sexta-feira, 22 de agosto de 2008

CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL. OLHA O GOLPE!


É, deveras, impressionante como o governo do Partido dos Trabalhadores atua na contramão dos interesses de todos os trabalhadores. Seria cômico se não fosse trágico. Não me recordo de haver tido um governo tão foraz no ataque ao bolso do contribuinte. O governo petista promove o maior e mais cruel confisco sobre os salários e a renda no Brasil mediante uma descarada extorsão cuja alcunha é “política tributária.” Além disto, ficará registrado na História, entre outras coisas, como um governo trapalhão, omisso, permissivo, conivente com malfeitores de todos os matizes. Período onde a corrupção, desperdício, desvio e malversação do dinheiro público foram disseminados e cultivados desde município mais pobre ao mais rico, sem exceções.

Mais uma vez preparam-se para um ataque furioso ao bolso do trabalhador. A substituição do Imposto Sindical obrigatório que desconta um dia de trabalho a cada ano do salário de todos aqueles que trabalham de carteira assinada sendo ou não sindicalizado e as contribuições assistencial e confederativa. Pela nova proposta a mordida poderá ser o equivalente a quatro dias de trabalho nos contracheques. Adivinhe quem está empenhado em aprovar tal iniqüidade? Nada menos que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) devidamente acompanhada das outras centrais sindicais com as benções do ministro do Trabalho Carlos Lupi que, muito astuto, transferiu para o Legislativo a decisão do valor do confisco. Porém, seu correligionário, o deputado Paulo Pereira da Silva (por coincidência do PDT), presidente da Força Sindical e, para não fugir à regra, também envolvido em maracutaias foi taxativo ao dizer que bastava mandar o projeto que a CUT e a Força Sindical aprovam numa demonstração inequívoca de tais entidades possuem um controle maciço sobre os parlamentares.

O governo tenta suavizar a apropriação indébita dando-lhe o nome de contribuição negocial onde o trabalhador poderá negociar o valor dos descontos em assembléias dos sindicatos com um quorum mínimo de dois terços dos sindicalizados, porém toda a categoria terá direito a voto o que, na prática, é coisa alguma. Os valores serão determinados em salas fechadas repletas de pelegos cuja ganância não tem limites com o aval de um governo submisso aos “cumpanheiros” e profundamente comprometido com as oligarquias dominantes no país. Resta, portanto, a sociedade dar uma resposta valendo-se, neste momento e na esfera municipal, do voto para dizer ao presidente lula, o Ignorante, o quanto estamos descontentes com o desastre de seu governo populista, predador, inconseqüente e ponto final.

CELSO BOTELHO

22.08.2008