prejudicar os amigos do Palácio do Planalto.


COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE


Henning Boilesen morto pelos "guerrilheiros" por suspeitarem que financiava o OBAN (Operação Bandeirantes) e ser agente da CIA

Ao denominar-se Comissão Nacional da Verdade já está implícito que detém a verdade. Seu objetivo, portanto, é reforçar que a esquerda armada estava repleta de anjos enquanto as Forças Armadas não passavam de uma legião de demônios. Os crimes da esquerda para esta Comissão são naturais e legítimos enquanto que os praticados pelos militares devem ser enquadrados em crimes contra a Humanidade. Fui, sou e sempre serei um ferrenho opositor a qualquer tipo de regime autoritário, totalitário, restritivo, etc. e todo ele o é de uma maneira ou de outra, a diferença está na forma como exerce seu autoritarismo, totalitarismo e restrições. Mas proceder a uma investigação dos fatos ocorridos deveria atingir os dois lados e não apenas um. Para inicio de conversa não há um único historiador nesta comissão (ainda bem, pois macularia a profissão), portando não estão qualificados para investigar, apurar, examinar e interpretar coisa alguma. Hoje o Estado brasileiro está tomado pelo que sobrou daquela gente que diz que combateu o regime militar e desejam obter dividendos políticos e econômicos com esta farsa que é a Comissão da Verdade. Essa gente que se arvora de ter combatido à ditadura (Dilma Rousseff, José Dirceu, José Genuíno, José Serra, Tarso Genro, Franklin Martins, Fernando Gabeira e outras tralhas) naquela época pertenciam a organizações de orientação stanilistas, maoistas e castristas e jamais defenderam o Estado Democrático de Direito ou qualquer valor que se aproxime. Pelo contrário, desejavam substituir uma ditadura por outra. “O presidenta”, por exemplo, teve sua participação na luta armada super dimensionada provavelmente por bajuladores, marqueteiros e outros parasitas. Não há nenhum relato de contemporâneos seus ou documento que dê alguma pista de que fosse uma peça chave no COLINA (Comando de Libertação Nacional) ou na VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Caso fosse não estaria aqui para contar a história e muito menos na presidência da República. Até a redução de sua pena pelos militares deve ser vista com desconfiança, pois, afinal, se era tão importante assim para o movimento armado porque cargas d’água os militares foram tão benevolentes?


Atentado da Ação Popular no Aeroporto Guararapes em 1966


Não é novidade que tal comissão é um dos instrumentos para a esquerda tupiniqueira rever a Lei 6.683 de 28 de agosto de 1979 (Lei da Anistia). Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 573/2011 que exclui da Lei da Anistia agentes públicos que cometeram crimes durante a ditadura militar. Os atos de terrorismo praticados pelos militantes de organizações que pregavam trocar uma ditadura por outra não são objeto das investigações. O diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, membro da CNV, declarou: “O único lado é o das vítimas, o lado das pessoas que sofreram violações de direitos humanos. Onde houver registro de vítimas de violações praticadas por agentes do Estado a comissão irá atuar”. E os militares também não sofreram violações de seus direitos humanos nas mãos dos guerrilheiros? Segundo este imbecil “nenhuma comissão da verdade teve ou tem esta bobagem de dois lados”. Não deve causar surpresa alguma as declarações deste diplomata, afinal há muito anos que o Itamaraty tem nos brindado com notórios Equus Africanus Asinus e Celso Amorim é um excelente exemplo. Como ministro da Defesa não passa de elemento decorativo, uma vez que os militares não reconhecem sua legitimidade e autoridade através do Clube Militar que é a voz dos militares da ativa.


