quarta-feira, 10 de junho de 2009

LULA, O IGNORANTE, MAGNÂNIMO


Não tem jeito não. A cada vez que o presidente Lula, O Ignorante, abre a boca fico mais esperto que o de costume procurando decifrá-lo, seja quando diz algo sério (é raro, mas acontece), seja quando recorre a metáforas idiotas e pueris ou quando toma decisões. Desta feita não é diferente. Ao dar entrevista a agência Reuters afirmou que se a Dona Dilma Roussef (ex-pseudo-guerrilheira) fosse eleita não iria meter-se em nenhuma aventura (como aquela do roubo a casa da amante do ex-governador Adhemar de Barros em Santa Tereza, RJ, de onde levaram US$ 250 mil juntamente com o cofre no qual se encontravam e até hoje o caso não está explicado ou seria só aventura econômica?) e fora por ele escolhida mais por semelhanças que por diferenças e, se assim for, vai ser o diabo mais quatro anos! Arrematou atribuindo a possível eleição da mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ao sucesso deste governo. Mas que cara-de-pau! Sucesso deste governo, ora vejam! Se fosse verdade a assertiva eu diria que o presidente havia colocado a modéstia à parte, porém, sendo uma deslavada mentira só posso concluir duas coisas: ou o presidente aterrissou e governa o planeta Marte ou seus acessores, correligionários, apaniguados, bajuladores, capangas, a imprensa e, principalmente, a realidade nacional estão descaradamente o enganando desde 2003. Não quero nem pensar no que seria um fracasso na administração petista.


Ao dizer, textualmente, “espero que seja diferente (Dilma Roussef), porque se for para ser igual, fico eu”. E ai podemos fazer uma leitura clara e precisa de suas (más) intenções. Posso imaginar (e isso não é proibido) que a candidatura da ministra possa parecer com aquela estratégia do gatuno ao desejar assaltar uma residência que possua cães de guarda lançando-lhes suculentos bifes devidamente temperados com sonífero e, dopados, os proprietários seriam facilmente dominados e a subtração de seus pertences levada a cabo sem contratempos. É muito grave esta fala presidencial por vários motivos. O presidente foi eleito, democraticamente, para um período de quatro anos com a possibilidade de mais quatro da qual foi merecedor de acordo com o eleitorado e fim de papo. As diversas articulações que são promovidas dentro e fora do Congresso Nacional (sic) para brindá-lo com um terceiro mandato não são segredos, ao contrário, são expostas com a maior clareza e são, inequivocamente, uma ameaça a ordem institucional. Os adeptos de uma ruptura institucional parecem haver esquecido o que isso significou ao longo da história republicana deste país e o sofrimento que impingiu a sociedade (pelo menos a parte decente dela) ou, caso não tenham esquecido, colocam interesses pecuniários e corporativos acima de suas próprias genitoras. Repito mais uma: no que me seja possível combaterei veementemente esta tentativa de golpe que estão maquinando há vários anos e com o aval do Palácio do Planalto.


Finalizando o Magnânimo saiu-se com sua resposta predileta que “não sabia” que a burocracia era desta forma porque, caso contrário, teria feito um projeto para “facilitar” as coisas no primeiro ano de mandato. Cacete, mais facilitado que isto para a pratica “ampla, geral e irrestrita” da corrupção só mesmo dando um cheque assinado e em branco para empreiteiros, banqueiros, empresários, ongs, etc. Interessante notar que quando estava na oposição sabia destas mazelas todas, porém, uma vez eleito e empossado foi acometido da mais absoluta amnésia. Contam que um sertanejo dizia para nos cercarmos de cuidados com três santos: o São Soubesse, o São Quisesse e o São Pudesse e exatamente deles que o presidente está se socorrendo em final de mandato para justificar os estragos.


CELSO BOTELHO

10.06.2009