quinta-feira, 9 de outubro de 2008

RESERVAS INTERNACIONAIS: COMEÇOU A QUEIMA TOTAL!


O presidente Lula, O Ignorante, desde 2003 quando inventou o Brasil e, para ficarmos em suas imagens oceânicas, vem arrotando tubarões de todos os tipos, cores e tamanhos mesmo quando apenas degustava uma humilde sardinha. Com a crise americana pensou que pudesse continuar com a arrogância, porém, advertiram-no e logo se propôs saborear um peixe menor sem, contudo, abolir o mau hábito de arrotar. Pois muito bem (ou muito mal), chegou à hora do defeso e como está o estoque? Não podemos dizer que é de todo mau, no entanto, insuficiente para fazer frente a tantas demandas existentes e as que, inexoravelmente, virão. Desconfio seriamente que o período de “queima total” das reservas internacionais já começou. Desta vez a maré não está para peixe, crustáceos ou moluscos. Nossos papas da economia, por ora, tem se revelado noviços seminaristas tanto nas ações como nas declarações. Têm convicção de que tudo é passageiro e, portanto, a crise mundial não será diferente e, assim, oram fervorosamente para que este travamento acabe logo e possamos sair incólumes deste imbróglio. Não que as preces sejam inúteis, pelo contrário, mas é necessário que façamos as coisas racionalmente porque, infelizmente, a Natureza não nos contempla com chuva de dólares, pepitas de ouro ou granizos de diamantes.


Amargamos num passado não muito distante inflação superior a 80% ao mês e, eis o pior, sem perspectivas de sequer amordaçar o faminto dragão que corroia o país. Naquela época nossas reservas internacionais eram de uma magreza cadavérica. Elaboraram-se planos econômicos estapafúrdios, remendos para estes planos piores ainda e um sem número de coisas que não se deve fazer. Decretou-se moratória e o escambau. Se sobrevivemos aquilo tudo com toda certeza sobreviveremos a esta. Não podemos comparar uma época à outra, a História não é linear, porém as alternativas das quais se podem lançar mão atualmente eram, simplesmente, impraticáveis naquele momento. O custo foi uma década inteira perdida para sempre. Mas os tormentos vividos devem servir de base para costurar-se algo sem o palanfrório contumaz. Todas as questões econômicas, políticas, sociais e etc. jamais poderão ser tratadas como algo que começa e termina em gabinetes refrigerados. Elas pertencem às ruas, ao povo, pois, afinal, ele é o provedor do Estado. É muito importante alertar a sociedade de forma precisa da extensão do estrago provocado pela crise americana e seus desdobramentos. Tapar o sol com a peneira é tão eficiente quanto um automóvel sem rodas.


Talvez o governo petista tenha optado por trilhar o caminho que julga ser o mais indicado para combater os efeitos maléficos da crise. Opção que, aliás, não compartilho. Mas, da mesma maneira que, arrogantemente, decidem espero que tenham a humildade de reconhecer os equívocos e, de preferência, dentro de algum tempo hábil para que não levem a nação à bancarrota.


CELSO BOTELHO

07.10.2008