Com esses integrantes podemos imaginar que verdade sairá desta comissão


No último dia 5, em sessão solene, a Câmara dos Deputados devolveu, simbolicamente, o mandato de 173 deputados cassados entre 1964 e 1977. Na ocasião o presidente da CNV Claudio Fonteles, ex-procurador-geral da República e ex-integrante da Ação Popular (de orientação maoist a-cristão, não sei como uniram uma coisa à outra) declarou que o reconhecimento oferecido pela Câmara aos deputados cassados pela ditadura é uma indicação de que uma reparação precisa ser feita e isto significa rever a Lei da Anistia para atender interesses pessoais, políticos e econômicos da esquerda.




Na cerimônia de instalação desta bodega de Comissão Nacional da Verdade “a presidento” declarou: “Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições”. A História não tem uma verdade, muito menos em sua “plenitude”. Somente reconstituímos parcialmente fragmentos daquilo que aconteceu, isso considerando que o historiador se esforce muito nas pesquisas e na interpretação e ainda assim cometerá excessos e omissões. Então essa conversa de verdade só pode ser entendida como aquela que os donos do poder querem que seja. Se isso não é revanchismo e ódio preciso reelaborar estes conceitos segundo os critérios presidenciais. Já que é para não ocultar, camuflar, vetar ou proibir sugiro que os militantes das inúmeras organizações clandestinas sejam trazidos às barras deste Tribunal Inquisitor para explicarem os sequestros, assassinatos, torturas, assaltos, arrobamentos, atentados, etc.


BOLSA FAMÍLIA




O governo petista afirma e reafirma que o programa Bolsa-Família é distribuição de renda quando o mais incauto sabe perfeitamente que este tipo de programa sequer é um paliativo para as famílias que “atende”. Ao transformar o Bolsa-Escola e outros “benefícios” criados pelo governo FHC em Bolsa-Família a intenção explicita era de criar um eleitorado cativo para o Partido dos Trabalhadores e, de roldão, apropriar-se do discurso do PSDB tornando-se o grande “benfeitor” dos pobres ao monopolizar a caridade. Considerando que haja 13,46 milhões de famílias “beneficiadas” desta esmola e que em cada uma delas possuam três eleitores são quase 40 milhões de votos. Nada mal. Uma das premissas marxistas é o repudio à caridade, posto que tende a aplacar a consciência do proletariado. Porém, as esquerdas perceberam que se não enveredassem por este caminho sua imagem sofreria danos. Ao mesmo tempo o governo petista decidiu também ser o “benfeitor” dos endinheirados e o próprio ex-presidente Lula admitiu publicamente que nunca antes na história deste país os empresários ganharam tanto dinheiro. Mas esta estratégia de distribuir migalhas aos pobres e proporcionar laudos banquetes aos ricos não é invenção do PT. O presidente Getúlio Vargas (1882-1954) a utilizou durante todo o seu “reinado”. Com Juan Domingos Perón na Argentina deu-se a mesma coisa. Este é um comportamento típico de governos populistas.




A fraude é companheira inseparável deste programa desde sua implantação e no atual governo se mantém esplendorosamente por todos os estados brasileiros. No município de Atalaia (AL) o Movimento Nacional de Combate a Corrupção Eleitoral em Alagoas (MCCE) encaminhou denúncia ao Ministério Público Federal/AL para que tome as providências, posto que o tesoureiro da Câmara Municipal Brunielle R. Gomes de Albuquerque; as professoras Francete Mendes da S. Mendonça, Andreia Paz de Almeida; a coordenadora do Bolsa, Suzana Albuquerque de Medeiros Moura e o empresário Carlos Fidelis de Moura recebam o benefício indevidamente. No governo do Distrito Federal 367 servidores lotados em todas as secretarias recebem a esmola e possuem salários que variam de R$ 1.200,00 à R$ 7.400,00. O prejuízo passa dos R$ 55.000,00 mensais e a Secretaria de Transparência e Controle do Distrito Federal não informa há quanto tempo os servidores vêm recebendo. Isto que é transparência e controle! De janeiro a outubro de 2011 foram destinados pelo programa R$ 1,8 bilhões ao estado do Amazonas e nas cidades Boa Vista do Ramos a 270 km. de Manaus e Boca do Acre à 1.028 km da capital Manaus foram identificados em seus cadastros pessoas ligadas a políticos e empresários locais que não possuem os requisitos mínimos para ingressarem no programa. Na primeira cidade a primeira-dama do município e a secretária de Assistência Social jamais realizaram qualquer fiscalização que pudesse por a descoberto os criminosos. Façamos as contas. Segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) a cidade Boa Vista do Ramos possuía 14.449 mil habitantes com média de 5,42 por casa. Relatório do ministério do Desenvolvimento Social (MDS) aponta que, até outubro de 2011, 2.390 famílias estavam aptas a receber o benefício. Isso significa que mais de 80% da população vive em situação de extrema pobreza o que equivale admitir, segundo o promotor, a existência de uma Somália dentro do município. Em Boca do Acre pelo menos 50 pessoas desviaram algo em torno de R$ 120 mil nos últimos dois anos. Entre os investigados havia empresários, servidores municipais e estaduais, professores e até pessoas que já faleceram. Pessoas com rendimento de R$ 30.000,00 mensais estavam recebendo o agrado do governo federal.




