Quando a operação
lesa-pátria veio à tona dona Dilma Rousseff, em nota oficial da Secretaria de Comunicação
Social da Presidência da República, confessou o crime. A presidente Dilma
Rousseff afirmou que aprovou a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás
com base no parecer da diretoria internacional da empresa que se revelou
"técnica e juridicamente falho". Segundo a nota "a autorização
para a compra dos primeiros 50% havia sido feita com base em informações
incompletas". Que diabo de presidente de Conselho é esta que aprova uma
compra desse calibre sabendo, de antemão, que o parecer de Nestor Cerveró era
“técnica e juridicamente falho”? E os demais conselheiros? Dona Maria da Graça
Foster, presidente da Petrobrás, foi depor no Congresso Nacional. Uma vez
afirmou que a compra do trambolho da refinaria foi um bom negócio, outra vez disse
o contrário. Que executiva mais relaxada e incompetente. Jorge Gerdau, o homem
do aço, afirmou na época que o Conselho fora contra a aquisição da refinaria de
Pasadena. O Estatuto da Petrobras determina que as decisões sejam tomadas pelo
Conselho com base em parecer jurídico completo e não somente em resumos
técnicos. No dia 23 do corrente mês, o procurador-geral da República Rodrigo
Janot determinou o arquivamento de representação apresentada por congressistas
(Randolph Rorigues, PSOL-AP; Cristovam Buarque, PDT-DF; Ana Amélia, PP-RS;
Jarbas Vasconcelos; PMDB-PE; Pedro Taques, PDT-MT; Pedro Simon, PMDB-RS;
Rodrigo Rollemberg, PSB-DF e do deputado federal Ivan Valente, PSOL-SP)
solicitando que fossem apuradas “supostas” irregularidades praticadas pelo
Conselho de Administração da Petrobrás presidido pela senhora Rousseff, então
ministra da Casa Civil. Para Janot os documentos apresentados pela Presidência
da República "afastam a acusação de conduta dolosa ou culposa que possa
ser atribuída ao Conselho de Administração da Petrobras de ter dado causa aos
prejuízos advindos da referida operação, sendo desnecessário o prosseguimento
da instrução". Então esse tal Conselho é uma prova irrefutável de
constituir-se mais uma sinecura desta emporcalhada República. Para que existe?
A senhora Rousseff já admitiu o crime publicamente através de sua Secretaria de
Comunicação. Nota oficial não vale? Sua confissão é suficiente para afastá-la
da presidência da República e abrir processo de impeachment. Mas o que esperar
dos canalhas empoleirados nos três poderes? Decência, honestidade, moralidade
são motivo de galhofas para petistas e adjacências. Nos governos petistas vale
tudo: corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas,
superfaturamento, falsidade ideológica, prevaricação, peculato e mais o que se
queira praticar, desde que seja ilegal, imoral ou crime. Lula foi poupado no
Mensalão. Agora é a vez de Dilma ser poupada. Janot não é lagoa, mas refrescou
o traseiro de todo Conselho. O procurador-geral concluiu que as “instâncias
ordinárias” é que deverão apurar “eventuais prejuízos”. Ora essa!
O TCU (Tribunal de Contas da
União) colocou em indisponibilidade os bens de onze executivos da Petrobrás,
inclusive o “digníssimo” José Sergio Gabrielli devido ao prejuízo à estatal da
bagatela de US$ 792,3 milhões com a aquisição da refinaria. Mesmo que o
procurador-geral da República Rodrigo Janot não tenha percebido a pratica de
qualquer irregularidade ou crime na atuação do Conselho. Notinha para o Janot: omissão,
descuido, negligência e falta de zelo pelo que é público é crime. Ao mesmo tempo o TCU fez-se lagoa também
excluindo a senhora Rousseff por unanimidade e os demais conselheiros, entre
eles o corruptíssimo Antônio Palocci e Jaques Wagner, atual governador da Bahia.
De acordo com a Ata 1.268, de 3 de fevereiro de 2006, no item cinco, mostra a
posição unânime do conselho mesmo já havendo, à época, questionamentos sobre a refinaria,
considerada obsoleta (construída em 1934). Alguém da quadrilha está mentindo.
