segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

TERRENO BALDIO


Começo a desconfiar dos critérios adotados pela Universidade de Harvard na seleção do seu corpo docente e discente. Isto se deve única e exclusivamente ao ministro “Manguabeira”. Creio que se estabeleceu uma grande confusão mental lá com seus neurônios. O homem especializou-se em bater de frente com o governo do qual participa e, penso, tal comportamento só pode justificar-se pela absoluta inutilidade da pasta que ocupa fabricada sob medida para o ex-anti-lula (declarou, textualmente, que este era o governo mais corrupto da História do país e, aproveito para lembrar, se assim o é quem com porcos se misturam farelo come). Desconheço, e acho que a maioria, os motivos que o presidente Lula, O Ignorante, tenha tido para criar o ninho e acomodar esta figura no seu atrapalhado governo.


Não é novidade alguma que tenho inúmeras restrições ao programa Bolsa-Família. Da maneira como está não passa de uma bolsa-esmola, um populismo barato, um instrumento eleitoreiro e uma afronta ao cidadão que recebe. Um canal a mais para o escoamento do dinheiro público, sem esquecer a corrupção onde até um gato chamado “Billy” no Mato Grosso do Sul recebeu, durante sete meses, R$ 20,00 ou as duas filhas de um prefeito no Maranhão recebiam R$ 45,00 sendo que uma delas era casada com o secretário municipal de fazenda. São apenas dois exemplos do que acontece com o “maior programa de distribuição de renda do mundo”, segundo o governo petista. Que se socorram os menos afortunados é justo, humano e responsabilidade de todos. No entanto, utilizar-se da miséria para a promoção pessoal é ignóbil e, pior, manter-se omisso, inoperante e inerte diante dela é cruel. O letrado ministro afirmou que o Bolsa-Família não deve beneficiar as camadas mais pobres, senão aquelas “que já são quase classes médias...” privilegiando quem já está empregado, especialmente no aperfeiçoamento de mão-de-obra. E mais uma vez o egocêntrico professor perdeu valiosa oportunidade de manter-se calado. Sequer mencionou que destino poderia dar aos onze milhões de beneficiários do programa. Talvez um campo de concentração para extermínio sumário.


Caso o ministro houvesse defendido a manutenção da Bolsa-Família para as pessoas carentes e sugerido a criação de outro programa similar que atendesse a classe média poderia até compreender visto que os empresários sempre possuíram seu próprio programa de ajuda via BNDES, Banco Central, Tesouro Nacional, Congresso Nacional, etc. Se é para distribuir dinheiro público que todos sejam beneficiados. Não se pode, simplesmente, acabar com este programa, mas é imprescindível que seja repensado, reestruturado, dotado de mecanismos que criem oportunidades de emprego e geração de renda. Do jeito que está o Estado transforma o cidadão num pedinte. Analisando as posturas do ministro “Manguabeira” me lembro de um terreno baldio, não sei por quê.


CELSO BOTELHO

26.01.2009