Mas pessoas que não necessitam do benefício e o recebem não é novidade alguma. Em abril deste ano a imprensa noticiava que o gato Billy ganhara sobrenome (Billy Flores da Rosa) e entrara para o cadastro do programa Bolsa-Família. O dono do bicho é Eurico Siqueira da Rosa, coordenador do programa na cidade de Antonio João (MS). Na Paraíba a PF e a CGU em junho, descobriram que um empresário de Guarabira (PB) dono de uma agência de eventos envolvida no esquema alvo da operação, de fraudes em licitações e outras irregularidades em eventos no estado teria usado como “laranjas” moradores de baixa renda inscritos no CadÚnico. Um dos laranjas, de Rio Tinto (PB), tem em seu nome uma Land Rover e mais seis veículos, além de uma empresa. No Amapá, o MPF investiga uso eleitoral do Bolsa Família. Segundo denúncia de julho, a chefe de uma colônia de pescadores teria cadastrado moradores das cidades de Itaubal e Amapá “retendo carteiras de identidade” para obrigar a votar em determinado candidato.




Pessoas como Maria das Dores Lino Gomes, de 30 anos, mora há mais de cinco anos num barraco no “Caranguejo”, um dos pontos mais altos do Pavão-Pavãozinho, Rio de Janeiro, com seis filhos necessitam, mas não recebem a esmola federal. Sem vaga em creche e sem ter com quem deixar as crianças, não trabalha. E não recebe Bolsa Família, pois seu endereço consta como sendo o da ex-sogra, que já tem o benefício.


Isto é acabar com a pobreza?


A ministra (sic) do Desenvolvimento Social Tereza Campello declarou que não existe programa mais auditado do que o Bolsa-Familia em todo o mundo. Acrescentando: “É possível não ter gente tentando desviar dinheiro público ou privado no mundo?” Então, de acordo com a ministra, é perfeitamente normal a fraude. Estes são os valores cultuados pela esquerda.


BOLSA DITADURA



Aprovada por unanimidade pelo Congresso Nacional a Lei 10.559 de 13.11.2002 (Regulamenta o art. 8o do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e dá outras providências) ou a famigerada Bolsa-Ditadura no apagar das luzes do governo FHC (ex-marxista convicto) e seu custo já consumiu algo em torno de R$ 5 bilhões durante esses anos ou mais, posto que o ministério do Planejamento se recuse a divulgar as somas exatas. A excrescência é paga a milhares de pessoas e outro tanto se encontra na fila da sinecura. A “reparação” é concedida a todos os “perseguidos políticos” que apresentarem requerimento e documentação à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Esta comissão julga cada caso e concede o benefício aos que aprova. O cálculo do valor deverá considerar a remuneração que o beneficiário receberia atualmente se tivesse continuado na atividade que exercia à época. Os “perseguidos” eram terroristas, subversivos, criminosos comuns, bois de piranha, jovens de classe média abobados, operários doutrinados segundo o comunismo, oportunistas, etc. Toda essa gente, sem uma única exceção, jamais defenderam qualquer coisa que se assemelhe à democracia. Pelo contrário, lutavam para implantar o comunismo no Brasil, fosse ele stalinista, maoista, castrista ou outro diabo qualquer. Vai chegar o dia em que o número de “beneficiários” irá contemplar até quem sequer havia nascido durante a ditadura militar (1964-1985).