No início da lambança Jorge Gerdau declarou que o Conselho foi contra a
aquisição. Agora o TCU alega que o mesmo Conselho foi unanimemente a favor da
aquisição. Em abril deste ano José Sérgio Gabrielli dizia, textualmente: “Eu
sou responsável. Eu era o presidente da empresa. Não posso fugir da minha
responsabilidade, do mesmo jeito que a presidente Dilma não pode fugir da
responsabilidade dela, que era presidente do Conselho. Nós somos responsáveis
pelas nossas decisões. Mas é legítimo que ela tenha dúvidas”. Gabrielli
confessa o crime e aponta para Dilma Rousseff e o TCU exclui a presidente e os
onze conselheiros? O relator ministro José Jorge aceitou a confissão de dona
Dilma e demais conselheiros de que aprovaram a negociata mediante um parecer “técnica
e juridicamente falho” como argumento para livrar suas caras. O ministro
substituto André Luiz de Carvalho questionou a retirada dos integrantes do Conselho
como responsáveis, mas refrescou dona Dilma. Disse Carvalho: “sou pela inclusão
do conselho de administração no rol. Ao longo de toda a leitura do seu voto (de
José Jorge, relator), consultei a lei 6.404, das Sociedades Anônimas, e se diz
na lei que compete ao Conselho de Administração eleger e fiscalizar a atuação
diretores. Então, o fato de não ter acesso a uma informação permite excluir a
responsabilidade criminal, mas na questão civil não é afastado”. O traquinas do
diretor Nestor Cerveró sacaneou todos ao esconder as clausulas Merlim e Put
Option. Porque diante de um negócio de tal magnitude dona Dilma e os
conselheiros não solicitaram mais informações? Estavam disponíveis. Mas para
não dizer que tudo está perdido o ministro José Jorge assegurou que dona Dilma
e seus conselheiros amestrados ainda podem ser responsabilizados no futuro.
Provavelmente no dia seguinte ao Juízo Final. O TCU, pelo menos por enquanto,
reclamou as cabeças dos ex-diretores. Além de responsáveis pela roubalheira
ainda serviram de bode expiatório para salvar a presidente da República.
Uma decisão envolvendo
centenas de milhares de dólares foi aprovada com base num “resumo executivo”
apresentado por Nestor Cerveró, então da diretoria internacional. Quanta
ingenuidade! Dona Dilma só se colocou contra a compra dos outros 50% da
refinaria, mas ai a vaca já fora para o brejo. Havia as clausulas Marlim (Pasadena
teria que garantir 6,9% de rentabilidade mínima a um dos sócios, Astra Oil, independentemente
dos resultados) e Put Option (dá direito a um acionista de alienar sua
participação acionária a outro acionista signatário do acordo, que, por sua
vez, é obrigado a adquiri-la), esta última é uma clausula adotada
costumeiramente em aquisições de grandes empresas. Mas dona Dilma afirmou que “não sabia” destas
clausulas, bordão preferido do fabricante de postes Lula da Silva. A Astra Oil
recorreu a justiça americana. Causa ganha. Estava no contrato. A Petrobrás
pagou cerca US$ 1,25 bilhão por uma porcaria de refinaria adquirida pela Astra
por US$ 42,5 milhões em 2005. Isto é mais que um negócio da China. É um negócio
de Brasília. Incompetente, inapta e irresponsável. É o mais elegante que tenho
para dizer no momento de dona Dilma Rousseff.
Enquanto isso a Justiça
Federal mandou intimar o candidato à presidência da República Eduardo Campos e
o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra para depor no processo sobre
lavagem de dinheiro desviado das obras da Refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco. Ambos arrolados como testemunhas da defesa de Paulo Roberto Costa,
ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, que ora se encontra preso por conta
de seus “malfeitos” na Petrobrás. Eduardo Campos quando seu avô Miguel Arraes
foi governador foi nomeado secretário de Fazenda do bom e velho estado de
Pernambuco sendo acusado de forjar documentos para a emissão de títulos. Como é
de se esperar em 2003 foi inocentado de falsidade ideológica e crime contra o
Sistema Financeiro Nacional. Pronto. Virou ministro da Ciência e Tecnologia no
governo do sapo barbudo (royalties para Leonel Brizola). Quando Paulo Roberto
Costa o arrolou com testemunha de defesa a assessoria de Eduardo Campos emitiu
nota, textualmente: “Acreditamos que quem está mais capacitado para falar da
atuação de Paulo Roberto Costa na Petrobrás são as pessoas que o nomearam e o
mantiveram no cargo.” Não é preciso dizer mais nada. Eduardo Campos salta de
banda e aponta para o governo petista que até pouco tempo atrás era seu aliado
e cúmplice. Quanto a Fernando Bezerra Coelho nomeou o tio Oswaldo, também
Coelho, como membro do comitê técnico-consultivo para o desenvolvimento da
agricultura irrigada (êta nome bonito!), criado por uma portaria do ministério.
