domingo, 3 de agosto de 2008

LULA, A IMPRENSA, OS INTELECTUAIS, DOHA E O FUNDO AMAZÔNIA


Coisa de embasbacar qualquer opositor do governo o desempenho do presidente Lula, O Ignorante, durante o encontro com intelectuais, dentre os quais inúmeros bajuladores, no Rio de Janeiro. Fez-me lembrar de Sócrates, filósofo grego (470 a.C. – 399 a.C) e sua máxima: “eu só sei que nada sei.” Durante quase três décadas a imprensa serviu aos propósitos do filho pródigo de Garanhuns de vir a alcançar a presidência da República, no entanto, a partir de 2003 a mesma imprensa se tornou um estorvo. Sempre que pode está a criticá-la e já até tentou amordaçá-la dando vazão a sua faceta autoritária. Governar bem não é nenhum favor e sim uma obrigação e, para tal, se é que ainda não se deu conta, foi eleito exatamente para isso. Não que as boas ações não mereçam manchetes, porém, dado ao exacerbado número das más não resta outra alternativa para o quarto poder senão apurar e informar a sociedade as perversas traquinagens, assim dito para ser condescendente. Presidente, não seja choramingas. Assistimos uma corrupção, desperdício e desvio de dinheiro público “como nunca antes na história deste país.”

A responsabilidade do fiasco que foi a Rodada de Doha, segundo o ilustre primeiro mandatário desta nação, fica creditada ao ano eleitoral dos Estados Unidos e da Índia e iria telefonar para reclamar. Sugiro que reclame também ao Papa Bento XVI das heresias e blasfêmias ali detectadas.

Quanto ao Fundo Amazônia uma questão me chamou a atenção: os doadores não terão participação na escolha dos projetos de redução do desmatamento a serem apoiados. Estou confuso com isso. Em se tratando de Brasil é necessário encontrar doadores bem estúpidos. O presidente afirma que o país assumirá todas as responsabilidades com relação à preservação da Amazônia e de combate ao aquecimento global. Dito desta maneira posso entender que até o presente momento o governo estava se lixando para este bioma. Segundo o presidente Lula, O Ignorante, ”nós queremos falar grosso” pessoalmente não acredito isso, pois, caso contrário, Mário Covas teria sido eleito presidente em 1989. Em relação aos acordos “bem sucedidos” firmados pelo Ministério do Meio-Ambiente com produtores de soja, madeireiros e pecuarista não me parece tão bem sucedido assim. Basta verificarmos as informações existentes sobre desmatamento. Segundo declaração de Gilberto Carvalho, do Gabinete presidencial, à revista Veja entre um desmatamento e a soja o coração do presidente fica com a soja. Outra pérola foi evocar uma pesquisa realizada no Japão que aufere uma responsabilidade maior aos EUA do que a China pelo simples fato desta última ter começado a poluir há menos tempo. Ora, se a metodologia for aplicada em outras coisas, podemos dizer que o governo petista é menos responsável pelas mazelas nacionais porque está fazendo besteira há menos tempo? Finalizando o notável presidente sentenciou: “não temos o direito de aceitar mentiras”. Correto. E é exatamente por isso que estou escrevendo, senhor presidente.

CELSO BOTELHO
03.08.2008