Rui Falcão, presidente do PT, beneficiado com a Bolsa - Ditadura


Apesar de ser uma invenção do governo tucano, foi no governo petista que a indecência prosperou. Para começar citaremos o presidente do Partido dos Trabalhadores Rui Falcão que recebeu a bagatela de R$ 1,24 milhão (este valor foi fixado em setembro de 2003) por que desejou um Brasil comunista e os militares interromperam seu sonho prendendo-o em abril de 1970 num apartamento em Porto Alegre rodando panfletos com propaganda subversiva. Ficou preso dois anos e oito meses. Em 1975 este cidadão já estava de volta ao jornalismo trabalhando no grupo Estado e em 1977 passou a dirigir a revista Exame do grupo Abril onde ficou até 1988. De acordo com este currículo sua “carreira” não sofreu dano algum. O cálculo para esta pequena fortuna considerou a remuneração mensal de um editor de jornal entre os anos de 1991 e 2002 e, neste mesmo período, este pulha recebeu salários da União, do Estado e da Prefeitura de São Paulo ao exercer funções de deputado estadual, deputado federal e secretário municipal de governo.



A relação dos aquinhoados com a Bolsa-Ditadura é vasta. Ziraldo, escritor e chargista e o cartunista Jaguar além de abocanharam notável pensão mensal ainda levaram exatos R$ 1.000.253,24 cada um. “A presidento” Dilma Rousseff foi mais além e recebeu indenizações por três diferentes estados (Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro). Carlos Heitor Cony, escritor, mordeu uma indenização retroativa de R$ 1.417.072,75 e reparação mensal que se iniciou com R$ 19.115,19, nada mal para quem nunca levou uma tapa. Preso por 31 dias em 1979 o ex-presidente Luiz Inácio Lula Satanás da Silva recebe mais de seis mil reais mensais. Fernando Gabeira é um dos poucos que se mostrou coerente ao justificar porque não requereu o “benefício”: “Não solicitei porque minha atividade naquele período foi consciente. O risco estava bastante nítido para mim. Além disso, embora tenha deixado meu trabalho de jornalista, o exílio me enriqueceu muito, de forma que, ao retornar, tinha possibilidades mais diversas”. E não foi só ele que enriqueceu no exílio. Millor Fernandes, falecido recentemente, recusou o benefício com a bem-humorada frase: “Quer dizer que aquilo não era ideologia, era investimento?” Em 3 de fevereiro de 2010 o então ministro da Justiça Tarso Genro (genro de quem?) concedeu a Carlos Eugenio Sarmento Coelho da Paz reparação econômica em prestação mensal, permanente e continuada no valor de R$ 4.037,88 com efeitos financeiros retroativos da data do julgamento em 13.08.2009 a 14.08.1998, perfazendo um total de R$ 577.416,84. Acontece que este “guerrilheiro” confessou ter executado a tiros o suposto dissidente da ALN (Aliança Libertadora Nacional) Márcio Toledo Leite, então com 20 anos, em 23 de março de 1971 ao jornalista Geneton Moraes Neto para o programa Dossiê exibido na Globo News em 30 de junho de 2010.