A patifaria é tão escancarada que chegam a criar comitês, conselhos,
departamentos e mictórios para abrigar parentes e aderentes. O jornal a Folha
de São Paulo chegou a noticiar que o ministro comprou por duas vezes o mesmo
terreno quando era prefeito de Petrolina utilizando-se, é claro, de verba
pública. Clementino Coelho, irmão do ministro, perdeu a presidência da
Condevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba),
uma boca e tanto. Mas, como prêmio de consolação ficou como diretor de
Desenvolvimento Integrado e Infraestrutura. O maninho do ministro permaneceu
quase um ano como presidente interino gozando de todas as regalias políticas do
cargo contrariando um decreto presidencial que proíbe a nomeação de familiar de
ministro. A CGU entendeu que o decreto não fora atacado, posto que Clementino ocupasse
a interinidade antes da nomeação do irmão. Bem se a regra vale para Chico também
vale para Francisco. A deputada Jaqueline Roriz (pimpolha do corruptíssimo Joaquim
Roriz) flagrada em vídeo recebendo propina exibido em todas as emissoras de
televisão do Brasil e do Universo alegou que o fato se deu antes de ser
deputada federal. O blindadíssimo ex-ministro Fernando Pimentel, companheiro de
armas da guerrilheira de meia pataca furada, ganhou milhões com “consultorias”
antes de ser nomeado ministro, inclusive de empresas públicas para realizar
palestras que jamais foram proferidas. Tais “malfeitos” (royalties para Dilma
Rousseff) foram cometidos antes de assumirem seus cargos. Krocodilus informa: Aviso
aos navegantes: caso aspire entrar para a política cometam seus crimes antes de
ser eleito ou ser nomeado assim estarão com a impunidade assegurada. Esses dois
sujeitos que testemunharão na defesa de Paulo Roberto Costa? Égua! A Justiça
quer saber por que a Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, inicialmente
orçada em US$ 3 bilhões já consumiu cerca de US$ 20 bilhões e ainda não está
pronta. Afianço a Justiça Federal que no meu bolso ou na minha conta bancária
não estão.
Para concluir o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho, O Espião Que
Veio Do Nada e também moleque de recados entre o governo e os ditos “movimentos
sociais” afirmou que o governo (sic) irá enfrentar “até o fim” a oposição que
se levanta contra a aberração também conhecida por Decreto-Lei 8.243/14 que
institui o Programa Nacional de Participação Social que cria “conselhos”
populares constituídos à imagem e semelhança do Partido dos Trabalhadores, Foro
de São Paulo e Penduricalhos. Esta estrovenga solapa do cidadão o direito de
livre escolha de seus representantes garantido na Constituição Federal que, por
sinal, só representam seus interesses e de associados e usurpa prerrogativas do
Congresso Nacional. Este decreto criará um Estado paralelo. Não é inédito entre
os países que experimentaram ou ainda vivenciam o regime comunista. É parte da
estratégia da esquerda utilizar estes artifícios para atender suas premissas.
Na prática já estamos num regime de partido único. A oposição é inexistente. O
PSDB e penduricalhos são a direita da esquerda. A direita que todo esquerdista
aprecia, venera e alimenta. A esquerda vem trabalhando há décadas para chegar
ao poder e mantê-lo indefinidamente controlando 100% a política e a economia. O
X-9 do Lula no Palácio do Planalto arrematou com a bravata "nós não
recuaremos, não retiraremos o decreto, vamos até o fim. Se houver derrota, quem
pagará pelo preço são aqueles que se colocam contra essa participação."
Gilberto Carvalho sabe que sairão ganhando em qualquer um dos desfechos.
Permanecendo o decreto recolherão os louros apregoando aos quatro ventos que o
PT incluiu as minorias como participantes das politicas públicas e toda essa
baboseira. Caso o decreto seja revogado também apregoarão aos quatro ventos que
a “oposição” elitista, capitalista (como se comunista vivesse sem o
capitalismo) não permitiu o acesso das minorias nas decisões do governo. De
qualquer maneira o idiota da esquina irá acreditar e impregnar-se até a alma do
discurso da esquerda repudiando, rejeitando e denunciando qualquer um que não
esteja contaminado pela esquerda. Na
semana passada, a obstrução do PT impediu que a Câmara votasse o projeto que
suspende os efeitos do decreto. Para Gilberto Carvalho a aberração 8.243 é um “decreto
tímido”. Ora, vá catar coquinhos, seu pulha. Vejam a “timidez”: Artigo 2º do Decreto considera como sociedade
civil “o cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou
não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Em outras palavras: o
PT & Quadrilheiros Associados no controle.
Todos os governos após a
criação da Petrobrás usaram e abusaram da estatal para os mais diversos fins
políticos, econômicos, eleitorais, partidários, pessoais, corporativos, etc. Dos
dezoito presidentes da República que assumiram após a criação de Petrobrás
apenas cinco nomearam um único presidente para a entidade. Getúlio Vargas se suicidou,
Café Filho foi deposto, Nereu Ramos governou por pouco mais de dois meses,
Jânio Quadros renunciou com sete meses no governo e Itamar Franco que fora
concluir o mandato de Fernando Collor. Carlos Luz não conta, ficou apenas três
dias na presidência da República. Merece ser destacado o japonesinho Shigeaki
Ueki, presidente da Petrobrás de 1979 a 1984 no apagar das luzes do regime
militar. Atualmente reside no Texas, EUA, e tem mais poços de petróleo que a
família Bush. Mas não foi o único a enriquecer na estatal. A aquisição da
refinaria de Pasadena e a construção da Refinaria de Abreu e Lima são apenas a
ponta do iceberg. A CPI da Petrobrás foi criada para não apurar coisa alguma
como, aliás, é a praxe.
CELSO BOTELHO
25.07.2014