domingo, 30 de novembro de 2008

BNDES: A NOSSA SENHORA DOS ARREMEDOS DE DITADORES OU CUMPANHEIROS NECESSITADOS


Nosso saudoso Gonzaguinha dizia em uma de suas canções "a gente não tem cara de babaca." Mas é com esta cara que ficamos diante dos “governitos” latinos e das demais nações do mundo. Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela, todos representados por arremedos de ditadores, concluíram que devem proceder a uma auditoria nos empréstimos concedidos, via o benevolente BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), pelo Brasil que é tido e havido como nação imperialista. Segundo consta ameaçam dar o cano em R$ 5 bilhões que, caso se concretize, o prejuízo será rateado entre todos os contribuintes brasileiros (preferencialmente daqueles de menor poder aquisitivo) como, aliás, é a praxe. O Partido dos Trabalhadores, Aloprados, Agregados, Aliados & Aquadrilhados são imbatíveis no palanque onde cantam suas bravatas em prosa e verso prometendo de um tudo. Desde colocar comida na mesa dos trabalhadores boa e barata até apagar o fogo que vem queimando no inferno desde inicio dos tempos. No entanto, assemelham-se a ratos se banqueteando na ausência do gato e a menor suspeita da detestável presença do felino saem em disparada na direção de seus buracos. Não comparo os governos dos países que se sentem tosquiados por nós a gatos. Não. Nem de longe. São ratos também, mas de menor envergadura e maior apetite, portanto, mais agressivos.


Não questiono a competência do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. O que fica implícito é a forma como está se conduzindo essas pendengas acompanhando determinações políticas (leia-se enfiar o rabo entre as pernas) e não diplomáticas. Aliás, tais questões não deveriam seguir nenhum caminho desses, pois, ao que tudo indica são mais técnicas. Porém, lambança feita há que desfazê-la. O presidente Lula, O Ignorante, tem sido omisso e complacente com nossos vizinhos, seus “cumpanheiros” de tal maneira que se sentem encorajados em desafiar-nos quando, como e onde querem sabendo, de antemão, que – no máximo – acontecerá um chamamento do embaixador brasileiro para “consultas.” No mais o governo braseiro acaba por atendê-los em detrimento de toda nação. O Brasil deve e tem que se impor perante seus vizinhos. Estamos sendo afrontados sem esboçar qualquer reação consistente. Será que agindo desta forma, ou melhor, não agindo de forma alguma com relação aos nossos próprios interesses credencia-nos a esmolar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas)? Pretensão que é deveras insólita. Ora, não me faça rir, presidente & Cia. Quando países do calibre de Equador, Paraguai, Bolívia, Venezuela e adjacências comem sardinha e arrotam tubarão em nossos rostos fico imaginando aqueles que comem tubarão e arrotam baleias o que ainda farão conosco.


O BNDES deveria voltar-se para atuar no mercado interno tal qual diz sua sigla e não enveredar por caminhos suspeitos indicados por políticas não menos suspeitas. É do conhecimento público a queima de dinheiro público que o banco promove ao longo de sua existência de diferentes maneiras. Entre tantas outras vulnerabilidades que temos o governo nos propicia mais esta através de seu banco de fomento: submeter-se aos caprichos de governos populistas que marcham intrépidos para a velha e perversa ditadura. Podemos até ter cara de babaca, porém, devemos mostrar que não somos. Onde está o bravateiro-mor do Partido dos Trabalhadores o senhor Luiz Inácio? Afinal, qual será o seu entendimento sobre soberania? O BNDES (via governo petista) vem consolidando sua posição para a conquista da canonização como a Nossa Senhora dos Arremedos de Ditadores ou Cumpanheiros Necessitados.



Celso Botelho

30.11.2008