Carlos Lamarca treinando "guerrilheiros"


O caso mais significativo deste esbulho foi a concessão ao ex-capitão do Exército Carlos Lamarca em 13.06.2007 uma indenização de R$ 300 mil à viúva e os filhos que viveram por quase 11 anos em Cuba, a promoção post-mortem a patente de coronel com direito a uma pensão vitalícia de R$ 12.152,61, equivalente ao soldo de um general. Lamarca desertou do Exército levando consigo 62 fuzis e munição, assassinou, assaltou e cometeu uma extensa lista de crimes até ser morto. Este comunista deveria, mesmo post-mortem, ser julgado por crimes militares, condenado e não figurar no panteão dos heróis nacionais.




Quanto ao militares mortos, torturados e desaparecidos pelas mãos dos comunistas a Comissão Nacional da Verdade declarou, através de um de seus membros (Rosa Maria Cardoso da Cunha) que fora advogada dos terroristas: “Não tem essa história de dois lados, porque o outro lado (os stalinistas, maoistas, castristas e outros diabos) já foi condenado, assassinado, desaparecido.” Não me parece que Tarso Genro, Fernando Gabeira, Dilma Rousseff, Franklin Martins, Wladimir Palmeiras, José Dirceu, José Genuíno e outros trastes estejam condenados, assassinados ou desaparecidos (José Dirceu e José Genoíno estão condenados hoje, mas não pelas ações do passado e sim do presente). A esquerda praticou todo tipo de delito e está sendo premiada por isso. O mal que esta gente causou (e causa) ao país é colossal. Caso nos determos apenas no valor das indenizações pagas no Brasil aos “perseguidos políticos” se constatará o tamanho da “mamata”. Façamos uma comparação com a Alemanha que encerrou em 2007 o pagamento de indenizações às vitimas do regime nazista e todos sabem que o regime militar brasileiro perto dos campos de concentração nazistas, trabalhos forçados e outras brutalidades foi um passeio no parque. Foram pouco mais de 660.000 mil vitimas que receberam um total de 4,37 bilhões de euros. Feita a conversão do 07.04.2008 (1 euro = R$ 2,69) o valor médio das indenizações foram de R$ 17.811,06. No Brasil, em valores de 2008, a média estava em R$ 143.808,87 sem contar com as pensões vitalícias que faz este valor se elevar. Atualmente o número de candidatos para receber a Bolsa-Ditadura ultrapassa os sessenta mil.


BRASIL CARINHOSO




Dando continuidade à política populista sem-vergonha do não menos sem-vergonha ex-presidente Lula “o presidenta” encomendou aos marqueteiros de plantão a elaboração de uma novidade para quem já é “beneficiário” do Programa Bolsa-Família (ou Bolsa-Esmola, dá no mesmo) e em maio de 2012 anunciava à nação o Programa Brasil Carinhoso (que lindo!) que faz parte do Plano Brasil Sem Miséria. O embuste visa atingir dois milhões de famílias em situação de extrema pobreza que tenham crianças até seis anos cuja renda mensal seja R$ 70,00. Mas não é só isso. “A presidento” asseverou que o programa também ampliará o número de creches em todos os estados do Brasil, melhorar os serviços de saúde para essas famílias com farta distribuição de suplementos como a Vitamina A e Ferro e remédios contra a asma. Para programa de tal envergadura “o mandatária” afirma que serão investidos R$ 10 bilhões entre os anos de 2012 e 2014 com a pretensão de que a extrema pobreza seja reduzida em até 40% e a pobreza na primeira infância em até 62%. Pura balela, demagogia e empulhação.




Em dezembro de 2012 o secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza (imaginem: o sujeito preenchendo um formulário com esta ocupação), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão assegurou que em apenas sete meses de vigência o programa havia retirado da extrema pobreza 9,1 milhões de pessoas. Sinceramente, d. Dilma diz ter realizado o que materialmente é impossível para qualquer cristão, judeu, islâmico, budista, hinduísta e ateu e, por isso, deve ser elevada à categoria dos milagreiros como, por exemplo, Antonio Palocci que, em quatro anos, multiplicou seu patrimônio vinte vezes ou Fernando Pimentel que recebeu milhões por palestras que jamais proferiu e foi inocentado pelo Conselho de Ética da Presidência da República. A continuar tal progressão aritmética até o final de seu governo as futuras gerações só saberão o que é extrema pobreza através dos livros de História ou documentários sobre o Sudão, Etiópia ou Somália. Definitivamente a esquerda (se é que se pode chamar estes parasitas de esquerda) monopolizou a caridade reinventado o coronelismo e o voto de cabresto.




