sexta-feira, 3 de junho de 2011

PALOCCI, LULA, DILMA, HADDAD. QUE PAÍS É ESSE?


O ministro Palocci deu uma entrevista no Jornal Nacional para explicar o inexplicável. Comecei a assistir e sai correndo para não vomitar no tapete da sala. A desfaçatez do “doutor” é colossal. Aquele “negócinho” barbudo nega desde o simples resultado da soma de dois mais dois até Teoria da Relatividade de Albert Einstein (1879-1955). Ah, esses barbudos e suas trapalhadas, lambanças, velhacarias, patifarias e safadezas de toda ordem!

O ex-presidente Lula, O Ignorante Desbocado, assume publicamente o governo Dilma DuCheff. Afinal, pensando bem, para que um terceiro mandato consecutivo quando se tem uma Dilma na presidência? Desde que inventou esse poste sem luz todo cristão, hindu, muçulmano ou ateu sabia perfeitamente que o ex-presidente continuaria no poder, de uma maneira ou de outra, ou de ambas. A atuação do ex-presidente era intensiva (segundo consta, telefonava todos os dias para “o presidenta”), agora sua intervenção é ostensiva o que, por sinal, confere a pupila um belo diploma de incapaz para o exercício do cargo. Só falta mudar de mala, cuia e garrafa para o Palácio do Planalto. Em apenas cinco meses de governo e na primeira crise “a presidento” revela-se inapta, desarticulada politicamente, inábil e fraca. O ex-presidente proferiu a sentença: “Estão testando a Dilma. Se tirar o Palocci, o governo dela vai se arrastar até o final” ou, em outras palavras, “o Palocci é o cara (cara de pau, isso sim) e a Dilma – como já disse no artigo anterior – é o nada vezes nada ao quadrado”. Ora, sendo quem foi não poderia o “cumpanheiro-mor” jamais dizer tal coisa em nenhuma ocasião, especialmente durante uma reunião com senadores do PT, Tralhas & Associados. A saída de Palocci é uma questão de tempo, sua situação está cada dia mais insustentável e o ex-presidente o reporta como peça fundamental nesta porcaria de balaio de gatos que chamam de governo? Ora, só pode estar de sacanagem. Quando este poste foi fabricado ficou evidente que a luz seria fornecida pelo mais ilustre morador de São Bernardo do Campo. Portanto, Dilma sabia que deveria providenciar uma cadeira a mais no gabinete presidencial. Lula sempre foi permissivo, complacente e omisso diante de todas as bandalheiras durante seu governo então é natural que defenda a permanência de Palocci, pois, ele próprio só o demitiu do ministério da Fazenda quando sua situação ficou extremamente insustentável e de igual forma procedeu com o José Dirceu e outros membros de seu “staff” ou quadrilha, tanto faz.

A fama de ser durona, “dama de ferro”, exigente e outros bichos mostra que era, apenas, fama. Aliás, tal fama para mim sempre foi conversa fiada há décadas, os verdadeiros “durões” morreram ou desapareceram durante a repressão militar ou exibem sequelas físicas e psicológicas, mas este artigo não é o território adequado para abordarmos este assunto porque tem muita lenda, muita cascata e, especialmente, muito (a) falastrão (trona) por ai que diz fez, aconteceu, foi torturado, foi isso, aquilo e aquilo outro, mas que não passaram de um borra-botas e cantavam direitinho para o aparelho repressor sem desafinar uma nota sequer, especialmente quando instados nas “confortáveis e acolhedoras” instalações do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), deu para entender? A interferência de Lula demonstra claramente que a alternância de poder foi para o espaço e que o projeto petista (ou lulista) de se manter no governo por um longo tempo está sendo cumprido à risca, posto que a grande batalha de destruir qualquer vestígio de oposição a simplesmente nada já foi vencida. Este fato seria alarmante caso não fossemos uma república tupiniquim com um Estado em franco e acelerado processo de decomposição moral e material.

Como se não bastasse às suspeitas de enriquecimento ilícito do superacusado ministro Palocci “a presidento” correu para recolher as cartilhas publicadas pelo ministério da Educação que deveriam combater a homofobia e mais pareciam cartilhas pró-homossexualismo. Mas o ministro Fernando Haddad é um especialista em lambanças: lembram sobre o vazamento no ENEM? Dos livros didáticos promovendo os erros de concordância? Sobre o mau desempenho dos estudantes brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) em 2010, entre os 65 países participantes ficamos em 53º, abaixo da média mundial em leitura, matemática e ciência. Fomos ultrapassados por Chile, Trinidad e Tobago, Colômbia, México e Uruguai. Disse o ministro Haddad: “podia ser pior”. Então? Pior, ministro, é tê-lo no cargo.

A derrota fragorosa do governo com o Código Florestal (Foram 410 votos a favor do texto, 63 contra e uma abstenção) e na votação da Emenda 164, que dá aos estados o poder de legislar sobre Áreas de Preservação Permanente (APPs) foram 273 votos a favor e 182 contra. O projeto segue para o Senado Federal e ai não se pode prever coisa alguma, posto que aquela joça não passe de um efervescente balcão de negócios com mercadores dispostos a rifar a própria mãe, por que suas almas já foram devidamente adquiridas por satanás a preços de ocasião.

Não é necessário ser “durão” para se demitir, principalmente quando o denunciado possui uma folha corrida com as anotações que o Palocci ostenta. Porém, convenhamos, é complicado demitir alguém que foi imposto. O Dr. Tancredo Neves (1910-1985) dizia: “não nomeie quem não puder demitir”, porém, não ensinou como proceder quando a nomeação é imposta pelo antecessor. O dito cujo Palocci não deveria prestar esclarecimento algum. Poderíamos poupar tempo e o dinheiro dos contribuintes em supostos processos que iriam se arrastar por decênios ou milênios inconclusivamente, com é a praxe. Seria muito mais higiênico e seguro trancafiá-lo num xadrez subterrâneo com paredes reforçadas em aço e concreto com oitocentos metros de espessura, jogar a chave fora e confiscar até o seu pijama dando, aliás, o mesmo destino a centenas e mais centenas de politiqueiros que infestam esta nação. Que país é esse? (Esta frase não é do cantor e compositor Renato Russo, 1960-1996, como muitos devem pensar e, certamente, teria melhores e mais nobres motivos para dizê-la. Mas o autor é Francelino Pereira, 1921-, líder do “governo” Geisel 1974-1979, governador “biônico” de Minas Gerais 1979-1983. Recebe aposentadoria como “ex- governador” e segue na ativa do nepotismo político, ganhando um salário extra como “conselheiro” da estatal Cemig aos 90 anos e, sendo assim, não vejo o sentido da pergunta feita por um aliado da ditadura).

RESPOSTA: Este é o país da corrupção, desperdício, desvio e malversação dos dinheiros públicos. Este é o país onde as autoridades primam pela fraude, incompetência, inoperância, inércia, complacência, conivência, leniência, omissão e descaso. E, o mais aviltante, este é o país da impunidade. Este é o país que possui o melhor povo do mundo, pelo menos a sua maioria, e não merece ser governado por um bando de facínoras, trambiqueiros, estelionatários e malfeitores de todos os tipos.

CELSO BOTELHO

04.06.2011