terça-feira, 5 de agosto de 2008

NA MÉDIA TUDO BEM. MAS NO INDIVIDUAL...


Desta feita o presidente Lula, O Ignorante, não contestará os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) ou da FGV (Fundação Getúlio Vargas) porque favorece o seu governo (ou desgoverno?). Eu estava ganhando mais e não sabia tal e qual o ignorante. Não sou pesquisador, no entanto, reservo-me o direito de questionar algumas coisas. Desconheço a que nível chegou o aparelhamento destas instituições (a partir de 2003 foi instituída a PTCRACIA) e, portanto, fico numa dúvida atroz que o espírito corrói sobre a fidelidade dos dados. Da maneira como estão expostos tudo está azul com bolinhas brancas. Essa conversa de média é um engodo aritmético, ao menos neste país. Contudo, não posso negar alguns avanços como também retrocessos vistosos. A educação e a qualificação profissional foram apontadas como setores que carecem de investimentos substanciais o que, por sinal, não é segredo para ninguém.

A classe média está comprando mais automóveis, computadores, etc. Bacana. Digam as taxas para o financiamento destes produtos e quanto imposto pendurado neles? Não levará muito tempo para que a inadimplência venha a rondar suas casas. Informam que a renda média do brasileiro aumentou algo parecido com 25% de 2004 a 2008 em contrapartida a inflação registrada foi de 23%. Não informam, porém, a carga tributária no período que vale para todos os contribuintes. Aumentaram o número de novas vagas para os trabalhadores com o carimbo de que não precisamos de uma reforma trabalhista. Sendo assim, as atividades informais agradecem porque a mão-de-obra continuará a ser mal remunerada e onerosa para o empregador. Outro dado alvissareiro para o governo petista é a queda da pobreza em nosso Brasil varonil: de 13,7% em 2003 (ano no qual Lula inventou este país) para 6,6% concluindo que a pobreza foi reduzida de 35% para 24,1%. Em se tratando de uma República perdulária onde a corrupção, o desvio e o desperdício de dinheiro público escoam por todos os ralos (e se estes não forem o bastante constroem mais alguns) é um número catastrófico. O ufanismo extrapolou quando se afirma que a classe média (Classe C) irá para as Classes A e B. Se for assim rendo-me à idéia do terceiro, quarto, quinto e tantos mais mandatos que se fizerem necessários ao semideus brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que está transformando o Brasil numa ilha completamente imune as mazelas econômicas, financeiras e sociais do restante do planeta.

Em pouco tempo o lulismo fará de nós respeitáveis novos-ricos. O Brasil está fazendo o dever de casa sem sequer haver estudado e isso é milagre do nosso semideus sertanejo-apaulistado. A FGV admite, apesar desta prosperidade toda, que ainda existem 36 milhões de pobres espalhados pelo país tornando evidente que, além do céu azul de brigadeiro, existem discrepâncias na miscelânea de percentuais e números oferecidos pelas três instituições. É só checar.

CELSO BOTELHO

05.08.2008