Mas o tal secretário extraordinário para a Superação da Extrema Pobreza (que título!) foi além dizendo que num dos eixos do Plano Brasil Sem Miséria foram realizadas 265 mil matrículas em cursos de qualificação profissional para famílias extremamente pobres através do Pronatec (Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e que 65% dessas inscrições eram mulheres jovens. Segundo o secretário isto irá melhorar sua inserção no mercado de trabalho, porém não mencionou que a economia está desacelerada e há escassez de empregos e o máximo que o governo do qual faz parte consegue fazer é reduzir o IPI de automóveis e a linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar, etc.), ou seja, o governo petista está aquecendo a água do recipiente onde está o sapo gradativamente e isto não deixará de cozinhá-lo vivo. O secretário também não informou quantas pessoas dessas 265 mil matrículas concluíram os tais cursos. Então senhor secretário porque não vai contar grãos de areia na praia e me diga quantos tem?


Este é o Brasil Carinhoso que Dilma Rousseff quer esconder 


Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada) que outrora não estava aparelhado pelo governo e, portando, merecia total credibilidade, mas hoje é tão confiável quanto um barco furado afirma que se não fosse esses “benefícios” a população pobre seria cerca de 5% da população e que com tais artimanhas contabiliza-se “apenas” 3,4%. Nestes dez anos de governo petista quantos dependentes da esmola estatal deixaram de recebê-la por terem sido reintegrados ao mercado de trabalho? Certamente poderão aparecer alguns para ilustrar a falácia do governo em suas propagandas enganosas que jamais representarão qualquer avanço que possamos chamar de inclusão. Ao contrário, estes planos são elaborados exatamente para fazer com que a extrema pobreza perdure e se amplie garantindo respaldo popular e voto para toda essa corja que se alimenta do governo. Fomentar a dependência do cidadão do Estado é um dos instrumentos de manipulação e controle social.




Em 29 de dezembro de 2012 “o presidenta” assinou Medida Provisória que amplia a faixa etária de crianças e adolescentes de sete a quinze anos das famílias “atendidas” na Ação Brasil Carinhoso. Bem, não foi só a faixa etária que aumentou. A verba para a “caridade” passou de R$ 2,2 bilhões anuais para R$ 3,94 bilhões. Na ocasião “a presidento” afirmou seu desejo de construir um país só de classe média. Bem, caso resolva utilizar a mesma metodologia de Marcelo Neri, presidente do IPEA, que determina como integrante da classe média aqueles que recebem mais de dois salários mínimos mensais a coisa não parece ser muito complicada de realizar. Mas em primeiro lugar “A presidento” deveria definir o conceito de classe média, se é que existe alguma definição que possa satisfazer.


CONCLUSÃO




Fica dito então: Dilma Rousseff não é nada mais nada menos mais uma peça na engrenagem petista e cumpre rigorosamente sua finalidade de inverter e destruir valores, desmontar o Estado, confundir e desorientar a sociedade estabelecendo o caos para manter-se no poder. E uma vez que essa gente assume o poder é praticamente impossível removê-los. Somente com sua total destruição deles ficaremos livres Este artigo não se trata, pois, de uma tentativa de apenas desmascarar a fraude petista, mas conscientizar as pessoas que devemos repudiar este governo e alijá-lo da vida pública brasileira enquanto podemos, porque há muitas décadas adotam mecanismos que nos impedem cada vez mais de reverter a situação, porém ainda há bastante espaço e para ocupá-los será necessária muita luta e preserve rança. Caso contrário, o futuro deste país é a ruína total.



CELSO BOTELHO

01.01.2013