terça-feira, 21 de outubro de 2008

O MÁGICO DE GARANHUNS


Bem, está havendo algum avanço na compreensão das coisas pelo presidente Lula, O Ignorante. Ao admitir que “se” a crise atingir o Brasil (ele ainda acredita firmemente que somos uma ilha paradisíaca) poderá haver cortes no Orçamento. Faltam, entre outras coisas, Sua Excelência reconhecer a forma arredondada do planeta, as leis naturais do mercado que rejeitam qualquer Medida Provisória que possa editar e, notadamente, sua condição humana de existência e não de um semideus tupiniquim. A dicotomia entre ele e o ministro do Planejamento Paulo Bernardes parece estar sendo removida. O presidente mandou um recado: se a arrecadação cair o dinheiro ficará curto nos ministérios e não haverá ilusões. E eu pensando que o homem sabia tirar coelhos, elefantes e dinossauros da cartola! Porque em se tratando de votos é Bam-Bam-bam, desbanca qualquer Houdini (1874-1926). Porém, com esse ritmo de extorsão tributária não há lá muita necessidade de ser um ilusionista. Neste Ano do Senhor de 2008 o governo petista já nos surrupiou mais de meio bilhão de reais. E a sangria não tem nenhuma previsão de sequer ser minimizada.


Posso sugerir, gratuitamente, ao presidente dar um belo bilhete azul para a metade do imenso contingente de aloprados e congêneres pendurados na administração pública federal, extinguir mais da metade de seu ministério, fechar as torneiras para inúmeros programas de compadres que irriga com o dinheiro público, conter sua índole perdulária, sua permissividade e complacência com as trapalhadas dos “cumpanheiros.” Enfim, tem muitas “medidas pontuais” – como é de seu gosto dizer – que podem ser adotadas sem a necessidade de um pacote, embrulho ou caixote. Mesmo porque a higiene deve começar em casa. O presidente Collor (1990-1992) inventou a máxima “sem dinheiro, sem inflação” e o presidente Lula “sem arrecadação, sem ilusão.” É o mágico de Garanhuns.


CELSO BOTELHO

21.10.2008